OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 2 de maio de 2014

SILENCIE PARA OUVIR DEUS

"Quando seu anseio por Deus é sincero e total, sempre que você se interiorizar e pronunciar silenciosamente o nome do Amado Divino, seu coração transbordará de amor e alegria. Isso é o que todos nós queremos. Não há palavras que possam descrever essa alegria, esse amor irresistível. Entendo a facilidade com que os santos passam toda uma vida observando o voto de silêncio, por causa da bem-aventurada conversa interior que há entre Deus e Seus verdadeiros devotos! Os santos preferem não falar muito, para evitar que as explosivas bombas de suas palavras abafem a doce voz interior de Deus."

(Sri Daya Mata - No Silêncio do Coração - Self-Realization Fellowship - p. 70/71)

O DESAFIO DA IMPERMANÊNCIA - INSTRUMENTOS DE APRENDIZAGEM (3ª PARTE)

"(...) O apego é gerado quando tomamos as situações da vida como a própria vida. O apego não aceita que a vida siga o seu caminho no processo cíclico que gera, alimenta e destrói todas as formas, propiciando uma constante aprendizagem para o ser.

Qual é a base da auto-observação? A existência de entidades distintas dentro de nós – o observador e o observado. Somos feitos de espírito e matéria. Segundo Patanjali, a matéria fornece os veículos para a consciência, um campo onde ela pode obter ‘experiências e liberação’. Naturalmente, enquanto não praticamos a auto-observação não percebemos a existência dessas entidades em nossa própria natureza. Dominados pela matéria, pensamos que somos apenas corpo físico, emoções e mente.

Há 2.600 anos o filósofo indiano Patanjali afirmou: ‘O sofrimento que ainda não chegou pode e deve ser evitado’, sendo que ‘a causa daquilo que deve ser evitado (o sofrimento) é a união do vidente com o visto’. Em outras palavras, a causa do sofrimento é a escravização do vidente ao visto, do observador ao observado, do espírito à matéria.

A auto-observação é uma prática difícil, senão impossível, sem a mudança de alguns valores. Ela requer uma parada, ou pelo menos a desaceleração do rolo compressor que habita em nós, e que valoriza a ‘casca’ em detrimento da ‘essência’. Esse rolo é alimentado pelo tempo psicológico.

O tempo psicológico difere do tempo do relógio porque se alimenta de expectativas. É uma pressão que, por ambição ou ansiedade, nos projeta para o futuro, afastando-nos das pessoas e dos atos do momento presente, impedindo-nos de sentir, de desfrutar da companhia dessas pessoas, de viver integralmente. (...)"

(Walter S. Barbosa - O desafio da impermanência - Revista Sophia, Ano 12, nº 48 – Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 24)


quinta-feira, 1 de maio de 2014

COMO ENCONTRAR A CERTEZA INTERIOR DA CONEXÃO COM O DIVINO

"A pessoa espiritualizada anda com Deus dentro de si. Todos os dias silencie o corpo, acalme a mente e volte-se totalmente para dentro de si com o propósito de comungar com Deus. Se você criar o hábito de meditar, isso fará toda a diferença entre ser uma pessoa comum, cheia de incertezas, dúvidas e frustrações, ou ser uma pessoa espiritual, que sente que sua vida está completamente nas mãos de Deus e que por isso tudo está bem. 

Nada na vida nem na morte deve nos deixar amedrontados ou aflitos. A maravilhosa orientação de Paramahansa Yogananda, pela qual lhe sou eternamente grata, gravou em nós a consciência de que a vida é eterna. Por um curto período de tempo, o imortal raio de luz que é a alma reveste-se de uma perecível roupagem mortal - masculina ou feminina; branca, negra, vermelha ou amarela - mas por toda a eternidade a alma é sustentada pela Fonte Infinita dessa luz. Quanto mais meditamos, mais sentimos essa consciência. E quanto menos meditamos, menos conseguimos transcender a identificação com o eu inferior - uns tantos quilos de carne recobrindo uma mente limitada e aprisionada pelas percepções sensoriais aos conturbados ambientes do mundo. Temos que chegar ao verdadeiro Eu; ir além de seus instrumentos físicos e mentais para perceber que não somos frágeis seres mortais; que existe um elo inquebrantável entre nós e a Amada Mãe do universo, a Consciência Divina que flui por nós e que permeia o Infinito."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 11/12)


O DESAFIO DA IMPERMANÊNCIA (2ª PARTE)

"(...) 'No filme da nossa vida, a ligação entre os quadrinhos é feita pela mente. Sua  natureza é o movimento, a agitação, o que representa ao mesmo tempo uma dádiva e um tormento. Dádiva porque o movimento é a fonte da consciência, a ligação entre o conhecedor e o conhecido. Tormento porque ainda não aprendemos a dominar a mente, ficando magnetizados, escravizados ao seu jogo de medo e ansiedade, de passado e futuro.' (...)

Considerando que tudo é impermanente, devemos então, parar, desistir de tudo, renunciar à ação? No épico indiano Bhagavad Gita lê-se: ‘ambas, a renúncia e a execução de ações, conduzem à salvação, mas, das duas, o yoga da ação é melhor que a renúncia’. Como desatrelar a dor que se segue à ação? Pelo desapego ao resultado.

As ações criam estados transitórios, ‘situações de vida’, como diz Tolle. O problema é que nos apegamos às situações – tomando-as como a própria vida – e assim nunca estamos preparados para as mudanças. Isso pode mudar?

Entre as técnicas conhecidas, a auto-observação é considerada fundamental para a realização de mudanças. Ela é que nos permite descobrir a causa de muitos sofrimentos, e a partir daí agir para evitá-los. E uma dessas causas – talvez a maior delas – é o apego.(...)" 

(Walter S. Barbosa - O desafio da impermanência - Revista Sophia, Ano 12, nº 48 – Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 24)


quarta-feira, 30 de abril de 2014

O QUE É O DESTINO?

"Será o destino uma forma externa, misteriosa e implacável que governa os desígnios humanos? Tal conceito tem levado muitas pessoas a acreditar que tudo está predestinado e que nada se pode fazer.

Na verdade, destino significa algo determinado - mas determinado por você mesmo quando a lei de causa e efeito, ou karma, opera. Deus lhe deu a liberdade de escolher como vai agir; mas a lei de causação governa o resultado, segundo a natureza da ação. Assim, cada ato se torna uma causa, que produzirá um tipo de efeito. Quando se coloca uma causa específica em movimento, o efeito corresponderá inevitavelmente àquela causa. Faça bem ou mal, você colherá os resultados do que fizer. Portanto, dia a dia você cria as causas que determinam o seu próprio destino.

Talvez diga todos os dias, no jantar: 'Acho que vou comer um pouquinho mais'. Depois, pensa: 'Ah, mas eu não devia ter comido tanto!' Assim, é a natureza humana. De todas as criaturas de Deus, somos as mais engraçadas. Nós nos consideramos seres inteligentes, mas somos escravos dos desejos. Já que você come 'um pouquinho mais' todos os dias, 'de repente' descobre que está com dores estomacais ou problemas cardiacos. Entristecido, você se pergunta: 'Por que isso tinha que me acontecer? Acho que meu destino era ficar doente.' Mas não é verdade. Você esqueceu que comeu 'um pouquinho mais', quando deveria ter usado o autocontrole e comido menos. Se um motor está sobrecarregado e você coloca mais carga ainda, é claro que isso o danificará: ele pode parar de funcionar. Você também, neste caso, sobrecarregou o motor da digestão. Essa foi a causa, que foi criada por você; suas dores de estômago originadas por úlceras ou indigestão são apenas o resultado."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 48)