OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 12 de abril de 2014

FAÇA DO SEU TRABALHO UMA PRECE

"Há algumas pessoas que, para não rezarem usam a desculpa de que a vida é tão agitada que as impossibilita de fazer uma oração.


Isso não pode acontecer.


Não é necessário que interrompamos o nosso trabalho para orar; podemos, sim, continuar trabalhando como se o nosso trabalho fosse uma prece.


Não é necessário estar sempre meditando, nem conscientemente experimentar a sensação de que estamos falando com Deus, não importando o quanto isso seja bom. O que importa é estar com Ele, viver Nele, em Sua alma."


(Madre Tereza de Calcutá - Tudo Começa Com A Prece - Ed. Teosófica, Brasília, 2008 - p. 50)


A ILUSÃO E O EGO (PARTE FINAL)

"(...) No Bhagavad-Gita há um diálogo interessante entre Arjuna e Krishna: ‘Como é um homem iluminado? Como ele dorme, como trabalha, como vive?’, pergunta Arjuna, e Krishna diz: ‘ele vive, trabalha e dorme como um homem comum, mas não pelas mesmas razões.’ O processo do ego não é uma questão do que se está fazendo, mas de como se aborda o fazer e o não fazer.

Isso não é altamente filosófico nem de difícil compreensão. Ensinamos as crianças a jogar um jogo pela alegria de jogar, e a se aprimorar no jogo pelo amor ao aprimoramento; ensinamos a não dar muita importância ao resultado, a quem ganha ou perde. Se damos importância ao resultado, a atividade torna-se egoísta. Se não formos egoístas, então não importa quem ganha ou perde. Existe a alegria de ter jogado, a alegria de cumprimentar um amigo por ter jogado melhor e vencido. Não há frustração. Esse é o espírito do esportista. (...)

É uma ilusão pensar que o autointeresse age em favor no nosso próprio interesse. Estamos definindo a vantagem de maneira muito mesquinha e pouco inteligente. Não estamos separados de outras pessoas; portanto, o que consideramos ser um beneficio na realidade não é.

Se percebermos a verdade disso e os perigos do processo do ego (percebemos de verdade, não por meio de uma explicação ou como uma conclusão racional), essa percepção do perigo agirá sobre a consciência e eliminará o processo do ego. Apenas querer fazê-lo não traz resultado. Concordar também não ajuda, porque conhecimento e ideias não mudam a consciência. Mas uma percepção profunda da verdade muda, e todos nós temos capacidade para esse insight. (...)"

(P. Krishna - A ilusão do ego - Revista Sophia, Ano 4, nº 13 - p. 43)

sexta-feira, 11 de abril de 2014

KARMA YOGA

"De acordo com a karma yoga, uma ação não pode ser destruída enquanto não der frutos; nenhum poder na natureza pode impedir seus resultados. Se pratico o mal, terei de sofrer por isso; não há poder no universo capaz de deter ou interromper isso. Se pratico uma boa ação, não há poder no universo que impeça seus bons resultados. Obrigatoriamente a causa produz o efeito. Nada pode prevenir ou impedir isso.

Chegamos agora a um ponto muito delicado e importante da karma yoga; nossas ações, boas ou más, estão intimamente relacionadas umas às outras. Não podemos traçar uma linha demarcatória e afirmar que essa ação é completamente boa e a outra, completamente má. Não existe ação que não produza bons e maus frutos ao mesmo tempo. (...)

O que se pode concluir disso? Por mais que tentemos, não pode existir ação perfeitamente pura ou perfeitamente impura, considerando pureza e impureza no sentido de prejudicar ou não prejudicar os outros. Não podemos respirar ou viver sem causar algum mal, e cada porção de alimento que ingerimos é tirado da boca de outra pessoa. Nossas próprias vidas estão pressionando outras vidas. Pode ser a de homem, animais ou alguns pequenos micróbios, mas forçosamente barramos algumas formas de vida. Sendo assim, concluímos realisticamente que a perfeição não pode jamais ser obtida pela ação. Podemos agir por toda a eternidade sem encontrarmos a saída desse complicado labirinto. Você pode agir incessantemente, porém essa inevitável combinação de bem e mal que resulta da ação, jamais terminará.

(...) Vimos que quando ajudamos o mundo, ajudamos a nós mesmos. O que fazemos em benefício dos outros tem como principal consequência a nossa purificação. Ao esforçar-nos constantemente para fazer o bem, tentamos esquecer-nos de nós mesmos. Esquecer o self é a grande lição que precisamos aprender na vida. (...) Cada ato de caridade, cada pensamento de compaixão, cada ajuda que prestamos, cada boa ação reduz bastante a arrogância do nosso pequeno self, pois faz com que nos consideremos criaturas mais modestas e insignificantes, o que é muito bom."

(Swami Vivekananda - O que é Religião - Lótus do Saber Editora, Rio de Janeiro, 2004 - p. 230/233)


A ILUSÃO DO EGO (2ª PARTE)

"(...) O ego passa a existir enquanto a criança cresce. Todos nós fomos crianças e passamos por esse processo. Depois de dois ou três anos de vida a criança domina a linguagem, a capacidade de pensar e de imaginar. Mas essas capacidades, em si mesmas, não são o ego. Elas são adquiridas por um processo de evolução biológica que é parte da ordem natural. Quando juntamos essas capacidades com o instinto de buscar o prazer e evitar a dor, que existe também no animal, temos uma receita para a formação do ego, porque na consciência humana existem não apenas a dor e o prazer físico, mas também a dor e o prazer psicológicos. (...)

Quando você trata mal um cachorro, ele volta no dia seguinte abanando o rabo. Ele esquece os mal tratos e não se sente insultado. Nós, porém, temos a capacidade não apenas de lembrar, mas também de nutrir esse agravo psicológico dentro de nós. É isso que traz medo e suspeitas aos nossos relacionamentos. As crianças também são capazes de se magoar, mas em poucos dias esquecem a mágoa e rapidamente voltam à velha amizade. À medida que envelhecemos, torna-se cada vez mais difícil fazer isso. Esse é o início do processo do ego.

Seria possível não registrar nada psicologicamente? Registrar somente fatos, não insultos ou bajulações? Não pretendo fazer objeção à memória como um todo, porque a memória factual e necessária, não cria ilusões nem alimenta o ego. Porém, a memória psicológica interfere na qualidade dos relacionamentos no momento presente. Uma pessoa que brigou com seu marido ou esposa há dois anos pode lembrar-se factualmente da briga, mas se não estiver carregando resíduos psicológicos, em termos de mágoa, a lembrança não afetará seu relacionamento atual. É a memória do insulto que constitui a memória psicológica, e é isso que cria dificuldades no relacionamento. (...)"

(P. Krishna - A ilusão do ego - Revista Sophia, Ano 4, nº 13 - p. 41) 
www.revistasophia.com.br


quinta-feira, 10 de abril de 2014

O PODER DO PENSAMENTO

"O homem é aquilo que pensa durante o dia inteiro. ‘Assim como um homem pensa em seu coração, assim ele é.’ Tenha uma consideração saudável e um respeito integral por seus pensamentos. Sua saúde, felicidade, sucesso e paz de espírito são em grande parte determinados pela consciência do poder do pensamento. Já ouviu dizer que os pensamentos são coisas e se realizam por si mesmos. Seu pensamento é uma força definida. Quando formula o pensamento, está na verdade pondo em ação o seu poder latente.

Pense em coisas que sejam verdadeiras, admiráveis e Divinas, esteja absolutamente convencido da supremacia e autoridade do pensamento. Deve acreditar em seu próprio pensamento, não apenas como seu, mas como uma força por si mesmo; assim, tornará as suas orações eficazes.

A planta está na semente. O carvalho está na bolota. Você não dá vitalidade à semente; ela possui a sua própria matemática, mecânica e modo de expressão. Assim também o pensamento é a força; você não lhe confere força. Saiba disso e estará livre da tensão e ansiedade. Pensar com confiança no poder de seu pensamento é a ação de Deus, em você e ‘Ele nunca falha’.

Avance para a frente e para cima pelo reconhecimento da supremacia do Poder Espiritual e a autoridade de seu pensamento. É o caminho para se obter resultados maravilhosos, esse conhecimento aumenta a sua fé, permitindo-lhe experimentar a alegria da prece atendida."

(Joseph Murphy - Conversando com Deus – Ed. Vozes, Rio de Janeiro, 1962 - p. 58/59)