OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

COMPAIXÃO: FONTE DE FELICIDADE E DE ALEGRIA

"A melhor maneira de ter certeza de que um dia nos aproximaremos da morte sem remorsos é agindo de maneira responsável e manifestando compaixão pelos outros no presente.

Como vimos, a compaixão é uma das coisas que mais dão sentido às nossas vidas. É a fonte de toda felicidade e alegria duradouras. É o alicerce de um bom coração, o coração daquele que age motivado pela vontade de ajudar os outros.

Por meio da bondade, da afeição, da honestidade, da verdade e da justiça para com todos os outros é que asseguramos nossos próprios benefícios. Essa não é uma questão para ser debatida com teorizações complicadas. É uma questão simples, de bom-senso.

Por isso, podemos rejeitar tudo mais: religião, ideologia, toda a sabedoria recebida, mas não podemos deixar escapar a necessidade de amor e compaixão."

(Dalai-Lama - O Caminho da Tranquilidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 92)


domingo, 11 de janeiro de 2015

AJUDA MÚTUA PARA DESENVOLVER QUALIDADES DIVINAS

"Por meio da lei da relatividade, Deus se dividiu em homem e mulher. Ambos, porém, homem e mulher, sendo feito à Sua imagem, eram essencialmente iguais, por isso Ele criou diferenças superficiais em seus corpos e mentes, não apenas diferenças mentais, mas também emocionais e psicológicas. Deus criou estas diferenças fisiológicas e mentais para distinguir o homem da mulher. O ideal da união espiritual entre eles é que o homem faça aflorar a razão escondida na mulher e que a mulher ajude o homem a descobrir a sensibilidade nele oculta. O Mestre não quis dizer com isto que a mulher seja irracional ou que o homem não tenha sentimentos; pelo contrário, ele afirmou que o homem e a mulher espiritualmente evoluídos ajudam-se mutuamente a desenvolver razão perfeita e sentimento perfeito, ou seja as puras qualidades divinas.

O que significa isso? No princípio, a razão não é pura. É de espécie inferior, oriundo da mente sensorial. A razão perfeita não vem da mente comum, é uma faculdade mais elevada, uma qualidade da alma - sabedoria. No princípio, o sentimento também não é puro, vem mesclado de emoção. Portanto, este é o valor espiritual mais importante do casamento, conforme diz o Mestre na Autobiografia de um Yogue. Citando [seu guru] Swami Sri Yukteswar: 'A responsabilidade pessoal de cada ser humano é restituir à sua (...) natureza dualística uma harmonia unificada, ou seja, o Éden'. Sri Yukteswarji quer dizer com isso que, através do íntimo relacionamento conjugal, o homem e a mulher ajudam-se mutuamente a desenvolver tanto a razão perfeita, ou sabedoria, quanto o sentimento perfeito, ou amor. 

Em outro texto, o Paramahansaji afirma que, quando isto é alcançado, homem e mulher se liberam, primeiro unindo-se um ao outro e, depois, unificando-se em Deus. Esta é a finalidade do casamento. Ao concebê-lo desta forma, fica bastante claro que tal relacionamento tem que se basear na amizade divina - ou seja, no amor incondicional, na lealdade incondicional. Trata-se de um compromisso incondicional.  Se não for assim, não é casamento, porque o verdadeiro objetivo não pode ser cumprido. (...)"

(Irmão Anandamoy - O Casamento Espiritual - Sefl-Realization Fellowship - p. 10/12)


sábado, 10 de janeiro de 2015

DITADORES MESQUINHOS (PARTE FINAL)

"(...) É até melhor esconder o alcoolismo mental do que ceder à sua influência em público. A tolerância desavergonhada e contínua é o solo em que florescem as tendências pré ou pós-natais. O indivíduo que antes de nascer já é propenso ao alcoolismo mental, deve tomar cuidado redobrado, evitando viver em ambientes que reguem as sementes psicológicas inatas de seus maus hábitos e humor. 

Naturalmente, quando você encontra uma pessoa que o trata com formalidade e, com um sorriso postiço, diz: 'Como vai? Tenho enorme prazer em conhecê-lo', enquanto, por dentro, pensa: 'Adoraria cortar sua cabeça por me incomodar.' Você sente o que vai por dentro dessa pessoa e não gosta. Eu mesmo aprecio saber em que pé estou com as pessoas. Prefiro tratamento rude a comportamento hipócrita. Ninguém gosta de arriscar a receber o bote da serpente da insinceridade, surgindo de uma roseira de sorrisos. 

Entretanto, é melhor que o alcoólatra mental seja amistoso, mesmo que hipocritamente, do que descarregar seu mau humor nos outros. A prática diária do autodomínio, mesmo em assuntos de pouca importância, ajudará o alcoólatra mental a sair, pouco a pouco, da embriaguêz de sua própria complacência."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 200)

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

DITADORES MESQUINHOS (4ª PARTE)

"Muitas vezes encontramos o arrimo de família - pai ou filho, e algumas vezes mãe ou filha - exibindo tendências de alcoolismo mental, por terem consciência de que ocupam uma posição de liderança. Esses pequenos ditadores domésticos não deveriam descarregar livremente seu mau humor em dependentes inocentes e indefesos, assim perdendo o respeito íntimo dos que os cercam. Quando um ditador de família pensa que pode fazer o que bem quiser dentro de casa, aos poucos começa a fazer a mesma coisa fora de casa, expressando desagradáveis mudanças de humor ou maus modos. Com o tempo, passa a fazê-lo a qualquer hora e lugar. Se os mesquinhos tiranos domésticos não dominam seus hábitos sádicos, gradualmente se tornam alcoólatras mentais, comportando-se de modo imaturo e causando inúmeros problemas aos que estão íntima ou mesmo casualmente ligados a eles, tanto quanto a si próprios. 

Se você é um alcoólatra mental, procure curar-se: mas, enquanto isso, pelo menos evite tentar contagiar ou influenciar os outros. Pois, seja ou não bem sucedido, provavelmente causará a você mesmo novos problemas. Pense que pandemônio haveria se, de repente alguém soltasse um gambá em seu tranquilo lar, onde você estava calmamente meditando ou lendo um livro junto à lareira. Você e todos a seu redor logicamente tentariam expulsar o gambá e, ao fazê-lo, seriam borrifados com as substâncias malcheirosas do animal. Tanto a família quanto o gambá sofreriam. 

Portanto, não é prudente que um gambá humano entre em ambiente onde não é bem-vindo. Poderá causar problemas para todos e, no fim, ser rudemente tratado. Por favor, lembre-se de que um gambá humano, que carrega a vibração mental de péssimos humores e o reflexo disso em seu rosto, cria incalculáveis danos em ambientes tranquilos. Esse bípede é indesejado em toda parte. (...)"

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 199/200)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

INFLUÊNCIAS NEUTRALIZANTES (3ª PARTE)

"Mudança de companhia é o melhor remédio para o alcoolismo mental agudo de qualquer espécie, pois a vontade do alcoólatra mental tornou-se escrava do hábito e, portanto, ele não oferece a menor resistência ao mal. A cura mais eficaz é mudá-lo, imediatamente, para um ambiente que possa servir de antídoto específico à sua condição mental tóxica. 

Se possível, o alcoólatra mental da raiva deve ser colocado com um ou mais indivíduos que nunca se encolerizam, mesmo sob circunstâncias irritantes. A pessoa sexual deve ter a seu redor pessoas de autodomínio; o ladrão precisa da companhia de pessoas honestas. O indivíduo cronicamente tímido pode ser ajudado pela associação com pessoas corajosas e pela leitura de histórias de homens que foram heróis. Tipos mal-humorados, desdenhosos ou 'azedos', devem ter a companhia de pessoas habitualmente alegres. 

O alcoólatra mental deve lembrar-se de que a alimentação deficiente, bem como a ingestão de carne (especialmente de boi e de porco) agravarão sua enfermidade psicológica, fixando-a ainda mais fortemente no cérebro. A abundância de frutas e verduras na dieta cotidiana e um dia de jejum por semana, só com suco de frutas - com um jejum mais longo de vez em quando - muito contribuirão para modificar os sulcos cerebrais em que os hábitos nocivos se abrigam. 

Excessos sexuais debilitam o sistema nervoso e os neurônios, o que, por sua vez, piora a raiva do alcoólatra mental. O abuso do sexo também destrói a força de vontade. Por isso, todos os alcoólatras mentais devem aprender a controlar o impulso sexual, para serem moderados nas relações conjugais, segundo os desígnios da natureza."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 198/199)