OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

HOMEM, CONHECE-TE A TI MESMO! (1ª PARTE)

"Quando o homem comum diz 'eu sou feliz', ou 'eu sou infeliz' - que é que ele entende com essa palavrinha 'eu'? A imensa maioria dos homens entende com esse 'eu' a sua personalidade física, material, isto é, o corpo, ou alguma parte do corpo. 'Eu estou com dor de cabeça.' 'Ele morreu.' Um determinado sentimento de bem-estar do corpo é, por eles, chamado 'felicidade', como um certo mal-estar físico é apelidado de 'infelicidade'. Ora, esse sentir físico está, de preferência, nos nervos, que são os receptores e veículos das nossas sensações físicas. Quer dizer que o homem comum, quando fala de felicidade ou infelicidade, se refere a um determinado estado vibratório dos seus nervos. Se esse estado vibratório dos nervos lhe dá uma sensação agradável, ele se julga feliz; do contrário, se tem por infeliz.

Ora, esse estado vibratório dos nervos nem sempre depende da vontade do homem; depende, geralmente, de fatores meramente externos, acidentais, alheios ao seu querer ou não querer, como sejam, a temperatura, o clima, a alimentação, acidentes fortuitos, eventos imprevistos, a sorte grande, morte na família, etc. Todo homem que, por exemplo, diz 'eu estou doente' identifica o seu 'eu' com o seu corpo, e sobre esse erro fundamental procura erguer o edifício da sua felicidade. É o que, no Evangelho, se chama 'edificar sobre areia'. Mas um edifício construído sobre areia vã não resistirá ao embate de enchentes e vendavais.

Também a humanidade nos pode fazer sofrer ou gozar. Mas nem as circunstâncias da natureza nem da humanidade nos podem tornar felizes nem infelizes. Felicidade ou infelicidade vem da nossa substância própria, e não de circuntâncias alheias. 'Eu sou o senhor do meu destino - eu sou o comandante da minha vida'.

Dentro desse critério inadequado, é claro, a felicidade ou infelicidade é algo que não depende do homem. neste caso, o homem não é 'sujeito', autor, da sua felicidade ou do contrário, mas tão somente 'objeto' ou vítima. Circunstâncias externas, fortuitas, incontroláveis o tornariam feliz ou infeliz. Quer dizer que esse homem seria um simples joguete passivo dos caprichos do ambiente. Não poderia afirmar: 'eu sou o comandante de minha alma; porquanto não seria ele que marca o roteiro da barquinha de sua vida, que estaria inteiramente à mercê dos ventos e das correntezas alheias ao seu querer ou não querer. Como poderia ser solidamente feliz o homem que faz depender a sua felicidade de algo que não depende dele? (...)"

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda, São Paulo, 1982 - p. 23/24)


terça-feira, 18 de novembro de 2014

O VINHO DO ÊXTASE ESPIRITUAL É INCOMPARÁVEL

"Depois que provar o vinho do êxtase espiritual, você saberá que nenhuma outra experiência pode ser igual. Procure sempre estabelecer a consciência divina em seus filhos, ensinando-os a meditar, para que não sejam tentados a brincar com o fogo das ilusórias alegrias falsas. A sagrada bem-aventurança nunca tem fim, mas os prazeres do álcool e das drogas são transitórios e terminam por trazer a infelicidade.

Todas as noites, durante o sono, você tem uma experiência de paz e alegria. Enquanto se encontra em sono profundo, Deus faz com que você viva na tranquila superconsciência, onde todos os medos e preocupações desta existência são esquecidos. Pela meditação, você pode experimentar esse sagrado estado mental quando está acordado, e viver constantemente imerso em paz curativa. 

Quando a alegria divina chega, imediatamente minha respiração se detém e sou elevado no Espírito. Sinto a bem-aventurança de mil sonos juntos e, contudo, não perco meu estado normal de consciência. Essa é, universalmente, a experiência dos que se aprofundam no estado superconsciente. Ao sobrevir o profundo êxtase de Deus, o corpo torna-se absolutamente imóvel, a respiração para e os pensamentos se aquietam - banidos, todos, pelo comando mágico da alma. Então, você bebe a bem-aventurança de Deus e experimenta uma embriaguez de alegria que nem mil goles de vinho poderiam dar. 

A pessoa comum, ao cochilar nas fronteiras do sono, sente uma leve felicidade, mas rapidamente perde essa percepção e adormece. O sono não é incosciência total, pois, ao acordar, você sempre sabe se dormiu bem ou mal. Há vários espécies de sono - alguns leves, outros profundos. Porém, mais inebriantes do que o sono mais gostoso são as experiências espirituais que podemos ter conscientemente com Deus. Para além dos mistérios do mundo do sono, estão todas essas alegrias divinas. Posso permanecer em qualquer estado que queira. Geralmente, estou entre a região do sono e a consciência do mundo - no estado superconsciente."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 160)

O PODER DA GENEROSIDADE (PARTE FINAL)

"(...) Quando penso no caminho da iluminação, da ausência de todo medo, do amor incondicional, da aceitação de todos os processos e da entrega a todos os desígnios, lembro-me sempre do exemplo generoso dessas mulheres. Apesar da carência de coisas muito básicas, elas mostraram um senso de tranquilidade, uma confiança sem estresse e um desfrutar da felicidade que poucas vezes pude constatar em indivíduos com grande segurança financeira.

Pode faltar o básico, mas tudo é prosperidade quando o essencial é ofertado. É preciso que a essência transpareça na existência, como ensina Roberto Crema, reitor da Unipaz. Para aqueles que têm grande volume de recursos materiais, nem sempre a generosidade está em oferecer o que se tem, mas especialmente o que se é. Um filho pode ficar feliz com um novo brinquedo, um aparelho tecnológico, um carro ou uma viagem, mas é na oferta generosa do tempo, da atenção, do afeto e da partilha de visões de mundo que ele encontrará a verdadeira condição de trilhar o caminho de sua realização.

O que é preciso e o que é necessário? Essa distinção é a chave da generosidade. Entregar o que é preciso sempre, mas perceber o que é necessário prioritariamente. Quando temos um olhar aberto, atento e perceptivo para aquilo que realmente está acima de qualquer outra necessidade, inclusive as nossas, então estamos exercitando a generosidade. E para quê? Qual o propósito de ser generoso? Além do benefício imediato do atendimento das necessidades, da prática do bem e do progresso justo e próspero, há um elemento que pode fazer toda a diferença quando exercitamos nossa generosidade: adentrar o campo sagrado da confiança pura e viver, mesmo que por instantes, fora da tirania do medo.

Esse desabrochar interior que a ausência de medo oferece é o salto quântico da realização plena, as asas da borboleta no coração de nossa existência. É sutil, imponderável e profundamente transformador. Não somos mais os mesmos, não vivemos mais na mesma realidade e não tememos mais o que temíamos. É a mutação da visão em uma microdimensão. Se seguimos no exercício da generosidade, ganhamos aos poucos uma visão nova, até que todo o macrouniverso também se modifica. Então, não só nós poderemos ver diferente, mas todos poderão viver num lugar diferente e melhor - tudo graças a generosidade."

(Dulce Magalhães - O Poder da Generosidade - Revista Sofhia, Ano 10, nº  37 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 10)

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

MANTENHA-SE FIEL AOS OBJETIVOS DE SUA VIDA

"A paz e a alegria, que uma pessoa comum pode obter, são momentâneas agora e aqui. No minuto seguinte já se foram. A dor põe fim à alegria. Esta não passa da ausência da dor. Por que deve o homem viver anos como se fosse uma carga sobre a terra, pelo muito arroz e trigo que consumiu, sem qualquer retorno de alegria e paz para si próprio e para os demais? A lamparina de óleo só brilha quando você vigorosamente bombeia o ar. Isso sugere que você se engaje no sadhana, iluminando melhor sua própria mente e difundindo luz sobre todos que se achegarem.

Se cada um se fizer somente perguntas como 'Quais são minhas qualificações?' e 'Qual é minha posição?', bem cedo pode constatar sua própria queda. Embora faminto, pode um tigre comer pipocas ou 'nozes de macaco'? Direcione sua vida para a meta que sua linhagem indica. Como pode um papagaio provar a doçura da manga, quando bica o fruto da árvore do algodão? Que seu esforço esteja em conformidade com a dignidade de seu objetivo. Nunca relaxe o esforço, seja qual for o obstáculo, e não importa quão longa seja a jornada."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 47)


O PODER DA GENEROSIDADE (1ª PARTE)

"Quando penso nas qualidades espirituais que podemos demonstrar e entregar à vida, a generosidade sempre se apresenta no topo da lista. Pense que essa qualidade engloba várias outras, como o desapego a compaixão, o amor fraterno, a justiça, a tolerância, a amizade e muitas mais. Exercitar nossa generosidade é ser capaz de ampliar nossos sensores para verdadeiramente enxergar o outro e suas reais necessidades, pois ser generoso não é dar o que nos sobra, mas oferecer o que o outro precisa. E isso demanda uma capacidade extraordinária de sair das fronteiras internas, atravessar o deserto de nossas necessidades e entrar no território do outro.

É sempre bom lembrar que, onde há fronteira, há medo. Sendo assim, ao cruzarmos esses limites que aparentemente nos protegem, realmente rompemos aquilo que nos isola de todo o conjunto da humanidade. O exercício da generosidade, portanto, tem o poder de nos permitir sair da ilusão da separatividade e experimentar a unidade. 

Pude apreciar um exemplo contundente de generosidade quando trabalhei com mulheres de baixíssima renda. Quando elas têm, compartilham com suas vizinhas que necessitam muito, mesmo que o que elas tenham não seja um excesso, seja apenas o essencial; entretanto, há absoluta clareza daquilo que é prioridade a cada instante. Então, se uma tem um quilo de arroz, vai compartilhar hoje com a vizinha que não tem arroz nenhum, mesmo que amanhã ela também não tenha, por conta dessa partilha.

Contudo, amanhã é outro dia, hoje é preciso atender a necessidade premente daquela que precisa para alimentar a si e a seus filhos. Esse comportamento traduz uma confiança profunda no fluxo da vida e um senso de prioridade sem nenhum outro critério que não seja o que é realmente necessário agora. Essa é a verdadeira generosidade, que não é fruto dos excessos, mas deriva de um olhar atento, um coração aberto e um espírito confiante. (...)"

(Dulce Magalhães - O Poder da Generosidade - Revista Sofhia, Ano 10, nº  37 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 10)
www.revistasophia.com.br