OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 12 de junho de 2014

NÃO TER MEDO SIGNIFICA TER FÉ EM DEUS (PARTE FINAL)

"(...) Uma pessoa enferma deve tentar livrar-se de sua doença com determinação. Então, mesmo que os médidos aleguem não haver esperança ela deve permanecer tranquila, pois o medo cerra os olhos da fé na onipotente e compassiva Presença Divina. Em vez de ser complacente com a ansiedade, a pessoa deve afirmar: 'Estou sempre seguro na fortaleza do Teu amoroso cuidado'. Um devoto destemido, que esteja sucumbindo a uma doença incurável, concentra-se no Senhor, aprontando-se para a liberdade da prisão física e para uma gloriosa vida futura no mundo astral. Dessa forma ele se aproxima ainda mais do objetivo de libertação suprema na próxima vida. Um homem que morre aterrorizado, abandonando por desespero a fé em Deus e a lembrança de sua natureza imortal, carrega consigo, para a encarnação seguinte, esse triste padrão de medo e debilidade; essa marca pode muito bem atrair, para ele, calamidade semelhantes - uma continuação da lição cármica ainda não aprendida. O devoto heroico, por outro lado, embora possa perder a batalha contra a morte, vence a guerra pela libertação. Todos os seres humanos foram feitos para perceber que a consciência da alma pode triunfar sobre qualquer desastre externo.

O fato de medos subconscientes repetidamente invadirem a mente, mesmo que haja forte resitência mental, indica um padrão cármico profundamente arraigado. O devoto precisa esforçar-se ainda mais para desviar a atenção do problema preenchendo a mente consciente com pensamentos de coragem. Além disso, e mais importante ainda, deve entregar-se completamente às mãos seguras de Deus. Para ser digno de Autorrealização, é preciso ser destemido."

(Paramahansa Yogananda - Viva sem Medo - Self-Realization Fellowship - p. 61/62)

quarta-feira, 11 de junho de 2014

A LEI DO EQUILÍBRIO

"Ao considerar a vida humana, temos de levar em conta três forças principais, todas interagindo e limitando-se entre si: a constante pressão da evolução, a lei de causa e de efeito, que chamamos de karma, e o livre-arbítrio. Até onde podemos ver, a ação da força evolutiva não leva em consideração o prazer e a dor humana, mas apenas seu progresso, ou melhor, as oportunidades de progresso dadas ao homem. Pode-se dizer que ela é absolutamente indiferente à felicidade ou infelicidade humana e que nos leva às vezes para uma, às vezes para outra, de acordo com o que pode oferecer-nos a melhor oportunidade possível de desenvolver a virtude necessária naquele momento. O karma é resultado da ação do livre-arbítrio no passado. O homem acumula energias que proporcionam oportunidades para a vida evolutiva ou limitam a sua ação. O uso atual desse livre-arbítrio é o terceiro fator.

Segundo a doutrina do karma, o progresso e o bem-estar resultam da ação correta, mas não deve haver dúvidas quanto ao que significam, exatamente, as palavras ‘progresso’ e ‘bem-estar’. No que nos diz respeito, o objetivo de todo o esquema é a evolução da humanidade, e, em consequência, aquele que se dedica a auxiliar a evolução dos outros, bem como a sua própria, está fazendo o melhor que se pode fazer. O homem que age dessa forma, aproveitando o máximo suas capacidades e oportunidades em uma vida, por certo receberá na próxima poderes maiores e oportunidades mais amplas, provavelmente acompanhada por riquezas e poderes mundanos, porque a simples posse de bens normalmente provê a oportunidade necessária. Mas riqueza e poder mundanos não são necessariamente parte do karma. O importante é lembrarmos que o resultado de nossa capacidade de ser úteis é sempre a oportunidade de ajudar cada vez mais, e não devemos considerar as circunstâncias que acompanham ocasionalmente aquela oportunidade como recompensa pelo trabalho feito na última encarnação.

Instintivamente evitamos usar palavras como recompensa e punição, porque parecem implicar a existência, em algum lugar nos bastidores, de um ser responsável que distribui as duas coisas conforme sua vontade. Teremos uma ideia mais correta da ação do karma se o imaginarmos como a recuperação necessária do equilíbrio perturbado por nossa ação, e uma exemplificação da lei segundo a qual a ação e reação são sempre iguais. Nossa compreensão será mais fácil se tentarmos ter uma visão mais ampla do karma, considerando-o do ponto de vista daqueles que administram sua lei do que do nosso."

(C. W. Leadbeater - A Vida Interna - Ed. Teosófica, Brasília, 1996 - p. 317/318)


NÃO TER MEDO SIGNIFICA TER FÉ EM DEUS (1ª PARTE)

"O destemor é a rocha inexpugnável sobre a qual a casa da vida espiritual precisa ser erigida. Não ter medo significa ter fé em Deus: fé em Sua proteção, em Sua justiça, em Sua sabedoria, em Sua misericórdia, em Seu amor, em Sua onipresença. (....) O medo usurpa do ser humano a invencibilidade de sua alma. Rompendo o funcionamento harmonioso da Natureza, que emana da fonte de divino poder interior, o medo causa pertubações físicas, mentais e espirituais. O pavor extremo pode até parar o coração e ocasionar morte súbita. Ansiedades de longa duração originam complexos psicológicos e nervosismo crônico.

O medo mantém a mente e o coração (sentimento) presos ao homem exterior, levando a consciência a se identificar com o nervosismo mental ou físico e, assim, conservando a alma concentrada no ego, no corpo e nos objetos que causam medo. O devoto deve rejeitar todas as apreensões, dando-se conta de que são obstáculos a impedir a sua concentração na paz imperturbável da alma. (...)

A morte talvez seja o supremo desafio da fé para o ser humano mortal. Temer essa inevitabilidade é uma tolice. A morte só ocorre uma vez na vida e, depois que chega, a experiência termina, sem ter afetado a nossa verdadeira identidade ou diminuído, de algum modo, o nosso eu real. (...)"

(Paramahansa Yogananda - Viva sem Medo - Self-Realization Fellowship - p. 60/61)

terça-feira, 10 de junho de 2014

TRABALHANDO A COMPAIXÃO

"É preciso compreender que a afeição de que falo é gratuita, praticada sem intenção de receber algo em troca. Não é uma questão de sentimento. Da mesma forma, dizemos que a verdadeira compaixão é livre de vinculações. É preciso atenção para este princípio, pois vai de encontro à nossa maneira habitual de pensar. Não é este ou aquele caso em especial que estimula a nossa piedade. Não escolhemos esta ou aquela pessoa como objetivo de nossa compaixão. A compaixão é despertada espontaneamente, é incondicional, sem qualquer expectativa de receber algo em troca. E é de alcance universal.

Sentir compaixão não é o bastante. É preciso agir. A ação pressupõe dois momentos: o primeiro é quando vencemos as distorções e aflições de nossa própria mente, aplacando ou até mesmo nos livrando da raiva. Este momento é fruto da compaixão. O segundo é de caráter social, de âmbito público. Quando alguma atitude precisa ser tomada para corrigir erros neste mundo e a pessoa está sinceramente preocupada com seus semelhantes, então tem de se engajar, se envolver.

Se você aprofunda a sua prática espiritual dando ênfase à sabedoria e à compaixão, torna-se cada vez mais suscetível ao sofrimento de seus semelhantes e desenvolve a capacidade de reconhecer o sofrimento alheio, de reagir a esse sofrimento e de sentir uma profunda compaixão em vez de apatia ou impotência."

(Sua Santidade o Dalai-Lama - O Caminho da Tranquilidade – Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2000 - p. 26/27)


ALCANCEM A GRAÇA DIVINA

"Repetir o nome de Deus purifica o corpo e a mente. Tenham intensa fé no poder do nome de Deus e meditem sobre Ele. Se repetirem Seu nome, todas as correntes serão rompidas, vocês se tornarão pessoas destemidas e encontrarão a imortalidade.

O único objetivo das disciplinas espirituais é conhecer Deus - é alcançar Sua graça. A mente deve livrar-se das máculas provocadas por sentimentos como a luxúria e a cobiça. Sem que o coração seja purificado, a graça de Deus não pode revelar-se.

Sri Ramakrishna costumava dizer: 'Enquanto a agulha estiver recoberta de lama, não será atraída pelo ímã; se a lama for retirada, porém, sua atração pelo imã será algo natural.' Se alguém pensar em Deus, meditar e orar com sinceridade no coração, a lama que recobre a mente será imediatamente eliminada. Da mesma forma que a agulha é atraída pelo ímã, se a mente do homem sentir atração por Deus e purificar-se, a graça divina fluirá sobre ele e Deus se revelará. Sri Ramakrishna costumava usar o exemplo do policial e sua lanterna. Embora permaneça oculto nas sombras, com a ajuda da lanterna o policial pode ver qualquer um sobre quem apontar sua luz. Quem quiser ver o policial, deve pedir que ele vire a luz da lanterna para si mesmo. O mesmo acontece com a graça divina. Deus é a Luz do Conhecimento; para receberem a graça de vê-Lo, devem orar sinceramente e pedir que Ele aponte a lanterna sobre Si mesmo. Somente dessa forma vocês serão capazes de enxergá-Lo.

Enquanto o homem desejar as coisas do mundo, não lhe será possível sentir qualquer vontade sincera de conhecer Deus. Enquanto permanece distraída com seus brinquedos, a criança se esquece da mãe, mas assim que se cansa deles, começa a chorar e não ficará feliz enquanto não a encontrar. De forma semelhante, quando o homem se cansa dos brinquedos do mundo, seu coração passa a ansiar por Deus e ele empenha toda sua mente e vontade para encontrá-Lo."

(Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda - O Eterno Companheiro - Ed. Vedanta, São Paulo, 2011 - p.270/271)
www.vedanta.org.br