OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 25 de julho de 2014

A ILUSÃO DO NASCIMENTO E MORTE

"D: Como podem o nascimento e a morte ser ilusórios?

 M: Ouça com atenção o que digo.

Quando a alma individual (jiva) é vencida pelo sono, o contexto do estado de vigília dá lugar a um novo contexto no sonho, de modo a reproduzir experiências passadas, ou então há a perda total de todas as coisas externas e atividades mentais. Da mesma forma, quando ela é subjugada pelo estado de coma antes da morte, o contexto presente é perdido, e a mente fica dormente. Isso é morte. Quando a mente retoma a reprodução de experiências passadas em novos ambientes, o fenômeno é denominado nascimento. O processo de nascimento inicia com o homem imaginando: 'Aqui está minha mãe; estou no seu útero; meu corpo possui estes membros'. Então ele se imagina nascido no mundo e, mais tarde, diz: 'Este é meu pai; sou seu filho, tenho tantos e tantos anos de idade; estes são meus amigos e parentes; esta bela casa é minha' e assim por diante. Esta série de novas ilusões começa com a perda das ilusões anteriores no estado de como antes da morte, e depende dos resultados de ações passadas.

A alma sobrepujada pelo irreal estado de coma anterior à morte, tem diferentes ilusões, de acordo com suas diferentes ações passadas. Após a morte, ela acredita: 'Aqui é o céu; é adorável, estou nele; sou agora um maravilhoso ser celestial; há tantas donzelas celestes encantadoras a meu serviço; tenho néctar para beber'; ou 'Eis a região da Morte; aqui está o Deus da Morte; estes são os mensageiros da Morte; oh, são tão cruéis - arremessam-me ao inferno!'; ou 'Eis a região dos Pitrs; ou de Brahma, ou de Vishnu ou de Shiva' - e assim por diante. Portanto, segundo a sua natureza, as tendências do karma passado apresentam-se como ilusões de nascimento, morte, passagem para o céu, para o inferno ou para outras regiões perante o Eu Real, que é sempre o imutável Espaço da Consciência. São apenas ilusões da mente - irreais.

No Ser do Espaço da Consciência existe o fenômeno do universo, como uma cidade celestial vista em pleno ar. É reputada como algo real, mas realmente não o é. É composta de nomes e formas, e não é nada além disso." 

(Advaita Bodha Deepika - A Luz da Sabedoria Não Dualista - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 39/41)


AMAR, VERBO INTRANSITIVO (1ª PARTE)

"Amor, segundo o dicionário, é um substantivo masculino e abstrato. Nessa perspectiva, ele se encaixa muito bem no amor derramado dos livros e filmes românticos ou dramáticos que temos disponíveis. Aceita perfeitamente a áurea onírica, idealizada ou religiosa em que nós acostumamos a envolvê-lo. Explica as diversas frustrações, tragédias e desequilíbrios causados em seu nome. Estimula a busca incansável pela alma gêmea, pela felicidade, pela satisfação, pelo prazer.

Esse amor é algo que não diz respeito às grandes verdades da alma, pois nasce do medo. Medo da solidão ou do julgamento. Esse amor cria o sentimento de separatividade, que em sua mais fanática expressão nos leva ao isolamento em seitas, grupos ou castas.

Aprendemos com a nossa professora de português que amar é um verbo - portanto ação - e que o sentido precisa ser complementado para que haja clareza na mensagem transmitida. Nós nos acostumamos a revestir o amor das formas mais variadas. Amamos com os sentidos as mais variadas coisas, aquilo que achamos possuir, acreditar ou defender.

Embotados pelos sentidos, acreditamos que o amor, aquele amor que precisa de complementos, é o que nos trará a felicidade. Acreditamos que Deus nos ama com algum complemento, algum adjetivo. Por fim, percebemos que esse amor nos torna menores. Então descremos do amor e nos frustramos.

Na ótica em que pretendemos analisar a ação de amar, usaremos a licença poética de Mário de Andrade, que, desafiando os gramáticos, declarou: 'Amar, verbo intransitivo.' (...)"

(Carla Maiolino - Amar, Verbo Intransitivo - Revista Sophia, Ano 11, nº 44 - p. 24)

quinta-feira, 24 de julho de 2014

COMO SE LIVRAR DAS PREOCUPAÇÕES


"A preocupação é um estado psicológico de consciência em que você fica preso a sentimentos de impotência e apreensão por alguma dificuldade da qual não sabe como se livrar. Talvez esteja seriamente preocupado com um filho, ou com sua saúde, ou com o pagamento de uma hipoteca. Não encontrando uma solução imediata, você começa a se preocupar. E o que ganha com isso? Dor de cabeça, nervosismo, problemas cardíacos. Por não analisar claramente a si mesmo e aos problemas, você não sabe controlar seus sentimentos ou as condições que está enfrentando. Em vez de perder tempo preocupando-se, pense positivamente em eliminar a causa do problema. Se quer se livrar de uma dificuldade, analise-a calmamente, estabelecendo ponto por ponto os prós e os contras da questão, e então determine os melhores passos para conseguir seu objetivo."


(Paramahansa Yogananda - Viva Sem Medo - Self-Realization Fellowship - p. 30/31)
http://www.omnisciencia.com.br/livros-yogananda/viva-sem-medo.html


NÃO EXISTEM PROBLEMAS FORA DE VOCÊ (PARTE FINAL)

"(...) Segundo Tolle, no livro O poder do agora, ‘todos os problemas são ilusões da mente’. Diante disso um discípulo disse: ‘É como se um grande peso tivesse sido tirado dos meus ombros. Sinto-me leve... Mas os problemas ainda estão lá, me esperando, não é? Ainda não foram resolvidos. Será que eu os estou evitando apenas temporariamente?’

Tolle respondeu: ‘Não se trata, basicamente, de solucionar os seus problemas. Trata-se de perceber que não existem problemas, apenas situações com que temos de lidar agora ou deixar de lado, aceitando-as como uma parte do ‘ser’ nesse momento, até que se transformem ou possam ser negociadas. Os problemas são criados pela mente e precisam de tempo para sobreviver.'

No plano astral, para onde vamos logo que deixamos este mundo, a presença do tempo ainda é uma realidade, e por isso somos afetados por ele. O que ocorre, porém, com a prática da meditação, se insistirmos para além das primeiras dificuldades? O pensamento para, a mente silencia. Entramos em contato com uma realidade além do tempo: a realidade espiritual, conectada ao eterno agora. Aí se pode perceber, na prática, a fantasia de todo o problema. É uma questão de experimentar."

(Walter Barbosa - Não existem problemas fora de você - Revista Sophia, Ano 9, nº 36 - p. 10/11)


quarta-feira, 23 de julho de 2014

DESAPEGANDO-SE DA INSEGURANÇA

"'Lembre-se', disse a voz, 'que vocês sempre são amados. Vocês são sempre protegidos e nunca estão sozinhos...Vocês serão sempre iluminados pela sabedoria e pelo amor...nunca serão esquecidos. Nunca serão desdenhados ou ignorados. Vocês não são os seus corpos, não são os seus cérebros, nem mesmo sua consciência. Vocês são espíritos. Tudo o que precisam fazer é despertar de novo para essa lembrança e recordar. O espírito não tem limites, nem os limites do corpo físico nem os do intelecto e da mente.'

Um de nossos maiores problemas é estarmos sempre preocupados com resultados. Essa preocupação cria uma ansiedade desnecessária, medo e infelicidade.

A ansiedade tem a ver com nosso desempenho. E se o nosso desempenho não for satisfatório? E se fracassarmos? O que os outros vão pensar? Vão nos julgar severamente e nos punir?

O medo aqui relaciona-se com deixar de realizar a meta ou o objetivo desejados. Se falharmos, não vamos conseguir o que queremos. Vamos nos tornar uns fracassados, uns perdedores. Seremos rejeitados. Odiaremos a nós mesmos. Ódio e medo são o oposto do amor.

Em vez de se preocupar com resultados específicos, preocupe-se em agir corretamente. Aja de maneira desprendida! Espere o melhor.

A esperança é uma coisa boa. A expectativa, não, porque, quando ela se apresenta, o desapontamento está sempre muito próximo.

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 92/93)