OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 10 de maio de 2014

CONHECENDO O VEGETARIANISMO (2ª PARTE)

"(...) É bem recente a ideia do vegetarianismo como um movimento ético em defesa dos animais, que surge como forma de estabelecer um novo paradigma frente à necessidade urgente de proteger o ecossistema e de tornar a vida sustentável no planeta. Nos dias atuais o vegetarianismo não é apenas uma opção diferente de vida, mas acima de tudo, uma atitude a ser tomada para reduzir a forte pegada ecológica movida pelo comércio de carne.

O consumo de carne (bovina, suína, aves, peixes, etc.) contribui em grande parte para o desequilíbrio ecológico, pois a produção de carne em grande escala tornou-se um fator consideravelmente poluidor, já que as fezes animais são 130 vezes maiores que os excrementos humanos, e o gás metano liberado das fezes animais e de suas flatulências é responsável em grande parte pelo efeito estufa. Atualmente milhares de criaturas do reino animal, especialmente as aves, os suínos, bovinos e caprinos são abatidos diariamente para a utilização da carne e derivados. Estes animais para abate são criados e mantidos em extremas condições abomináveis, vivendo em habitat totalmente antinatural, em gaiolas ou confinados em pequenos espaços, não tendo o direito natural de exercer os seus instintos. São engordados quimicamente em condições constante de estresse. Quando chega o momento do abate, suas vidas são brutal e cruelmente ceifadas, espalhando pelo ar um profundo sofrimento e muita adrenalina, e cheiro de morte e violência.

Os dados atuais são preocupantes e impossíveis de serem sustentados, pois o consumo de carnes produz um impacto devastador no meio ambiente e hoje sabemos que ‘30% de todo o território do planeta é destinado para pasto animal e 70% das plantações de grãos são destinados para a ração animal. A pecuária é responsável por 37% do metano liberado na atmosfera. O metano é 23 vezes pior do que o CO2 em termos de aquecimento global. (...) com a água gasta para um quilo de bife, poderia se produzir 122 quilos de batatas. Usam-se 20 quilos de grãos para cada quilo de bife. A criação de gado é responsável pelo desmatamento de 93% da Mata Atlântica, 80% da caatinga, 505 do cerrado e 18% da Amazônia. (...) Os bois pastam onde havia floresta.’¹

A partir destas informações não temos como sustentar uma alimentação cárnea, sendo que no passado o vegetarianismo era exaltado como uma premissa espiritual e filosófica, porém hoje o vegetarianismo é uma necessidade emergente de equilíbrio do planeta,  pelo animais, pela saúde e por uma vida livre de sofrimento. (...)"

¹ Reportagem do Jornal do Bem Estar em outubro de 2007, com o biólogo Sergio Greif – ‘Uma outra verdade inconveniente’.

(Maria Laura Garcia Packer - Viver Vegetariano - Nova Letra Gráfica & Editora, Blumenaus/SC, 2010 - p. 14)


sexta-feira, 9 de maio de 2014

O MENDIGO JOÃO-NINGUÉM

"O mendigo João-Ninguém pediu auxílio a um sábio, que lhe perguntou:

- Você venderia seu braço direito por 200 mil reais?

Ele respondeu horrorizado:

- Claro que não !!!

Prosseguiu o sábio:

- Então venda-me o esquerdo por 100 mil reais!

- O senhor está louco?

Assim o sábio continuou com suas observações sobre as riquezas pessoais, às quais o mendigo não estava dando o menor valor. Depois de tê-lo convencido das inúmeras riquezas que possuía, o sábio retirou-se e o pedinte saiu gritando pela rua:

- Sou um homem rico! Sou um milionário!

Há pessoas que chegam ao extremo da miséria, simplesmente por não acreditarem em nada. Se não acreditam nem em si mesmas, como querem que outras pessoas passem a ajudá-las? Quando uma pessoa está descrente, fecha todos os canais de captação. A vida sadia não mais flui sobre si, e aí começam todas as desgraças: desemprego, doenças, desavenças, ódios, revolta, inveja e todos os males do mundo recaem sobre a pessoa que está nessa condição infeliz. Primeiro passo: nada de desespero. Segundo passo: começar a acreditar em alguma coisa. Terceiro passo: manter-se em estado de silêncio. Quarto passo: reconhecer que existe um Criador, que nos doou a vida, e grande parte as nossas necessidades estão sendo supridas de graça. Portanto, toda a infelicidade que estamos sofrendo é uma consequência de nossa ignorância e de nossos erros, dos quais, no fundo, estamos conscientes.

É essa a verdade que ninguém quer encarar. E nessa condição existem milhares de criaturas que, não só, estão definhando, mas estão também fazendo com que pessoas incautas e crianças inocentes sofram o reflexo de seus erros.

Volte a acreditar em Deus, e seja feliz e agradecido. Certo?"

(R. Stanganelli - A Essência do Otimismo, Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 -  p. 120/121)
www.martinclaret.com.br


CONHECENDO O VEGETARIANISMO (1ª PARTE)

"A palavra vegetarianismo vem do latim ‘vegetus’, significando aquilo que é vivo, fresco, saudável. O vegetarianismo tem suas raízes na Índia, alicerçado na tradição dos Vedas e praticado intensamente pelo hindus, jainistas e budistas, e chega ao ocidente através do filósofo grego Pitágoras que proclamava uma vida pura e livre de alimentos cárneos. A ética pitagórica prevaleceu na época, séc. VI a.C., como uma base moral de abstenção de matar animais para se alimentar e todos os que o seguiam e se alimentavam de uma dieta livre de carnes eram chamados de ‘pitagóricos’ e só em 1847 nasce no ocidente a Sociedade Vegetariana do Reino Unido, sendo a palavra vegetarianismo cunhada pela primeira vez no ocidente. Porém, muitos séculos antes, o vegetarianismo era proclamado na Índia como a forma mais adequada para se alimentar, sustentado no princípio de ‘Ahimsa’.

A definição de Ahimsa (não-violência) abrange todo o ato de compaixão por todas as formas de vida. E a ética do Hinduísmo, Janaísmo e Budismo que estabelece o respeito pela vida. Ahimsa é praticada como uma restrição que consiste em não gerar sofrimento e dor a outros seres, tanto física como emocionalmente, e também, como uma prática ativa de benevolência e compaixão por todas as criaturas viventes. Ahimsa não é só evitar causar sofrimento e dor como também buscar positivamente meios para aliviar o sofrimento.

O vegetarianismo foi apoiado pelas diferentes tradições religiosas e filosóficas ao longo das eras como um meio de purificação e sutlização do corpo para promover a elevação da mente e assim, atingir o equilíbrio necessário para se atingir um estado mais em sintonia com a vida interna. (...)"

(Maria Laura Garcia Packer - Viver Vegetariano - Nova Letra Gráfica & Editora, Blumenaus/SC, 2010 - p. 14)

quinta-feira, 8 de maio de 2014

O GRANDE HOMEM

"Mantém o seu modo de pensar independentemente da opinião pública.

É tranquilo, calmo, paciente, não grita nem desespera.

Pensa com clareza, fala com inteligência, vive com simplicidade.

É do futuro, e não do passado.

Sempre tem tempo.

Não despreza nenhum ser humano.

Causa-lhe a impressão os vastos silêncios da Natureza: o Céu.

Não é vaidoso.

Como não anda à cata de aplausos, jamais se ofende.

Possui sempre mais do que julga merecer.

Está sempre disposto a aprender, mesmo das crianças.

Vive dentro de seu próprio isolamento espiritual, aonde não chega nem o louvor nem a censura.

Não obstante, seu isolamento não é frio: ama, sofre, pensa, compreende.

O que você possui: dinheiro, ou posição social, nada significa para ele. Só lhe importa o que você é.

Despreza a opinião própria, tão depressa verifica o seu erro.

Não respeita usos estabelecidos e venerados por espíritos tacanhos.

Respeita somente a verdade.

Tem mente de homem e coração de menino.

Conhece-se a si mesmo, tal qual é, e conhece a Deus."

(Paulo Lotufo - A Essência do Otimismo - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 -  p.100/101)
www.martinclaret.com.br


VICHARA (PARTE FINAL)

"(...) Pratica vichara a pessoa que toma sábia iniciativa de (com isenção, sem medo, sem pena de si mesmo, sem alvoroço e mesmo sem ânsia de curar-se) assistir ao desenvolvimento de um defeito ou ao desenrolar de uma crise, procurando, acima de tudo, perceber-lhe os motivos ocultos, sem pretender sustar, sem condenar, sem procurar explicar as coisas com racionalizações confortadoras. (...)

Eis um exemplo de racionalização. Uma pessoa não resiste à bebida, e mesmo após ter ensaiado uma resistência, fraqueja e bebe. Para não ficar mal perante a si mesma, manipula uma explicação, com a qual se engoda. Diz então que o álcool é um vasodilatador que dá energia, que protege contra o frio, que estimula...

Como se vê, a racionalização é o oposto de vichara. Enquanto vichara desilude, libertando, a racionalização escraviza, por esconder a verdade. Quem quiser conhecer-se a si mesmo, fique alerta contra tal cilada da mente, que é a racionalização.

Da próxima vez que começar a sentir as primeiras emoções de uma crise, em vez de amedrontar-se e correr para as bolinhas, faça o oposto. Sente-se relaxado, sereno, corajoso, calmo, sem luta, e comece a tomar consciência de tudo que for acontecendo. Procure conhecer as causas. Nada de pânico. Nada de apiedar-se de si mesmo. Nada de esforços para resistir e vencer. Faça ishwarapranidhana ou seja, entregue-se confiante a Deus e se comporte como um tranquilo observador, sem qualquer participação. Faz de conta que a 'coisa' se passa do outro lado de uma vitrina.

Isso o ajudará a descobrir que a cobra ameaçadora é somente uma inofensiva corda. Isso lhe dará confiança e domínio sobre o inimigo que até então parecia invencível. Faça o mesmo com todo o comportamento, impulso, compulsão, atitude, e verá que irá se tornando cada vez menos vulnerável e cada vez mais senhor de si."

Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 150/151)