"(...) Você já notou que as crianças pequenas estão sempre
fazendo alguma coisa a cada momento? Muito embora já possam ter experimentado a
mesma coisa anteriormente, elas expressam enorme excitação e admiração. As
crianças não têm padrões de medidas para comparar atividades do presente com o
passado. Elas sabem que já jogaram aquele jogo antes, ou que alguém já leu aquela
história na noite passada, mas o jogo e a história ainda são tão interessantes
como se fossem desfrutados pela primeira vez.
Pense na sua atitude enquanto lava louça, passa o
aspirador na casa ou rega as plantas. Provavelmente você acha essas atividades maçantes.
Mas você já viu uma crinaça ajudando a lavar a louça, passar o aspirador ou
regar as plantas? Ela mal pode esperar para participar, e age como se essa
fosse a coisa mais interessante que ela já fez. Que qualidade maravilhosa –
estar empolgada com a vida, como se ela fosse sempre nova. E de fato, ela é. O
que é velho são os nossos pensamentos e atitudes distorcidas, que atrapalham a
celebração de cada momento. (...)
Faça o melhor que puder, diariamente, para simplificar
a vida, valorizar e experimentar a preciosidade de cada momento. Em vez de
viver um plano contínuo e em longo prazo, para cinco ou dez anos, concentre-se
em viver um dia de cada vez, pedindo ajuda e orientação a cada dia. Não olhe
para o passado com rancor ou mágoa, não olhe para a frente com medo ou
preocupação; olhe ao redor com percepção consciente.
Para estar totalmente presente em cada momento, é
preciso se libertar do passado. Se não nos curarmos do passado, ele irá se
repetir e nos manterá presos. Quem está preso ao passado não pode estar aqui e
agora, não está totalmente presente e não pode prestar atenção ao que acontece
em volta."
(Susan Smith Jones - Vivendo no presente - Revista Sophia, Ano 4, nº 16 - p. 5/7)