OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 2 de setembro de 2014

CONTRABANDO

"Meu amigo, por que viajas com tanta bagagem, rumo à fronteira do Além?

Terrenos e casas, dinheiro em papel e moeda, apólices e títulos – para que tanta bagagem?

Não sabes que tudo isso vai ser apreendido como contrabando, lá na fronteira do outro mundo?

Aprende a possui o necessário – sem seres possuído pelo supérfluo.

Riquezas, honras e prazeres – tudo será confiscado, nem um só átomo passará para além...

O que é material fica para o mundo do espírito.

Pobre de ti milionário da matéria – e mendigo do espírito!

Veres-te subitamente de mãos vazias – tu, que andavas sempre de mãos repletas!

Não poderes salvar dos teus capitais um centavo sequer!

Por que não queres compreender, pobre analfabeto do espírito, a filosofia da eternidade?

Por que não procuras valores que possas levar para além da fronteira deste mundo?

Valores que não se desvalorizem naquele mundo espiritual?

Valores que circulem como moeda corrente no país em vais imigrar?

Se tivesses de emigrar daqui e imigrar para o Japão ou a China, não te interessarias pelos valores que nesses países circulam?

E porque não pensas em cambiar em valor espiritual os teus títulos materiais?

Se a isto não te levar a religião e a fé – levem-te a isto a filosofia e o bom senso.

Que aproveita ao homem possuir mil valores materiais – se lhe faltar o único valor espiritual? (...)

Aprende a possuir o que merece ser possuído – e despossuir-te do que não merece a tua posse.

Liberta-te da cobiça material com espontânea liberdade – antes que da matéria te despoje compulsoriamente morte cruel!

Ser despojado é sorte de escravo – libertar-se é virtude de herói...

Abre o Evangelho de Jesus Cristo e aprende a filosofia da vida – porque é a filosofia da vida eterna...

A sabedoria da eterna felicidade..."

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Fundação Alvorada, 8ª edição - p. 185/186)

A VERDADE A SERVIÇO DA VIDA (1ª PARTE)

"A religião é um dedo que aponta para o eterno; entretanto, nós passamos a vida agarrados a esse dedo, quase não nos permitindo olhar para aquilo que ele tenta nos mostrar.

A religião fala sobre a música do universo, mas a verdade nos faz dançar com ela. A religião fala sobre a importância da compaixão, mas é a verdade que habita no ponto mais profundo do coração humano, que resgata em nós o respeito e o encantamento ante a beleza e a grandeza do ser. A religião dita regras de conduta, mas é a verdade que nos arrebata para a grandiosidade da experiência humana.

A religião tenta descrever o 'colo de Deus', mas a verdade nos embala no calor divino. Através da religião o homem pratica rituais e ora, na tentativa de estabelecer uma comunicação com Deus. Porém, é a verdade que permite que a mente humana encontre refúgio na mente de Deus, e que dessa sagrada comunhão a vida seja reinventada e reencantada.

Nenhuma religião esgota a verdade, assim como nenhuma obra de arte esgota as possibilidades da arte. Entretanto, o que é a verdade? É a resposta consoladora e silenciosa para busca do homem pelo significado e propósito da vida; é o alento para a inquietante condição humana; é a água que mata a nossa sede de infinito. (...)"

(Miriam Morata Novaes - A Verdade a serviço da Vida - Revista Sophia, Ano 2, nº 6 - p. 16)

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O CONCEITO DE DHARMA

"Estamos destinados a nascer num certo local, viver uma certa vida, ter determinados relacionamentos, alegrias e tristezas? O conceito de dharma trata dessas questões.

Nem o dharma nem o karma são fatalistas. Ambos são afirmações de uma lei natural. O karma é o princípio geral; o dharma é um caso específico, à medida que se relaciona ao nosso eu interno.

O termo dharma não pode ser traduzido; já foi definido como dever, lei, retidão, religião, doutrina, natureza essencial, mas nenhuma palavra contém o seu amplo significado. O dharma está unido ao karma (ação) e à moralidade (reta ação). Annie Besant define dharma como ‘nossa própria natureza interior, no seu atual estágio de evolução, mas a lei de crescimento para o estágio de evolução seguinte’. (...)

Pode-se pensar no dharma como uma pressão interna em direção à autorrealização, ao crescimento interior e ao desenvolvimento do nosso potencial. Quando não prestamos atenção a essa pressão, a vida torna-se cada vez mais difícil, porque o dharma expressa uma lei natural, a nossa natureza essencial. Mesmo que tentemos, não conseguimos violar as leis da natureza e da nossa própria existência.

Podemos tentar ser algo que não somos, mas não vamos conseguir, assim como não conseguiríamos digerir o alimento que outra pessoa comeu. O dharma de uma outra pessoa é não apenas perigoso, mas também impossível de realizar. O dharma é individual; de certa maneira, nosso dharma é o que somos essencialmente."

(Edward Abdill - O fenômeno da sincronicidade - Revista Sophia, Ano 4, nº 15 - p. 22)


PARAPSICOLOGIA: OS FENÔMENOS OCULTOS DA MENTE (PARTE FINAL)

"(...) Há muitos livros sobre clarividência. Os mais notáveis são os de Rhine, Osborne, C. W. Leadbeater, G. N. M. Tyrrel, S. G. Soal, J. W. Dunne e Raynor Johnson. Os parapsicologistas reuniram muitas evidências com o objetivo de provar que o homem possui o poder de derrubar as barreiras do espaço, para conhecer fatos que aconteceram a grandes distâncias. Porém, o mais intrigante de todos os fenômenos paranormais é a pré-vidência, a capacidade de prever acontecimentos futuros.

Esse fenômeno foi comprovado, além de qualquer dúvida, pelo trabalho experimental de Rhine, Soal, Tyrreal e outros. Se na percepção da clarividência as barreiras do espaço são demolidas, na premonitória e na retromonitória as barreiras do tempo é que parecem ser eliminadas.

Os fenômenos paranormais são divididos, de uma maneira ampla, em percepção paranormal e ação paranormal, ou psicocinese. Depois de muita experimentação, Rhine chegou à conclusão de que essas faculdades paranormais não são raras; provavelmente a maioria das pessoas as possui, em estado latente. (...)"

(Rohit Mehta - Parapsicologia: os fenômenos ocultos da mente - Revista Sophia, Ano 2, nº 5, p. 9/11)


domingo, 31 de agosto de 2014

BHAGAVAD GITA

"O Bhagavad Gita é amplamente aceito como uma das grandes escrituras da humanidade. Ele contém um apelo universal. Trata da reorganização construtiva da vida, e explica como um homem deve cumprir seus afazeres e ao mesmo tempo compreender seu destino espiritual.

A mensagem principal do Bhagavad Gita é simples: uma pessoa deve cumprir suas obrigações. Se não, incorre em erro. A ação é a lei da vida; sem ação é impossível viver.

Krishna diz que, no caminho espiritual, não é preciso renunciar à ação; as ações executadas com dedicação e atitude adequada ajudam a conduzir a mente ao conhecimento.

Quando o trabalho é feito sem motivação egoísta, torna-se uma forma de adoração. O Bhagavad Gita enfatiza que o mesmo esforço deve ser feito no trabalho para si próprio ou para os outros, e que o esforço deve ser o mesmo, independente do tipo de trabalho.

O trabalho deve ser feito com amor. Todos os deveres são igualmente importantes; quando são cumpridos sem motivação egoísta, a ação torna-se uma expressão de amor. O trabalho dedicado remove todas as impurezas da mente.

O Bhagavad Gita ensina que devemos ‘nivelar’ a mente; devemos encarar do mesmo modo tanto as circunstâncias favoráveis quanto as desfavoráveis. Prazer e dor, ganho e perda, honra e desonra devem ser vistos de modo semelhante. Isso pode ser alcançado com o controle dos desejos, da ira e da ganância, que são os três portais para o inferno. (...)"

(R. K. Langar - Uma fonte perene de inspiração espiritual Bhagavad Gita - Revista Sophia, Ano 2, nº 5 - p. 43)