OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 14 de julho de 2014

A VIDA ESPIRITUAL (1ª PARTE)

"Espiritual é uma daquelas palavras como amor, Deus, bem que não correspondem a objetos concretos e significam coisas diferentes para pessoas diferentes. A palavra bem, por exemplo, seria interpretada num sentido estreito ou universal pelos que experimentaram a bondade num nível superficial ou profundo. A palavra espiritual pode significar muito, pouco ou absolutamente nada. Cada pessoa interessada na vida espiritual deve descobrir se ela corresponde a algo dentro de si mesma ou se é meramente uma palavra usada por outros e, portanto, um mero conceito, uma noção teórica que não se baseia no conhecimento pessoal.

Por outro lado, cada um de nós pode entender a palavra amor, que tem uma base no relacionamento pessoal, pois todos experimentamos o amor de uma forma ou de outra. Nossa experiência pode ser limitada, mas serve para dar uma vaga noção de um amor diferente, maior.

Para a maioria de nós a palavra espiritual é como a palavra Deus – uma palavra que pode encobrir numerosas contradições e ilusões; uma expressão que podemos interpretar de acordo com nossos próprios desejos e inclinações ocultas. Uma pessoa está perturbada por sérios e persistentes problemas; está sozinha ou fracassada. Estando ela oprimida e desiludida, volta-se, para alívio, ao ‘espiritual’. Se ela tivesse sido bem-sucedida no mundo material, não teria buscado nenhum outro caminho; seu aparente desejo pelo espiritual é meramente um escape e a palavra lhe comunicará uma ansiada mudança das experiências terrenas.

Existem outros que estão condicionados a gastar algum tempo do seu dia em atividades religiosas, que acreditam trazer benefícios espirituais. Assim, milhões de hindus, budistas, cristãos e outros repetem orações e tomam parte em adorações com pouca concentração ou pequena atenção ao seu significado interior. Esse é o molde preparado para eles pela sociedade na qual vivem, e onde caem prontamente; em outras circunstâncias, eles naturalmente iriam se adequar a algum outro molde. Por isso, não estão realmente voltando-se para o espiritual; estão se conformando ao que é mais fácil e fazendo aquilo que deles é esperado. (...)"

(Radha Burnier - A Vida Espiritual - Revista Sophia, Nº 9, Ano 35 - p.27/29)


MEDO (1ª PARTE)

"Assim como o amor é a grande força unificadora, o medo é a grande força divisora. Nossa identidade é desenvolvida e formada pelas pessoas que nos cercam e pelo ambiente em que vivemos. O que acontece é que, à medida que crescemos, deixamos que os julgamentos e crenças dos outros ditem a nossa identidade. Gradualmente, se caímos nessa armadilha e nos esquecemos de quem somos verdadeiramente - da nossa dimensão divina - sentimos medo.

O medo é uma criação enganosa das nossas mentes. Não é real. Não há dúvida de que existem coisas muito reais a serem temidas no mundo, mas não estou falando do medo que acompanha os instintos básicos de sobrevivência. Refiro-me aos medos emocionais que surgem de impressões e ilusões falsas. Fomos tão condicionados por eventos ameaçadores e pela violência, que passamos a acreditar que o mundo é um lugar assustador. Crescemos com medo de coisas ou de pessoas que achamos que querem nos agredir. Tentamos viver de acordo com os padrões de outras pessoas e nos transformamos em algo que não somos. Essencialmente, não somos fiéis a nós mesmos.

Quando nossas mentes são envolvidas pelo medo, muitas vezes este medo é sentido fisicamente. O corpo físico fica tenso à medida que revivemos mentalmente uma situação assustadora, e o medo cresce cada vez mais. Então, a nossa energia enfraquece. Às vezes, ficamos literalmente paralisados e tememos o futuro. (...)" 

(James Van Paagh - Em Busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 59)

domingo, 13 de julho de 2014

SILÊNCIO E CALMA (PARTE FINAL)

"(...) Será que a calma e o silêncio são apenas a ausência do barulho e de conteúdo? Não, a calma e o silêncio são a própria inteligência, a consciência básica da qual provêm todas as formas de vida. A forma de vida que você pensa que é vem dessa consciência e é sustentada por ela.

Essa consciência é a essência das galáxias mais complexas e das folhas mais simples. É a essência de todas as flores, árvores, pássaros e demais formas de vida.

A calma é a única coisa no mundo que não tem forma. Na verdade, ela não é uma coisa nem pertence a este mundo.

Quando você olha num estado de calma para uma árvore ou uma pessoa, quem está olhando? É algo mais profundo do que você. A consciência está olhando para a sua própria criação.

A Bíblia diz que Deus criou o mundo e viu que era bom. É isso que você vê quando olha num estado de calma, sem pensar em nada.

Você precisa saber mais coisas do que já sabe? Você acha que o mundo será salvo se tiver mais informações, se os computadores se tornarem mais rápidos ou se forem feitas mais análises intelectuais e científicas? O que a humanidade precisa hoje é de mais sabedoria para viver. Mas o que é a sabedoria e onde pode ser encontrada? A sabedoria vem da capacidade de manter a calma e o silêncio interior. Veja e ouça apenas. Não é preciso nada além disso. Manter a calma, olhando e ouvindo, ativa a inteligência que existe dentro de você. Deixe que a calma interior oriente suas palavras e ações."

(Eckhart Tolle - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 14/15)
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sábado, 12 de julho de 2014

A CONTINUIDADE INFINITA

"A objeção mais comum feita à teoria da reencarnação é a seguinte: ’Por que não nos recordamos de nossas vidas passadas?’ É verdade que, geralmente, não podemos nos lembrar de nenhum momento de nossas vidas passadas, porém, em tudo aquilo que fazemos, nosso passado pode ser claramente observado. Pode-se citar, como exemplos evidentes, as inclinações naturais de cada ser, suas características peculiares, que os levam a se tornar grandes músicos, artistas, matemáticos, etc., tão diversificadas que se torna impossível catalogá-las. Alguém pode dizer: ‘Se eu tivesse tido a oportunidade e me devotado a isso, poderia ter-me tornado tão grande quanto X’. Mas isso é verdade? Não. A grandeza de X desenvolveu-se por meio de inúmeras vidas, pelo exercício contínuo e persistente daquilo em que ele se distingue. Precisamos nos desfazer da noção de que tal superioridade constitui-se um ‘talento’ ou ‘dom’. Esses ‘dons’, na verdade, são o resultado de uma boa semeadura ao longo de muitas vidas, o fruto da colheita que, com o transcorrer do tempo, aquele semeadura produziu.

Não se trata de um simples traço de caráter, um maneirismo, mas toda uma história – muitas vezes uma história repleta de eventos e interesse absorvente – cujos primórdios encontram-se num tempo tão longínquo que o propósito de tentar descobri-los é vertiginoso. É esse conjunto de hábitos, maneirismos e peculiaridades de nossas naturezas, o qual conhecemos como ‘caráter’, que constitui nosso karma, o registro de todo o nosso passado, a fonte e a origem de todos os prazeres e sofrimentos que experienciamos. Assim, obtemos uma diversidade multiforme, embora cada pessoa possua um caráter que lhe é próprio, individual. E assim permanecerá até o fim, pois ninguém pode mudar sua natureza, embora continuemos a evoluir internamente." (...)

(Virginia Hanson e Rosemarie Stewart - Karma (A Lei da Harmomia) – Ed. Pensamento, Rio de Janeiro, 1991 - p. 94/95)


SILÊNCIO E CALMA (1ª PARTE)

"O silêncio ajuda, mas você não precisa dele para encontrar a calma. Mesmo se houver barulho por perto, você pode perceber a calma por baixo do ruído, do espaço em que surge o ruído. Esse é o espaço interior da percepção pura, da própria consciência.

Você pode se dar conta dessa percepção como um pano de fundo para tudo o que seus sentidos apreendem, para todos os seus pensamentos. Dar-se conta da percepção é o início da calma interior. Qualquer barulho perturbador pode ser tão útil quanto o silêncio. De que forma? Abolindo a sua resistência interior ao barulho, deixando-o ser como é. Essa aceitação também leva você ao reino da paz interior que é a calma.

Sempre que aceitar profundamente o momento como ele é - qualquer que seja a sua forma -, você experimenta a calma e fica em paz.

Preste atenção nos intervalos - o intervalo entre dois pensamentos, o curto e silencioso espaço entre as palavras e frases numa conversa, entre as notas de um piano ou de uma flauta ou o intervalo entre a inspiração e a expiração.

Quando você presta atenção nesses intervalos, a percepção de 'alguma coisa' se torna apenas percepção. Dentro de você surge a pura consciência desprovida de qualquer forma. Você deixa então de identificar-se com a forma.

A verdadeira inteligência atua silenciosamente. A calma é o lugar onde a criatividade e a solução dos problemas são encontradas. (...)"

(Eckhart Tolle - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 12/13)
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