OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 30 de abril de 2014

O DESAFIO DA IMPERMANÊNCIA (1ª PARTE)

"A única coisa que não muda é o fato de que tudo muda. Mudanças, apesar de ocorrerem todos os dias, sempre nos pegam de surpresa. ‘Fulano morreu?’; ‘Eles se separaram?’ – reagimos com incredulidade diante de coisas que ‘jamais poderíamos esperar’. E quanto a aceitar?

A impermanência é algo inerente ao fluxo da vida. A esse respeito, afirma Tolle: ‘Existem ciclos de sucesso, quando as coisas acontecem e dão certo, e ciclos de fracasso, quando elas vão bem e se desintegram. Devemos permitir que elas terminem, dando espaço para que o novo aconteça. Se nos apegamos às situações e oferecemos uma resistência à mudança, estamos nos recusando a acompanhar o fluxo da vida e isso resultará em sofrimento.’

Tudo muda porque a existência material é baseada em ciclos, em vai-vens. A continuidade das coisas é mantida pela descontinuidade, assim como a manutenção de nosso corpo físico depende das batidas do coração. Cada batida é mais um segundo vivido aqui.

Nossa história, desde que nascemos, é como uma fita de cinema. Milhares de quadrinhos rodados vertiginosamente, um após o outro, dão a impressão de vida, encanto, atividade. Contudo, se a fita é olhada fora da máquina, torna-se apenas um rolo inerte. Para onde foi a vida? Foi-se embora com o movimento que existia nela. (...)"

(Walter S. Barbosa - O desafio da impermanência - Revista Sophia, Ano 12, nº 48 – Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 24)

      

terça-feira, 29 de abril de 2014

AS MUDANÇAS E O PROCESSO EVOLUTIVO

"A vida é um processo. Então haverá, de algum modo, uma mudança fundamental?

RB: É claro que a todo momento existem mudanças na vida, muitas das quais são imperceptíveis. Cada um de nós passa por mudanças durante diferentes encarnações. Se não houvesse mudança, não haveria processo evolutivo. O processo não somente implica mudança, mas também, a longo prazo, perfeição. A perfeição do organismo físico é produzida através de um lento processo de mudança e de melhoria até o estágio do complexo corpo humano, com um cérebro incrivelmente complexo, muito do qual ainda não é utilizado. Complexidade implica crescente sensibilidade etc. A partir do ponto teosófico, através da evolução biológica, processa-se o desabrochar da consciência. A habilidade de perceber mais e responder mais é desenvolvida através de longos períodos de tempo. Então, deveríamos tomar alguma atitude ou deveríamos deixar que o processo evolucionário nos lançasse à perfeição, aliviando-nos dos nossos problemas?

Aparentemente não funciona dessa maneira. H.P.B, declara em A Doutrina Secreta: ‘o homem é o único agente livre na Natureza’. Na obra Viveka Chudamani (A Jóia suprema da sabedoria), de Sri Shankaracharya, e no Dhammapada, que supostamente contém as palavras do Buda, há declarações que indicam uma posição especial para o ser humano. (...) A consciência humana é capaz de perceber a própria posição em relação a tudo o mais. Pode questionar os aspectos certos ou errados de tudo o que acontece. Deseja conhecer o porquê e procura agir de acordo com as próprias percepções, impulsos e conceitos. Esses podem estar em contradição com o atual movimento de avanço em virtude da falta de compreensão suficiente. Porém, a beleza está no homem ser capaz de compreender, e ele precisa esforçar-se para compreender. Ele pode e precisa saber o que é o Plano Divino, participando de grandes movimentos dirigidos à perfeição, com plena percepção e liberdade. Os outros reinos agem a partir da inteligência inconsciente que lhes é oferecida pela Natureza, sendo sua retidão simplesmente parte da Natureza. Porém, o ser humano não pode fazer isso. (...)

Desejamos uma mudança que nos satisfaça de imediato. Mas a mudança fundamental significa crescer em percepção e inteligência, compreendendo a beleza de todo o processo divino e com ele cooperando livremente porque é tão maravilhoso fazê-lo. A mudança fundamental ou mudança na direção certa deve ser compreendida por todos os seres humanos mais cedo ou mais tarde, e eles terão de realizá-la por si mesmos."

(Radha Burnier - Regeneração Humana – Ed. Teosófica, Brasília, 1992 - p. 160)


O QUE PODEMOS FAZER? (PARTE FINAL)

"(...) Platão disse certa vez que ‘os pensamentos governam o mundo’. Se pensarmos profundamente a respeito disso, essa afirmação parece quase autoevidente. Tudo a nossa volta – do nosso sistema de governo e de nossas instituições sociais até as paredes à nossa volta e a cadeira na qual estamos sentados – começaram com pensamentos. Se isso for verdadeiro, então, o mundo a nossa volta é o reflexo do mundo no interior da mente coletiva da humanidade. Se vivemos num mundo confuso e desordenado é porque os pensamentos da humanidade como um todo são confusos e desordenados. Se a humanidade parece estar sendo levada para o caos é porque falta aos indivíduos propósito e objetivo em suas vidas pessoais.

Inerente a essa noção de que ‘os pensamentos governam o mundo’ está o potencial para a mudança numa escala mundial. Todos nós sabemos ser possível mudar nossas mentes. Fazemos isso todo dia. Se aceitarmos as consequências lógicas da afirmação de Platão, então teremos de concluir que a mudança social começa nas mentes de homens como você e eu. Se não gostamos do mundo a nossa volta, podemos mudá-lo alterando aqueles padrões de pensamento que o trouxeram à existência. Podemos pensar de maneira diferente e agir de maneira diferente. Podemos pensar a respeito da criação em vez da destruição; da beleza em vez da feiura; da ordem em vez do caos. Nada nos consegue parar senão hábitos que construímos para nós mesmos pela repetição de velhos equívocos. (...)

Acordemos e lembremos quem somos, esforçando-nos para tornar a nossa natureza humana um sacrário digno da Presença residente, e o mundo a nossa volta um local de beleza e ordem – um cosmos em vez de um caos. Podemos começar perguntando a nós mesmos: ‘Que tipos de pensamentos estão governando o meu mundo?’ Se não gostarmos da resposta a essa pergunta, então podemos começar aqui e agora a transformar os nossos padrões de pensamento e ação. Podemos perguntar-nos o que podemos fazer em nosso ambiente imediato para criar beleza e inspirar e elevar os outros. Tendo recebido uma resposta do interior – e receberemos uma resposta se perguntarmos com o espírito apropriado – podemos começar a agir sobre nossa inspiração. Identificando-nos com causas e movimentos que buscam elevar a humanidade, podemos juntar nosso apoio ao trabalho que estão fazendo, e falar-lhes a respeito do poder criativo do pensamento construtivo. Isso são boas novas, na verdade, um evangelho que vale a pena ser pregado.

Mudando a nós mesmos, podemos mudar o mundo. Isso não é um clichê batido, mas uma afirmação da lei cósmica tão crucial para o futuro da humanidade que é impossível superenfatizar sua importância, como escreveu H. P. Blavatsky, na Convenção Americana de 1891, ‘Em vossas mãos, Irmãos, é colocada a esperança e o bem-estar do século vindouro.’"

(W. D. Mcdavid - Revista Theosophia – Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil - Anos 103, Jan/Fev/Março de 2014 - p. 38/39)

segunda-feira, 28 de abril de 2014

VIVENDO NO MUNDO FÍSICO

"À medida que as lembranças do mundo celestial de luz e alegria lentamente se desvanecem e são substituídas por uma sensação de peso e frio, a alma recém-chegada sente-se um pouco confusa ao entrar no mundo físico mais uma vez. Ela acabou de se afastar de um mundo organizado e acolhedor para ingressar em um lugar de insegurança e solidão. O espiríto não está mais flutuando em um mundo de cor, luz, sentimentos e deslumbramento. Ele já não viaja mais à velocidade do pensamento. Ninguém lê mais sua mente. O espírito está de novo aprisionado em um mundo onde a energia é densa, as cores fracas e insípidas, e a única luz natural emana de um sol.

Embora o espiríto que reencarna já seja muito 'velho', de certo modo é também novo em folha. É verdade que traz consigo um pacote de lições cármicas, mas também tem seus corpos mental, emocional e físico recém-formados para vivenciá-las. Em parte, o espírito conta com seus instintos inferiores para satisfazer suas necessidades físicas. Mas e as partes emocionais e mentais deste ser? Como se desenvolverão e se aperfeiçoarão? Equipado com seu plano de vida espiritual, o espírito deve entrar no mundo da carne para cumprir seu destino. Deve aprender a amar, a ser magoado e a crescer. O resto de sua vida na Terra será moldado por suas relações, sua religião, e pela sociedade em que vive. A vida completou seus ciclo, e a viagem do espírito avança mais uma vez através do tempo."

(James Van Praagh - Em busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro,2008 -  p. 49/50)
www.esextante.com.br


O QUE PODEMOS FAZER? (1ª PARTE)

"Nestes dias de dificuldades econômicas e de tensões internacionais, é fácil tornar-se pessimista a respeito do futuro de nosso mundo. Os filmes contemporâneos e os programas de televisão, ao descreverem o colapso econômico ou o holocausto nuclear, refletem a crescente incerteza e apreensão com as quais muitas pessoas veem os anos vindouros. O que torna essas visões das coisas futuras tão assustadoras é que, em nossa época, elas não mais parecem cenários impossíveis e sim coisas que poderiam muito bem ocorrer se algumas das tendências seguissem seu andamento lógico.

Então, o que devemos fazer? Iremos como faz o avestruz, ignorar os sinais dos tempos, continuando ‘com os negócios como de costume’, esperando que todas essas condições ameaçadoras desapareçam se as ignorarmos? Começaremos, em vez disso, a imediatamente construir um abrigo antibombas, ou a estocar alimento e armas para nos defendermos de nossos vizinhos gananciosos?

Pessoalmente, nada faz acreditar que qualquer dessas coisas seja um desdobramento satisfatório. Ambas são maneiras de evitar a responsabilidade e de recusar a enfrentar o fato de que nós mesmos é que somos a fonte da maioria dos nossos problemas. Recusamo-nos a agir como adultos com plena responsabilidade por nossas ações. Agimos impulsiva e estouvadamente, sem preocupação com as consequências futuras. Como resultado, criamos um mundo que, em muitos aspectos, não é apropriado par se viver. Não é culpa de ninguém senão de nós mesmos, e a nós compete reparar a situação. Cada um de nós contribuiu para o problema e cada um de nós tem a responsabilidade para consigo mesmo e para com os outros de ajudar na solução. (...)"

(W. D. Mcdavid - Revista Theosophia – Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil - Anos 103, Jan/Fev/Março de 2014 - p. 38)