OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 7 de maio de 2014

RECUSAR - ABUSAR - USAR

"Recusar é uma atitude preliminar necessária para poder usar corretamente, sem abusar.

O homem profano abusa.

O homem virtuoso recusa.

O homem sábio usa.

O celibato de Gandhi, diz Tagore, é antes budismo que brahmanismo, é mais virtude que sabedoria.

O homem sábio deve ser capaz de usar tudo, sem recusar nada e sem abusar de nada.

Mas...é melhor recusar do que abusar. E quem não é assaz forte para usar sem abusar, faz bem em recusar.

Muitos abusam.

Alguns recusam.

Poucos usam."

(Huberto Rohden - A Essência do Otimismo - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 - p. 93)
www.martinclaret.com.br


VICHARA (2ª PARTE)

"(...) O Verdadeiro Eu está escondido daqueles que, pessimistas, negativistas, se consideram inferiores, imperfeitos, fracos e degradados, e filhos do pecado. Está também fora do alcance do orgulhoso, que se considera o maior do mundo. Está iludido quem se julga arrasado e perdido. Também o está quem se analisa, mas imbuido de vaidade. Tanto o sentimento de inferioridade como seu oposto são produtos do egoísmo. São a 'cobra' e não a 'corda'. 

Os obstáculos que mais dificultam o julgamento de nós mesmos são: autocomplacência, autopiedade, autosseveridade. Pelo primeiro, o indivíduo, desejando uma agradável visão de si mesmo, obscurece os defeitos e enfatiza tudo o que considera perfeição. Pelo segundo, desejando sentir-se um coitado, uma vítima, um perseguido, exagera tudo o que o faça sofrer mais um pouco. O terceiro obstáculo é o oposto do primeiro. Por ele, o perfeccionista de si mesmo se fixa sobre o que precisa ser corrigido em seu caráter, temperamento ou personalidade, e não se interessa por saber o que ele tem de positivo e de bom.

Qualquer dessas três atitudes é fonte de egoísmo, e do egoísmo nasce. Qualquer delas impede o autoconhecimento, além de servirem como amplificadores das emoções e, consequentemente, do estresse.

Vichara requer uma atitude de isenção. Quem quer chegar à conclusão de que é uma peste de ruim, ou, ao contrário, uma santa criatura, ou um infeliz esquecido de Deus, está cometendo o absurdo de iniciar a pesquisa já procurando confirmar um diagnóstico prévio e, assim, não chega a saber quem realmente é. Quem teme descobrir suas próprias inferioridades e mesmo anormalidades, bem como quem deseja cada vez mais orgulhar-se do perfeito que é, não realiza vichara. É preciso serena coragem e perfeita isenção para conseguir tirar proveito da desilusão, que lhe permite conhecer-se. 

Somente quando serena e corajosamente, sem temor ou vergonha, sem severidade ou piedade, descobrimos que somos mentirosos, mentirosos deixamos de ser. Mentirosos continuamos a ser enquanto só nos outros vemos a mentira. A condição de curar-se da vaidade é chegar, com isenção, ao diagnóstico da própria vaidade. Na opinião de algumas escolas de pensamento, nos libertamos da insegurança assim que nos reconhecemos inseguros. Até mesmo comportamentos obsessivos, tiques nervosos, hábitos errados e vícios não são vencidos sem a conscientização dos mesmos. (...)"  

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 149/150)


terça-feira, 6 de maio de 2014

REVELANDO A SUA DIVINDADE

"Podemos produzir mudanças na estrutura celular do cacto, milho, arroz e frutos, como os cientistas estão fazendo diariamente. A fim de produzir um homem ou mulher mais semelhante a Deus, no entanto, não se depende do corpo ou da estrutura do cérebro; depende-se inteiramente de avivar o invisível, os poderes intangíveis de Deus dentro de cada um. Não se podem misturar numa massa qualidades como honestidade, integridade, justiça, alegria, coragem, fé, confiança, inspiração, amor e boa vontade. Não se podem incorporar sonhos, visões e iluminação em alguma mistura e dizer:

- Agora teremos um novo homem.

A fim de se elevar, o homem precisará de paz. A paz interior lhe permitirá estar em paz com o mundo. Ele precisará de amor e boa vontade para superar a ira, provações e atribulações do mundo. Precisará de coragem, fé e confiança nas leis criativas de sua mente, levando-o a servir ao resto da humanidade de forma mais maravilhosa e promovendo a paz neste mundo em transformação. Paz, harmonia, alegria, amor, sabedoria e compreensão emanam de Deus. Não se podem acrescentar a um homem ou mulher, pois sempre lá estiveram, esperando apenas o momento de serem liberados pelo indivíduo.

Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus, que há em ti ... (II Timóteo, 1:6)." 

(Joseph Murphy - Sua Forma Interior -Ed. Record, Rio de Janeiro, 1995 - p. 34/35)
www.record.com.br


VICHARA (1ª PARTE)

"'Conhecer-te a ti mesmo' era o dístico, que tendo achado no pórtico do templo de Delfos, Sócrates ensinava a seus díscipulos. Autoanalisa-te, díriamos hoje. Pratica vichara (autopesquisa), ensina o yoga. Em outras palavras, eu sugeriria: desilude-te em relação a ti mesmo. 

Tal sugestão soa como um conselho pessimista. Não é?

Desiludir-se não é negativismo. É libertar-se. É melhorar. É progredir para Deus. É salvar-se. Os iludidos ou estão no ou vão para o inferno. Só os desiludidos chegam ao céu. Que Deus abençoe minhas desilusões!

Quando um ser humano consegue desiludir-se do falso diagnóstico que de si mesmo fazia, as portas do céu lhe são abertas. Ninguém é tão bom como orgulhosamente se acredita, nem tão inferior quanto pessimistamente pensa ser. Tanto a primeira como a segunda ilusão devem ceder à judiciosa e redentora autognose, isto é, o conhecimento (gnose) real de si mesmo. Vichara é a busca, o inquérito no estilo 'quem sou eu'.

Cada um de nós é - quando livre da ilusão - a própria Realidade. O homem foi feito à imagem e semelhança de Deus. Não é o que se sabe?! - Pois bem, vamos procurar Deus através de conhecer aquilo que somos, descartando-nos, para isso, dos falsos juízos que de nós fazemos. Simples, não é?

Pois lhe digo que é obra ciclópica, que quase ninguém consegue realizar. No entanto, o pouco que conseguirmos na procura de nosso Verdadeiro Eu já pode nos melhorar a úlcera; dar-nos alegria se estivermos tristes, e vida, se desanimados. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 148/149)


segunda-feira, 5 de maio de 2014

AS LEIS CÁRMICAS

"É uma doutrina muito antiga, conhecida de todas as religiões e filosofias e, desde o renascimento do estudo científico no Ocidente, tem-se tornado um dos postulados fundamentais do conhecimento coordenado moderno. Se alguém joga uma pedrinha numa poça, ela causa ondas na água; essas ondas se espalham e finalmente batem nas margens que rodeiam a poça; e, diz a ciência moderna, as ondas são traduzidas em vibrações, que são levadas para fora para o infinito. Mas, a cada passo desse processo natural, há uma reação correspondente a cada uma e a todas as miríades de partículas atômicas afetadas pela energia que se espalha.

O Carma não tem, de modo algum, o sentido da palavra ‘Fatalismo”, por um lado, nem do que é popularmente conhecido como ‘Acaso', por outro. É essencialmente uma doutrina de Livre-Arbítrio, pois naturalmente a entidade que inicia o movimento ou ação – espiritual, mental, psicológico, físico ou qualquer outro – é responsável, daí em diante, em forma de consequências e efeitos que daí resultam, e mais cedo ou mais tarde alcançam o agente.

Já que tudo está entrelaçado, interligado e integrado a tudo mais, e nada e ninguém pode viver sozinho, outras entidades são necessariamente afetadas, em maior ou menor grau, pelas causas de movimentos iniciados por qualquer entidade individual; porém tais efeitos ou consequências em entidades outras que não o agente são apenas indiretamente uma força moralmente coerciva, no sentido verdadeiro da palavra ‘moral’.

A doutrina é extremamente consoladora para as mentes humanas, pois o homem pode traçar seu próprio destino, e na verdade tem que fazer isso. Ele pode formá-lo ou deformá-lo, à vontade; e, agindo com as próprias energias poderosas e ocultas da Natureza, ele se coloca em uníssono ou harmonia, e portanto se torna um cooperador da Natureza, como são os deuses."

(Dr. Douglas Backer - Leis Cármicas – Ed. Record, Rio de Janeiro, 1982 - p. 14/15)