OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 13 de março de 2015

QUEM É RESPONSÁVEL PELA CONDUTA DOS ADOLESCENTES? (3ª PARTE)

"(...) Existe hoje demasiada rebeldia nas crianças. É porque elas nunca souberam que uma parte da vida se destina a aprender a respeitar a autoridade e os direitos dos outro. Quantos pais, alguns anos atrás, acreditavam na idéia de que um filho é um jovem adulto que deve ter completa liberdade para se expressar. Santo Deus! Por que você acha que Deus pôs pais aqui na Terra? Se ele não pretendesse que os filhos tivessem a orientação de pai e mãe, teria feito com que os pais botassem ovos, para que, uma vez que os filhos tivessem saído da casca, os pais pudessem afastar-se, deixando-os à sua própria sorte, como fazem as tartarugas. Deus espera que os pais assumam a responsabilidade de formar sua prole. Casais que geram filho neste mundo não têm o direito de falhar com ele.
   
Acredito que uma criança deve ser estimulada a ir à escola dominical, mas nunca ser obrigada a fazer isso. É um erro procurar forçar uma criança a seguir qualquer forma particular de religião. Primeiro, ela precisa ter desejo e interesse por coisas espirituais. Essa inclinação estará ali se desde a mais tenra idade ela for encorajada a cultivar atitudes espirituais; o amor por Deus, fé em Deus, o sentimento de companheirismo com Ele. Paramahansaji ensinava que devia haver períodos regulares em que pais e filhos se reunissem para orar e meditar. Dessa maneira, a criança começa a relacionar-se com Deus, seguindo o exemplo dos pais. Entretanto, o culto em família não deve ser muito longo, porque as crianças são inquietas e sua mente não está controlada. É difícil para elas se sentarem muito tempo de cada vez. Uma prática excelente é ler ou contar às crianças histórias que desenvolvam nelas o senso de moralidade, fé, conduta correta e amor a Deus. (...)"

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Self-Realization Fellowship -  p. 55/56)

quinta-feira, 12 de março de 2015

QUEM É RESPONSÁVEL PELA CONDUTA DOS ADOLESCENTES? (2ª PARTE)

"(...) É muito importante que os pais compreendam o ponto de vista da criança, que sempre procurem ver as coisas com os olhos dos filhos. Nesse caso, os pais podem ajudar melhor a criança a enxergar o assunto corretamente e numa perspectiva acertada. E o pai nunca, nunca deve repreender a criança ou dar palmadas quando ele próprio está zangado ou emotivo. O filho não respeitará nem aceitará esse tipo de disciplina. Ele respeitará o pai que se conduz em relação a ele com sabedoria, amor e compreensão.

Os pais devem pensar com clareza e atenção antes de formular uma lei para os filhos, e depois, se disserem"não", não devem ceder. Não se deve permitir que a criança sinta que, mais cedo ou mais tarde, seus pais vão esquecer o que disseram, e então ela poderá fazer o que quiser. Crianças são mais espertas do que você possa imaginar. Não se lhes deve dar ensejo para pensar que, se aguardarem por uma boa oportunidade, o tempo necessário, um dos pais certamente irá relaxar sua insistência acerca da obediência. A criança é bastante esperta para saber do que pode sair impune; é a natureza humana. 

Pais bem sucedidos sempre pensarão primeiro: 'O que vou dizer a meu filho é uma mera afirmação da minha própria opinião e autoridade; ou está correto porque é razoável e justo?' Então, tendo uma vez dito isso, devem fazer que o filho lhe obedeça. A criança vai respeitar esse tipo de disciplina se, ao mesmo tempo, vê que eles estão dotados de justiça e compreensão. O amor e o respeito paternos farão que o filho deseje tentar agradar a seu digno pai ou mãe. (...)" 

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Self-Realization Fellowship -  p. 54/55)

quarta-feira, 11 de março de 2015

QUEM É RESPONSÁVEL PELA CONDUTA DOS ADOLESCENTES? (1ª PARTE)

"Não devemos culpar totalmente os adolescentes por se meterem nas dificuldades em que hoje tantos deles se encontram. Devemos olhar os pais deles, e os pais dos pais. Em primeiro lugar e acima de tudo, os próprios pais são muitas vezes indisciplinados, e portanto fracassam em dar o bom exemplo. Não me refiro ao exemplo do tipo 'sou melhor do que você', mas o tipo correto de exemplo: de compreensão, de firmeza quando esta é necessária; nunca, porém, disciplinar quando suas próprias emoções estão fora de controle. Se um pai procura compreender os filhos, ele não se esconderá atrás da atitude 'porque sou seu pai (ou mãe), você tem que me obedecer'. Isso não funcionará com os filhos.

Além de dar-lhes amor, os pais devem aprender a ser companheiros dos filhos, e esse relacionamento deve começar logo cedo. Se os pais não cultivarem uma relação com os filhos quando estes são ainda muitos novos, não haverá a comunicação entre pai e filho quando os jovens crescerem. 

Os filhos não devem ser tratados com excessiva complacência, com presentes, na tentativa de satisfazer todos os seus desejos. Eles deveriam esforçar-se para obter algumas das coisas que desejam, a fim de conhecerem e apreciarem o valor delas. Se não aprenderem isso em casa, a vida lhes ensinará isso mais cedo ou mais tarde, talvez sob circunstâncias lamentáveis. Deve-se ensinar os filhos a terem responsabilidade em ganhar e merecer o que recebem.

Em alguns lares, a mãe prepara toda a comida, lava todos os pratos, faz todo o serviço de casa, e as crianças não recebem nenhuma tarefa ou responsabilidade. Isso não está certo. Espera-se que as crianças executem pequenos afazeres domésticos, dentro de sua capacidade e limitações da idade. Deve-se ensinar a cada uma o senso de responsabilidade e autorrespeito, como um membro da família justo e colaborador.(...)"

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Self-Realization Fellowship -  p. 53/54)


terça-feira, 10 de março de 2015

LISONJA VERSUS VERDADE

"É sempre bom falar a verdade; mas melhor ainda é dizer verdades agradáveis, evitando-se as desagradáveis. Dirigir-se assim a um manco: 'Olá, senhor Manco' pode ser verdadeiro, mas trata-se de uma verdade grosseira e prejudicial, que devemos evitar a todo custo. É ruim criticar quando a crítica não foi solicitada, mas é benéfico ouvir uma crítica gentil e é admirável aceitar uma censura firme, mas veraz, com sorrisos e mostras de gratidão. 

A lisonja pode ser boa quando estimula a pessoa a agir corretamente. No entanto, é perniciosa quando procura esconder uma ferida espiritual, permitindo que ela se inflame e envenene a alma com a ignorância. Todos gostamos de lisonjas, tal como muitas pessoas saboreiam sem saber mel envenenado. Também gostamos, no íntimo, de desculpar nossas falhas prejudiciais e esconder grandes furúnculos psicológicos que possam abalar e infectar nossa vida espiritual.

A lisonja alheia e os sussurros reconfortantes de nossos próprios pensamentos afagam docemente nossos ouvidos. A sabedoria humana é muitas vezes contaminada pela peçonha das palavras aduladoras. Muita gente perde com gosto dinheiro, tempo, saúde e mesmo caráter em troca das insinuações maldosas e enganadoras de parasitas que se dizem amigos.

Um santo tinha um amigo que sempre o criticava, para grande desgosto de seus discípulos. Certo dia, um desses procurou-o, exultante: 'Mestre, teu inimigo, o esmiuçador de defeitos, morreu!' O mestre prorrompeu em lágrimas e lamentou: 'Meu melhor crítico espiritual se foi! Estou de coração partido'.

Muitas pessoas preferem a bajulação à crítica inteligente e naufragam por não dar ouvidos às honestas advertências de mestres espirituais bem-intencionados. Assim, toda vez que alguém o criticar com brandura ou aspereza, pergunte-se: 'Terei sido ludibriado por palavras doces, permitindo que minha sabedoria caísse prisioneira da lisonja?'"

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda,  A Espiritualidade nos Relacionamentos - Ed. Pensamento, São Paulo, 2011 - p. 30/31)
www.editorapensamento.com.br


segunda-feira, 9 de março de 2015

A HARMONIA DA FRATERNIDADE

"1. Imaginemos um campo deserto, mergulhado na escuridão, com muitos seres vivos aí se atropelando cegamente.

Estarão, naturalmente, aterrorizados e enquanto andarem para lá e para cá, sem se reconhecerem uns aos outros, durante a noite, haverá frequentes aborrecimentos e solidão. É, deveras, um lamentável espetáculo.  

Imaginemos, então, que, de repente, um homem superior apareça com uma tocha na mão, e que tudo nesse campo se torne claro e brilhante.

Os seres vivos que se encontram na obscura solidão, sentem, de repente, um grande alívio, quando olham ao seu redor e podem reconhecer uns aos outros, e retornam alegremente a desfrutar de sua camaradagem. 

Pelo campo deserto deve-se entender o mundo da vida humana, quando está mergulhado nas trevas da ignorância. Aqueles que não têm a luz da sabedoria em suas mentes perambulam na solidão e no temor. Nasceram sozinhos e sozinhos morrerão; eles não sabem como se associar aos seus semelhantes em tranquila harmonia, e são naturalmente desesperados e temerosos.

Um homem superior com a tocha é o Buda, assumindo a forma humana, e que com Sua Sabedoria e compaixão ilumina todo o mundo.

Com esta luz os homens se encontram uns aos outros e se sentem felizes em estabelecer o companheirismo e harmoniosas relações.

A verdadeira comunidade tem fé e sabedoria que a iluminam. É o lugar onde as pessoas se conhecem e se dependem umas das outras, e onde há harmonia social. A harmonia é, de fato, a vida e o real sentido de uma verdadeira comunidade ou organização."

(A Doutrina de Buda - Bukkyo Dendo Kyokai (Fundação para propagação do Budismo), 3ª edição revista, 1982 - p. 477/479)