OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O OLHO "ÚNICO" OU ESPIRITUAL

"A lâmpada do corpo é o olho; de sorte que, se o teu olho for único, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, o teu olho for mau, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a própria luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!" (Mateus 6:22-23).

A luz reveladora de Deus, no corpo, é o olho único no centro da fronte, percebido em meditação profunda - a entrada para a presença de Deus. Quando o devoto é capaz de ver através desse olho espiritual, ele contempla todo o seu corpo como também seu corpo cósmico repletos da luz de Deus que emana da vibração cósmica.

Fixando a visão dos dois olhos no ponto entre as sobrancelhas, durante a concentração interiorizada da meditação, podem-se focalizar as energias ópticas positiva e negativa dos olhos direito e esquerdo, unificando suas correntes no olho único de luz divina. O homem ignorante, materialista, desconhece essa luz. Mas todo aquele que tenha praticado ainda que um pouco de meditação pode vê-la ocasionalmente. Quando o devoto é mais adiantado, ele vê essa luz à vontade, com olhos abertos ou fechados, à luz do dia ou na escuridão. O devoto altamente desenvolvido pode contemplar essa luz pelo tempo que deseje; e, quando sua consciência se torna capaz de penetrar essa luz, ele ingressa nos mais elevados estados de realização transcendente.

Quando, porém, o olhar e a mente de um indivíduo se afastam de Deus e se concentram em motivações más e ações materialistas, sua vida se torna repleta das trevas da ignorância ilusora, da indiferença espiritual e dos hábitos que geram sofrimento. A luz cósmica interior e a sabedoria permanecem ocultas. 'Quão grandes [são as] trevas' do homem materialista que ele pouco ou nada sabe da realidade divina, aceitando - seja com satisfação, seja com ressentimento - tudo que a ilusão tenha a lhe oferecer ao longo do caminho. Viver em tal pantanosa ignorância não é uma vida apropriada para a consciência da alma que habita o corpo.

O homem espiritualizado - com corpo e mente iluminados em seu interior pela luz astral e pela sabedoria, tendo eliminado as sombras das trevas físicas e mentais e alcançado a percepção do cosmos inteiro repleto de luz, sabedoria e alegria de Deus -, aquele em quem a luz da Autorrealização está plenamente manifesta, recebe indescritível alegria e permanente orientação da sabedoria divina."

(Paramahansa Yogananda - A Yoga de Jesus - Self-Realization Fellowship - p. 79)
http://www.omnisciencia.com.br/yoga-de-jesus.html


HÁBITOS DESTRUTIVOS (2ª PARTE)

"(...) Para que lutamos? Por que o estresse surge das profundezas do nosso ser? A luta do nosso passado animal ainda estará ativa no cérebro? Por que as pessoas que desfrutam das benesses da vida sentem-se pobres? As crianças são preparadas para assumir posições cada vez melhores, adquirir mais habilidades, realizar sempre mais. Além disso, existe a luta para ser amado. Quanto mais as pessoas anseiam por amor, admiração e reconhecimento, mais estressadas se tornam. Desejando e exigindo – em vez de estarem elas mesmas amando e sendo úteis -, passam suas vidas lutando.

A luta é um hábito psicológico destrutivo para provar o próprio mérito, para parecer esperto, obter vantagens, progredir rapidamente e assim por diante. Mas por que devemos parecer espertos? Por que devemos parecer alguma coisa? Por que todo esse esforço? Será possível agir e viver, fazer o que vale a pena, o que é útil e bom, sem precisar psicologicamente lutar para isso?

Como lutar é um hábito do ego, quando as pessoas decidem não fazer parte do mundo e viver a vida espiritual, a mente continua ansiosa por obter a atenção do guru, para se iluminar rapidamente ou para encontrar o melhor método de vencer os defeitos. Assim, ela não é pacífica. É fácil ser mundano enquanto se imagina ser espiritual. Por outro lado, ao perceber que o eu egoísta se alimenta da confrontação com os outros, com as ideias, as circunstâncias e os seus próprios defeitos, a pessoa se livra da tensão, e sobrevém a calma.

Viver uma vida saudável, ser natural e feliz como as crianças significa não lutar, mas permanecer quieto e calmo com o que quer que seja. O Taoísmo ensina a não resistência, o que implica profundo contentamento interior, em harmonia com o céu e a terra. Não será isso o que quer dizer o Bhagavad Gita ao aconselhar a pessoa a agir ‘estabelecida no yoga’? Yoga é realizar plenamente a harmonia do céu e da terra dos quais somos parte. Quando não há sentimento de luta, ocorre uma mudança nos nossos relacionamentos e em nosso próprio ser. (...)"

(Radha Burnier - Estar no mundo e viver em paz -  Revista Sophia, Ano 11, nº 41 - p. 29/31)


quinta-feira, 9 de outubro de 2014

LUZ INTERIOR

"Quando alguém nasce rico ou adquire riqueza por qualquer outro meio, tem uma formidável oportunidade para beneficiar os outros. Que desperdício quando tal oportunidade é esbanjada com extravagâncias para satisfazer os próprios desejos!

As boas qualidades humanas - honestidade, sinceridade e um bom coração - não podem ser compradas com dinheiro e nem produzidas por máquinas ou mesmo através da mente. 

São o que chamamos de luz interior.

Tanto a escravidão quanto a verdadeira liberdade estão associados aos vários estágios de um espírito iluminado e lúcido.

Através das várias técnicas de meditação, seus praticantes tentam alcançar um estado em que a iluminação e a lucidez - características primordiais do espírito - se manifestam em toda a sua grandeza."

(Dalai-Lama - O Caminho da Tranquilidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 58/59)

HÁBITOS DESTRUTIVOS (1ª PARTE)

"Um corpo doente fica estressado, e uma mente com temores, esperanças e incertezas também se estressa. Esse estresse está em alta no mundo moderno, com sua filosofia de competitividade e autopromoção. Por isso bastante pessoas estudam o budismo, o Zen, o Vedanta, ouvem palestras e frequentam templos, tentando escapar de tudo.

O monge erudito Srngeri afirmou: ‘As pessoas acreditam que é necessário ir para uma floresta praticar tapas, mas ela pode ser praticada onde quer que se esteja.’ Tapas significa ‘queimar’ os elementos do mundanismo e da impureza. Tapas corporal inclui ser honrado, inofensivo e casto.  Tapas verbal são palavras corretas, que não causem dor, que sejam úteis, que levem ao autoconhecimento. Tapas mental é ser sereno, ter sentimentos puros e uma mente controlada.

Estar fora do mundo significa ser livre, controlar a própria vida sem ser levado a adotar atitudes, valores e crenças por compulsão. No Yoga-Vasishtha e na Bíblia, encontramos conselhos de Vasishtha e Jesus, respectivamente, para sermos como criancinhas. As crianças são felizes por natureza. Elas não lutam contra o mundo, não se preocupam em adquirir bens nem em se autoengrandecer. São apenas elas mesmas.

Em contraste, a essência do mundanismo expressa-se nos adultos em uma atitude de confrontação, consciente ou inconsciente. Mesmo em pessoas que não vivem em circunstâncias duras, o tempo todo existe algo que luta, em um nível sutil. Existe competição na família, no trabalho, nas outras obrigações. Então fatigados pela luta, as pessoas se esforçam para se livrar dela. Ainda não ousam permanecer quietas e em paz; querem sempre realizar algo, chegar a algum lugar. (...)"

(Radha Burnier - Estar no mundo e viver em paz -  Revista Sophia, Ano 11, nº 41 - p. 29/31)


quarta-feira, 8 de outubro de 2014

CONTROLANDO A MENTE

"Você deve manobrar sua mente com firmeza e lentamente tazê-la sob controle. Nunca deve estar com pressa e jamais usar força para a controlar. Se há uma vaca dentro de nossa casa desejando sair para comer capim, o que fazer para a trazer de volta, para dentro? Tentamos descobrir a espécie de alimento que ela prefere e a alimentamos com o melhor que tivermos em casa. Gradualmente, daí por diante, a vaca abandonará a tendência de sair de casa. Da mesma forma, nossa mente vagueia e se exterioriza em busca de muitas coisas. Deseja ir, e curtir vários pensamentos. A fim de a controlar, ela que busca o preenchimento dos anseios mundanos e sensório, devemos substituir tais desejos normais pela ideia de Deus, que é mais nobre.

Fazemos que ela pense em Deus e assim, gradualmente, afastamo-la dos desejos vulgares. Hoje o homem esforça-se para desligar a mente de tais desejos, mas não está conseguindo. Está sendo vencido e humilhado. Em verdade, tais desejos e apegos, que a mente está fomentando, são característicos dos dias presentes. Até mesmo nossa inteligência se vê incapaz para exercer suficiente controle sobre a mente. Em circunstâncias tais, devemos tentar e cultivar o hábito da solidão ou juntar-nos a alguma companhia sagrada e, assim, fazendo a mente pensar boas coisas, salvá-la. Uma destas coisas tem de ser feita, se desejamos controlar a mente."

(Sathya Sai Baba - Sadhana o Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 143)