OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

OS ILUMINADOS (PARTE FINAL)

A Encarnação da Sabedoria

"Yukteswar foi mestre de Yogananda. Ele estava de passagem por Benares, em visita a sua mãe, quando Yogananda o encontrou. Seu eremitério principal era, então, em Serampore, a 20 km de Calcutá. No prefácio à edição norte americana do livro Autobiografia de um Iogue Contemporâneo, de Yogananda, um de seus discípulos assim descreve Yukteswar:

‘Sri Yukteswar dirigia um tranquilo ashram à beira-mar, em Pui, Orissa, Baía de Bengala, ocupando-se principalmente do treinamento espiritual de um grupo de jovens discípulos. Seu maior discípulo e emissário ao Ocidente, em 1920, foi Yogananda, a quem muito amava.

Era de semblante e voz suave, de presença agradável e digno da veneração que seus discípulos espontaneamente lhe tributavam. Sua figura era alta, ereta, ascética, envolta no hábito cor-de-açafrão dos que renunciaram às conquistas mundanas. Seu cabelo era longo e ligeiramente ondulado, e a barba lhe emoldurava o rosto. O corpo, de musculatura firme, era delgado e de proporções harmoniosas; seu passo, enérgico. (...) Foi em Pui, em 1936, que Sri Yukstewar fechou seus olhos mortais às cenas desse transitório estado do ser, com a consciência de que sua missão na Terra fora cumprida.’

O iluminado da Espiritualidade

Lahri Mahasaya foi mestre dos pais de Yogananda, a quem iniciou na prática espiritual da Kriya ioga, uma técnica iogue que acalma e silencia o tumulto sensorial, permitindo ao homem alcançar identidade crescente com a consciência cósmica. (...)

Lahri Mahasaya deixou este mundo pouco depois do nascimento de Yogananda (1893) e continuou a ser venerado pela família.

Sobre Lahri Mahasaya contam-se muitas curas milagorsas. É o próprio Yogananda quem conta, em seu livro Autobiografia de um Iogue Contemporâneo, ter-se curado milagrosamente de cólera asiático graças ao retrato de Lahry Mahasaya. Estava desenganado pelos médicos e sua mãe mandou-o então olhar fixamente o retrato do mestre: ‘Olhei fixamente a fotografia e contemplei uma luz cegadora que envolvia meu corpo e o quarto inteiro. Minha náusea e os outros sintomas incontroláveis desapareceram; eu estava curado.’"

(Equipe da Revista Planeta - Os iluminados - Planeta Extra Raja Ioga, março de 1984 - p. 51/58)

domingo, 10 de agosto de 2014

SOZINHO, EU PERMANEÇO UNIDO

"Por mais isolado que possa se sentir às vezes, na verdade você nunca está só, pois a presença de Deus está sempre no seu interior. Quer esteja numa praia à beira-mar ou no centro de uma cidade moderna, numa reunião social ou a sós consigo mesmo, sempre poderá invocar essa presença interior. E uma vez que estiver unido a essa divindade íntima, jamais se sentirá isolado novamente.

Na presença Divina, você vive, age e nela encontra a sua essência. Quando está totalmente imerso nessa presença, você se sente inteiro, pleno, ligado e amado. E esse sentimento se revela mais importante do que nunca em situações de perda no plano material. Pode ser que alguma coisa ou alguém de quem você dependia tenha desaparecido. Talvez uma esperança, algum desejo ou sonho tenha sido frustrado. Contudo, em meio ao vazio, restou uma afinidade. Lá no seu íntimo, há um sinal de amizade, uma ponte que jamais será demolida.

Sua situação se compara à daquele homem que andando pela praia vê duas pegadas, a dele próprio e a de Deus. Nos momentos de depressão e tristeza, porém, ele só vê um rastro. Achando que foi abandonado, chora amargamente e indaga o porquê de seu abandono. E o Infinito então lhe responde: ’Eu jamais o abandonei. Quando você viu apenas um rastro é porque eu o carregava.’

Feche os olhos e sinta essa conexão. Sinta a paz e a serenidade que acontecem quando estiver bebendo a água dessa fonte que irá saciar para sempre a sua sede.

Quando você está só é que permanece unido."

(Douglas Bloch - Palavras que Curam - Ed. Cultrix, São Paulo, 1993 - p. 50)


OS ILUMINADOS (6ª PARTE)

O Grande Sábio da Paz

"No sul da Índia, perto de Madras, nasceu em dezembro de 1879 Bhagavan Sri Ramana, numa família brâmane. Já rapaz, Ramana disse a um de seus professores: ‘Este estudo não tem qualquer utilidade para mim. Preciso conseguir um outro tipo de sabedoria, pois a sabedoria do mundo material não pode fazer-me imortal. Esta sabedoria não pode dar-me o poder de vencer a morte. Eu preciso realizar o Divino Ser’.

A única obra espiritual que impressionou Ramana foi a vida do grande mestre Kabir e as suas descrições da vida dos 63 santos do culto Shiva, contada pelo seu tio Naga Swami. Mais tarde, lendo as sagradas escrituras vedas, brotou-lhe o desejo de ser um daqueles personagens celestiais. No mesmo instante foi imbuído de tal fé, de tal amor e tal fervor divino, que sentiu se inspirar nele a procura do Ser Supremo. Daí em diante ressoava no seu interior a palavra arunachala, identificado por seu tio como o nome de uma montanha sagrada. Algum tempo depois teve uma experiência extraordinária. Estava em seu quarto quando, subitamente, sentiu que se integrava no Universo. Seu corpo tornou-se estático e rígido. Ele perguntou: ‘Quem sou eu?’ ‘Minha consciência não é atingida absolutamente’. E então compreendeu que era completamente independente do corpo físico, da mente e dos sentidos, e disse: ‘Eu sou a Consciência.’ Nesse mesmo momento, sentiu a presença de Krishna, que lhe assegurou a imortalidade.

Pouco depois disso, abandonou o seu lar sem indicar o seu destino. Levou consigo apenas o dinheiro suficiente para a passagem com destino a Tiruvannamalai, uma cidade muito próxima à montanha Arunachala. (...) Ninguém o conhecia e ele passava o dia inconsciente do seu corpo físico e imerso em si mesmo em profundo êxtase.

Alguns meses após, o futuro grande avatar iniciou uma vida de rigorosa disciplina, passando vários anos ao pé da sacra montanha Arunachala. (...)

Um pequeno grupo de discípulos começou a formar-se  ao seu redor. Foi o mesmo que mais tarde construiu uma ermida na encosta da montanha, pedindo ao mestre para vir morar nela. Ele viveu ali por mais 50 anos."

(Equipe da Revista Planeta - Os iluminados - Planeta Extra Raja Ioga, março de 1984 - p. 51/58)

sábado, 9 de agosto de 2014

ORIENTAÇÃO E FORÇA PELA FÉ EM DEUS

"Nos seus últimos anos de vida, Paramahansaji passava muito tempo no deserto a escrever suas obras. Ele me deixou no comando de Mount Washington e tive de lidar com uma avalanche interminável de problemas administrativos. Eu raramente conseguia conversar com meu Guru sobre os problemas, porque ele não tinha mais o pensamento focalizado no trabalho cotidiano de uma organização mundial. Ele estava mais interiorizado, em contínua comunhão divina em samadhi. O que eu deveria fazer? Podia ficar sentada no quarto e lamentar a situação, ou podia dizer a ele que eu simplesmente não conseguiria arcar com aquela responsabilidade. Considerei todas as alternativas, mas nenhuma rota de fuga me traria paz interior.

Em última análise, eu sabia que não havia outro recurso a não ser a entrega. Mentalmente, disse a mim mesma: 'Simplesmente farei o melhor a cada dia. Posso cometer erros, mas Deus sabe que estarei tentando seguir a Sua vontade ao máximo. Só há um modo de libertar-me da tremenda pressão que me foi imposta por essa responsabilidade: colocarei minha fé em Deus sem reservas.' Que grande lição me trouxe aquela experiência!

Depois disso, sempre que me sentia sobrecarregada, eu me prostrava mentalmente aos pés de Deus, sabendo que só Ele poderia me dar a força e a orientação necessárias para seguir adiante.

Esse teste continuou, em maior ou menor grau, por alguns anos. Mas pelo fato de suportá-lo e perseverar com atitude positiva, chegou o dia em que pude dizer: 'Agora vejo o que significa ter fé total em Deus'. Uma fé assim não vem apenas da mente, mas também do coração; e para que a fé se torne forte, temos que praticá-la todos os dias da vida."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 49/50)

OS ILUMINADOS (5ª PARTE)

O Grande Reformulador

"Aurobindo, vidente hindu, filósofo, poeta e patriota, nasceu em Calcutá a 15 de agosto de 1872. Após estudos na Inglaterra, retornou à Índia em 1893, sendo um dos líderes revolucionários nacionalistas que lutaram pela independência. Nessa mesma época ele iniciou-se em ioga. Após ser julgado e absolvido em um caso de bomba em 1908, ele deixou a política e retirou-se para Pondicherry, onde viveu até a sua morte, a 5 de dezembro de 1950.

A vida política de Aurobindo foi inspirada em motivos espirituais, e depois dedicou-se à descoberta da maneira pela qual o Universo podia tornar-se divino. (...)

A mensagem filosófica de Aurobindo é de esperança, porque ele anuncia a salvação cósmica, na qual o homem e o universo estão destinados a se tornarem divinos. Isso é determinado pela lei da evolução. (...)

O Iluminado do Amor

Paramahansa Yogananda, também chamado de Supremo Cisne, nasceu a 5 de janeiro de 1893, em Gorakhpur, Nordeste da Índia, perto das montanhas do Himalaia. Após concluir o curso secundário decide ir para um eremitério em Benares, separando-se da família para entregar-se à disciplina espiritual de sua busca divina. É nessa época que Yogananda encontra-se pela primeira vez com o seu guru, Swami Sri Yukteswar Gíri, ‘a face divina que vira milhares de visões’, acontecimento que viria marcar profundamente a sua existência terrena. Yogananda atingiu alto grau de perfeição, chegando mesmo a realizar muitas curas físicas, e, mesmo após a sua morte material ocorrida a 7 de março de 1952, o seu corpo não apresentou nenhuma espécie de deterioração ou modificação durante os muitos dias que ficou exposto, conservando, inclusive, um grande brilho em sua pele. Deixou duas organizações não sectárias e não lucrativas: Self-Realization Fellowship (SRF), em Los Angeles, EUA, e Yogôda Satsanga (YSS), em Dakshinéswar, na Índia. O mestre declarava que, através dessas instituições, a mensagem liberadora de Krya ioga (a união com o infinito por meio de certa ação ou rito) seria difundida por todas as partes do mundo."

(Equipe da Revista Planeta - Os iluminados - Planeta Extra Raja Ioga, março de 1984 - p. 51/58)