OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 23 de junho de 2014

CAMINHOS PARA A TRANSFORMAÇÃO (3ª PARTE)

"(...) Voltando ao exemplo da lei natural, podemos olhar para a lei de causalidade, que rege toda a natureza, interna e externa. Na Índia ela é expressa como a lei do karma. Voltando a nossa atenção apenas nos seres humanos, podemos expressar a lei do karma da seguinte maneira: a ação é determinada pelas tendências do ser e, ao mesmo tempo, age sobre o ser. É como o sistema mutuamente interativo de espaço-tempo e matéria na teoria geral de relatividade: a matéria afeta o espaço-tempo e o espaço-tempo afeta a matéria. Na lei do karma o ser efetua a ação e a ação afeta o ser.

Se eu tenho uma determinada personalidade, naturalmente vou ser induzido a praticar certos tipos de ação. Por sua vez, essas ações deixam sulcos no meu ser, alternando-o de modo que eu me torno uma pessoa com novas características e tendências. Na oportunidade seguinte, agirei de acordo com minhas novas tendências. Minha ação futura (karma) é assim determinada por minha ação passada. Ações importantes deixam impressões profundas na psique, criando nós que afetam minhas ações futuras durante longo tempo, sem que eu necessariamente esteja ciente dos nós ou de suas causas iniciais.

Como princípio geral, os efeitos do karma não estão restritos a uma única vida; a lei encurta a fronteira do que é comumente chamado vida e morte. Incidentalmente se pode argumentar que uma ação não significa apenas uma atividade corporal, mas também abrange pensamentos, sentimentos e intenções.

Quando tenho maus pensamentos a respeito de alguém, isso não apenas reflete a qualidade do meu ser, mas também afeta ulteriormente essa qualidade.

Esse é um exemplo de uma lei da natureza tradicional, mais ou menos compreendida sob essa forma pelos dois terços da humanidade que agora vivem na Ásia e pela vasta população dos países hindus e budistas. É uma lei de determinismo, mas também uma lei que torna a liberdade possível e que provê a base para qualquer prática espiritual. Compreendida parcialmente, a partir do ponto de vista de apenas um nível dentro do ser humano, a lei do karma cria um círculo vicioso do qual não se consegue escapar, e frequentemente tem sido compreendida dessa maneira, levando ao desespero ou à resignação. (...)"

(Ravi Ravindra - A conquista da Liberdade -  Revista Sophia, Ano 8, nº 32 - p.10/12)

domingo, 22 de junho de 2014

DÊ GRAÇAS POR TODAS AS COISAS

"A gratidão é um dos ingredientes básicos para o nosso progresso ao longo da caminhada. Repetidas vezes perdemos de vista aquilo a que devemos ser gratos – nossa saúde, nossos amigos, nosso conforto material e, o mais importante, o próprio dom da vida.

Toda a situação na vida, até mesmo uma aparente tragédia, tem sua ‘compensação’. O ato de agradecer invoca este bem e ajuda a concretizá-lo. Ate experiências dolorosas se tornam agridoces quando o universo executa seu plano perfeito através delas.

Uma amiga minha sofreu uma separação muito dolorosa de alguém que amava. De um ponto de vista racional, a experiência foi um terrível trauma. Tudo aquilo que ela estimava lhe foi brutalmente arrancado; a dor parecia insuportável. Apesar de tudo, ela agradeceu.

Passaram-se muitos anos até que as feridas cicatrizassem. Foi quando ela conheceu um novo parceiro. A relação floresceu e chegou a um nível de contentamento e de realização que faltara ao anterior. A separação, ela veio a perceber, fora na verdade um presente.

Dê uma olhada na sua vida. Você está sedo grato por todas as experiências por que tem passado? Se, no entanto, estiver reagindo negativamente a uma determinada situação, tente abordá-la de uma maneira diferente.

Agradeça pelo fato de a situação ser exatamente como é. Em seguida, observe o que acontece. Quando você muda de atitude a respeito da situação em que se encontra, as circunstâncias a ela ligadas também se transformam, tão milagroso é o poder de agradecer por todas as coisas."

(Douglas Bloch - Palavras que Curam -  Ed. Cultrix, São Paulo, 1993 - p. 44)


CAMINHOS PARA A TRANSFORMAÇÃO (2ª PARTE)

"(...) Algumas tradições antigas postulavam que o universo era regido por leis e que a natureza, com suas leis rígidas, impunha aos seres humanos uma espécie de escravidão. Do ponto de vista filosófico e espiritual, não há nada de novo a respeito da questão do determinismo versus livre-arbítrio. Nenhuma luz radicalmente nova foi lançada sobre ela com o desenvolvimento da mecânica quântica. O determinismo de um efeito que resulta de uma causa é uma noção que é parte integrante do conceito de lei. Se existe lei, existe determinismo.

Mas é importante que seja enfatizado que, precisamente porque existe a lei, existe a possibilidade de liberdade. Uma lei pressupõe a existência de um preço a ser pago para que se consiga a libertação das condições que ela impõe. É muito romântico imaginar que podemos adquirir imortalidade, salvação ou liberdade para nossa alma sem pagar o preço cobrado pela lei que nos mantém natural e legalmente acorrentados. Mas as viagens espaciais teriam sido impossíveis sem a compreensão da lei da gravitação universal, que nos mantém presos a Terra. Para viajarmos pelo espaço precisamos calcular com precisão a velocidade de escape que é necessária para vencer o efeito da lei de gravidade, e precisamos ter o combustível e a tecnologia adequados para adquirir essa velocidade.

Mas certamente, em todas as partes do mundo, pode-se encontrar alguma forma de religião que vende indulgências baratas, físicas ou doutrinárias, para assegurar àqueles que são crédulos que foram especialmente escolhidos para a graça agora e para a glória por todo o sempre. (...)"

(Ravi Ravindra - A conquista da Liberdade -  Revista Sophia, Ano 8, nº 32 - p.10/12)


sábado, 21 de junho de 2014

FALSA PERCEPÇÃO

"12 - A percepção do fato de que o objeto visto é uma corda removerá o medo e o sofrimento que resultam da ideia ilusória de que é uma serpente. 

COMENTÁRIO - Essa pequena estória do pedaço de corda que é identificado pelo observador apressado como sendo uma serpente está repleta de sabedoria. A maioria das coisas não é o que pensamos ser. O elevado nível de condicionamento, produto da educação, do hábito, da cultura em que estamos inseridos, nos faz perder a 'visão direta' da coisa observada. Daí, ao vermos uma sombra, nasce o medo e o sofrimento."

(Viveka-Chudamani - A Joia Suprema da Sabedoria - Comentário de Murillo N. de Azevedo - Ed. Teosófica, 2011 - p. 19)

CAMINHOS PARA A TRANSFORMAÇÃO (1ª PARTE)

"A verdadeira ciência do espírito deve se basear na compreensão de seres humanos transformados, com acesso a vários níveis de realidade quantitativamente diferentes dos níveis até agora estudados pelas ciências naturais. As ciências sagradas como o yoga, zen, alquimia, certos aspectos do sufismo e do cristianismo monástico existiram durante séculos, mas muitas vezes caíram em mãos sectárias. A consequência disso é que as mentes iluminadas e os corações sensíveis da era moderna afastarem-se delas. Quando essa ciência do espírito estiver liberta do domínio exclusivamente sectário, racionalista e obscurantista, ela será cada vez mais apreciada pelo seu verdadeiro valor, como instrumento para que as pessoas descubram e realizem seus objetivos interiores.

A maior conquista da ciência moderna é a descoberta de suas próprias limitações e a crescente apreciação do fato de que aquilo que conhecemos depende não apenas do que está fora, mas também do que somos e do modo como vivemos. Nosso conhecimento não pode ser visto como separado da nossa natureza interior e da qualidade de nossa atenção. Ele deve considerar que existem muitos níveis de ‘ser’ dentro de nós.

É importante que seja feita uma investigação prática sobre os caminhos que conduzem à transformação do ser humano escravo do medo e da ambição em um ser livre. Nesse processo investigativo a ciência natural pode ajudar, mas também pode atrapalhar, em função do tipo de relacionamento que temos com ela. (...)"

(Ravi Ravindra - A conquista da Liberdade -  Revista Sophia, Ano 8, nº 32 - p.10/12)