OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 20 de abril de 2014

A REALIDADE DE DEUS

"'Minha doutrina é a verdade, a simplicidade e o amor' Babaji costumava dizer quando lhe perguntavam. 'Deus é a verdade, a verdade é suprema, nada está acima dela.' A simplicidade é a conscientização vivida da relatividade e transitoriedade da criação material, por isto ele recomendava exercícios constantes de desprendimento do mundo físico enquanto se está em plena vida. Babaji também disse que Deus é o amor e o amor é Deus, amor como consciência de que todos os seres formam uma unidade com Deus e que todos nós estamos unidos; esta consciência elimina qualquere agressão.

OM NAMAHA SHIVAYA, a oração que significa 'eu procuro refúgio em Deus', 'Senhor, seja feita a Vossa vontade', é o exercício central que Babaji recomenda. O tema fundamental de sua materialização foi o de levar as vibrações desse 'Mantra do início da criação' para o mundo e até o último recanto da consciência, para que ele possa ser novamente eficaz como impulso para uma recriação da Terra. 'Orem o nome do Deus de sua religião, de sua escolha, porém orem sem parar, dia e noite, em tudo que vocês estejam fazendo, de modo que, trabalhando, estejam servindo à criação.' Este, disse ele, é o melhor e também mais eficaz método para limpar o corpo e o espirito, para disciplinar, para superar o egoísmo e a inércia, pois ele leva ao reconhecimento de que a verdade é, pura e simplesmente, o atributo do divino.

Assim como era seu anseio despertar a consciência do divino no ser humano através da concentração em seu nome, ele se preocupava também com a elucidação de que o divino se materializasse da mesma forma para todos os fiéis dos vários caminhos religiosos e procurava unir esse caminhos atraves da sua aparição.

Dessa forma, no processo de evolução do mundo, é dado ao ser humano um alto grau de participação no Reino de Deus e na formação da futura Terra, o que é realizável através da constante prática do encontro com a realidade de Deus a cada momento e em todas as coisas, através do descobrimento na própria profundeza de tudo o que foi criado. Pode-se encontrar Deus em qualquer parte de sua criação, pois esta criação está encarnada através de Sua encarnação e isto repetindo-se constantemente através de cada nova materialização de Sua consciência. Quanto mais profundo for o encontro com o mestre, tanto mais universal é a revelação de sua influência."

(Maria-Gabriele Wosien - Eu Sou Você, Mensagem de Babaji, o Mestre do Himalaia - TRIOM Centro de Estudos Mariana e Martin Harvey, Editorial e Comercial, 1ª edição, São Paulo, 2002, p. 14/15)
www.triom.com.br


O INSTRUTOR: “QUANDO O DISCÍPULO ESTÁ PRONTO, O MESTRE APARECE”

"Aqueles que leram a Voz do Silêncio saberão que esta obra consiste em três tratados que transmitem a essência do pensamento Mahayânico de uma forma muito clara. Estão agrupados em forma de discursos, nos quais o aluno pede orientação e luz ao instrutor, e este fala ao aluno sobre os objetivos da senda, as várias virtudes a serem desenvolvidas, as fraquezas a serem evitadas, e as verdades relacionadas a tudo isto. O instrutor também esclarece que ele pode apenas apontar o caminho, ele não pode conduzir o aluno até o destino pretendido. O aluno terá de usar a sua própria inteligência a cada passo, reunir todas as energias de sua natureza, e aplicar-se seriamente à tarefa. Se fosse meramente uma questão de encontrar um instrutor que conduzisse a pessoa até o objetivo adequado, a dificuldade residiria apenas em encontrar a pessoa certa, e assim o aluno não teria responsabilidade alguma. Mas não é este o caso. O discípulo terá de realizar a viagem por ele próprio, enfrentando todas as dificuldades, guiado pela sua própria compreensão.

De acordo com estes preceitos, das dez coisas a serem feitas uma importante entre elas é o encontro de um instrutor cuja influência de sua personalidade e conhecimento possa ser inestimável, se o aluno dela puder beneficiar-se. Diz-se: ‘vincule-se a um preceptor religioso dotado de poder espiritual e de sabedoria total.’ De que maneira podemos encontrar uma pessoa assim? Para começar deve-se compreender o que significa ‘poder espiritual’. Não é a habilidade de produzir truques fenomênicos ou milagres. A espiritualidade nada tem a ver com tais manipulações psíquicas. A questão então de como distinguir entre um instrutor falso – e destes deve haver grande variedade – e um verdadeiro. Diz o livro: ‘para evitar o erro na escolha de um guru, o discípulo precisa ter conhecimento de suas próprias falhas e virtudes’. Não significa que você terá de encontrar primeiramente o guru e então ele lhe dirá suas faltas e méritos. Deve haver uma medida de autopercepção e de discriminação dela resultante, a fim de reconhecer o verdadeiro instrutor quando o encontrarmos, e não ser atraído por alguém que consegue ter seguidores por apelar para suas fraquezas e divertir-se com sua imaturidade."

(N. Sri Ram - Em Busca da Sabedoria – Ed. Teosófica, Brasília, 1991- p. 135/136)

sábado, 19 de abril de 2014

O FÔLEGO

"Um bando de malfeitores capturou um elemento de um grupo inimigo e o condenou à morte.

Amarraram-lhe uma enorme pedra nas pernas e o atiraram ao lago.

Mas o homem tinha grande fôlego e conseguiu desamarrar-se e escapar.

Não tivesse ele bom fôlego não teria conseguido safar-se da pedra, teria ficado no lodo e jamais voltaria à superfície.

Tal somos nós.

Enormes pedras nos retém.

São elas nossos apegos e condicionamentos, confortos e pertences, honrarias e ‘postos’, sucesso e ‘pastos’... que nos mantêm sufocados no lodo que é este mundo material, domínio dos opostos, que são: prazeres e pesares, nascimentos e mortes, quedas e ascensões, lutos e festas, elogios e condenações, honra e desonra, dar e tomar, subir e descer, lucros e perdas...

Contamos com a duração da existência.

Esse é o nosso fôlego."

(Hermógenes - Viver em Deus – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 4ª edição - p. 149)


JOVENS PARA SEMPRE (PARTE FINAL)

"(...) O tirano chamado Tempo mora dentro de nós, alimentado por nossas atividades e desejos por coisas transitórias. Dependendo de nossa condição mental, o tempo passa rápida ou lentamente. As paixões e emoções perturbam as mentes dos mortais, enquanto os deuses, não contaminados pelos pensamentos e desejos mundanos, experienciam a imortalidade e a juventude.

Para sermos jovens e belos, devemos necessariamente nos livrarmos dos impulsos – o ímpeto para chegar a algum lugar, para ser o primeiro, para realizar. Isso nos escraviza ao tempo. O tempo priva a mente de sensibilidade e flexibilidade e a torna propensa às ansiedades do egocentrismo que envelhece o corpo.

A pessoa deve viver de maneira absolutamente diferente para preservar a juventude. O apego é a verdadeira essência da mente mundana; ausência de apego é liberdade. Para sermos jovens, a mente deve ser livre. Citando o Dammapadda: ‘A ausência de atenção é a estrada que leva à morte. Os atentos não morrem; os desatentos são como se já estivessem mortos.’

A vigilância na vida diária, que ajuda a pessoa a abandonar toda paixão, pensamento e atitude egoísta, é uma passagem para um estado divino, repleto de amor e sabedoria. Egoísmo é ignorância, falta de sabedoria. Vamos nos tornar jovens vivendo de maneira reta, ou vamos esperar que os técnicos e mágicos prolonguem a miséria do egocentrismo?"

(Radha Burnier - Jovens para sempre - Revista Sophia, Ano 5, nº18 – Pub. da Ed. Teosófica - p. 25)

sexta-feira, 18 de abril de 2014

AUTO-OBSERVAÇÃO

"A observação dos próprios pensamentos e reações é uma forma de meditação em que se estuda a verdadeira natureza da mente e seu estado, em que se olha nela profundamente para descobrir-lhe motivos e forças ocultas, alcançando assim a autocompreensão integral. É disso que H. P. B. fala em diferentes termos quando ela se refere ao estudo da natureza inferior à luz da superior. A mente e as emoções precisam ser estudadas com objetividade absoluta, e tratadas como se separadas da pessoa. Isto é muito mais difícil do que retirar um pensamento de um livro ou selecionar alguma virtude e revolvê-la na mente, embora isto também seja bom, especialmente como um começo ou uma base para um esforço maior. É bom concentrar-se e contemplar a verdade mesmo como a conhecemos, enquanto exploramos ou descobrimos as engrenagens da nossa própria mente. O que é errado é compreendido simultaneamente ou em relação àquilo que é certo, da mesma maneira como aquilo que é belo é percebido em relação àquilo que não o é.

Durante o tempo em que se tenta meditar, surgem várias ideias e elas também surgem em outras ocasiões. Mas o aluno terá que, por fim, alcançar um estado mental que é desimpedido de todas as ideias e no qual a mente descansa em sua própria natureza verdadeira. Como ela poderá ficar desprovida de todas as ideias? Quando surge uma ideia, é possível colocá-la completamente de lado? Cada pensamento que é violentamente lançado retorna após um período de tempo. Existem inumeráveis ideias que surgem; colocá-las de lado é como lutar contra um exército que consiste em um número de pessoas sem fim. A maneira de lidar com esta situação é compreender determinadas verdades fundamentalmente no próprio ser, na qual se percebe claramente aquilo que é certo e verdadeiramente desejável. É dito que todas as ideias surgem de uma concatenação de causas; são todas produtos de ideias precedentes, uma continuação delas. Podem assumir diferentes roupagens em diferentes contextos, mas fundamentalmente possuem a mesma natureza que os seus ancestrais. A maioria delas é realmente uma repetição da própria memória. A mente precisa libertar-se deste automatismo de memórias para que possa agir de modo inteligente com entendimento real."

(N. Sri Ram - Em Busca da Sabedoria – Ed. Teosófica, Brasília, 1991 - p. 140/141)