OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 8 de outubro de 2014

A PRESENÇA DO ETERNO (PARTE FINAL)

"(...) Percebendo a importância da ação individual, podemos nós criar um mundo de paz e harmonia? Se não formos, nós próprios, a paz e a harmonia que queremos ver no mundo, a transformação desejada será utópica e, talvez, uma mera tentativa de fuga das condições caóticas em que vivemos. A busca da paz que parte apenas do desejo de não ser incomodado é tão somente uma forma sutilizada de egoísmo e de isolamento, que gera dor e sofrimento.

Se há uma paz que ultrapassa o entendimento, ela precisa ser encontrada no que há de mais profundo no nosso ser, que toca a dimensão do sagrado. Através da meditação - que não é apenas o ato de cruzar as pernas e fechar os olhos, mas essencialmente de observar atenta e cuidadosamente tudo o que se passa, a cada momento, dentro e fora de nós mesmos - podemos aprender a morrer psicologicamente para o nosso apego a tudo o que é transitório e de importância relativa para, naturalmente, encontrar, na mais íntima e profunda subjetividade, a presença do eterno.

Esta não é uma tarefa fácil, porque estamos sendo constantemente bombardeados com influências desarmônicas que surgem de dentro e de fora. Mas se empregarmos toda a nossa energia e encontrar a fonte primordial da vida, que é interna, de onde tudo provém, e nela estabelecermos a nossa consciência, a paz e a harmonia fluirão naturalmente, independentemente das condições externas. (...)"

(Marcos Luís Borges de Resende - A presença do eterno - Revista Sophia, Ano 12, nº 51 - p. 04)

terça-feira, 7 de outubro de 2014

RECONHEÇA A REALIDADE

"Você troca a realidade por ilusão. A realidade é o reconhecimento de sua imortalidade, divindade e eternidade. A ilusão é o seu mundo tridimensional e transitório. Essa troca lhe é prejudicial. Você deseja a ilusão da segurança em lugar da segurança da sabedoria e do amor. Deseja ser aceito quando, na realidade, jamais pode ser rejeitado. O ego cria ilusão e encobre a verdade. É preciso dissolver o ego para poder ver a verdade.

Com o amor e a compreensão vem a perspectiva da paciência infinita. Por que a sua pressa? Afinal, o tempo não existe, apenas lhe parece existir. Quando você não se apercebe do presente, quando está absorvido no passado ou preocupado com o futuro, traz para si mesmo grande dor e sofrimento. O tempo também é uma ilusão. Mesmo no mundo tridimensional, o futuro é apenas um sistema de probabilidades. Por que preocupar-se tanto?

A terapia do ser é possível. A compreensão é terapia. O amor é a suprema terapia. Terapeutas, professores, gurus - todos eles podem ajudar, mas só por tempo limitado. A direção é para dentro do ser, e mais cedo ou mais tarde o caminho interior tem de ser trilhado em solidão, muito embora na realidade nunca estejamos sós. Meça o tempo, se tem de medi-lo, em termos de lições aprendidas, não em minutos, horas ou anos. Você pode curar-se em cinco minutos se chegar ao conhecimento adequado. Ou em cinquenta anos. É tudo a mesma coisa.

O passado deve ser lembrado e, depois, esquecido. Deixe que ele se vá. Isso se aplica a traumas da infância e traumas de vidas passadas. Mas também se aplica a atitudes, falsas noções, sistemas de crenças que nos são impostos, a todos os velhos pensamentos. Na verdade, a todos os pensamentos. Como é possível termos uma visão nova e clara com todos esses pensamentos? E se tivéssemos de aprender algo novo a partir de uma nova perspectiva?

Os pensamentos criam ilusões de separação e diferença. O ego perpetua essa ilusão, e essa ilusão cria medo, ansiedade e enorme sofrimento. Por sua vez, o medo, a ansiedade e o sofrimento criam cólera e violência. Como pode haver paz em um mundo no qual essas emoções caóticas predominam? Simplesmente saia deste labirinto. Volte à origem do problema. Não volte a antigos pensamentos. Pare de pensar. Em vez disso, use o seu saber intuitivo para sentir amor novamente. Medite. Veja que tudo é interligado e interdependente. Veja a unidade, não as diferenças. Veja o seu verdadeiro ser. Veja Deus."

(Brian Weiss - Só o Amor é Real - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1996 - p. 88/89)
www.esextante.com.br


A PRESENÇA DO ETERNO (1ª PARTE)

"(...) É muito fácil colocar a culpa nos outros achando que não temos nada a ver com a condição deplorável em que a humanidade se encontra, com a competição brutal que existe nas chamadas relações empresariais, com a miséria, a doença e a fome que estão presentes em tantas partes do mundo e também aqui mesmo, ao nosso lado. Nós somos responsáveis pelo mundo, que apenas reflete tudo o que existe em nossa subjetividade: medo, arrogância, desejo de se sobressair, enfim, o 'eu' com sua permanente busca pelo sucesso, gerando insensibilidade, ganância e consequentemente, violência.

Portanto, a transformação do mundo passa necessariamente pela mudança em nós mesmos, pelo aprendizado com tudo o que ocorre em nossa vida, com nossos desejos e motivações secretas e com as relações que estabelecemos na família, no trabalho, na vida social, comercial, etc. Devemos honestamente nos perguntar se nossa vida é harmônica. Se constatamos a presença de problemas, com relações conflituosas, ânsias e frustrações não compreendidas, cabe-nos observar a nós mesmos cuidando-se e pacientemente até descobrirmos, em cada momento, a origem da desarmonia, que não está nos outros, como estamos acostumados a pensar, mas sempre dentro de nós, em um recanto não percebido do nossos próprio ser. Em nossa inconsciência e inconsequência, criamos uma vida de busca de prazer e fuga à dor e, atabalhoadamente, geramos conflito dentro de nós e nas relações com os outros. Os problemas e as dificuldades que vemos nos outros deixam de existir quando nos relacionamos corretamente, respeitando a liberdade essencial inerente a cada ser humano. (...)"

(Marcos Luís Borges de Resende - A presença do eterno - Revista Sophia, Ano 12, nº 51 - p. 04)

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A MEDITAÇÃO DESENVOLVE O PODER DA INTUIÇÃO

"O sexto sentido não consegue funcionar até que acalmemos o corpo e a mente. Sendo assim, o primeiro passo para desenvolver a intuição é a meditação, isto é, entrar num estado de tranquilidade interior. Quanto mais profundamente você meditar e depois focalizar a mente em algum problema, mais o seu poder intuituvo se expressará para resolvê-lo. Este poder se desenvolve gradualmente, e não de uma só vez, assim como um membro ou músculo é fortalecido aos poucos, com exercício, e não de uma hora para outra. (....)

A intuição pode ser desenvolvida por pessoas profundamente contemplativas, aquelas que chegaram, pela meditação, ao estado de tranquilidade absoluta no coração e na mente. Não devemos ser dominados pela emoção nem ficar presos ao intelecto. A intuição é uma mescla de pensamento (o processo de pensar) e coração (o processo de sentir). Muitas pessoas experimentam a intuição através do raciocínio - uma espécie de direção no que pensam, Em meu caso, é comum a intuição expressar-se pelo sentimento. Quanto tenho certos sentimentos sobre coisas ou pessoas, as impressões são como vibrações sutis em torno do coração, e então eu sei, depois de tantos anos de experiência, que as 'sugestões' estão corretas.

Quando você desenvolve certo grau de intuição, descobre que, ao tomar uma decisão, há algo interior que lhe diz: 'Este é o rumo certo'. A intuição está guiando você. Não espere que isso aconteça de uma hora para outra. Você cometerá erros no início, pois outros fatores internos ainda impedem que a intuição flua livremente. Mas, à medida que praticar a meditação e viver cada vez mais no estado de tranquilidade interior que a meditação lhe traz, descobrirá uma melhoria crescente no desenvolvimento do seu poder intuitivo.

Frequentemente, quando algo me surge na mente, não vejo apenas a questão do momento: projetando um pouco adiante, vejo também o resultado final. Isto é a intuição. Se a seguir, você verá que tudo funciona tranquilamente - bem, nem sempre. Mesmo que você tenha tomado a decisão certa, haverá períodos de turbulência. Tudo faz parte do processo de crescimento - de aprender a lidar com condições que são normais na vida. Mas a intuição lhe diz que, apesar dos problemas, você agiu corretamente."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 34/36)

A MORTE E O ETERNO (PARTE FINAL)

"(...) Como são curtas as experiências humanas, como a vida é rápida. Existe alguma coisa que não nasça e morra, alguma coisa que seja eterna? Aos 20 anos de idade, você sente seu corpo forte e vigoroso; 60 anos depois, sente o corpo mais fraco e envelhecido. Sua forma de pensar certamente não é a mesma de quando tinha 20 anos. No entanto, a percepção de que seu corpo está jovem ou velho ou de que sua forma de pensar mudou é a mesma. Essa percepção é o que há de eterno em você - é a própria consciência. É a Vida Única que assume muitas formas. Você pode perder essa Vida? Não, porque você é Ela.

Há pessoas que pouco antes de morrer sentem uma enorme paz e ficam quase luminosas, como se algo brilhasse no corpo que está se extinguindo. Às vezes, pessoas muito doentes ou muito idosas ficam, por assim dizer, quase transparentes nas últimas semanas, meses ou até anos de suas vidas. Quando nos olham, é possível ver uma luz brilhando através de seus olhos. Não há mais sofrimento psicológico. Elas se entregaram, e assim o 'eu' autocentrado se dissolveu. 'Morreram antes de morrer' e encontraram uma profunda paz interior pela compreensão de que dentro delas existe algo imortal.

Cada acidente ou desastre tem uma dimensão potencialmente redentora que nós geralmente não somos capazes de perceber. O enorme choque que causa a iminência de uma morte totalmente inesperada pode forçar sua consciência a perder completamente a identificação com a forma física. Nos poucos momentos que antecedem a morte física, e à medida que está morrendo, você tem uma experiência de si mesmo como uma consciência livre da forma. De repente, não há mais medo, apenas paz e a impressão de que 'está tudo certo' e que a morte é apenas uma forma se dissolvendo. A morte é então sentida como ilusória - tão ilusória quanto a forma física que você identificava como sendo você.

A morte não é uma anomalia nem a coisa mais terrível que pode acontecer, como a cultura moderna nos quer fazer acreditar. A morte é a coisa mais natural do mundo, tão natural quando seu outro extremo - o nascimento - e tão inseparável da vida quanto ele. Lembre-se disso quando estiver ao lado de uma pessoa à beira da morte. É um grande privilégio e um ato sagrado estar presente à morte de uma pessoa, testemunhando e acompanhando.

Quando você acompanhar uma pessoa que está morrendo, não negue qualquer aspecto dessa experiência. Não negue o que está acontecendo nem o que está sentido. Reconhecer que você não pode fazer nada talvez lhe dê uma sensação de desamparo, tristeza ou raiva. Aceite o que sente. Depois, siga em frente: aceite que não há nada que você possa fazer - aceite isso completamente. Não é você quem controla. Entregue-se profundamente a cada aspecto dessa experiência, entregue-se aos seus sentimentos, assim como à dor e ao desconforto que a pessoa à morte possa estar sentindo. Sua entrega e a calma que isso traz vão ajudar muito essa pessoa e facilitar sua transição. Se forem necessárias palavras, elas virão do silêncio que existe dentro de você. Mas serão secundárias. Com o silêncio vem a bênção: paz."

(Eckhart Tolle - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 68/70)