OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O PECADO EQUIVALE À IGNORÂNCIA (2ª PARTE)

"(...) 'Por que o crime é um pecado? Porque a vida que lhe pertence é a mesma de todos os seres. Negar a quem quer que seja o direito de viver é negar a realidade dessa vida universal da qual você, também, é uma manifestação. Em termos de espírito, o crime é um suicídio.

'Por que é pecaminoso roubar? Porque o que você nega aos outros nega também a si próprio, já que o Eu superior dos outros é também seu Eu superior. Invariavelmente, ao fim e ao cabo, o ladrão se torna cada vez mais pobre. Dando ênfase aos desejos egoístas e colocando-os acima da compreensão do seu Eu universal, ele se afasta da verdadeira e única Fonte de vida e de toda a fartura. Roubando dos outros em proveito do ganho egoísta, ele acaba por diminuir a sua verdadeira identidade em vez de, como acredita, aumentá-la.

'Por outro lado, dar de si mesmo aos outros aumenta essa identidade e abre a inesgotável Fonte de abundância.

'Por que é algo pecaminoso dizer mentiras? Porque, pela mentira, a pessoa se afasta da realidade e daquela verdade superior que, sozinha, como afirmou Jesus, 'haverá de libertá-lo'.* Ao contar mentiras, a pessoa se isola do amparo que o universo proporciona gratuita e amorosamente a todos os que vivem em harmonia com as suas leis.

'O mentirosa arruína os fundamentos de todas as coisas que tenta construir neste mundo. Por fim, tudo se torna uma casa construída sobre a areia. As palavras simples de um homem que diz a verdade, por outro lado, são consistentes no universo. (...)"

* João 8:32.

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Essência da Autorrealização - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 61/62)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

OS ENSINAMENTOS DE BUDA

"Quando Buda, um ser da Sexta ronda, veio ao planeta Terra, que está em sua Quarta Ronda, era como pegar um Einstein e colocá-lo trabalhando nas galés, como escravo, nos tempos antigos.

O Buda veio para ensinar ao homem que o sofrimento e a dor são inevitáveis... que eles são parte do papel cármico deste planeta... que uma atitude correta em relação ao sofrimento vai ajudar os homens a lidar com eles.

          Uma jovem mulher, tendo perdido seu primeiro filho, ficou tão abalada pelo sofrimento que errava pelas ruas implorando um remédio mágico para restituir a vida de seu filho. Alguns voltavam-lhe as costas com pena; outros zombavam e chamavam-na louca; ninguém conseguia encontrar palavras para consolá-la. Mas um sábio, percebendo seu desespero, disse: ‘só há uma pessoa em todo mundo que pode fazer esse milagre. Ele é o Perfeito, e mora no topo da montanha. Vá até ele e peça.’

          A jovem subiu a montanha e postou-se diante do Perfeito e implorou: ‘Ó buda, dê a vida de volta a meu filho.’

          Buda disse: ‘Desça para a cidade, vá de casa em casa e traga-me um grão de mostarda de uma casa em que nunca morreu alguém.’

          O coração da jovem estava leve enquanto ela descia depressa a montanha e entrava na cidade. Na primeira casa que visitou, disse: ‘O Buda me pediu para pegar um grão de mostarda de uma casa que nunca tenha conhecido a morte.’

          ‘Nesta casa muitos morreram’, disseram-lhe. Assim ela foi à casa seguinte, e tornou a perguntar. ‘É impossível contar o número dos que morreram aqui.’ responderam-lhe. Portanto, a mulher foi a uma terceira casa, e à quarta, e à quinta, e assim por toda a cidade, e não conseguiu encontrar uma única casa que a morte não tivesse alguma vez visitado.

          Assim a jovem voltou ao topo da montanha. ‘Você trouxe o grão de mostarda?’, perguntou Buda. ‘Não’, respondeu ela, ‘e nem procuro mais. Minha dor me tinha cegado. Pensei que só eu havia sofrido nas mãos da morte.’

          ‘Então por que voltou?’, perguntou o Perfeito. ‘Para pedir-lhe que me ensine a verdade’, respondeu ela. E o buda lhe disse: ‘Em todo mundo do homem e em todo o mundo dos deuses esta é a única Lei: todas as coisas são transitórias.’

Os seres humanos possuem muito mais do que cinco sentidos. Um deles é o sentido da dor, e o corpo físico tem muitos órgãos sensoriais para registrar a dor – existe até mesmo um conduto especial na espinha, com esta finalidade.”

(Dr. Douglas Backer - Leis Cármicas – Ed. Record, Rio de Janeiro, 1982 - p. 30/31)


O PECADO EQUIVALE À IGNORÂNCIA (1ª PARTE)

"'O que é o pecado?', perguntou um discípulo.

'O pecado equivale ao erro; ele é consequência da ignorância', replicou o Mestre.

'O que é a ignorância? E o erro?'

'A ignorância é a falta de percepção das realidades do espírito, e a substituição da ilusão em que se vive por essas realidades. O erro é toda ação que se baseie nesse conceito equívoco.'

'O pecado não significa, pois, violar os Dez Mandamentos de Deus?', indagou o discípulo.

'Exatamente', respondeu Yogananda. 'Mas faça a você mesmo a seguinte pergunta: Por que Deus deu esses mandamentos à humanidade? Esse fato não foi algo arbitrário. E certamente não se destinava a nos impedir de encontrar a felicidade. Em vez disso, visava nos advertir de que certos tipos de comportamento haverão de intensificar o império da ilusão sobre a nossa mente, e nos haverão de privar da verdadeira felicidade. 

'Se alguém pensa no pecado como o desrespeito aos mandamentos de Deus, vem à luz a ideia da cólera de Deus e do julgamento implacável; mas o Senhor é quem nos governa! Nós somos os Seus filhos. Por que deveria Ele nos julgar? Somos nós, em vez disso, que julgamos a nós mesmos ao imaginar que tudo o que fazemos não merece perdão; no entanto, se entendermos o pecado como erro, perceberemos que nossos erros são passíveis de correção.'

Paramhansa Yogananda prosseguiu, referindo-se ao seu próprio guru: 'Sri Yukteswar costumava dizer, conforme escrevi em Autobiografia de um Yogue, 'Esqueça o passado. Na vida de muitos homens, o passado está manchado por muitos atos vergonhosos. A conduta humana é sempre falível quando o homem não está ancorado no Divino. No futuro, todas as coisas haverão de melhorar se você no momento estiver se esforçando, em termos de espiritualidade, para tanto'. 'Eu sempre gosto de lembrar às pessoas esta simples verdade: Um santo é um pecador que não desistiu de fazer progressos!' (...)"

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Essência da Autorrealização - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 60/61)


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

TODOS ESTAMOS DOENTES NO TERRITÓRIO DA EMOÇÃO

"Não há uma pessoa nesta terra que não esteja doente no território da emoção. Uns mais e outros menos. Uns manifestam seus conflitos e outros ficam represados. Mas todos temos, em diferentes graus, dificuldades de administrar nossos pensamentos. Quem consegue gerenciar plenamente seus sentimentos e ser senhor de sua emoção?

O maior doente é o que não reconhece a sua fragilidade. Cuidado! Como disse, temos no máximo cinco segundos para criticar silenciosamente as zonas de tensão da emoção e não permitir que elas se tornem matrizes doentias na memória e, consequentemente, evitar que gerem ideias fixas. Não deixe que as ofensas estraguem seu dia. Não permita que os fracassos façam de você uma pessoa tímida e inferiorizada. Não se puna diante dos seus erros. O sentimento de culpa deve ter uma dose suficiente para fazê-lo reconhecer as suas falhas e mudar suas rotas. Atenção! Se o sentimento de culpa for exagerado, ele paralisará sua emoção e o controlará.

Podemos inferir, do ponto de vista psicológico, que Jesus passou pelo mais dramático e contínuo estado de stress que um ser humano pode passar. Portanto, era de se esperar que quando ele abrisse a boca, aparecesse um homem radical e agressivo, mas eis que apareceu um homem extremamente gentil e agradável.

Era crível que surgisse um homem que desse pouco valor à vida, mas eis que apareceu alguém, que gostava de olhar os lírios do campo. Era previsível que fosse gerado um revoltado, um especialista em reclamar e julgar os outros, mas eis que surgiu um homem, dizendo: 'Felizes são os misericordiosos, porque alcançarão a misericórdia'. Quem é esse que exala gentileza na terra árida pelo stress?"

(Augusto Cury - O Mestre do Amor - Ed. Academia de Inteligência, São Paulo, 2002 - p. 45/46)

UMA ALEGRIA INFINITA (PARTE FINAL)

"(...) o livro Um Curso em Milagres (Glen Ellen, Foundation for Inner Peace) ensina que o que acontece no mundo é apenas uma cortina de fumaça com o objetivo de encobrir uma luz que não pode ser encoberta; quando descobrimos isso procuramos eliminar a cortina para olhar e vivenciar o que está além dela. Somos prisioneiros da fumaça até o momento que nos voltamos para dentro e do fundo do nosso silêncio interno redescobrimos, nas asas do silêncio, a sabedoria da luz. Essa sabedoria fala da necessidade de mudar nossa visão de mundo e de deixar de lado, a visão egotista para abraçar a visão iluminadora que transborda dos ensinamentos dos grandes mestres de todos os tempos.

Tentar mudar o mundo sem fazer nada para mudar nosso interior é tentar mudar o efeito sem fazer nada para mudar a causa. A causa da destruição está dentro de nós, no nosso ego, e só quando a causa é modificada as mudanças duradoras realmente acontecem. O sistema de pensamento egotista destrói o altar divino interior, e, com nosso altar profanado, normalizamos a loucura e cometemos atos de violência contra nossas ecologias pessoal, social e ambiental.

Esse é o momento de, por meio do silêncio interior, soltar o prisioneiro das ilusões do ego, dissolver as barras que bloqueiam o que temos de mais caro e rico dentro de nós. Livres como um passarinho, poderemos voar até o pico mais alto das montanhas do Himalaia mental, e, assim, adquirir uma visão que não depende dos olhos físicos. Isso nos abrirá para uma compaixão genuína por tudo e por todos e alimentará nossa felicidade eterna."

(Antonio Monteiro dos Santos - O silêncio e a verdade interior - Revista Sophia, Ano 12, nº 52 - p. 21)