OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A IMPORTÂNCIA DOS MANTRAS (PARTE FINAL)

"(...) À medida que purificamos a nossa consciência nos desembaraçando dos planos vibracionais mais densos, caminhamos de volta para o sem-forma. A prática do mantra é uma técnica para nos harmonizar com estes níveis vibracionais mais sutis. Quando nos movemos cada vez mais profundamente no mantra, o som se torna o veículo que nos permite vivenciar ambas as metades do ato de criação e retorno, de modo que voltamos dos vários para o Uno, e depois do Uno para os vários, tudo dentro da extensão do mantra.

A vibração mecânica sozinha naturalmente não realiza isto. O mantra e o recitador do mantra não estão separados um do outro, e o poder e o efeito do mantra dependem da prontidão, da abertura e da fé daquele que está realizando a repetição. Na verdade, os mantras em si não fazem nada - tudo está ligado àqueles que trabalham com eles. Os mantras não são encantamentos mágicos; mantras de poder são somente sons, a menos que você seja o tipo de pessoa que tenha uma mente unidirecionada e características particulares de personalidade que fazem com que esses mantras de poder funcionem. Isto é, o que um mantra faz é concentrar o material que já existe em você. Ele somente o coloca em foco. É como uma lente de aumento sob o sol: a lente de aumento não tem calor e nem gera o calor, mas capta a luz solar e a concentra e a torna unidirecionada. O mantra é como uma lente de aumento para a sua consciência.

Os mantras podem ser utilizados como um meio de acalmar pensamentos e também para concentrá-los. Se vocês imaginarem a mente como sendo um oceano, com ondas de pensamento surgindo ao longo dele, as ondas indo a todas as direções devido às correntes das marés e dos ventos - nesse oceano um mantra estabelece um único padrão de ondas que gradualmente suplantam todas as outras até que o mantra seja o único pensamento-forma, existente. Então existe somente uma onda contínua atravessando a sua mente - indo e vindo, indo e vindo.

Digamos que estou dirigindo sozinho e que estou repetindo 'Rama, Rama, Rama, Rama, Rama'. Existe um quadro indo e vindo no qual escreve 'Rama, Rama, Rama, Rama'. Olho para o velocímetro e ele se torna 'Rama, Rama, Rama, Rama'. Penso: 'Eu poderia tomar um milk shake no próximo restaurante', e durante todo o tempo continuo a repetir 'Rama, Rama, Rama, Rama'. Tudo vem e vai, vem e vai, tudo está 'mantralizado'. Tudo está convertido, Tudo virou Deus."

(Ram Dass - Caminhos para Deus - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2007 - p. 153/154)
www.record.com.br


quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O PODER QUE DEUS DEU AO HOMEM

"Nada é maior que a Consciência Cósmica ou Deus. O poder Dele ultrapassa sobejamente o da mente humana. Busque apenas a ajuda Dele. Este conselho, porém, não significa que você se deva tornar passivo, inerte ou crédulo, ou que deva menosprezar o poder de sua própria mente. O Senhor ajuda a quem se ajuda. Ele lhe deu força de vontade, concentração, fé, razão e bom senso para que você as use quando tentar livrar-se das aflições físicas e mentais; você deve empregar todos esses poderes, enquanto, ao mesmo tempo, apela para ele.

Quando profere afirmações ou preces, creia sempre que está usando um poder que é seu próprio, mas que lhe foi dado por Deus, para sua própria cura ou para a dos outros. Peça ajuda Dele, mas compreenda que você mesmo, como filho amado de Deus, está empregando os dons da vontade, da emoção e da razão, que ele lhe deu, para solucionar todos os problemas difíceis da vida. Deve-se alcançar um equilíbrio entre a ideia medieval de depender totalmente de Deus e a maneira moderna de só depender do ego."

(Paramahansa Yogananda - Afirmações Científicas de Cura - Self-Realization Fellowship - p.21/22)


A IMPORTÂNCIA DOS MANTRAS (1ª PARTE)

"Swami Muktananda costuma contar uma história sobre um santo que uma vez estava fazendo um discurso sobre mantras. Um homem na platéia levantou-se e disse: 'Que bobagem é essa de mantra? Quem pode perder tempo repetindo a mesma palavra várias e várias vezes? O senhor acha que se repetir 'pão, pão, pão' isso irá encher a sua barriga?'

O santo pulou da sua almofada. Apontou o dedo para o homem e gritou: 'Cale-se e sente-se, seu estúpido!' O homem ficou furioso. Seu rosto avermelhou e todo o seu corpo começou a tremer de raiva. Explodiu dizendo: 'O senhor se diz um homem santo e usa um termo desses para se dirigir a mim?' O santo respondeu com humildade: 'Mas, senhor, não compreendo. Você ouviu ser chamado de estúpido somente uma vez, e veja como isso o afetou, mas acha que a nossa repetição do nome do Senhor por várias e várias horas não nos beneficiará.'

A história de Muktananda está relacionada a um dos níveis nos quais o mantra nos afeta - um nível no qual o efeito está ligado ao significado do nome ou frases sagradas. Em outras palavras, está ligado à nossa associação com as palavras. Mas, além de qualquer imagem que nos seja lembrada, o som do mantra exerce o seu próprio efeito sobre nós. É como se existissem planos de realidade que possuíssem os seus próprios sons, suas próprias vibrações e nós repetimos o mantra para nos harmonizarmos com esses planos conciliando as nossas próprias vibrações com as deles através da repetição do som do mantra. Esse som, ou shabdh, é basicamente um som espiritual e não físico - da mesma forma que os chakras não são órgãos físicos, mas locais espirituais de várias formas de energia do corpo. A prática do shabdh yoga é um caminho para trabalhar com o som interior.

Muitos livros sagrados, em várias tradições, ligaram o som à criação de toda a forma. No hinduísmo, diz-se que o Om é o som-raiz do universo, a semente ou sílaba bija que se manifesta como criação. E encontramos na Bíblia: 'No início havia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus, e o Verbo se fez carne.' Podemos imaginar o ato da criação ocorrendo dessa forma: o sem-forma se transforma por meio do plano causal em ideia, que já é um som sutil, um som tanto de palavras como de imagens; e depois ele parte dali para sons cada vez mais densos, incluindo, finalmente, nossos corpos, que são na verdade uma forma de vibração densa. (Eles possuem um som, embora não possamos ouvi-lo). (...)'

(Ram Dass - Caminhos para Deus - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2007 - p. 152/153)
www.record.com.br


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

COMO GUIAR NOSSA ESCOLHA DIÁRIA ENTRE AS MUITAS OPÇÕES QUE A VIDA APRESENTA

"O caminho para unir nossa consciência à consciência divina começa com a escolha diária de pensamentos e atos. A vida apresenta muitas opções, frequentemente contraditórias. Nós respondemos ou aos puxões dos sentidos, desejos e hábitos ou à pequena e silenciosa voz da consciência, que nos lembra onde está a verdadeira felicidade - no uso da divina força do discernimento e da vontade para fazer escolhas que afirmem, pela ação, a consciência e as qualidades divinas que existem em nós.

A vida nos tenta com muitas distrações que parecem prometer satisfação; há tantas coisas que queremos ter e fazer! Não é errado ir atrás das ambições que valem a pena - nós nascemos para agir e para exercer a iniciativa em fazer o bem. Contudo, facilmente nos envolvemos demais com o papel que nos coube, ligando a felicidade aos altos e baixos do nosso ambiente, que está sempre mudando. Sentimos a força dos hábitos e dos sentidos desobedientes; incontáveis desejos e exigências do ego clamam por atenção. (...)

É nossa a decisão de escolher o ego ou a alma para guiar a tendência da nossa consciência."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 12/13)

SETE DICAS PARA A FELICIDADE (PARTE FINAL)

"(...) Como conseqüência, vem a sexta dica: começa a surgir espontaneamente, a partir de dentro, uma alegria de se doar. Doar atenção, afeto, paciência, respeito, tempo e até mesmo dinheiro, quando temos. Tudo isso vem sozinho, lá de dentro, com uma alegria a que nada externo pode se comparar. Essa explosão interna muda completamente o sentido do nosso viver.

Por fim, o sol nascente que é a felicidade surge, a partir de dentro, clareando toda a vida, sob a forma de amor. Felicidade e amor são como irmãos siameses, inseparáveis.

O amor, que é a força mais poderosa do universo, manifesta-se em tudo o que vive. Em nós ele floresce quando percebemos e compreendemos todas as limitações que nós mesmos antepomos, impedindo o seu brilho. Nas pequenas e em todas as coisas pode ser percebida a sua presença, por quem aprende a comungar com a vida, que é sagrada.

Aqui vai a última dica: muito do que se chama de amor não é amor, mas autointeresse. O amor é a energia mais benéfica e elevada que existe na natureza, e, por isso, não pode ser possuído pelo ego, que é necessariamente limitado. Entretanto, todos nós podemos ser como cálices, que recebem a vida e o amor universais, desde que não seja apenas para nós mesmos, porém transbordando para os demais. Só somos verdadeiramente felizes quando fazemos os outros felizes.

Não podemos cultivar ou reter o amor, mas sempre que abandonamos o centro mental de autopreocupações e interesses e abrimos a janela, sob a forma de aquietamento interior e receptividade, ele pode vir como a brisa fresca da manhã, trazendo a felicidade."

(Marcos Resende - Sete dicas para a felicidade - Revista Sophia, Ano 11, nº 41 - p.5/7)