OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

ALÉM DO CALEIDOSCÓPIO DA SUBCONSCIÊNCIA

"Explicarei a diferença entre superconsciência e subconsciência. Superconsciência é o estado em que você pode, conscientemente, durante a vigília ou o sono, produzir no corpo a sensação que quiser, sem qualquer estímulo externo. Essa é a prova. No mundo subconsciente dos sonhos, você pode beber um copo de leite quente, mas essa experiência chega de forma involuntária. No estado superconsciente, você pode produzir essa ou qualquer outra experiência, conscientemente e quando quiser. Se não puder fazer isso, não se iluda pensando que alcançou a superconsciência.

Milhões de devotos jamais ultrapassam o caleidoscópio da mente subconsciente, que manifesta seus prodígios principalmente durante o sono. Mas no estado superconsciente você pode ver ou conhecer tudo o que desejar - não em imaginação, mas de verdade. Eu posso sentar-me nesta cadeira e transferir minha mente para a Índia, vendo exatamente o que está acontecendo lá, em minha casa.

O devoto avançado progride pelos três estágios de consciência espiritual, a Santíssima Trindade: primeiro, experimenta a superconsciência, a unidade com o poder criador na Criação: Om, 'Deus-Espírito Santo'. Em seguida, vem a Consciência Crística, a fusão com a Inteligência Infinita dentro da criação: Tat, 'Deus-filho'. Finalmente, alcança o estado mais elevado, a Consciência Cósmica, a Verdade além da criação, o Absoluto inefável: Sat, 'Deus-Pai'.

Às vezes um devoto demora-se na subconsciência, às vezes é elevado à superconsciência e à Consciência Crística; algumas grandes almas são capazes de ir além da Consciência Crística e entrar na Consciência Cósmica, o reino do Espírito Sem Causa. 

No estado de Consciência Crística, você não tem de visualizar as coisas antes de experimentá-las. Não precisa imaginar a Índia - você está lá; está consciente de toda a criação. Essa experiência é uma expansão infinita da consciência. Você está na folha de grama e no topo da montanha; e pode sentir cada célula de seu corpo e cada átomo do espaço. Mas a Consciência Cósmica vai além disso. Quando puder sentir sua presença em toda a criação e também conhecer a Alegria que está além da criação, então será um ser semelhante a Deus."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 162/163)


HOMEM, CONHECE-TE A TI MESMO! (PARTE FINAL)

"(...) Outras pessoas há que identificam o seu 'eu' com a sua parte mental ou emocional. Dizem, por exemplo: 'eu estou triste',  'eu estou alegre', 'eu sou inteligente'. Quer dizer que confundem o seu verdadeiro 'Eu' com a sua personalidade mental-emocional. Ora, como essa zona está sem cessar à mercê das influências da sociedade humana que nos cerca, segue-se que a felicidade ou infelicidade baseada nesse alicerce problemático depende do ambiente social, isto é, da boa ou má opinião que outros homens têm de nós; nós nos enxergamos tão somente no relexo da opinião pública. Se outros dizem que somos inteligentes, bons, belos, simpáticos, sentimo-nos felizes - mas, se disserem o contrário, sentimo-nos infelizes. Quer dizer que, neste caso, somos uma espécie de fantoches ou bonecos de engonço que reagem automaticamente ao impulo recebido pelos cordéis invisíveis, manipulados por algum terceiro, oculto por detrás do cenário da nossa vida. Esses fantoches humanos vibram com intensa felicidade quando, por exemplo, um jornal os cumula de louvores e apoteoses, embora totalmente gratuitos e quiçá mentirosos - mas sentem-se profundamente infelizes, talvez desesperados, quando alguém diz o contrário.

São escravos de fatores alheios à sua vontade - escravos que ignoram a sua própria escravidão! E como poderia um escravo ser feliz?

Em resumo: tanto os da primeira classe - os escravos do ambiente físico - como os da segunda classe - os escravos do ambiente social - fazem depender a sua felicidade de algo que não depende deles. É, pois, evidente que não podem ser realmente felizes, porquanto a verdadeira felicidade não é alguma 'quantidade externa', alguma objeto, que o homem receba, mas é uma 'qualidade interna', um estado do sujeito, que o homem crea dentro de si. A felicidade só pode consistir em algo que dependa de mim, algo que eu possa crear, independentemente de circunstâncias externas, físicas ou sociais. 'O que vem de fora não torna o homem puro nem impuro - só o que vem de dentro do homem é que o torna puro ou impuro.' (Jesus.)"

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda, São Paulo, 1982 - p. 24/28)

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

LIBERTAR-SE DO EGO

"O que nos faz egoístas é uma entidade chamada Ahamkara.

Como toda entidade, tende a firmar e afirmar sua existência. Tende a crescer em poder e comando.

É Ahamkara que retarda o reencontro redentor do suposto ser, que pensamos ser, com o Eu Divino, a Realidade Una, que essencialmente somos.

Destronar Ahamkara é o que nos pode libertar.

Superá-lo, o objetivo da vida.

Vencê-lo, no entanto, só é possível desmascarando-o.

Mas... Como é astuto!

Até mesmo quando, às vezes, tentamos melhorar, é ele, disfarçado, agindo para seu próprio engrandecimento, tratanto de frustrar nossa oportunidade de existir.

O que mais urgentemente devemos fazer é não mais acreditar que nós somos ele - Ahamkara."

(Hermógenes - Mergulho na paz - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2005 - p. 189/190)


HOMEM, CONHECE-TE A TI MESMO! (1ª PARTE)

"Quando o homem comum diz 'eu sou feliz', ou 'eu sou infeliz' - que é que ele entende com essa palavrinha 'eu'? A imensa maioria dos homens entende com esse 'eu' a sua personalidade física, material, isto é, o corpo, ou alguma parte do corpo. 'Eu estou com dor de cabeça.' 'Ele morreu.' Um determinado sentimento de bem-estar do corpo é, por eles, chamado 'felicidade', como um certo mal-estar físico é apelidado de 'infelicidade'. Ora, esse sentir físico está, de preferência, nos nervos, que são os receptores e veículos das nossas sensações físicas. Quer dizer que o homem comum, quando fala de felicidade ou infelicidade, se refere a um determinado estado vibratório dos seus nervos. Se esse estado vibratório dos nervos lhe dá uma sensação agradável, ele se julga feliz; do contrário, se tem por infeliz.

Ora, esse estado vibratório dos nervos nem sempre depende da vontade do homem; depende, geralmente, de fatores meramente externos, acidentais, alheios ao seu querer ou não querer, como sejam, a temperatura, o clima, a alimentação, acidentes fortuitos, eventos imprevistos, a sorte grande, morte na família, etc. Todo homem que, por exemplo, diz 'eu estou doente' identifica o seu 'eu' com o seu corpo, e sobre esse erro fundamental procura erguer o edifício da sua felicidade. É o que, no Evangelho, se chama 'edificar sobre areia'. Mas um edifício construído sobre areia vã não resistirá ao embate de enchentes e vendavais.

Também a humanidade nos pode fazer sofrer ou gozar. Mas nem as circunstâncias da natureza nem da humanidade nos podem tornar felizes nem infelizes. Felicidade ou infelicidade vem da nossa substância própria, e não de circuntâncias alheias. 'Eu sou o senhor do meu destino - eu sou o comandante da minha vida'.

Dentro desse critério inadequado, é claro, a felicidade ou infelicidade é algo que não depende do homem. neste caso, o homem não é 'sujeito', autor, da sua felicidade ou do contrário, mas tão somente 'objeto' ou vítima. Circunstâncias externas, fortuitas, incontroláveis o tornariam feliz ou infeliz. Quer dizer que esse homem seria um simples joguete passivo dos caprichos do ambiente. Não poderia afirmar: 'eu sou o comandante de minha alma; porquanto não seria ele que marca o roteiro da barquinha de sua vida, que estaria inteiramente à mercê dos ventos e das correntezas alheias ao seu querer ou não querer. Como poderia ser solidamente feliz o homem que faz depender a sua felicidade de algo que não depende dele? (...)"

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda, São Paulo, 1982 - p. 23/24)


terça-feira, 18 de novembro de 2014

O VINHO DO ÊXTASE ESPIRITUAL É INCOMPARÁVEL

"Depois que provar o vinho do êxtase espiritual, você saberá que nenhuma outra experiência pode ser igual. Procure sempre estabelecer a consciência divina em seus filhos, ensinando-os a meditar, para que não sejam tentados a brincar com o fogo das ilusórias alegrias falsas. A sagrada bem-aventurança nunca tem fim, mas os prazeres do álcool e das drogas são transitórios e terminam por trazer a infelicidade.

Todas as noites, durante o sono, você tem uma experiência de paz e alegria. Enquanto se encontra em sono profundo, Deus faz com que você viva na tranquila superconsciência, onde todos os medos e preocupações desta existência são esquecidos. Pela meditação, você pode experimentar esse sagrado estado mental quando está acordado, e viver constantemente imerso em paz curativa. 

Quando a alegria divina chega, imediatamente minha respiração se detém e sou elevado no Espírito. Sinto a bem-aventurança de mil sonos juntos e, contudo, não perco meu estado normal de consciência. Essa é, universalmente, a experiência dos que se aprofundam no estado superconsciente. Ao sobrevir o profundo êxtase de Deus, o corpo torna-se absolutamente imóvel, a respiração para e os pensamentos se aquietam - banidos, todos, pelo comando mágico da alma. Então, você bebe a bem-aventurança de Deus e experimenta uma embriaguez de alegria que nem mil goles de vinho poderiam dar. 

A pessoa comum, ao cochilar nas fronteiras do sono, sente uma leve felicidade, mas rapidamente perde essa percepção e adormece. O sono não é incosciência total, pois, ao acordar, você sempre sabe se dormiu bem ou mal. Há vários espécies de sono - alguns leves, outros profundos. Porém, mais inebriantes do que o sono mais gostoso são as experiências espirituais que podemos ter conscientemente com Deus. Para além dos mistérios do mundo do sono, estão todas essas alegrias divinas. Posso permanecer em qualquer estado que queira. Geralmente, estou entre a região do sono e a consciência do mundo - no estado superconsciente."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 160)