OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 22 de março de 2015

FAÇA DA ROTINA DIÁRIA UM CAMINHO DE LIBERTAÇÃO

"O Senhor não será movido por comentário estritamente erudito. Ele só se agrada com a prática real, efetiva; com o genuíno esforço; com sincero empenho; com incessante diligência para purificar a mente. A luta deve ser alerta e ativa, até a meta ser alcançada. Alguém perguntou a Ramana Maharishi: 'Por quanto tempo devo engajar-me em dhyana (meditação)?' O Maharishi respondeu: 'Até chegar a perder toda percepção da experiência de dhyana.' Na peça Dhruva que os jovens acabam de encenar, o atorzinho que representava Dhruva, sentava, reto e tenso, dando-nos a impressão de que estava perdido em dhyana; mas tal comicidade não merece consideração. Em real meditação, logo você supera a noção 'eu estou praticando dhyana'.

De fato, cada momento na vida deve ser utilizado para dhyana. É a melhor forma de viver. Quando for varrer seu quarto, convença a si mesmo da necessidade de também varrer o coração para o purificar; ao cortar legumes, sinta que também a ambição e o desejo devem ser cotados em pedaços; ao prensar o chapati (um tipo de pão feito nas casas indianas) para o tornar maior, deseje que, igualmente, seu amor se torne maior, abrangendo círculos cada vez maiores, até atingir as regiões onde vivem estranhos e mesmo os inimigos.

Este é o meio pelo qual você poderá fazer de seu lar uma ermida, e da rotina quotidiana um caminho de libertação."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 106)

sábado, 21 de março de 2015

A LIÇÃO DA REENCARNAÇÃO

"Disse Paramhansa Yogananda: 'Por que uma criança nasce paralítica? Só a reencarnação pode explicar esse fato de maneira satisfatória. As pessoas olham para o bebê como se se tratasse de um 'bebê frágil, inocente', porém, em alguma vida passada, essa personalidade deve ter transgredido a lei de Deus. Essa transgressão o privou da consciência de ter pernas perfeitas. Desse modo - e devido ao fato de a mente controlar o corpo - quando essa pessoa voltou novamente para um corpo físico, ela não foi capaz de desenvolver as pernas de maneira perfeita, e nasceu deficiente física.

'Por que uma pessoa nasce com deficiência mental e outra com inteligência? Deus seria muito injusto se permitisse que essas coisas acontecessem sem uma causa. Entretanto, uma causa. Pois quem somos agora é consequência das nossas ações passadas em várias épocas.

'Somos imortais no espírito, porém, na nossa personalidade, não podemos reivindicar a consciência dessa imortalidade até que as nossas imperfeições humanas tenham desaparecido. Trabalhar com nós mesmos equivale a talhar e a polir a pedra insignificante numa estátua, até o momento em que a imagem que estava oculta se revele em toda a sua perfeição.'"

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Essência da Autorrealização - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 82)
www.editorapensamento.com.br



sexta-feira, 20 de março de 2015

TODO SER HUMANO PASSA POR INVERNOS EXISTENCIAIS (PARTE FINAL)

"(...) Todos passamos por focos de tensão. As preocupações existenciais, os desafios profissionais, os compromissos sociais e os problemas nas relações interpessoais geram continuamente focos de tensão que, por sua vez, geram estresse e ansiedade. Esses focos podem exercer um controle sobre a inteligência que nos impede de ser livres, tanto na construção quanto no gerenciamento dos pensamentos. Às vezes, a atuação dos focos de tensão é tão dramática que exerce uma verdadeira ditadura sobre a inteligência.

Quem cuida apenas da estética do corpo e descuida do enriquecimento interior vive a pior solidão, a de ter abandonado a si mesmo em sua trajetória existencial. As pessoas que vivem preocupadas com cada grama de peso fazem de suas vidas uma fonte de ansiedade. Elas têm grande dificuldade de superar as contrariedades, as contradições e os focos de tensão que surgem na trajetória existencial. A ditadura dos focos de tensão torna o ser humano uma vítima de sua história, e não um agente construtor dela, um autor que reescreve seus principais capítulos. É mais fácil sermos vítimas do que autores de nossa história. (...)

Cristo via as dores da vida sob outra perspectiva. Enfrentava as contrariedades sem desespero, não tinha medo da dor nem das frustrações pelas quais passava. Muitos o decepcionavam, até os seus íntimos discípulos o frustravam, mas ele absorvia aquelas frustrações com tranquilidade. Como mestre da escola da existência, treinava continuamente seus discípulos para superarem seus focos de tensão, para enfrentarem seus medos e seus fracassos. Assim, poderiam reescrever suas histórias e corrigir suas rotas com maturidade.

Certo dia, Jesus teve um diálogo curto e cheio de significado com seus discípulos. Disse: 'No mundo passais por várias aflições, mas tende bom ânimo, pois eu venci o mundo.' Ele reconheceu que a vida humana é sinuosa e possui turbulências inevitáveis, encorajou seus íntimos a não se intimidarem diante das aflições da existência, mas se equiparem com ânimo e determinação para superá-las. Disse que tinha vencido o mundo, superado as intempéries da vida, o que indica que ele não vivia sua vida de qualquer maneira, mas com consciência, com metas bem estabelecidas, como se fosse um atleta."

(Augusto Cury - O Mestre dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2006 - p. 105/106)

quinta-feira, 19 de março de 2015

TODO SER HUMANO PASSA POR INVERNOS EXISTENCIAIS (1ª PARTE)

"Toda e qualquer pessoa passa por turbulências em sua vida. As dores geradas por problemas externos ou por fatores internos são os fenômenos mais democráticos da existência. Um rei pode não ter problemas financeiros, mas pode ter problemas internos. A princesa Diana era elegante e humanística e não atravessava problemas financeiros, mas, pelo que consta, possuía dores emocionais intensas, sofria crises depressivas. Talvez sofresse mais do que muitos miseráveis da África ou do Nordeste brasileiro. 

As pessoas que passam por dores existenciais e as superam com dignidade ficam mais bonitas e interessantes interiormente. Quem passou pelo caos da depressão, da síndrome do pânico ou de outras doenças psíquicas e o superou se torna mais rico, belo e sábio. A sabedoria torna as pessoas mais atraentes, ainda que o tempo sulque a pele e imprima as marcas da velhice.

Uma pessoa que tem medo do medo, medo da sua depressão, das suas misérias psíquicas e sociais, tem menos equipamento intelectual para superá-las. O medo alimenta a dor. Aprender a enfrentar o medo, a atuar com segurança nos sofrimentos e a reciclar as causas que patrocinam os conflitos humanos conduz uma pessoa a reescrever sua história. 

Todos nós gostamos de viver as primaveras da vida, viver uma vida com prazer, com sentido, sem tédio, sem turbulências, em que os sonhos se tornem realidade e o sucesso bata à nossa porta. Entretanto, não há um ser humano que não atravesse invernos existenciais. Algumas perdas e frustrações que vivemos são imprevisíveis e inevitáveis. Quem consegue evitar todas as dores da existência? Quem nunca teve momentos de fragilidade e chorou lágrimas úmidas ou secas? Quem consegue evitar todos os erros e fracassos? O ser humano, por mais prevenido que seja, não pode controlar todas as variáveis da vida e evitar determinadas angústias. (...)"

(Augusto Cury - O Mestre dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2006 - p. 104/105)


quarta-feira, 18 de março de 2015

ENCONTRE A ALEGRIA DA REALIZAÇÃO NO AMOR DIVINO

"A lealdade e o amor entre marido e mulher gradualmente libertam a mente das limitações do plano sexual, elevando-a ao plano do amor divino. Quando o amor divino é maior do que o sexo, este amor supremo sublima o apetite sexual, transformando-o num belíssimo relacionamento humano. A gratificação sexual por si só não satisfaz o coração; sem amor verdadeiro, o coração continua vazio. Mas se homem e mulher sinceramente compartilham, no estado conjugal, o amor que têm na alma, encontrarão uma venturosa plenitude.

Também é possível encontrar essa realização no perfeito amor de Deus, e até em maior grau. Jesus não se casou. Muitos dos grandes santos não se casaram, porque encontraram a bem-aventurança mais elevada na comunhão com Deus. Segue o caminho da sabedoria quem percebe que a felicidade é o objetivo mais alto e busca a felicidade em Deus. 

Os seres humanos são a causa de milhares de males neste mundo, no entanto, não gosto de me referir ao homem como mau; é melhor dizer que comete erros. São os sentidos que nos desviam para os maus hábitos. Não seja escravizado por seus sentidos. De que adianta abusar deles até perder a saúde e a paz? Para ajudar a evitar isso, a religião ensina os eternos princípios de autocontrole e moderação, com os quais se pode dominar os instintos sensoriais. Veja o sentido do paladar, por exemplo. Por que não ceder à gula? Porque comer demais prejudica a saúde. Algumas pessoas comem sempre que veem comida por perto; mas todos os tipos de doença são ocasionados por hábitos alimentares errados e por excesso de comida."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 78/79)