OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

DO SOLITÁRIO AO SOLITÁRIO

"Nas encostas das poderosas montanhas há muitas aldeias, cada uma com sua própria deidade e seu próprio conselho responsável pelas formas de adoração e louvor ao Uno que habita o topo da montanha. De poucos em poucos anos, representantes de todos os conselhos reúnem-se para decidir que encosta é melhor para a subida. Todos eles trazem evidências e citam autoridades, discutem e partem. Muitos abandonam completamente as encostas e se estabelecem nas planícies, alguns acalentam memórias das estórias contadas por seus antepassados depois de sua subida. Umas poucas crianças ouvem o chamado do topo, entre o alarido dos adoradores no templo e dos eruditos nos conselhos. Somente algumas delas têm força e a coragem de empreender a longa e árdua jornada que conduz à presença do Uno que chama.

Quem é que nos chama? Como podemos ouvir e responder? A origem do chamado está dentro de nós ou acima de nós? ‘Quem vos chamou é fiel’, como diz São Paulo. Se pudermos descobrir um modo de prestar atenção e confiar nesta voz, poderemos deixar de lado a teorização e começar a aprender a responder ao chamado. Se pudermos manter a nossa questão central em mente, não é provável que sejamos distraídos por discussões com o nosso próximo ou por tentativas de convertê-lo. A nossa necessidade é de algum caminho prático que nos ajudará a permanecermos em nossa reta mente pela qual, unicamente, podemos ouvir e ver com retidão. Até que desenvolvamos um órgão interno de discernimento, estamos sem âncora, carregados por qualquer vento ocasional."

(Ravi Ravindra - Sussurros da Outra Margem - Ed. Teosófica, Brasília - p.119/120)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

COMPAIXÃO: FONTE DE FELICIDADE E DE ALEGRIA

"A melhor maneira de ter certeza de que um dia nos aproximaremos da morte sem remorsos é agindo de maneira responsável e manifestando compaixão pelos outros no presente.

Como vimos, a compaixão é uma das coisas que mais dão sentido às nossas vidas. É a fonte de toda felicidade e alegria duradouras. É o alicerce de um bom coração, o coração daquele que age motivado pela vontade de ajudar os outros.

Por meio da bondade, da afeição, da honestidade, da verdade e da justiça para com todos os outros é que asseguramos nossos próprios benefícios. Essa não é uma questão para ser debatida com teorizações complicadas. É uma questão simples, de bom-senso.

Por isso, podemos rejeitar tudo mais: religião, ideologia, toda a sabedoria recebida, mas não podemos deixar escapar a necessidade de amor e compaixão."

(Dalai-Lama - O Caminho da Tranquilidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 92)


domingo, 11 de janeiro de 2015

AJUDA MÚTUA PARA DESENVOLVER QUALIDADES DIVINAS

"Por meio da lei da relatividade, Deus se dividiu em homem e mulher. Ambos, porém, homem e mulher, sendo feito à Sua imagem, eram essencialmente iguais, por isso Ele criou diferenças superficiais em seus corpos e mentes, não apenas diferenças mentais, mas também emocionais e psicológicas. Deus criou estas diferenças fisiológicas e mentais para distinguir o homem da mulher. O ideal da união espiritual entre eles é que o homem faça aflorar a razão escondida na mulher e que a mulher ajude o homem a descobrir a sensibilidade nele oculta. O Mestre não quis dizer com isto que a mulher seja irracional ou que o homem não tenha sentimentos; pelo contrário, ele afirmou que o homem e a mulher espiritualmente evoluídos ajudam-se mutuamente a desenvolver razão perfeita e sentimento perfeito, ou seja as puras qualidades divinas.

O que significa isso? No princípio, a razão não é pura. É de espécie inferior, oriundo da mente sensorial. A razão perfeita não vem da mente comum, é uma faculdade mais elevada, uma qualidade da alma - sabedoria. No princípio, o sentimento também não é puro, vem mesclado de emoção. Portanto, este é o valor espiritual mais importante do casamento, conforme diz o Mestre na Autobiografia de um Yogue. Citando [seu guru] Swami Sri Yukteswar: 'A responsabilidade pessoal de cada ser humano é restituir à sua (...) natureza dualística uma harmonia unificada, ou seja, o Éden'. Sri Yukteswarji quer dizer com isso que, através do íntimo relacionamento conjugal, o homem e a mulher ajudam-se mutuamente a desenvolver tanto a razão perfeita, ou sabedoria, quanto o sentimento perfeito, ou amor. 

Em outro texto, o Paramahansaji afirma que, quando isto é alcançado, homem e mulher se liberam, primeiro unindo-se um ao outro e, depois, unificando-se em Deus. Esta é a finalidade do casamento. Ao concebê-lo desta forma, fica bastante claro que tal relacionamento tem que se basear na amizade divina - ou seja, no amor incondicional, na lealdade incondicional. Trata-se de um compromisso incondicional.  Se não for assim, não é casamento, porque o verdadeiro objetivo não pode ser cumprido. (...)"

(Irmão Anandamoy - O Casamento Espiritual - Sefl-Realization Fellowship - p. 10/12)


sábado, 10 de janeiro de 2015

DITADORES MESQUINHOS (PARTE FINAL)

"(...) É até melhor esconder o alcoolismo mental do que ceder à sua influência em público. A tolerância desavergonhada e contínua é o solo em que florescem as tendências pré ou pós-natais. O indivíduo que antes de nascer já é propenso ao alcoolismo mental, deve tomar cuidado redobrado, evitando viver em ambientes que reguem as sementes psicológicas inatas de seus maus hábitos e humor. 

Naturalmente, quando você encontra uma pessoa que o trata com formalidade e, com um sorriso postiço, diz: 'Como vai? Tenho enorme prazer em conhecê-lo', enquanto, por dentro, pensa: 'Adoraria cortar sua cabeça por me incomodar.' Você sente o que vai por dentro dessa pessoa e não gosta. Eu mesmo aprecio saber em que pé estou com as pessoas. Prefiro tratamento rude a comportamento hipócrita. Ninguém gosta de arriscar a receber o bote da serpente da insinceridade, surgindo de uma roseira de sorrisos. 

Entretanto, é melhor que o alcoólatra mental seja amistoso, mesmo que hipocritamente, do que descarregar seu mau humor nos outros. A prática diária do autodomínio, mesmo em assuntos de pouca importância, ajudará o alcoólatra mental a sair, pouco a pouco, da embriaguêz de sua própria complacência."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 200)

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

DITADORES MESQUINHOS (4ª PARTE)

"Muitas vezes encontramos o arrimo de família - pai ou filho, e algumas vezes mãe ou filha - exibindo tendências de alcoolismo mental, por terem consciência de que ocupam uma posição de liderança. Esses pequenos ditadores domésticos não deveriam descarregar livremente seu mau humor em dependentes inocentes e indefesos, assim perdendo o respeito íntimo dos que os cercam. Quando um ditador de família pensa que pode fazer o que bem quiser dentro de casa, aos poucos começa a fazer a mesma coisa fora de casa, expressando desagradáveis mudanças de humor ou maus modos. Com o tempo, passa a fazê-lo a qualquer hora e lugar. Se os mesquinhos tiranos domésticos não dominam seus hábitos sádicos, gradualmente se tornam alcoólatras mentais, comportando-se de modo imaturo e causando inúmeros problemas aos que estão íntima ou mesmo casualmente ligados a eles, tanto quanto a si próprios. 

Se você é um alcoólatra mental, procure curar-se: mas, enquanto isso, pelo menos evite tentar contagiar ou influenciar os outros. Pois, seja ou não bem sucedido, provavelmente causará a você mesmo novos problemas. Pense que pandemônio haveria se, de repente alguém soltasse um gambá em seu tranquilo lar, onde você estava calmamente meditando ou lendo um livro junto à lareira. Você e todos a seu redor logicamente tentariam expulsar o gambá e, ao fazê-lo, seriam borrifados com as substâncias malcheirosas do animal. Tanto a família quanto o gambá sofreriam. 

Portanto, não é prudente que um gambá humano entre em ambiente onde não é bem-vindo. Poderá causar problemas para todos e, no fim, ser rudemente tratado. Por favor, lembre-se de que um gambá humano, que carrega a vibração mental de péssimos humores e o reflexo disso em seu rosto, cria incalculáveis danos em ambientes tranquilos. Esse bípede é indesejado em toda parte. (...)"

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 199/200)