OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

UM CONCEITO FALSO (2ª PARTE)

"O homem colérico, o sensual e o ganancioso esquecem sua posição e sua relação à sociedade, cometendo grandes erros que arruinam suas vidas e as dos outros. Muitos desses alcoólatras mentais pensam que, se exteriorizarem seus hábitos psicológicos, sentirão algum alívio. Mas o hábito autocomplacente de ceder aos maus impulsos é extremamente prejudicial, pois é através da repetição de expressões negativas que o indivíduo se torna um alcoólatra mental crônico, caindo no ridículo em qualquer tempo e lugar.

Se as crianças forem expostas a maus ambientes enquanto suas mentes ainda são maleáveis, desenvolverão hábitos errôneos que, se não controlados, podem levar ao alcoolismo mental crônico. Ao notarem súbita mudança no filho - por exemplo, se um garoto de temperamento calmo passa a ter frequentes acessos de raiva - os pais devem agir o quanto antes. Deve-se identificar e remover as causas das frustrações, procurando novos meios para o emprego construtivo das energias.

Aqueles que habitualmente mostram qualquer uma das características aqui mencionadas são alcoólatras mentais. Por imprudência, despencam pelas 'Cataratas do Niagara' dos constantes maus hábitos, despedaçando sua felicidade, ao mesmo tempo em que, desamparada mas voluntariamente, permitem a expressão descontrolada de suas piores características. Não é aconselhável censurar alcoólatras mentais que, frequentemente, têm violentos acessos de desgosto e tédio pelo mundo. Sua atitude resulta da contínua repetição de hábitos nocivos. Devem ser tratados como pacientes psicológicos que sofrem de doenças mentais crônicas."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 198)

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

CURAR O ALCOOLISMO MENTAL (1ª PARTE)

"Quem bebe demais forma um hábito pernicioso. Se a pessoa não se esforça para controlar a facilidade de beber, pode tornar-se um alcoólatra e, indefeso, sofrer do desejo irresistível de beber sem limites, sem razão nenhuma. Essas pessoas infelizes costumam gastar todo o dinheiro em bebida; comem pouco e parecem nutrir-se do próprio álcool. Perdem o senso normal de responsabilidade para com a saúde e uma posição honrada na família, na sociedade e no mundo. Com o tempo, podem perder todo o senso de dignidade e ser encontradas completamente bêbedas em qualquer lugar - na sarjeta ou no meio da rua - expostas aos perigos de assaltos ou atropelamentos. 

Esta descrição das pessoas que abusam da bebida serve para ilustrar o que quero dizer com a expressão 'alcoolismo mental'. Os alcoólatras mentais podem ser individualmente classificados, em função de seus extremos psicológicos específicos e crônicos, que podem ser raiva, medo, sexo, sadismo, jogos de azar, roubo, ciúme, ódio, gula, mau humor, malícia ou irracionalidade. 

Quando, logo no começo da vida, alguém exibe acessos exagerados de raiva, medo, ciúme - ou de qualquer característica mencionada - podemos saber que esses hábitos mentais anormais foram adquiridos em existência anterior. Os pais que notarem em seu filho qualquer uma dessas tendências psicológicas nocivas, mesmo na infância, devem agir logo e tomar providências para evitar que a criança se torne um alcoólatra psicológico. Se possível, devem mudar seu ambiente, colocando o filho sob os cuidados de bons instrutores espirituais.

Por meio de boa companhia constante e do ambiente adequado durante muitos anos, um alcoólatra mental pode livrar-se dos tentáculos do mal congênito. Enquanto estiver recebendo um tratamento sério em bom ambiente, deve ouvir tudo a respeito das consequências perniciosas de seus hábitos, ser incentivado à autorreflexão, e fazer o esforço sério de não manifestar esses maus hábitos em circunstância alguma. Toda complacência com um hábito mental adquirido antes do nascimento fortalece-o cada vez mais, até o possuidor ficar literalmente escravizado."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 197/198)

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

AQUIETANDO-SE NATURALMENTE (PARTE FINAL)

"(...) Outro aspecto do problema torna-se aparente quando observamos a nós mesmos, sem querer ser ou fazer isso ou aquilo, abrindo mão de trivialidades e superficialidades. Com relação à profissão ou à ocupação, é necessário ter atenção e cuidadoso discernimento. Mas existem inúmeras atividades superficiais da mente que não tem propósito; seguem em frente mecanicamente. A mente está enredada em desejo, e a mente-desejo sente-se viva quando está em estado de preocupação, medo ou agitação. Ela não consegue se manter ocupada com coisas profundas; portanto, mantém-se numa atmosfera de trivialidades.

A mente aquieta-se quando o foco de sua atenção passa do pessoal para o impessoal, do trivial e superficial para o real e significativo. O estado de quietude torna-se natural quando pensamos em termos da natureza universal da experiência – dor, alegria, luta e assim por diante - , porque o foco muda. Helena Blavatsky aconselhou aos estudantes de espiritualidade a se demorarem nas verdades universais. À medida que o foco muda, o interesse também muda.

Então, embora leve tempo para a mente morrer, nós não desistimos. O desafio é interessante. O estudante universitário acha seu trabalho cansativo quando só tenta conseguir boas notas e um bom emprego, mas se seu interesse estiver desperto, ele trabalha com alegria; assim, a estrada espiritual é o tempo todo ascendente, mas quando há interesse, escalar é uma alegria."

(Radha Burnier - Aquietando-se naturalmente -  Revista Sophia, Ano 9, nº 33, p.41)

domingo, 4 de janeiro de 2015

AQUIETANDO-SE NATURALMENTE (2ª PARTE)

"(...) Uma das características de uma pessoa espiritualmente evoluída é que ela não é pessoal. Pelo contrário, a mente-desejo é muito pessoal, como rapidamente descobrimos quando observamos com cuidado nossas reações do dia a dia com relação às pessoas e aos incidentes. À medida que a mente se torna mais perspicaz e mais afiada, ela se torna crítica em relação ao modo como os outros pensam e agem. Aliás, ela tem considerável satisfação em notar algo que possa criticar ou condenar. No nível subconsciente, isso fortalece o centro egoico e seu senso de superioridade – o que talvez possa explicar por que falar e pensar criticamente dos outros é tão comum. 

Certamente é bom ser crítico no sentido correto; é um sinal de que viveka, ou a faculdade de discernir, está devidamente ativa. Mas esse tipo de observação deve estar livre do elemento pessoal. O verdadeiro viveka não produz reações nem memórias que distorçam o relacionamento. Por outro lado, a atitude não pessoal dá origem a sentimento de gentileza e de compreensão das lutas que as outras pessoas travam. Ser verdadeiramente impessoal ou estar calmamente perceptivo do que acontece, não tendo resíduos ou imagens na mente. (...) 

A perspectiva pessoal e a reação pessoal são como uma ferida na mente, uma fonte de irritação. Se aprendemos a ser pessoais ou um tanto não pessoais (a palavra impessoal sugere falta de sentimento, mas os bons sentimentos caracterizam a mente não pessoal), poderemos descobrir que existe muito menos atividade e agitação mental. (...)" 

(Radha Burnier - Aquietando-se naturalmente -  Revista Sophia, Ano 9, nº 33, p.41)

sábado, 3 de janeiro de 2015

AQUIETANDO-SE NATURALMENTE (1ª PARTE)

"'Como posso controlar a minha mente?' Os interessados na vida espiritual em algum momento fazem essa pergunta. A constante atividade mental é cansativa, obstrui a reflexão e não dá espaço para que, nos momentos de calma, surjam percepções profundas. Somente uma mente pacífica parece refletir a essência da vida, assim como as águas de um lago devem estar calmas e claras para refletir o céu.

Muitos buscadores tentam, durante muito tempo, meditar de maneira eficaz. Eles se esforçam ardentemente para retirar a mente de suas andanças, mas ela é rebelde e é repetidamente bem-sucedida em fugir. Isso é desanimador, e então surge o sentimento de que a única opção é desistir. Embora vários instrutores tenham aconselhado que a pessoa deve continuar o esforço para subordinar a mente recalcitrante, há um ponto além do qual a pessoa sente que não consegue continuar com a batalha.

Portanto, vale a pena uma séria consideração para verificar se, com uma abordagem diferente, a mente se tornará menos excitável e mais tranquila. Krishinamurti disse: ‘Permita que a mente tenha liberdade para morrer.’ Mas a experiência mostra que, quando se dá liberdade à mente, ela não morre; continua com sua energia frenética. Será porque estamos incessantemente alimentando-a para mantê-la viva? Nesse caso, devemos descobrir qual é o combustível que a inflama e a mantém em atividade. (...)"

(Radha Burnier - Aquietando-se naturalmente -  Revista Sophia, Ano 9, nº 33, p.41)