OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 26 de março de 2014

DA MENTE CONDICIONADA PARA A LUZ (PARTE FINAL)

"(...) Atitudes impensadas podem gerar problemas de relacionamento, problemas com a família, com os amigos ou com os vizinhos. Palavras ásperas são às vezes proferidas gratuitamente. Comumente quem age de forma agressiva está com algum problema. Pode estar mal de saúde, ter tido algum desentendimento no trabalho, está insatisfeito, e por isso ele se expressa de forma intempestiva. Ao perceber que o outro está sendo agressivo em razão de algum problema pessoal, não precisamos vibrar no mesmo diapasão, respondendo a agressão com agressão. Se estivermos atentos, podemos observar e não reagir automaticamente. 

É sábio dar um tempo, respirar fundo (respirar fundo acalmar as emoções) e não se deixar contaminar pela negatividade do outro. Porque a pessoa que atravessou seu carro na frente do meu precisa ser agredida? Ela podia estar com muita pressa, ter algum problema urgente para resolver; podia estar desatenta, podia ser 'barbeira'. São muitas as razões que poderiam ter feito com que ela desse a 'fechada'. Ela não queria me agredir, mas eu me senti agredido e reagi. Se nos permitirmos esse instante de reflexão e auto-observação, evitaremos muitos problemas.

Às vezes pessoas que se dão muito bem agem de forma impensada, brigam e ficam por muito tempo, até por toda uma vida, sem se falar. Por causa de um momento infeliz em que a pessoa falou o que não devia e o outro reagiu agressivamente. Um relacionamento importante pode se tornar insustentável. Sociedades e casamentos acabam se rompendo por causa de uma palavra mal colocada ou de uma atitude egoista. A atenção e o cuidado podem evitar muitos dissabores."

(Eduardo Weaver - Revista Sophia, Ano 8, nº 31 - Pub. da Ed. Teosófica - p. 13/14)


terça-feira, 25 de março de 2014

JUSTIÇA

"Sendo o karma uma lei universal ela não vai privilegiar países, raças ou agrupamentos sociais; a mesma regra é válida para tudo e para todos. As desigualdades são frutos colhidos da semeadura outrora feita. Ninguém colhe o que não merece, nem recebe além do que faz jus. Todas as outras leis são dependentes dessa lei maior.

Muitas pessoas dizem: tenho uma vida regrada, cumpro minhas obrigações, não faço mal aos outros e, no entanto, levo uma vida cheia de dissabores. Admitindo que isso seja verdade, temos de supor que os desencontros de agora são consequências de causas geradas em outras encarnações. A alma que plantou no passado é a mesma que está colhendo hoje, embora esteja revestida de nova vestimenta carnal.

Pelo amor, pelo trabalho ou ainda pela dor, vamos resgatando nossos débitos do passado. A lei não foi violada; apenas estamos saldando nossas dívidas. Em sentido oposto, tudo que fizemos de bom no passado, podemos já ter recebido ou estar agora recebendo; ou, ainda, recebermos no futuro. Isso é justiça divina e é válida para todos."

(Antonio Geraldo Buck - Você Colhe o que Planta – Ed. Teosófica, Brasília, 2004 - p. 22)


DA MENTE CONDICIONADA PARA A LUZ (2ª PARTE)

"(...) Os sábios da antiguidade afirmavam que existe uma grande diferença entre levar a vida conscientemente, agindo de forma plena, objetiva e inteligente e levar a vida de forma repetitiva e condicionada. Todos nós recebemos estímulos o tempo todo. Quando reagimos a esses estímlos com base no nosso conteúdo mental, executando rotinas automaticamente como se fôssemos um computador, não somos capazes de criar. Conseguimos apenas repetir aquilo que já estava armazenado em nossa memória.

Uma pessoa realizada, uma pessoa espiritualizada, está atenta à realidade à sua volta. Ela está integrada a todo o complexo da vida, atenta a todos os estímulos, a tudo o que está acontecendo ao seu redor naquele momento. Ao invés de reagir, ela age. A diferença entre ação e reação é que a reação é condicionada e automática, enquanto a ação consciente é pura, espontânea e está em sintonia com a realidade presente.

Quando a mente está alerta e receptiva é possível aprender muito de nossos relacionamentos. Na medida em que começamos a observar a nós próprios, começamos a entender os mecanismos psicológicos da mente. Por exemplo: uma pessoa nos agride verbalmente, fala alguma coisa que não nos agrada. Se deixarmos que a mente atue automaticamente, a tendência é devolvermos a agressão. Essa é a maneira como a maioria das pessoas reage. Deixam-se contaminar pela emoção negativa e reagem de forma condicionada e não inteligente.

A maioria dos homens foi educada para não levar desaforo para a casa. Quando são alvo de alguma agressão, dão o troco sem pestanejar. Pessoas que normalmente são tranquilas não conseguem se controlar quando alguém lhes barra o caminho no trânsito, atravessando o carro na frente do seu; elas partem para a agressão verbal. Se alguém bate em seu carro, a situação se agrava. A pessoa é capaz até de se envolver em uma briga. Mais tarde ela para, reflete e chega à conclusão de que não precisa ter agido daquela forma, mas aí já é tarde, o mal já foi feito. (...)" 

(Eduardo Weaver - Revista Sophia, Ano 8, nº 31 - Pub. da Ed. Teosófica - p. 13)


segunda-feira, 24 de março de 2014

OS PLANOS SUPERIORES

"Frequentemente se diz que, no momento final, todas as almas individuais fundir-se-ão na Grande Alma, e nossos estudantes acham difícil reconciliar essa ideia com outras afirmativas que parecem implicar a permanência da individualidade, de alguma forma ou outra, mesmo nas alturas mais elevadas. O fato é que nenhuma experiência ou ideia que possamos ter no cérebro físico pode expressar as realidades gloriosas do nirvana e dos planos acima dele. Pouco sabemos daquela glória transcendente e mesmo esse pouco não pode ser colocado adequadamente em palavras. De certo modo, talvez, estejamos algo enganados ao falar de almas individuais fundindo-se na Grande Alma. Toda mônada é fundamentalmente uma centelha da tríade divina, e não pode ser fundida com aquilo do qual já faz parte. Seguramente a melhor explicação seria dizer que, à medida que se desenvolve, a centelha transforma-se em chama, torna-se cada vez mais consciente de sua unidade com o divino e, assim, o Logos pode manifestar-se mais  e mais através dela."

(C. W. Leadbeater - A Vida Interna – Ed. Teosófica, Brasília, 1996 - p.147)


DA MENTE CONDICIONADA PARA A LUZ (1ª PARTE)

"Consumimos muito tempo e energia com relacionamentos conflituosos, com pequenos problemas familiares, conflitos no trabalho, discussões desnecessárias e tarefas supérfluas e mecânicas. Nossa mente está condicionada a atuar dentro da atmosfera competitiva da vida pessoal e profissional.

Nas empresas cada vez se exige mais dos profissionais. De uma maneira geral, nossa sociedade impõe a todos os cidadãos um ritmo cada vez mais competitivo, estressante e acelerado. No lugar de trabalharem oito horas por dia, conforme previsto na maioria dos contratos de trabalho, as pessoas são induzidas a permanecerem no ambiente de trabalho oito, doze, quatorze horas por dia, e acabam não tendo tempo para si próprias nem para suas famílias. É comum a sensação de que não conseguimos fazer tudo que se espera de nós e nos sentimos insatisfeitos, desanimados, com um sentimento de impotência. Percebemos que o tempo se esvai, escorrega pelas mãos, fora de nosso controle.  

Quando, depois de um dia exaustivo de trabalho, chegamos em casa à noite, estamos tão consados que não temos disposição para meditar, ler um bom livro ou refletir sobre questões essenciais. Sentamos diante da TV, numa condição passiva, absorvendo conteúdos inexpressivos e mensagens publicitárias, que acabam contaminando e condicionando nossa mente. 

Muitas pessoas chegam ao final da vida, olham para trás e sentem que não fizeram o que almejavam; que sua vida foi gasta com coisas de menor importância. Se pararmos para avaliar o nosso dia a dia de uma forma honesta, veremos que poucas coisas que fazemos podem ser consideradas realmente essenciais e importantes. Desperdiçamos um tempo enorme com atividades que poderiam ser deixadas de lado. Mas como nossa vida é muito condicionada, muito repetitiva, como nosso cérebro atua de forma mecânica, como se fosse um computador, não percebemos esse processo. (...)"

(Eduardo Weaver - Revista Sophia, Ano 8, nº 31 - Pub. da Ed. Teosófica - p. 13)