OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 10 de setembro de 2014

AUTOCONTROLE (PARTE FINAL)

Controle da Luxúria

"O controle da luxúria é o maior feito da existência humana. Sem controlar seus desejos o homem não é capaz de estabelecer regras para si mesmo. E sem essas regras, não pode haver swaraj (autonomia) nem rarnaraj (soberania). Tentar estabelecer normas para todos os outros sem que se leve em conta as individuais seria algo tão enganoso e decepcionante quanto uma bela fruta de cera – belíssima para se olhar, porém desprovida de sabor. (...) Grandes causas exigem esforços espirituais e força da alma. Esta advém somente da graça de Deus, que, por sua vez, nunca cai sobre o homem que é escravo dos próprios desejos.

Brahmacharya significa controle de todos os órgãos de sentido. Aquele que tentar controlar somente um de seus sentidos e permitir que os demais atuem livremente certamente verá que seus esforços terão sido em vão. Tentar controlar um único sentido enquanto se escuta histórias sugestivas com os ouvidos, se vê imagens insinuantes com os olhos, se saboreia alimentos estimulantes com a língua e se toca objetos excitantes com as mãos é o mesmo que colocar a própria mão no fogo e tentar evitar uma queimadura. Se praticarmos o autocontrole em todas as direções, a tentativa se torna científica e o sucesso é facilmente alcançado. Talvez o paladar seja o principal pecador. (...)"

(Mahatma Gandhi - O Caminho da Paz - Ed. Gente, São Paulo, 2014 - p.51/54)

terça-feira, 9 de setembro de 2014

TUDO ESTÁ INTERLIGADO

"Qual é a conexão entre o seu sapato e um mosquito na nascente do Amazonas? Durante séculos, em nossa cultura marcada pelo cartesianismo, essa pergunta pareceria absurda, mas atualmente já não parece.

Certa vez vi numa revista o retrato de um indígena Papua, da Nova Guiné, com tanga, penas no cabelo e ossos em torno do pescoço. Seus olhos brilhavam, e as seguintes palavras eram atribuídas a ele: 'Somos uma pessoa.' Durante muito tempo essa ideia também foi considerada absurda. Hoje, não parece mais. Estamos entrando numa era em que esse tipo de percepção se tornará tão natural quanto o ato de respirar.

Todas as coisas - visíveis e invisíveis - estão interligadas. Todas as coisas são diferentes faces da consciência. O tempo, o grande espírito, a fonte, o tao, o uno são nomes que apontam para uma mesma realidade. O universo é consciência: um oceano em movimento, um rio de redemoinhos, um campo infinito de trabalhos criativos no qual a arte é o artista, e o artista é a arte.

A consciência, buscando se autoexperimentar, imagina-nos e nos traz à existência como indivíduos para que possamos interagir como se fôssemos separados. O que criamos nessa experiência também é consciência, e qualquer que seja o objeto que você nomeie - uma montanha, um camundongo, um peixe ou uma ave, uma folha de relva ou uma lufada de vento -, tudo é consciência.

Segundo uma antiga história do Oriente, dois monges discutiram sobre uma bandeira esvoaçando ao vento. 'A bandeira está se movendo', disse um. 'É o vento que está se movendo', respondeu o outro. Eles levaram a questão ao mestre. 'Os dois estão errados; somente a consciência está se movendo', disse o instrutor."

(Michael Brown - Tudo está interligado - Revista Sophia, Ano 10, nº 37 - p. 6/7)

AUTOCONTROLE (1ª PARTE)

"O controle autoimposto não é uma obrigação. O homem que escolhe o caminho da total liberdade em relação ao controle, ou seja, que opta pela permissividade, será um servo fiel dos desejos e das paixões, enquanto aquele que se dobra às regras e às limitações se torna realmente livre. Todas as coisas no universo, incluindo o sol, a lua e as estrelas, obedecem a certas leis. Sem a influência restritiva dessas leis, o mundo não continuaria a existir nem por um momento. (...) São a disciplina e as limitações que nos separam dos selvagens. Se desejamos nos tornar homens de fato, caminhar com a cabeça erguida e nos equilibrar sobre apenas duas pernas, é preciso que compreendamos verdadeiramente a situação e que acatemos voluntariamente as limitações e a disciplina.
Controle do paladar

A verdadeira felicidade é impossível sem a verdadeira saúde, que, por sua vez é inviável sem o rígido controle do paladar. Todos os demais sentidos automaticamente ficarão sob controle quando o paladar estiver sob controle. E aquele que conquistar os próprios sentidos terá de fato conquistado todo o mundo.

O homem não deve se alimentar para saciar seu paladar, mas para manter seu corpo em funcionamento. Quando cada órgão de sentido se torna subserviente ao corpo e, através do corpo, atende à alma do indivíduo, o sabor específico desaparece e somente então o sistema passa a funcionar como a natureza o idealizou. Qualquer número de experimentos é pequeno demais e nenhum sacrifício suficientemente grande para se alcançar essa harmonia com a natureza."

(Mahatma Gandhi - O Caminho da Paz - Ed. Gente, São Paulo, 2014 - p.51/54)


segunda-feira, 8 de setembro de 2014

AMOR A ESPERANÇA DA HUMANIDADE

"Se existe amor, há também esperança de existirem verdadeiras famílias, verdadeira fraternidade, verdadeira igualdade e verdadeira paz.

Se não há mais amor dentro de você, se você continua a ver os outros como inimigos, não importa o conhecimento ou o nível de instrução que tenha, não importa o progresso material que alcance, só haverá sofrimento e confusão no cômputo final.

O homem vai continuar enganando e subjugando outros homens, mas insultar ou maltratar os outros é algo sem propósito.

O fundamento de toda prática espiritual é o amor.

Que vocês o pratiquem bem é meu único pedido." 

(Dalai-Lama - O Caminho da Tranquilidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 13)

VIVENDO NO PRESENTE (PARTE FINAL)

"(...) Você já notou que as crianças pequenas estão sempre fazendo alguma coisa a cada momento? Muito embora já possam ter experimentado a mesma coisa anteriormente, elas expressam enorme excitação e admiração. As crianças não têm padrões de medidas para comparar atividades do presente com o passado. Elas sabem que já jogaram aquele jogo antes, ou que alguém já leu aquela história na noite passada, mas o jogo e a história ainda são tão interessantes como se fossem desfrutados pela primeira vez.

Pense na sua atitude enquanto lava louça, passa o aspirador na casa ou rega as plantas. Provavelmente você acha essas atividades maçantes. Mas você já viu uma crinaça ajudando a lavar a louça, passar o aspirador ou regar as plantas? Ela mal pode esperar para participar, e age como se essa fosse a coisa mais interessante que ela já fez. Que qualidade maravilhosa – estar empolgada com a vida, como se ela fosse sempre nova. E de fato, ela é. O que é velho são os nossos pensamentos e atitudes distorcidas, que atrapalham a celebração de cada momento. (...)

Faça o melhor que puder, diariamente, para simplificar a vida, valorizar e experimentar a preciosidade de cada momento. Em vez de viver um plano contínuo e em longo prazo, para cinco ou dez anos, concentre-se em viver um dia de cada vez, pedindo ajuda e orientação a cada dia. Não olhe para o passado com rancor ou mágoa, não olhe para a frente com medo ou preocupação; olhe ao redor com percepção consciente.

Para estar totalmente presente em cada momento, é preciso se libertar do passado. Se não nos curarmos do passado, ele irá se repetir e nos manterá presos. Quem está preso ao passado não pode estar aqui e agora, não está totalmente presente e não pode prestar atenção ao que acontece em volta."

 (Susan Smith Jones - Vivendo no presente - Revista Sophia, Ano 4, nº 16 - p. 5/7)