OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 17 de janeiro de 2015

TENTE SE COMUNICAR

"Desenvolver essa intuição leva algum tempo. O que se pode fazer entretanto? Faça um esforço para se comunicar. Converse. Não espere seu cônjuge adivinhar o que você pensa. Certa vez uma mulher estava tomando café numa lanchonete e, antes de sair, pediu a conta à garçonete. 'Mas eu coloquei sua despesa na conta do senhor que estava sentado ao seu lado e que acabou de sair', respondeu a garçonete. 'Mas por que é que você fez isso?', perguntou a mulher. 'Nunca vi esse homem antes, nem sei o nome dele.' A garçonete replicou: 'Desculpe-me. Como vocês não conversavam, achei que fossem casados'. É muito triste! Uma psicóloga de Nova York fez uma pesquisa com quarenta mil casais; descobriu que nos quarenta mil casos, marido e mulher conversavam um com o outro, em média, vinte e sete minutos por semana!

Existem casamentos muito profundos, muito unidos, muito íntimos nas suas bases internas onde não há necessidade de conversa em demasia. Um gesto, um olhar é suficiente para que a pessoa amada compreenda. Mas isto é resultado de muito esforço. A maioria das pessoas não procura entender os outros; não procura saber o que o outro sente num nível mais profundo. Portanto, conversem um com o outro - não pressuponha que seu cônjuge possa adivinhar o que se passa em sua mente. E não se refugie na solidão, frustração e mágoa só porque seu esposo ou esposa não compreende o que você está sentindo. Talvez ele ou ela não saiba - como poderia saber? Vocês precisam se abrir e se comunicar. Este é um dos motivos por que Deus nos deu uma boca!"

(Irmão Anandamoy - O Casamento Espiritual - Self-Realization Fellowship - p. 16/18)


sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

SAMKALPAYAMA (PARTE FINAL)

"(...) Conquiste sua imaginação. Não lute. Não tente reprimi-la. No entanto, oriente-a. Leve-a para uma direção construtiva. Quando se surpreender 'sonhando acordado' - realizando na imaginação tudo aquilo que por isso ou por aquilo não consegue realizar 'de verdade' -, desperte. Recuse-se a deixar-se enovelar nos caprichos desse hábito pouco sadio. Aprenda a perceber os momentos em que sua imaginação é quem está dirigindo você não você a ela. Sua imaginação é um instrumento precioso quando você direciona no rumo certo - o de sua libertação, levando-o a integrar-se em si mesmo e integrar-se em Deus. Use o ilimitado poder da imaginação para fazer de si mesmo um retrato mental positivo. Imagine-se cada dia mais vitorioso, sereno, iluminado, forte, equânime, senhor da sua mente, cheio de saúde, de alegria, de amor universal, um homem redimido. Faça isso daqui para o resto de sua existência. A força imensa que a imaginação do hipocondríaco demonstra ao fazê-lo padecer é igual à que você tem a seu dispor para melhorar-lhe a saúde. A imaginação, que tem força para desgraçar, tem o poder de salvar. Nunca a deixe arrastá-lo na direção errada. Mantenha-a sempre firme no rumo de sua redenção."

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 178)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

SAMKALPAYAMA (1ª PARTE)

"Traduz-se samkalpayama por controle sobre a imaginação (yama, controle; samkalpa, imaginação). Vigiar a imaginação, procurando não reprimi-la, mas conquistá-la, é fundamental para uma vida serena, produtiva e sã.

A imaginação é a melhor serva, quando conquistada, mas é a mais tirânica e doida senhora, quando solta e impura. Ninguém desconhece as mil e muitas enfermidades que nascem e crescem, graças à imaginação mórbida. Não é este o caso dos hipocondríacos?! Seus sintomas não são realmente imaginários. Eles existem mesmo e quem lhes dá existência é a imaginação perturbada do doente. As preocupações, que tanto martirizam os ansiosos, não são alimentados pela imaginação? Não é o fato de ficarmos a imaginar que vai acontecer algo de mal que nos tira a calma? A maior parte de nossos sofrimentos antecipados (preocupações) é gratuita. Aquilo que tememos venha acontecer, que a imaginação diz que vai acontecer, muitas vezes só acontece pela força que a imaginação lhes dá. Os preocupados geralmente são homens de imaginação fecunda. Os gênios, também. Nos primeiros, ela é destrutiva. Nestes, criadora. A imaginação, em si, portanto, não é nem construtiva nem destrutiva, a direção em que é usada é o que assim a faz. Não é isto que nos diz a psicocibernética?! É só 'carregar' o servo-mecanismo de nosso cérebro com um alvo negativo e nefasto, para que o mal ocorra, diz essa moderníssima ciência. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 177/178)


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

O UNO É O MÚLTIPLO

"Devoção desabrocha em sabedoria; bhakthi produz jnana. Bhakthi é tão necessário e inevitável como a infância. A devoção promove as virtudes mais altas. Os anos de vida desperdiçados sem a luz do Amor são anos ruinosos, de pó e enfermidade. Seria como estar morto ou para sempre decadente. Prema ou o mais alto Amor transcende o ego. É puro, doce, sagrado e santificante. O Amor para Deus, que brota de seu coração, deve fluir para todos, porque todos são encarnações do mesmo Divino Ser. O mal, em você, se manifestará como obstáculo em seu caminho para a paz; ele foi posto lá por seus próprios sentimentos e impulsos (egocêntricos).

O Uno está cintilando em e através da multiplicidade. O Uno é o múltiplo. 'o Uno decidiu ser múltiplo' (Ekoham bahusyam) para gozar sua própria multiplicidade. O Uno surge como toda esta diversidade. Esta é a Verdade. A insistência sobre a unidade fundamental de toda criação é a característica especial do pensamento hindu. Não se dê por satisfeito com míseros fragmentos de informações. Por trás de todo processo do conhecer, busque Aquele que conhece. Esta é a vitória real."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1989 - p. 77/78)

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

DO SOLITÁRIO AO SOLITÁRIO

"Nas encostas das poderosas montanhas há muitas aldeias, cada uma com sua própria deidade e seu próprio conselho responsável pelas formas de adoração e louvor ao Uno que habita o topo da montanha. De poucos em poucos anos, representantes de todos os conselhos reúnem-se para decidir que encosta é melhor para a subida. Todos eles trazem evidências e citam autoridades, discutem e partem. Muitos abandonam completamente as encostas e se estabelecem nas planícies, alguns acalentam memórias das estórias contadas por seus antepassados depois de sua subida. Umas poucas crianças ouvem o chamado do topo, entre o alarido dos adoradores no templo e dos eruditos nos conselhos. Somente algumas delas têm força e a coragem de empreender a longa e árdua jornada que conduz à presença do Uno que chama.

Quem é que nos chama? Como podemos ouvir e responder? A origem do chamado está dentro de nós ou acima de nós? ‘Quem vos chamou é fiel’, como diz São Paulo. Se pudermos descobrir um modo de prestar atenção e confiar nesta voz, poderemos deixar de lado a teorização e começar a aprender a responder ao chamado. Se pudermos manter a nossa questão central em mente, não é provável que sejamos distraídos por discussões com o nosso próximo ou por tentativas de convertê-lo. A nossa necessidade é de algum caminho prático que nos ajudará a permanecermos em nossa reta mente pela qual, unicamente, podemos ouvir e ver com retidão. Até que desenvolvamos um órgão interno de discernimento, estamos sem âncora, carregados por qualquer vento ocasional."

(Ravi Ravindra - Sussurros da Outra Margem - Ed. Teosófica, Brasília - p.119/120)