OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 28 de março de 2014

EDUCAÇÃO CRIATIVA

"Em todas as instituições e sistemas educacionais está ocorrendo um processo de desumanização. Krishnamurti chama a atenção para essa tendência fundamental, que, se não for detida, reduzirá os seres humanos a meros autômatos. Essa é, de fato, uma tendência que a nossa civilização, dominada pela mente, está seguindo em todas as esferas de atividade. Na educação, isso é particularmente desastroso.

Segundo Krishnamurti, estamos deixando as faculdades e universidades ‘como se tivéssemos saído de um molde’, transformados num tipo de gente que busca a conformidade, que persegue o sucesso, que está interessado em segurança. Krishnamurti afirma que o ‘conformismo leva à mediocridade’. Onde existe mediocridade não pode haver criatividade; portanto, para que a nossa educação seja criativa, temos que abrir mão de todos os fatores que levam à conformidade e à segurança. Na educação criativa, a inteligência toma o lugar de mediocridade. (...)

A análise de Krishnamurti sobre a educação atual merece ser considerada profundamente pelos educadores de todo o mundo: ‘Nós podemos nos graduar e nos tornar mecanicamente eficientes sem sermos inteligentes. A inteligência não é mera informação; não deriva de livros, não consiste em respostas espertas e defensivas, nem em afirmações agressivas. Alguém que não tenha estudado pode ser mais inteligente que um erudito. Nós temos reduzido os critérios de Inteligência, além de termos desenvolvido mentes sagazes que evitam as questões humanas vitais. Inteligência é a capacidade de perceber o essencial, o que é; educação é despertar essa capacidade em si mesmo e nos outros.’ ”

(Rohit Meta - Educação Criativa - Revista Sophia - Ano 3, nº 9 - p. 9/10)


A MENTE COMUM (PARTE FINAL)

"(...) Pratiquem, pratiquem com determinação (...) Pratiquem com o espírito de um verdadeiro investigador e verão que tudo o que acabo de dizer é verdade. Assim como a agulha de uma bússola aponta sempre para o norte, o ponteiro de suas mentes devem apontar sempre para Deus.

Raciocinem como um jñana yogi, atuem como um karma yogi e sintam como um bhakti yogi. Raciocinem com discernimento, sem ideias preconcebidas, e constatarão que o mundo deixará de ser algo real. Em qualquer ação que praticarem, pensem mais nos outros do que em si mesmos. Trabalhem sempre com abnegação, mas sem apego aos resultados do trabalho e sem procurar a própria satisfação. Vocês logo verão que a mente sentirá um contentamento jamais antes experimentado e permanecerá tranquila durante a maior parte do dia. 

Como verdadeiros devotos, vocês devem sentir que Deus, o Antaryamin (Aquele que tudo conhece), reside em seu próprio interior. A mente deve sentir Deus, unicamente, através de todo seu movimento. É claro que, a princípio, a mente deve idealizar tudo isso, mas depois, com a prática e a dedicação ela se transformará completamente. Todas as janelas usadas pela mente para experimentar o mundo sensório devem ser hermeticamente fechadas. Trata-se de praticar yama e niyama (controle interno e externo). 

Mente pura significa mente sem apegos; dediquem-se, meus filhos, dediquem-se plenamente a Deus, pois assim sua vida inteira será glorificada. Qualquer ideia de 'farei amanhã' deve ser eliminada. Se vocês não dominarem tamas (indolência, entorpecimento), como irão controlar depois a tremenda força de rajas (atividade) que fará com que vocês se agitem sem parar? Somente com o desenvolvimento de sattva (tranquilidade, serenidade) se obtém a verdadeira compreensão da Realidade e, com ela, o conhecimento interior e direto que não necessita de qualquer outra comprovação. A partir de então, vocês conhecerão e desfrutarão da verdadeira independência, e o propósito da vida será alcançado."   

(Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda - O Eterno Companheiro - Ed. Vedanta, São Paulo, 2011 - p. 48/49)


quinta-feira, 27 de março de 2014

DÚVIDAS

“Uma dúvida sobre nossas crenças pode paralisar-nos.

Uma dúvida sobre nossas forças pode vencer-nos.

Uma dúvida sobre o caminho pode desviar-nos.

Uma dúvida sobre nós mesmos pode matar-nos.

Maldita dúvida!

Uma dúvida pode:

  • ·         libertar-nos dos engodos;

  • ·         salvar-nos da trilha errada que escolhêramos;

  • ·         evitar-nos precipitados engajamentos funestos;

  • ·         ajudar-nos a transcender.


Bendita dúvida!

Quando preciso definir se uma dúvida é maldita ou bendita, pergunto à Viveka – à Divina Luz do Discernimento."

(Hermógenes - Viver em Deus - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2007 - p. 95)


A MENTE COMUM (1ª PARTE)

"Por um hábito antigo, durante muitas vidas a mente de vocês se identificou tanto com o corpo, o mundo objetivo e as opiniões alheias que esqueceu sua aptidão de se manter afastada, livre do corpo denso, e de raciocinar sozinha, sem a necessidade ou a pressão das opiniões alheias. 

Em geral, a mente atua sob a influência de desejos, a maioria deles à procura de satisfações de natureza sensória, limitadas pelo tempo e pelo espaço. 

A mente comum não pode idealizar nada que não tenha nome e forma, é incapaz de conceber o que é eterno. Ela desperta com o corpo e continua identificada com ele durante o dia inteiro. Por isso, repetir apenas 'Deus existe e é muito misericordioso' não muda em nada o apego que se tem pelo corpo.

É com grande dificuldade que rapazes como vocês conseguem imaginar, intelectualmente, o que seja a Realidade Suprema, ou Deus. Por isso, é absolutamente necessário que vocês mudem de mentalidade e submetam-se a uma austera disciplina diária, sempre à mesma hora. Dentro de pouco tempo, um ano ou talvez seis meses, constatarão que a mente lentamente aprenderá a nova lição e se dirigirá naturalmente a Deus. Recordar o Ideal Escolhido em todas as ações diárias será de grande ajuda para que, paulatinamente, a mente aceite a nova mudança. No momento, ela vê e acredita que nada existe além do mundo transitório dos sentidos, mas, pela força da prática constante, ela sentirá que seu único dever é dirigir-se a Deus. (...)

(Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda - O Eterno Companheiro - Ed. Vedanta, São Paulo, 2011 - p. 47/48)


quarta-feira, 26 de março de 2014

O MANTRA

"Todas as Escrituras Sagradas da Índia consideram o mantra um meio eficaz de atingir o Supremo. É o que os Vedas e Upanishads ensinam desde os tempos mais remotos. Dizem que quando se pratica essa disciplina, o próprio Senhor vem em socorro de seu devoto. Nesse caso, a purificação interior é inteiramente realizada pelo japa. Essa prática pode chegar, até mesmo, a eliminar completamente o gosto pelas experiências mundanas. Pouco a pouco, manifesta-se uma transformação total da natureza do devoto. Sri Ramakrishna disse um dia: - Quando um rei quer visitar a casa de um súdito, envia primeiro os móveis e a louça. O súdito pode, então, recebê-lo dignamente. O mesmo ocorre em relação ao devoto. As qualidades divinas manifestam-se nele.

Ao meditar num mantra, não pensamos no significado das palavras, pois, naquele momento, o próprio mantra está identificado com o ideal espiritual. Ao repeti-lo, estabelecemos um contato direto com nosso ideal espiritual. Trata-se de uma prática de concentração intensa que também aviva todos os sentimentos afetivos, pois é preciso amar profundamente seu Ishta, o ideal escolhido.

Por representar Deus a nossos olhos, o Ishta nos é particularmente agradável. Dizemos a nossos olhos porque Deus é infinito, mas também pode ser considerado com atributos. Não podemos obter a visão verdadeira do Infinito. Somos obrigados a escolher um aspecto ou os aspectos que tocam mais particularmente a natureza de cada um de nós. Por exemplo, alguns são atraídos pelo poder, outros pelo amor, outros ainda pela doçura ou sabedoria. “ (...)

(Swami Ritajananda - A Prática da Meditação - Lótus do Saber Editora, Rio de Janeiro - p.4/5)