OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 27 de agosto de 2014

CIÊNCIA E ESPIRITUALIDADE

Investigações complementares

"A busca espiritual e a científica são investigações complementares rumo à realidade. Qualquer sentimento de antagonismo é produto de uma visão mesquinha. A ciência lida com o mensurável; a religião com o imensurável. Um cientista não é inteligente se nega a existência do imensurável. Nada há que seja anti-ciência, mas há muita coisa que está além da ciência. As duas buscas têm de andar de mãos dadas.

Precisamos entender as leis que governam os fenômenos do mundo, como também precisamos descobrir ordem e harmonia em nossa consciência. A compreensão humana está incompleta se não abarca ambos os aspectos da realidade: matéria e consciência.

Na verdade, a divisão é uma criação da mente. A realidade é indivisível, é tanto matéria quanto consciência. São os pensamentos que separam o mundo externo do interno, quase da mesma forma como a mente separa tempo e espaço, embora sejam, ambos, dois aspectos de um mesmo continuum.

Tanto o cientista quanto o religioso precisam estar muito atentos às limitações da mente para transcendê-las, se aspiram a uma percepção holística da realidade. A educação precisa estimular uma mente inquiridora, que seja tanto científica quanto religiosa, para enfrentar a crise da civilização moderna. Descartar toda investigação espiritual e todas as crenças religiosas em nome do secularismo é como atirar fora o bebê junto com a água do banho."

(Padmanabhan Krishna - Ciência e espiritualidade - Revista Sophia, Ano 2, Nº 5 - p. 19)


AHIMSA (1ª PARTE)

"Evite ser agressivo ou violento. Aprenda a não reação. Gandhi, para conquistar a independência da Índia, usou a mais poderosa de todas as armas contra o Império Britânico: a mansidão. Ele acreditou em Jesus, que no 'sermão do monte' prometeu que os pacíficos herdarão a terra.

Da próxima vez, quando você tiver ímpeto de ferir seja com gesto, seja com palavras, olhares de ira, com desejos de prejudicar alguém (um empregado, um desconhecido, um parente), procure lembrar-se de que ele é uma expressão de Deus e assim, nem com pensamento, nem com olhar, nem com palavras, nem com os nervos você o ofenderá.

Mais eficiente do que evitar agredir é no entanto passar à atitude de benevolência, isto é, querer bem a todos. Transforme-se em estação emissora de vibrações benevolentes, assim não terá de reprimir nada e não terá de sufocar emoções.

Se o ahimsa em relação aos outros lhe traz tanto bem, em relação a você mesmo chega a tornar-se condição indispensável à libertação. Se você é benevolente para os outros, por que há de ser demasiado severo em relação a si mesmo?! Use ahimsa para quando se reconhecer fraco e imperfeito.

Digamos que você quer deixar o álcool e não consegue, apesar dos grandes esforços que tem feito. Pois bem, não seja drástico. Principalmente não diga coisas negativas de si mesmo a si mesmo. Não se agrida. Isso complica tudo, pois funciona como autossugestão negativa. Diante de suas capitulações ou quedas, use ahimsa. Relaxe. Você vai deixar de beber, mas sem violência. 'Deixe cair a casca da ferida. Não cometa a imprudência de arrancá-la.' (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 214/215)

terça-feira, 26 de agosto de 2014

NÃO EXISTEM MENTIRAS INOFENSIVAS

"(...) se por uma boa razão você não quer dizer a verdade, pelo menos não minta! Suponhamos que você esteja meditando no canto, certo de que ninguém o vê. Seu desejo é que ninguém saiba o que está fazendo. Mas alguém descobre e grita: 'Ei, o que está fazendo aí?' Para esconder o fato de que estava meditando, você responde: 'Estava comendo uma banana'. É uma mentira desnecessária. Você poderia ter dito: 'Estou ocupado agora e não quero ser incomodado'. Esta afirmação verdadeira é muito melhor do que uma mentira, ainda que pequena, para ocultar da curiosidade alheia o que você fazia. É esse tipo de mentira que a maioria das pessoas conta. Evite-o, porque incentiva um padrão habitual de mentiras, mesmo quando não há necessidade de esquivar-se da verdade.

Também é errado dizer a verdade quando, assim fazendo, traímos alguém desnecessariamente, sem nenhum propósito positivo. Vamos supor que um homem beba, mas tente esconder o vício do resto do mundo. Você conhece essa fraqueza e, em nome da verdade, anuncia aos amigos: 'Vocês sabem que fulano de tal bebe, não é?' É um comentário impróprio; ninguém deve se ocupar da vida alheia. Silencie sobre os defeitos pessoais dos outros, desde que não prejudiquem ninguém. Converse em particular com o transgressor, se tiver a oportunidade ou a responsabilidade de ajudá-lo; mas nunca fale propositalmente para feri-lo, sob o pretexto de ajudar. Você só o 'ajudará' a ficar seu inimigo, além de possivelmente sufocar qualquer desejo que ele possa ter de melhorar como pessoa.

A verdade é sempre benéfica; os fatos às vezes podem ser nocivos. Por mais verdadeiro que seja, um fato que vá de encontro ao bem é apenas um fato, não é a verdade. Nunca revele fatos desagradáveis que causem sofrimento inútil, como falar desnecessariamente sobre o caráter alheio. Isso é o que jornais e revistas sensacionalistas frequentemente fazem com pessoas famosas. Visam ferir a reputação do indivíduo ou obter vantagens pessoais à custa de alguém. Não atraia para si o mau karma resultante da revelação de fatos danosos sobre outras pessoas quando isso não servir a um propósito autêntico ou nobre. E, quando omitir um fato desagradável, certifique-se de que também não deixará implícito o fato de estar escondendo alguma coisa. Afinal de contas, Deus é misericordioso e nós, Seus filhos, também devemos ser. Por que ser o instrumento que causa dano a outra pessoa? Sua ação lesiva vai repercutir e voltará para feri-lo também. Vivemos os resultados de toda experiência que causamos aos outros. Existem pessoas que vivem em paz e pessoas que vivem preocupadas e infelizes. As últimas não tiveram a sabedoria de experimentar e descobrir que é possível viver em paz. Do contrário, teriam aprendido a não mentir e não falar dos outros de modo maledicente e prejudicial."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 38/39)

A VERDADEIRA RELIGIÃO (PARTE FINAL)

"(...) Atualmente os mais graves problemas do planeta são os conflitos armados e a destruição do meio ambiente. Simultaneamente ao progresso da ciência, desenvolveu-se uma atitude de conquista, controle e exploração da natureza. A humanidade chegou ao ponto de ‘brincar de Deus’, para usar a frase de Jeremy Rifkin. Mas a ciência também está compreendendo que quanto mais o universo é explorado, maior se torna a dimensão desconhecida, não apenas no nível material, mas também nos campos sutis do espírito. Por trás de tudo o que está manifestado e perceptível existe o intangível e o inexplicável. Grandes espíritos que experienciaram o mistério do desconhecido, como Einstein, puderam compreender a reverência que exala da mente religiosa. (...)

Outro grande problema atual é o consumismo e a insensibilidade em relação ao valor e à dignidade dos seres vivos. É necessário um profundo respeito por cada forma de vida para reverter a maré de consumismo que destrói os recursos e a diversidade do planeta.

È essencial que nossos valores mudem, mas não em razão do que uma sociedade ou um sistema religioso diz. Os valores surgem a partir do sentimento de uma existência una e inter-relacionada, que faz nascer a gentileza e a não violência. Se nós não conseguimos amar o pequeno animal, o pássaro, o peixe ou a planta, como podemos amar a Deus que é a fonte de toda a vida?

Temos de aprender a ser como as criancinhas que experimentam maravilhas, cujas mentes não têm preconceitos e que não sabem o que é ser possessivo. Esse é o verdadeiro despertar religioso, que envolve abrir mão dos próprios interesses por amor aos outros, sem preconceitos, de modo que a mente seja ampla, tolerante e sensível."

(Radha Burnier - A verdadeira religião - Revista Sophia, Ano 12, nº 50 - p.20/21)

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O VALOR DOS DESAFIOS E DOS ESFORÇOS

"Quando faço uma retrospectiva da minha vida e recordo os primeiros anos no caminho espiritual, sinto-me grata por toda a árdua luta que tive de enfrentar. Isso fez aflorar em mim uma força, determinação e total entrega a Deus e à Sua vontade que eu talvez não tivesse dessenvolvido de nenhum outro modo.

É comum, ao ficarmos doentes ou passarmos por uma crise, que nos sintamos impotentes e queiramos desistir. Mas será que você não sabe que a vida é isso mesmo, enfrentar e superar problemas? Para isso estamos aqui - não para choramingar ou entrar em desespero, e sim para aceitar o que vem a nós e usá-lo como meio de chegar a um relacionamento mais íntimo com Deus. Quando a adversidade golpeá-lo, não pense que é porque Deus o abandonou. Tolice! Se nos momentos de provação você se volta para Ele com a confiança de uma criança, vai ver que Deus está ao seu lado, talvez até de um modo mais tangível do que jamais esteve nas fases boas de sua vida."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 58/59)