OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O ÚNICO CAMINHO PARA A FELICIDADE

"Precisamos compreender que somos a alma perfeita, imortal. As imperfeições que manifestamos por meio de nossos hábitos e humores, por meio da doença e do fracasso, não são parte de nossa verdadeira natureza. Identificamo-nos tão profundamente com a consciência mortal que, irrefletidamente, aceitamos suas limitações. Acho que deveríamos orar: 'Senhor, ajuda-me a perceber que não sou este corpo, nem meus humores e hábitos. Faz-me saber que sou sempre teu filho, feito à Tua imagem perfeita.'

Um dia, durante a meditação, eu lamentava o fato de haver tanta imperfeição em mim quando, de repente, ouvi a doce voz da Mãe dizendo: 'Mas tu me amas?' Imediatamente, todo o meu ser ficou transbordando de amor por Ela. Desse dia até hoje, minha mente tem se absorvido num único pensamento: 'Estou cheia de amor por minha Mãe Divina, e nesse amor minha vida se entrega a Ela, para arranjar-se como Ela deseja'. Nela tenho completa fé; sei que Seu amor nunca me faltará.

Deus ama a todos vocês da mesma maneira. A luz do sol brilha igualmente no carvão e no diamante. Não se pode dizer que o sol é parcial, porque o diamante reflete mais luz do que o carvão. De modo semelhante, a luz solar do amor de Deus brilha igualmente em todos. Precisamos nos tornar como o diamante que recebe e reflete a luz Dele.

Incessantemente, cante o nome do Divino, não de forma distraída, mas com atenção total. A comunhão com Deus exige nossa concentração máxima. Não importa o que estejamos fazendo externamente, nossa mente mais profunda pode absorver-se apenas no Único, sussurando sempre: 'Tu és meu único amor'."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 150/151)


terça-feira, 27 de janeiro de 2015

CONSCIÊNCIA SUPERIOR

"Quando olhamos, por um instante que seja, para alguma erupção súbita das forças naturais, para uma explosão tremenda que lança ao ar, talvez em poucas horas, uma poderosa montanha, para penhascos e topos rochosos onde antes havia verdor, ou ainda para um vale que era uma planície, tornando-se contorno de sinuosas colinas, temos ciência de que certamente no passado o homem percebia a erupção desta natureza algo arbitrário, catastrófico, desordenado, inesperado, fora do crescimento ordenado da evolução. Mas sabemos, por meio de estudos recentes, que não existe nada desordenado na erupção de um vulcão, como tampouco no lento crescimento do fundo do mar, quando após dezenas de milhares de anos, o fundo do mar torna-se uma cadeia de montanhas. Pensava-se que um era ordenado, e outro cataclísmico. No entanto, atualmente temos conhecimento de que todos os processos naturais, súbitos ou lentos, inesperados ou previstos, encontram-se dentro do reino da Lei, acontecendo de maneira totalmente ordenada.

O mesmo se dá no Mundo Espiritual. Às vezes podemos ver as erupções aparentemente súbitas das forças do reino espiritual, uma mudança repentina na vida de uma pessoa, em que o seu caráter é totalmente alterado. Toda a sua natureza se altera de uma hora para outra. Mas aprendemos a compreender que também aqui a Lei é suprema; que também nada existe de desordenado nisso, embora muitas dessas coisas não sejam ainda compreendidas pela maioria das pessoas. E estamos começando a entender que tanto no universo espiritual, quanto no físico, existe uma Vida Suprema, manifestando-se de modos infinitamente diversos, e que essa Vida é sempre ordenada em suas operações, não importa quão estranhas, maravilhosas ou inesperadas possam parecer aos nossos olhos obscuros e obtusos."

(Annie Besant - As Leis do Caminho Espiritual – Ed. Teosófica, Brasília, 2011 - p. 12)


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O DESPERTAR DA VIDA

"Ao fim de prolongada seca, o sertão não passava de um vasto cemitério de gravetos retorcidos e cinzentos a fazer companhia às pedras. Do verde, nem sombra. Nenhuma sombra-oásis para interromper a desolação, para proteger retirantes que por ali passavam ou ali morriam. Tudo esturricado. Tudo parecia morto.

Parecia somente.

Debaixo do chão, entretanto, germes dormiam. Na alma-cerne dos troncos e gravetos vibrava ainda a seiva. A vida dormia somente. Não morrera.

Desabaram as primeiras chuvas. Molharam o chão sedento e penetraram fundo para o mundo das raízes. E as águas despertaram a Vida.

Dias depois, a Vida esplendia. O verde explodia, vestindo toda a caatinga.

O pardacento cadáver da seca emigrou. Ninguém sabe para onde."

(Hermógenes - Mergulho na paz - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2005 - p. 148/149)


domingo, 25 de janeiro de 2015

O QUE É, ENTÃO, A LEI DO DEVER?

"O que é, então, a lei do dever? Ela varia com cada estágio de evolução, embora o princípio seja sempre o mesmo. É progressiva como é progressiva a evolução. O dever do selvagem não é o dever do homem culto e evoluído. O dever do instrutor não é o dever do rei. O dever do comerciante não é o dever do guerreiro. Assim, quando estamos estudando a Lei do Dever, devemos começar estudando nosso próprio lugar na grande escada da evolução, estudando as circunstâncias à nossa volta que mostram o nosso karma, estudando nossos próprios poderes e capacidades, e tomando consciência de nossas fraquezas, e a partir deste estudo cuidadoso devemos descobrir a Lei do Dever por meio da qual devemos orientar nossos passos.

O Dharma é o mesmo para todos que estão no mesmo estágio evolutivo e sob as mesmas circunstâncias, e existe algum Dharma comum a todos. Os décuplos deveres estabelecidos pelo Manu são obrigatórios para todos aqueles que queiram trabalhar com a evolução, os deveres gerais que o homem deve ao homem. A experiência do passado deixou neles a sua marca, e sobre eles não podem surgir dúvidas.

Mas há muitas questões sobre o Dharma que não são simples em caráter. A verdadeira dificuldade daqueles que estão se esforçando para avançar ao longo do caminho da espiritualidade é, geralmente, distinguir o seu Dharma, e saber o que exige a Lei do Dever."

(Annie Besant - As Leis do Caminho Espiritual – Ed. Teosófica, Brasília, 2011 - p. 66/68)


sábado, 24 de janeiro de 2015

ATITUDE IMPESSOAL

"(6:5) Que o homem se alce por seu próprio esforço e nunca se avilte. Em verdade, seu eu é seu melhor amigo - ou (se o quiser) seu pior inimigo. 

É inútil censurar os outros pelos próprios infortúnios. Na verdade, não existem infortúnios. 'As condições são sempre neutras', dizia Yogananda. 'Parecem boas ou más, alegres ou tristes, oportunas ou inoportunas conforme as atitudes [e expectativas] positivas ou negativas da mente.' O yogue deve aprender a aceitar com tranquilidade o que lhe acontece. Quando, porém, o ego insiste em atribuir-se tudo aquilo que o possa afetar, 'aviltar-se', a si mesmo aderindo ao fluxo para baixo e para fora da energia que percorre os chakras e, dali, ganha o mundo exterior através dos sentidos.

Se alguém o trata com indelicadeza, injustiça ou mesmo crueldade, decida-se em definitivo a não reagir emocionalmente. Nunca replique; nunca se queixe; nunca se defenda nem agrida, instigado pela consciência do ego. Às vezes, o mal pode ser compensado pelo bem; mas ainda quando o dever o instigar a agir dessa maneira, tente - como Krishna aconselhou a Arjuna - conduzir-se sempre de modo a manter uma atitude impessoal."

(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramhansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 246/247)