OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 9 de julho de 2014

A MEDITAÇÃO NA VISÃO DO YOGA

"A maioria dos sistemas de meditação indianos modernos reconhece o Yoga Sutra como uma fonte de seus próprios métodos. Existem inúmeras escolas espirituais chamadas ‘Yoga’: o bhakti yoga é o caminho da devoção; o karma yoga usa o serviço altruísta; e o jnana yoga toma o intelecto como seu veículo. A via esboçada nos Yoga Sutra condensa todas elas.

Embora seus métodos possam variar, todas as trilhas yóguicas buscam transcender a dualidade na união. Consideram que a dualidade está dentro da mente, na separação entre os mecanismos da consciência e seu objeto. Para transcender a dualidade, o aspirante deve penetrar em um estado em que essa falha é superada na fusão do vivenciador com o objeto. Esse estado é o samadhi, onde a consciência do meditador funde-se com seus conteúdos.

A mente está repleta de ondas de pensamento que criam o abismo que o Yoga procura transpor. Acalmando suas ondas de pensamento, apaziguando a sua mente, o yogui encontrará a união. Essas ondas de pensamento são a fonte de emoções forte e hábitos cegos que prendem o homem a um falso eu. Quando sua mente fica clara e quieta, o homem pode conhecer a si mesmo como realmente é. Nessa quietude, pode conhecer Deus.

Nesse processo, sua crença errônea em si mesmo como um indivíduo único, separado de Deus, será superada. À medida que suas ondas de pensamento são subjugadas, o ego do yogui retira-se. Finalmente, como liberto, está apto a vestir seu ego ou a descartá-lo como um conjunto de roupas. Vestindo seu ego, ele age no mundo; descartando-o pelo apaziguamento da mente, ele une-se a Deus. Mas primeiro ele precisa submeter-se a uma árdua disciplina de mente e corpo."

(Daniel Goleman - A Mente Meditativa - Ed. Ática)
Excerto de texto retirado do Jornal do Yoga – www.casadeyogashantiom.com.br


O CAMINHO DA ESPIRITUALIDADE (PARTE FINAL)

"(...) A última das qualificações é Mumukshutva, geralmente traduzida por um ‘intenso desejo de libertação da Roda de nascimentos e mortes’, e um desejo de ‘união com o Supremo’. O livro Aos Pés do Mestre, plenamente recomendável para os interessados no assunto, apresenta-a como sendo o Amor e, ao contrário de outras definições rebuscadas e complexas, define-o como ‘ser cuidadoso para não causar dor a nenhum ser vivo; e (...) estar sempre vigiando por uma oportunidade de prestar auxílio.’ (...) É, na verdade, um desejo de união com o Supremo, com Deus, de modo que o aspirante, por sua total entrega, torna-se um canal purificado por onde as bênçãos e a força da Divindade possam fluir, alcançando seus semelhantes. Quanto maior é o avanço na Senda, maior o altruísmo, mais pleno e intenso é o sentimento de Amor por todos os seres.

Certamente não é exigida do aspirante a perfeição nessas qualificações, mas ele as deve ter incorporado em seu viver numa medida considerável. Dessa forma, quando a necessária preparação foi feita, o aspirante encontra-se pronto para a experiência crucial do Caminho, para uma profunda transformação interior conhecida pelo nome de ‘Iniciação’.

‘Iniciação’ significa um novo começo, a vida numa nova direção, onde a importância pessoal cede lugar a um profundo sentimento de integração com vida e a disposição de colocar-se a serviço da Lei que é Suprema Sabedoria e Perfeição. (...)"

(Ricardo Lindemann & Pedro Oliveira - A Tradição-Sabedoria, uma introdução à filosofia esotérica - Ed. Teosófica, Brasília, 3ª edição - p. 146/148)


terça-feira, 8 de julho de 2014

NOSSO DESTINO É DEUS

"O desejo por Deus não vem por si; precisa ser cultivado. E sem esse desejo, a vida não tem significado. Quando você dorme, diz 'até logo' a este mundo, à sua família, a seu nome, a tudo. Esquece até do corpo. Você não sabe quando vai ter que dizer o adeus definitivo ao mundo. Você está numa jornada e parou aqui por um breve período de tempo. A vida é como uma grande caravana que passa. Seu primeiro interesse deveria ser aprender o objetivo e o destino da jornada. O destino é Deus; não poderia ser outra coisa.

O Senhor vem ao devoto que vive para Ele e que morre Nele. Ele toca essa alma e diz: 'Meu filho, desperta. Você está apenas sonhando, pois a morte não chegou a tocá-lo.' Assim, o devoto sabe que todas as suas experiências terrenas não tinham o objetivo de torturá-lo, e sim de demonstrar-lhe sua verdadeira natureza como alma. A alma não pode ser queimada, nem afogada, nem esfaqueada, nem despedaçada.³ O devoto experimenta: 'Eu não sou o corpo. Não tenho forma. Sou a própria alegria.' Recorde esta verdade todas as manhãs ao acordar: 'Acabo de sair da percepção interna de meu verdadeiro Eu. Não sou o corpo. Sou invisível. Sou Alegria, Luz, Sabedoria e Amor. Habito no corpo onírico, através do qual estou sonhando esta vida terrena, mas sou sempre o Espírito eterno.'"

³ 'As armas não podem ferir a alma; o fogo não pode queimá-la; a água não pode molhá-la; nem pode o vento ressecá-la. (...) A alma é imutável, tudo permeia, está perenemente tranquila e inamovível - a mesma, eternamente.' (Bhagavad Gita II:23-24).

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 423/424)


O CAMINHO DA ESPIRITUALIDADE (2ª PARTE)

"(...) Tolerância é a próxima qualidade, decorrente das anteriores. Como não possuímos o hábito da autocrítica e auto-observação, o caminho mais fácil é culparmos os outros pelas nossas falhas e fracassos. Tolerância significa aceitarmos os outros como eles são e procurarmos viver sempre em harmonia com nossos semelhantes. Mais uma vez a atenção é aqui de grande importância.

A outra qualidade é o Contentamento, que implica total aceitação do que vem a nós, sem rancor nem reserva mental de nenhuma espécie. Uma vez que o homem comum não se dá o trabalho de compreender a vida e sua existência, ele tende sempre a reagir ao que lhe ocorre. Contentamento significa que sabemos que a Lei é sábia e que os problemas que enfrentamos são apenas um retorno de ações passadas praticadas por nós mesmos. Uma atitude de Contentamento tranquiliza a mente e torna o viver mais fácil.

Também necessitamos de Unidirecionalidade ou perseverança, uma forte disposição interior que nos auxilia a suportar as agruras do Caminho. Se percebemos que trilhar o Caminho é supremamente importante, esta percepção deverá instalar em nós uma firme resolução de trilhá-la até o fim.

Por fim vem a Confiança, confiança na Lei e em sua sabedoria e confiança no Instrutor que está sempre pronto a auxiliar o aspirante que se tornou digno de ser auxiliado. Nos períodos de extremas dificuldades e provas, a luz da confiança na Lei e no Mestre é como um bálsamo que alivia os tormentos do aspirante, renovando-lhes as forças para prosseguir no Caminho, na Senda que vale a pena ser trilhada. (...)"

(Ricardo Lindemann & Pedro Oliveira - A Tradição-Sabedoria, uma introdução à filosofia esotérica - Ed. Teosófica, Brasília, 3ª edição - p. 146/148)


segunda-feira, 7 de julho de 2014

OS GRANDES MESTRES

"Os grandes Mestres são assim como o mar. Imensos e cristalinos. Dão o que têm. Não negam aos que sabem buscar, aos que buscam saber.

Deles os homens se aproximam para tirar proveitos. Neles se reconfortam. Deles querem muito.

Mas... acovardados, ficam na praia. Ficam ali, imaginando os tesouros que a profundidade esconde. 

Os grandes Mestres são assim como o mar.

Lavam as impurezas dos que mergulham e, não obstante, continuam imaculados.

Assim como o mar, os Mestres, são inesgotáveis. Por mais que lhes saquem, mais ainda têm para dar."

(Hermógenes - Mergulho na paz - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2005 - p. 177/178)