OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A RELAÇÃO COM O MUNDO DOS OBJETOS

"Como é sua relação com o mundo dos objetos, com as inúmeras coisas que o cercam e que você usa diariamente? A cadeira onde você senta, o carro que dirige, a xícara onde toma seu café? Como é que você os vê e sente? Eles são apenas um meio para atingir alguma coisa, ou, de vez em quando, você reconhece a existência deles, o ser deles, e lhes dá atenção, mesmo que por pouco tempo?

Quando você se apega aos objetos, quando você os usa para valorizar-se ante os outros e aos seus próprios olhos, a preocupação com os objetos pode dominar toda a sua vida. Quando se identifica com as coisas, você não as aprecia pelo que são, pois está se vendo nelas.

Quando você aprecia um objeto pelo que ele é, quando toma conhecimento da existência dele sem fazer qualquer projeção mental, você se sente grato por ele existir. Pode também sentir que ele não é um objeto inanimado, apesar de parecer assim para nossos cinco sentidos. Os cientistas comprovam que, a nível molecular, cada objeto é um campo de energia pulsante.

Se você desenvolve uma apreciação pelo reino das coisas desprendida do ego, o mundo à sua volta adquire vida de uma forma que você não é capaz sequer de imaginar com a mente."

(Eckart Tolle - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 62)

MUDANÇA NA CONSCIÊNCIA HUMANA (1ª PARTE)

"Imaginar um ego isolado de tudo o mais e trancafiado num saco de pele é uma alucinação. Na verdade, tudo está conectado com tudo o mais. Dada à enorme similaridade do pensamento budista com a ecologia profunda, não é difícil compreender que a 'egocentricidade' precisa ser substituída pela 'ecocentricidade'.

Como podemos aproveitar a óbvia interconexão entre o pensamento budista e ecologia profunda para lidar com os problemas urgentes que ameaçam os seres vivos neste planeta? Como escreveu Vaclav Havel, ex-presidente da república Checa, 'a única opção para nós é uma mudança na esfera do espírito, na esfera da consciência humana. Não basta inventar novas máquinas, novas regras e novas instituições. Devemos desenvolver uma nova compreensão do verdadeiro propósito de nossa existência na Terra. Somente ao efetuarmos essa mudança fundamental seremos capazes de criar novos modelos de comportamento e um novo conjunto de valores para o planeta.'

Assim como Havel, dezenas de filósofos, economistas e políticos têm reconhecido que a crescente crise humana é resultado da falta de raízes espirituais profundas, produzida em grande parte pelo fato de o significado e a identidade espiritual terem se divorciado da vida. Mas como podemos despertar para enfrentar essa crise?

Atualmente existem evidências de uma mudança cultural emergente, já que milhões de pessoas e seus líderes estão se mexendo para lidar com essas questões, como se estivessem saindo de um transe. Aqui estão algumas possíveis vias de aproximação: Despertar coletivo - Construção de sistemas sustentáveis - Transformação da economia mundial - Transformação da ética. (...)"

(C. Jotin Khisty - Mudança na Consciência Humana - Revista Sophia, Ano 12, nº 52 - p. 27)

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

ALÉM DO CALEIDOSCÓPIO DA SUBCONSCIÊNCIA

"Explicarei a diferença entre superconsciência e subconsciência. Superconsciência é o estado em que você pode, conscientemente, durante a vigília ou o sono, produzir no corpo a sensação que quiser, sem qualquer estímulo externo. Essa é a prova. No mundo subconsciente dos sonhos, você pode beber um copo de leite quente, mas essa experiência chega de forma involuntária. No estado superconsciente, você pode produzir essa ou qualquer outra experiência, conscientemente e quando quiser. Se não puder fazer isso, não se iluda pensando que alcançou a superconsciência.

Milhões de devotos jamais ultrapassam o caleidoscópio da mente subconsciente, que manifesta seus prodígios principalmente durante o sono. Mas no estado superconsciente você pode ver ou conhecer tudo o que desejar - não em imaginação, mas de verdade. Eu posso sentar-me nesta cadeira e transferir minha mente para a Índia, vendo exatamente o que está acontecendo lá, em minha casa.

O devoto avançado progride pelos três estágios de consciência espiritual, a Santíssima Trindade: primeiro, experimenta a superconsciência, a unidade com o poder criador na Criação: Om, 'Deus-Espírito Santo'. Em seguida, vem a Consciência Crística, a fusão com a Inteligência Infinita dentro da criação: Tat, 'Deus-filho'. Finalmente, alcança o estado mais elevado, a Consciência Cósmica, a Verdade além da criação, o Absoluto inefável: Sat, 'Deus-Pai'.

Às vezes um devoto demora-se na subconsciência, às vezes é elevado à superconsciência e à Consciência Crística; algumas grandes almas são capazes de ir além da Consciência Crística e entrar na Consciência Cósmica, o reino do Espírito Sem Causa. 

No estado de Consciência Crística, você não tem de visualizar as coisas antes de experimentá-las. Não precisa imaginar a Índia - você está lá; está consciente de toda a criação. Essa experiência é uma expansão infinita da consciência. Você está na folha de grama e no topo da montanha; e pode sentir cada célula de seu corpo e cada átomo do espaço. Mas a Consciência Cósmica vai além disso. Quando puder sentir sua presença em toda a criação e também conhecer a Alegria que está além da criação, então será um ser semelhante a Deus."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 162/163)


HOMEM, CONHECE-TE A TI MESMO! (PARTE FINAL)

"(...) Outras pessoas há que identificam o seu 'eu' com a sua parte mental ou emocional. Dizem, por exemplo: 'eu estou triste',  'eu estou alegre', 'eu sou inteligente'. Quer dizer que confundem o seu verdadeiro 'Eu' com a sua personalidade mental-emocional. Ora, como essa zona está sem cessar à mercê das influências da sociedade humana que nos cerca, segue-se que a felicidade ou infelicidade baseada nesse alicerce problemático depende do ambiente social, isto é, da boa ou má opinião que outros homens têm de nós; nós nos enxergamos tão somente no relexo da opinião pública. Se outros dizem que somos inteligentes, bons, belos, simpáticos, sentimo-nos felizes - mas, se disserem o contrário, sentimo-nos infelizes. Quer dizer que, neste caso, somos uma espécie de fantoches ou bonecos de engonço que reagem automaticamente ao impulo recebido pelos cordéis invisíveis, manipulados por algum terceiro, oculto por detrás do cenário da nossa vida. Esses fantoches humanos vibram com intensa felicidade quando, por exemplo, um jornal os cumula de louvores e apoteoses, embora totalmente gratuitos e quiçá mentirosos - mas sentem-se profundamente infelizes, talvez desesperados, quando alguém diz o contrário.

São escravos de fatores alheios à sua vontade - escravos que ignoram a sua própria escravidão! E como poderia um escravo ser feliz?

Em resumo: tanto os da primeira classe - os escravos do ambiente físico - como os da segunda classe - os escravos do ambiente social - fazem depender a sua felicidade de algo que não depende deles. É, pois, evidente que não podem ser realmente felizes, porquanto a verdadeira felicidade não é alguma 'quantidade externa', alguma objeto, que o homem receba, mas é uma 'qualidade interna', um estado do sujeito, que o homem crea dentro de si. A felicidade só pode consistir em algo que dependa de mim, algo que eu possa crear, independentemente de circunstâncias externas, físicas ou sociais. 'O que vem de fora não torna o homem puro nem impuro - só o que vem de dentro do homem é que o torna puro ou impuro.' (Jesus.)"

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda, São Paulo, 1982 - p. 24/28)

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

LIBERTAR-SE DO EGO

"O que nos faz egoístas é uma entidade chamada Ahamkara.

Como toda entidade, tende a firmar e afirmar sua existência. Tende a crescer em poder e comando.

É Ahamkara que retarda o reencontro redentor do suposto ser, que pensamos ser, com o Eu Divino, a Realidade Una, que essencialmente somos.

Destronar Ahamkara é o que nos pode libertar.

Superá-lo, o objetivo da vida.

Vencê-lo, no entanto, só é possível desmascarando-o.

Mas... Como é astuto!

Até mesmo quando, às vezes, tentamos melhorar, é ele, disfarçado, agindo para seu próprio engrandecimento, tratanto de frustrar nossa oportunidade de existir.

O que mais urgentemente devemos fazer é não mais acreditar que nós somos ele - Ahamkara."

(Hermógenes - Mergulho na paz - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2005 - p. 189/190)