OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 11 de março de 2014

A CRUZ DE CADA UM

"Um homem ia no trem lento, poeirento e sem conforto. Ia invejando os que podiam ir de avião. Nisto, viu um que, ao Sol impiedoso, viajava montado em lerdo cavalo ossudo. E alegrou-se.

O cavaleiro, corpo doído de tantas horas no lombo do pobre animal, intimamente lamentava ser ultrapassado pelo trem, que já ia longe, se perdendo na poeira.

Meia hora depois, ainda resmungando, passou por um pobrezinho que ia a pé.

Este, no caminho duro e pedregoso, sob calor escaldante, pés inchados, músculos fatigados, ia orando. Ia agradecendo a Deus ter aquela dor nos pés, pois o desconhecido a quem de manhã ajudara, era mutilado – não tinha pés, nem para senti-los doer."

(Hermógenes - Viver em Deus – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2006, p. 145)

ANTES QUE A ALMA POSSA ERGUER-SE NA PRESENÇA DO MESTRE, SEUS PÉS DEVEM SER LAVADOS NO SANGUE DO CORAÇÃO (1ª PARTE)

"Quando o coração sangra? Evidentemente, ele sangra quando o eu da pessoa está sendo esmagado, quando a personalidade está sendo destruída. Sangrar um coração é processo de extirpar as próprias raízes de nossa existência. Que solidão maior pode haver do que aquela que surge de ser separado de si próprio?Quando o coração sangra, o corpo deve perecer. Em termos espirituais, o sangrar de um coração deve resultar no perecimento da entidade psicológica que chamamos 'ego'. Paradoxalmente, só podemos estar na presença do Mestre ou de Deus, quando tivermos cessado de existir! De acordo com a tradição oriental, não devemos entrar no Santuário sem lavar nossos pés. Isto simboliza um ato de purificação. Como pode uma alma permanecer na presença do Mestre se não está purificada? E que maior purificação pode haver do que a que surge do aniquilamento do ego? Este se cobriu de poeira através dos séculos e construiu uma entidade chamada de 'Eu'. O 'Eu' é certamente uma acumulação do passado, é o ponto focal de todas as memórias passadas. Como podemos entrar no Santuário, levando a poeira dos séculos presa a nossos pés? É a remoção dessa poeira das memórias passadas que faz o coração sangrar. Quando nos separamos de nosso próprio passado, ficamos totalmente sós. É o passado e o futuro que nos fazem companhia. Apegamo-nos firmemente a estas companhias. Não sabemos o que é solidão, enquanto elas estão conosco. É o 'presente' que constitui um momento de absoluta solidão. Mas a percepção só pode estar no presente; nunca pode estar no passado, nem no futuro. Assim, é somente quando estamos separados de nosso passado - e, portanto, de nosso futuro - que podemos 'ver' o Mestre ou a Verdade. Só podemos permanecer na presença do Mestre no momento do presente, quando estamos absolutamente solitários, tendo removido de nossos pés a poeira das memórias passadas. Tendo sido purificados devido a uma completa separação de nosso próprio passado e futuro psicológicos, estamos capacitados a permanecer na presença do Mestre. Este é, certamente, o misterioso acontecimento de que fala LUZ NO CAMINHO. (...)"

(Rohit Mehta - Procura o Caminho - Ed. Teosófica, Brasília - p. 36/37)


segunda-feira, 10 de março de 2014

UMA POSTURA POSITIVA

"Pode-se pensar na compaixão que o Dalai Lama fala como a luz da alma que encontra o caminho através dos véus de matéria e que dissipa as nuvens escuras do interesse egoísta. A mente, condicionada por muitas encarnações a promover o seu próprio interesse, cede lugar ao Eu onipresente, que nunca se separa de nada no cosmo. (...)

Tudo o que divide é contrário à lei da compaixão e da fraternidade universal. A seu próprio modo, as pessoas chegarão à verdade sobre todas as coisas no tempo devido; ninguém pode ser convertido à força. Somente a luz no interior de cada pessoa pode iluminar sua trajetória. Por isso, a compaixão não pode ser reservada apenas àqueles que acreditamos serem bons. Ela deve ser universal, não uma questão de escolha. Quando se dá prioridade à fraternidade universal e a compreender as outras pessoas, podemos testemunhar um progresso verdadeiro." 

(Radha Burnier - O cotidiano e o nirvana - Revista Sophia, Ano 2, nº 8 - p. 7)

ANTES QUE A VOZ POSSA FALAR NA PRESENÇA DOS MESTRES, DEVE TER PERDIDO O PODER DE FERIR (PARTE FINAL)

"(...) Uma experiência representa um desafio, enquanto o ser humano não a tiver definido. Um objeto ou uma experiência inanimados requerem sua apurada e constante atenção. É por um desejo de segurança que o ser humano se mostra sequioso por definir um objeto ou uma situação. É bem verdade, que sem um nome a vida social se torna impossível. (...) Nos nomes, acumulam-se todas as nossas lembranças ou associações psicológicas. Assim, à diferenciação verbal, adicionamos este fator de associação psicológica. Destarte, quando uma palavra é proferida ou um nome é pronunciado, existe todo o lastro de associações passadas ou lembranças presentes. É este lastro que se torna a fonte de nossa linguagem. Em outras palavras, nossa linguagem surge da mente condicionada por associações e memórias passadas.

Raramente dizemos uma palavra pura ou pronunciamos um nome puro. Nossas palavras e nomes são contaminados pelo toque do passado. É esta contaminação que dá a força de ferir às nossas palavras. Mesmo as palavras polidas e agradáveis, se emergirem desta mente contaminada, produzem uma sensação dissonante nos que as ouvem. Não é, portanto, a forma da linguagem o que importa, e sim, a sua origem. Tudo que brota de uma fonte pura e não contaminada, tem de ser fresco e vital e não pode causar nenhum dano. Mas a mente não contaminada está totalmente solitária, porque um contato ou apego a qualquer coisa produz contaminação. A mente  deve tornar-se incorruptível, antes de ser uma fonte de linguagem pura e não contaminada. Assim, antes que tua voz possa falar na presença do Mestre, o corruptível deve revestir-se de incorruptibilidade; a mente contaminada deve tornar-se pura e imaculada. E a mente que é pura permanece absolutamente solitária. A voz que emerge desta solidão, pode, sem dúvida, não ter nenhuma possibilidade de ferir."

(Rohit Mehta - Procura o Caminho - Ed. Teosófica, Brasília - p. 34/36)

domingo, 9 de março de 2014

TERESA DE ÁVILA - UMA SANTA PARA A NOVA ERA

"Teresa de Ávila que viveu entre 1515 e 1582, é uma santa da Nova Era porque experimentou, até um limite extraordinário, a divindade da alma. Sua mensagem é que Deus está em nós, e pode ser ouvido quando meditamos ou oramos. Seus livros ainda são usados em cursos universitários sobre literatura espanhola do século XVI, pela beleza de suas expressões e a visão que oferecem da vida naquela época. Mas eles são, acima de tudo, um tesouro da literatura universal pelas surpreendentes afirmações sobre a vida mística.

As obras de Santa Teresa (sete livros, dois tratados e 450 cartas, além de poemas variados) nunca deixaram de ser impressas desde a primeira publicação em 1588, e foram traduzidas para diversas línguas. (...)

Na verdade, Teresa morreu odiada e perseguida pela Igreja. Porém, quando seu corpo foi exumado, um ano após a sua morte, estava completamente intacto, emitindo segundo se relata, ‘um odor celestial’. Houve um imediato clamor por sua canonização.

(...) Santa Teresa foi canonizada em 1642, junto com Francisco Xavier e Ignácio de Loiola."

(Sylvia Simpson Genske - Teresa de Ávila: uma santa para a Nova Era - Revista Sophia, Ano 2, nº 7 -  p.21)