OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 7 de agosto de 2014

OS ILUMINADOS (3ª PARTE)

O Iluminado de Humildade

"São Francisco de Assis é o santo mais popular da Itália do século XIII (1182-1226). Filho de um rico comerciante de tecidos, surgiu-lhe, no decorrer de uma doença, a aspiração de uma vida mais elevada. A princípio foi atraído pela cavalaria, renunciando a essa carreira para dedicar-se á sua missão religiosa, misteriosamente recebida em 1206: ‘Vai, Francisco, conserta minha casa que desmonta’. Essa ‘casa’ era o Santuário de São Damião, e Francisco entregou-se à sua construção. Era também a própria igreja onde ele iria encarnar uma corrente de reforma submetida ao ideal evangélico, sob o signo de um ardente espírito de amor e pureza, e igualmente de submissão à ‘Senhora Pobreza’. A vida despojada por ele escolhida, sua caridade austera e ditosa, fizeram nascer as primeiras comunidades à sua volta: em 1209 e fundada a Ordem do Irmãos Menores e, em 1212, nasce a Ordem das Damas Pobres (mais tarde denominada Clarissas). Conta-se que Francisco de Assis chegava mesmo a pregar às aves, aos peixes, aos lobos, os quais ele teria ‘convertido’. Quase no fim de sua vida, retirou-se para o monte Alverno e, mais tarde, a São Damião, onde compôs a maior parte do Cânticos do irmão Sol e das criaturas.

Seu brilho ultrapassou as fronteiras do cristianismo. Certa ocasião Gandhi exaltou Francisco de Assis como um dos maiores sábios do mundo.

Grande sábio da Paz

Ramakrishna é talvez o santo hindu melhor conhecido nos tempos modernos. Ele nasceu na vila de Kamarpukur, Bengala, a 20 de fevereiro de 1836. Desde criança ele se sentia atraído pela vida dos heróis religiosos e teve sua primeira experiência de êxtase espiritual aos sete anos de idade. Para ele Kali era a Mãe Divina.

Ramakrishna dedicou-se, primeiro, à adoração de Rama e sentiu que este era o espírito do Universo. Mais tarde, ele adotou a adoração a Krishna e passou a praticar a forma de amor chamada vaishnava, na qual a alma humana ama a Deus como uma devotada esposa ama seu esposo.

No final de 1866 ele praticou a disciplina do Islã e em 1874 ele adotou os métodos do cristianismo. Assim ele tinha visões de Rama, Krishna, Shiva, Kali, Allah e Jesus. Ele disse: ‘Na oficina do oleiro há muitos utensílios diferentes: potes, jarros, pratos, pires... Mas tudo isso foi feito com o mesmo barro. Assim também Deus é um, embora seja adorado em diversos países e épocas diferentes sob nomes e aspectos variados.

Ramakrishna passou os últimos anos de sua vida educando espiritualmente seus discípulos. Ele morreu de câncer a 16 de agosto de 1886. Seu famoso discípulo Vivekananda disse sobre ele: ‘ele não trouxe novas verdades;ele trouxe à luz velhas verdades’."

(Equipe da Revista Planeta - Os iluminados - Planeta Extra Raja Ioga, março de 1984 - p. 51/58)


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A VISÃO DE DEUS

"Qual é a visão que o ser humano tem de Deus? Por visão não me refiro a enxergar algo com os olhos físicos, tampouco a testemunhar um milagre. Ver Deus significa perceber o fato de que Ele habita nosso coração. Essa percepção nostálgica vai persistir até que o indivíduo tenha adquirido tal conhecimento, e então desaparecerá. Essa compreensão é o fruto final do esforço constante. Deus está lá, no tabernáculo do coração humano.

Não podemos ver Deus com esses olhos físicos. Deus é um espírito sem corpo e, portanto, é visível somente aos olhos da fé. Se não houver pensamentos ruins nem medos ocupando e atormentando a nossa mente, e se o nosso coração estiver repleto de vida e alegria constantes, isso é uma indicação da presença de Deus em nós mesmos. E, de fato, Ele está lá em todos os momentos, mas fracassamos em perceber a Sua presença porque não demonstramos fé e, assim, vivenciamos muito sofrimento. Quando enfim tivermos cultivado a fé real, as calamidades deixarão de nos assolar e entristecer.

Aquele que olha para o universo como várias facetas de Deus certamente terá uma visão beatífica. Todo conhecimento e todos os nossos exercícios espirituais são infrutíferos, caso não tenhamos essa visão.

Quando admiro a maravilha do por do sol ou a beleza da lua, minha alma se expande em louvor ao Criador. Tento vê-Lo e a sua misericórdia em todas essas criações."

(Mahatma Gandhi - O Caminho da Paz - Ed. Gente, São Paulo - p. 84/85)


OS ILUMINADOS (2ª PARTE)

O Iluminado de Nazaré

"Jesus Cristo (do hebraico ‘Jeová é a salvação’ e do grego Christos, ‘ungido’) nasceu numa aldeia da Judeia, Belém, a pouca distância de Jerusalém. Para os cristão representa a salvação, e, para o povo hebreu, é o eleito do Senhor, o Messias esperado durante séculos e anunciado pelos profetas do Antigo Testamento. Tendo se refugiado no Egito com a sua família, depois de um sonho premonitor de José, retornou a Nazaré, onde teria levado, até os 30 anos, uma vida obscura. Tal fato não é explicado nem mesmo pela própria Bíblia, o que levou alguns pesquisadores a levantar a hipótese de que o Nazareno teria realizado prováveis viagens ao Extremo Oriente. Anunciado por João Batista, reconhecido por este como o Messias, Jesus retirou-se para o deserto, onde permaneceu 40 dias em jejum e meditação. Depois disso iniciou sua predicação, donde surgiria uma nova visão religiosa, moral e social destinada a operar uma profunda transformação no mundo. Juntamente com os doze apóstolos, que ele próprio havia chamado para si e que continuariam a sua obra com a fundação das primeiras comunidades cristãs, Jesus andou pela Palestina, predicando às multidões e realizando milagres. Como filho de Deus, sua pessoa reúne duas naturezas, a humana e a divina, pelo que é considerado o Deus-homem que se encarnou e apareceu na Terra para anunciar o advento do reino de Deus.

O Grande Trabalhador

Ramatis nasceu por volta do século X, no ano de 993, na Indochina, onde fundou e dirigiu um grande templo iniciático. Portador de profundos conhecimentos esotéricos, alcançou através das práticas alto grau de perfeição espiritual. Ramatis tem laços indiretos com as estruturas da ioga. Foi um dos que em vida também obteve alto grau de perfeição, chegando em muitas citações serem evidenciadas suas qualidades e características de iluminado espiritual. Seu trabalho na Terra foi em grande parte a favor dos necessitados, material ou espiritualmente. Sua grande obra não foi esquecida e teve continuidade nas mais diversas regiões do mundo."

(Equipe da Revista Planeta - Os iluminados - Planeta Extra Raja Ioga, março de 1984 - p. 51/58)

terça-feira, 5 de agosto de 2014

SUPERAR O TEMOR

"Jogue fora o temor. O que há para se temer? Mesmo um pouquinho de temor, como um desarrazoado receio do escuro ou preocupar-se com coisas que 'poderiam' acontecer, afeta os nervos mais do que você pode imaginar.

Não tema coisa alguma. O medo é uma forma de nervosismo. Enquanto você não morrer, está vivo; por que temeria? E uma vez que morra, acabou-se e você não pode se lembrar; assim, por que preocupar-se?

O temor vem do coração. Se em algum momento você se sentir tomado pelo temor de alguma doença ou acidente, deve inspirar e expirar profunda, lenta e ritmicamente, diversas vezes, descontraindo-se a cada expiração. Isso ajuda a circulação a normalizar-se. Se o seu coração estiver realmente tranquilo, você não poderá sentir medo algum."

(Paramahansa Yogananda - Paz Interior - Self-Realization Fellowship - p. 90/91


OS ILUMINADOS (1ª PARTE)

"Quando o ser atinge a perfeição real e verdadeira, torna-se essência. Assim sabe evitar o que é desnecessário, rompe as ligações materiais, reconhece a verdade, passa a ter o verdadeiro e único discernimento e os grandes sentimentos interiores e inerentes ao ser comum são despertados em sua absoluta grandeza e a verdadeira essência divina pode florescer, surgindo daí os grandes iluminados, portadores de dons divinos. (...)

A biografia e as experiências pessoais de cada um desses seres traz grande conhecimento espiritual.

É importante lembrar que foram eles que mostraram à humanidade o verdadeiro caminho do amor, da sabedoria, do progresso, da harmonia e da paz espiritual.

Entre eles, há pobres e ricos, mas nenhum precisou de seus bens materiais para a sua autorrealização e iluminação. Todos a obtiveram por seus atos e feitos nobres, humildes mas profundos, e também pelo alcance de uma grande harmonia espiritual.

Pudesse o homem de hoje, através das práticas de raja ioga, seguir os passos e os exemplos desses verdadeiros mestres. Esse talvez fosse o primeiro passo para a criação de uma nova ordem, onde todos pudessem viver livres, felizes, amando e jamais odiando, tendo o direito à verdadeira dignidade e justiça e, acima de tudo, gozando de plena harmonia espiritual.

O Iluminado Buda

Siddharta Gautama, o Buda ou Iluminado, nasceu em 563 a.C. e morreu 483 a.C. Filho do príncipe Suddhodana, Buda abandonou a família, as glórias e riquezas que possuía, para seguir a vocação ascética que lhe foi despertada ao ver um funeral, um doente e um asceta vagabundo. Retirou-se na selva para meditar sob a orientação dos brâmanes e iniciar seu caminho na busca da verdade. Depois de passar por muitas provas, Buda alcançou a iluminação interior e reconheceu as chamadas Quatro Verdades. Seu primeiro sermão foi proferido no Jardim das Gazelas, perto de Benares, em 530 antes de Confúcio. Durante cerca de 40 anos pregou na Índia setentrional seus ensinamentos, que só foram escritos a partir do séc. II a.C. Ao morrer, deixou uma florescente comunidade de monges e milhares de seguidores de uma doutrina (dharma) de serenidade, ternura e aceitação estoica do mal, cuja essência é atingir a libertação ou a iluminação, o nirvana, que é a libertação do círculo vicioso do viver-morrer-reviver."

(Equipe da Revista Planeta - Os iluminados - Planeta Extra Raja Ioga, março de 1984 - p. 51/58)