OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 28 de dezembro de 2014

PLANOS PARA A TRANSFORMAÇÃO (4ª PARTE)

"Com a correta compreensão, o correto motivo e o conhecimento do novo ciclo em que estamos entrando, podemos fazer planos para o processo de transformação e nos mantermos preparados. Quando não estamos bem preparados, as mudanças geralmente se manifestam como um tipo de caos em nossa vida e se transformam em mudanças dolorosas, porque nós resistimos a elas. Nada permanece estacionário durante muito tempo, embora nossos egos muitas vezes não gostem de ver a mudança e resistam. Mas a vida sempre encontra uma maneira de assegurar o apredizado e o crescimento. será que a lagarta sempre resiste a se transformar em borboleta?

Essas mudanças não ocorrem apenas no nível psicológico; elas se estendem também ao mundo à nossa volta. Não estamos isolados dos outros seres humanos; temos um elo, uma união da qual não nos lembramos em nossa encarnação atual, porque aqui a separatividade e a autoconsciência limitada são o foco. No entanto, nós conhecemos essa união no nível espiritual. Quando alguém sofre uma transformação, afeta as pessoas em volta e a sociedade ou a cultura em que vive; essas pessoas e essa sociedade ou cultura, por sua vez, também devem passar por suas próprias mudanças.

Pessoas que passaram por transformações poderosas em suas vidas, como Mahatma Gandhi ou Madre Teresa, afetaram a sociedade em que viviam. Assim, lentamente, a onda da vida humana nesse planeta muda e evolui, porque nós, como indivíduos, mudamos e evoluímos. O mundo em que nascemos não é o mesmo que será vivenciado por nossos filhos. Ele evoluiu, deu um passo à frente, passou por seus próprios ciclos de sete anos, tal qual nós, muitas vezes aos trancos e barrancos. Consideremos as mudanças que estamos vendo acontecer pelo mundo atualmente: as pessoas estão exigindo mudanças na formas de governo, por exemplo, o que mostra que elas deram um grande passo transformador. (...)"

(John Vorstermans - Ciclos e mudanças - Revista Sophia, Ano 12, nº 52 - p. 16)
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sábado, 27 de dezembro de 2014

A ARTE DE CALAR E NÃO VER

"Não te esqueças, amigo ignoto, de que todo homem, mesmo o mais positivo e dinâmico, é essencialmente fraco, indigente, necessitado de socorro.

Todo homem tem as suas horas de solidão interior, horas de trevas e desânimo, horas de desorientação e negro pessimismo.

É preciso que saibas adivinhar, nos olhos e na alma do próximo, essas horas noturnas...

Deves saber quando convém visitá-lo - e quando convém deixá-lo a sós...

Quando falar com ele - e quando calar com ele...

Quando o animar - e quando o tolerar, porque até os santos devem ser tolerados...

É preciso que saibas ver a seu tempo - e não ver a seu tempo...

É preciso que saibas silenciar em face das suas derrotas íntimas - e fechar os olhos ante as suas fraquezas...

Quem espera de seu irmão perfeição absoluta cairá de decepção em decepção - e está sempre disposto a lhe tirar do olho o argueiro.

Há na vida de todo mortal momentos trágicos em que se apagam todos os faróis da praia, em que se eclipsam todas as estrelas do firmamento, em que vacilam todas as colunas sob a veemência do terremoto...

Há na vida humana transes de suprema angústia em que o pobre mártir do próprio ego tem de disfarçar com a serenidade dum sorriso convencional o candente vulcão da sua tragédia interior...

Nem sempre a sociedade permite ao homem ser o que ele é...

Feliz de quem encontra uma alma compreensiva no meio da incompreensão! 

Feliz de quem sabe ignorar, na discreta reticência dum grande amor, aquilo que desune os homens e acende nas almas infernos de infelicidade!

Muitos são os homens que enxergam com admirável precisão - poucos os que sabem ser cegos quando convém...

Eterno silêncio envolve os cumes excelsos das grandes montanhas - e as ínfimas profundezas do mar...

Mudos são os mais humanos e os mais divinos momentos da nossa vida - os abismos da dor e as alturas do amor. 

Nas mais altas alturas e nas mais profundas profundezas do seu ser - o homem está só...

E a sós consigo e com Deus tem de resolver os mais trágicos problemas da vida...

Ninguém o pode acompanhar nessa grande solidão...

Nem pai nem filho...

Nem esposo nem esposa...

Nem irmão nem amigo...

Ele só com Deus..."

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2005 - p. 175/176)


FRONTEIRAS A ATRAVESSAR (3ª PARTE)

"Muitas vezes estudamos os aspectos físico, etérico, prânico, emocional e mental de nossa personalidade como partes separadas, mas na realidade eles são um campo energético entrelaçado, que é chamado kama-manas, em sânscrito. Ele é a natureza do desejo que envolve os sentidos, o sentimento e a mente racional. No ser humano desenvolvido (o Adepto), estão todos sob o controle da mente superior. No entanto, nem sempre é esse o caso; à medida que crescemos e nos desenvolvemos, frequentemente descobrimos que os sentidos e os sentimentos exercem mais poder sobre a mente e muitas vezes ditam as suas ações. Certamente a meta da humanidade nesse estágio de sua evolução é desenvolver a mente de modo que ela se torne um verdadeiro governante de nossas outras faculdades e seja regida pela mente superior.

No momento em que chegamos aos 28 anos de idade e começamos nosso quinto ciclo, nossa personalidade está bem desenvolvida e as mudanças acontecem mais no nível psicológico, que é onde crescem e evoluem nossas percepções da realidade. No entanto, essas mudanças são as mais desafiadoras, porque descobrimos que nossos egos se tornaram condicionados a um modo particular de pensar, ou se acostumaram ao nosso modo de vida. Enquanto crescemos, nossa percepção é afetada por influências como a religião na qual somos educados, nossas crenças familiares, os pontos de vista de nossos colegas, nossa educação. Todas essas coisas criam filtros que afetam a nossa percepção. Experimentamos também altos e baixos emocionais, traumas e dores que causam impactos sobre o nosso corpo e alteram o modo como reagimos aos eventos no mundo em volta. Esses traumas, a menos que sejam tratados, limitarão a nossa percepção e inibirão o nosso crescimento. No entanto, a vida tem uma maneira de atrair a nossa atenção para essas coisas com crescente regularidade, até que lidemos com elas e as enfrentemos. Sempre teremos a escolha de processá-las quando quisermos, o que certamente é o objetivo da nossa jornada espiritual, constantemente nos transformando e limpando os filtros e bloqueios emocionais.

Há uma inquietação dentro de nós, algum tipo de descontentamento que parece estar nos impelindo numa certa direção, empurrando-nos para atravessar alguma fronteira limitante criada por nós. Chegamos então ao momento em que um novo ciclo de sete anos deve começar, e descobrimos que a própria vida nos levou a um ponto onde somos forçados a atravessar a fronteira e sair do outro lado, Isso geralmente causa mudanças na vida; muitas pessoas descrevem essa fase como um tipo de iniciação.

A maioria das pessoas atravessa esses períodos sem prestar muita atenção; no entanto, aquelas mais conscientes de sua jornada espiritual já desenvolveram alguma autopercepção e compreenderam que, a cada período de sete anos, uma energia especial de transformação se apresenta. Essas pessoas são capazes de trabalhar na direção da transformação com muito maior eficácia, por esforço próprio, e verdadeiramente alcançam sólidos resultados."

(John Vorstermans - Ciclos e mudanças - Revista Sophia, Ano 12, nº 52 - p. 14/15)
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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

PREPARA-TE PARA A MORTE

"Não invista toda sua energia nas exigências do corpo, o qual a cada minuto envelhece e marcha rápido em direção ao cemitério. A vida é como uma feira de três dias; é como flor que murcha ao entardecer. 

A velhice, quando se perde o encanto físico, quando para tudo se fica a depender dos outros, cedo sobrevirá. 

Prepare-se, pois, para a morte. Equipe-se para enfrentá-la calma e alegremente, resignando-se à Vontade do Senhor.Você não conseguirá isso num instante, quando o desejar; resultará de longos anos de prática. 

Em tudo que acontece, veja a mão de Deus; então você nem exultará nem se afligirá. Depois disso, sua vida será um contínuo puja (adoração) ou uma incessante meditação (dhyana)."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1989 - p. 97/98)


CICLOS E MUDANÇAS (2ª PARTE)

"(...) A Teosofia dá especial importância ao número sete. Se considerarmos atentamente esse número, descobriremos que ele ocorre em toda parte no ciclo da vida. Também tem relevância em muitos textos sagrados. Na Bíblia, vemos que Deus criou a Terra em seis dias e no sétimo dia descansou. A palavra sete (em hebraico) aparece 392 vezes na Bíblia (7 x 7) + (7 x 7 x 7) ou 392 = 7² + 7³. Helena Blavatsky, cofundadora da Sociedade Teosófica, sugere que 'tudo é setenário, tanto no universo metafísico quanto no físico.'

Em nossa jornada humana atravessamos estágios definidos de evolução. Nossos primeiros sete anos estão focados principalmente no desenvolvimento do corpo, nos órgãos e nos sentidos. Nos sete anos seguintes desenvolvemos as emoções e a mente racional. Todos sabemos que as crianças descobrem como obter o que desejam quando percebem as fraquezas emocionais de seus pais. No terceiro ciclo, de 14 a 21 anos, a puberdade desabrocha com um outro conjunto de energias para integrar nosso ser. 

Ao longo dos três primeiros períodos de sete anos desenvolvemos os veículos físico, emocional e mental (que constituem a personalidade), e o uso de nossos sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar) nos permite agir como interface com esse mundo no qual encarnamos. Em cada encarnação levamos o que parece um longo tempo antes de termos um veículo que possa funcionar de maneira apropriada nesse mundo, mas logo que o obtemos, ele atrai toda a nossa atenção e assim logo esquecemos, tal como uma criancinha, que nosso reino de realidade é muito mais do que apenas físico. Certamente o desenvolvimento jamais para de fato, e em cada encarnação melhoramos um pouco mais."

(John Vorstermans - Ciclos e mudanças - Revista Sophia, Ano 12, nº 52 - p. 13)