OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 10 de março de 2014

UMA POSTURA POSITIVA

"Pode-se pensar na compaixão que o Dalai Lama fala como a luz da alma que encontra o caminho através dos véus de matéria e que dissipa as nuvens escuras do interesse egoísta. A mente, condicionada por muitas encarnações a promover o seu próprio interesse, cede lugar ao Eu onipresente, que nunca se separa de nada no cosmo. (...)

Tudo o que divide é contrário à lei da compaixão e da fraternidade universal. A seu próprio modo, as pessoas chegarão à verdade sobre todas as coisas no tempo devido; ninguém pode ser convertido à força. Somente a luz no interior de cada pessoa pode iluminar sua trajetória. Por isso, a compaixão não pode ser reservada apenas àqueles que acreditamos serem bons. Ela deve ser universal, não uma questão de escolha. Quando se dá prioridade à fraternidade universal e a compreender as outras pessoas, podemos testemunhar um progresso verdadeiro." 

(Radha Burnier - O cotidiano e o nirvana - Revista Sophia, Ano 2, nº 8 - p. 7)

ANTES QUE A VOZ POSSA FALAR NA PRESENÇA DOS MESTRES, DEVE TER PERDIDO O PODER DE FERIR (PARTE FINAL)

"(...) Uma experiência representa um desafio, enquanto o ser humano não a tiver definido. Um objeto ou uma experiência inanimados requerem sua apurada e constante atenção. É por um desejo de segurança que o ser humano se mostra sequioso por definir um objeto ou uma situação. É bem verdade, que sem um nome a vida social se torna impossível. (...) Nos nomes, acumulam-se todas as nossas lembranças ou associações psicológicas. Assim, à diferenciação verbal, adicionamos este fator de associação psicológica. Destarte, quando uma palavra é proferida ou um nome é pronunciado, existe todo o lastro de associações passadas ou lembranças presentes. É este lastro que se torna a fonte de nossa linguagem. Em outras palavras, nossa linguagem surge da mente condicionada por associações e memórias passadas.

Raramente dizemos uma palavra pura ou pronunciamos um nome puro. Nossas palavras e nomes são contaminados pelo toque do passado. É esta contaminação que dá a força de ferir às nossas palavras. Mesmo as palavras polidas e agradáveis, se emergirem desta mente contaminada, produzem uma sensação dissonante nos que as ouvem. Não é, portanto, a forma da linguagem o que importa, e sim, a sua origem. Tudo que brota de uma fonte pura e não contaminada, tem de ser fresco e vital e não pode causar nenhum dano. Mas a mente não contaminada está totalmente solitária, porque um contato ou apego a qualquer coisa produz contaminação. A mente  deve tornar-se incorruptível, antes de ser uma fonte de linguagem pura e não contaminada. Assim, antes que tua voz possa falar na presença do Mestre, o corruptível deve revestir-se de incorruptibilidade; a mente contaminada deve tornar-se pura e imaculada. E a mente que é pura permanece absolutamente solitária. A voz que emerge desta solidão, pode, sem dúvida, não ter nenhuma possibilidade de ferir."

(Rohit Mehta - Procura o Caminho - Ed. Teosófica, Brasília - p. 34/36)

domingo, 9 de março de 2014

TERESA DE ÁVILA - UMA SANTA PARA A NOVA ERA

"Teresa de Ávila que viveu entre 1515 e 1582, é uma santa da Nova Era porque experimentou, até um limite extraordinário, a divindade da alma. Sua mensagem é que Deus está em nós, e pode ser ouvido quando meditamos ou oramos. Seus livros ainda são usados em cursos universitários sobre literatura espanhola do século XVI, pela beleza de suas expressões e a visão que oferecem da vida naquela época. Mas eles são, acima de tudo, um tesouro da literatura universal pelas surpreendentes afirmações sobre a vida mística.

As obras de Santa Teresa (sete livros, dois tratados e 450 cartas, além de poemas variados) nunca deixaram de ser impressas desde a primeira publicação em 1588, e foram traduzidas para diversas línguas. (...)

Na verdade, Teresa morreu odiada e perseguida pela Igreja. Porém, quando seu corpo foi exumado, um ano após a sua morte, estava completamente intacto, emitindo segundo se relata, ‘um odor celestial’. Houve um imediato clamor por sua canonização.

(...) Santa Teresa foi canonizada em 1642, junto com Francisco Xavier e Ignácio de Loiola."

(Sylvia Simpson Genske - Teresa de Ávila: uma santa para a Nova Era - Revista Sophia, Ano 2, nº 7 -  p.21)

ANTES QUE A VOZ POSSA FALAR NA PRESENÇA DOS MESTRES, DEVE TER PERDIDO O PODER DE FERIR (1ª PARTE)

"A linguagem é um dos instrumentos mais poderosos na mão do homem. Ele pode curar ou ferir os outros com a arma que possui. Muito frequentemente, nossa palavra contém um aguilhão consciente ou inconsciente. Mas o aguilhão de nossa palavra não está na própria palavra, porém, sem dúvida, na mente. A palavra em si não possui o poder de curar nem de ferir. Aquilo que é transmitido através da palavra a torna agradável ou desagradável. A palavra ou a linguagem é apenas um veículo. É a mente que lhe empresta qualidade. A palavra é um meio de comunicação. Sem ela, as relações sociais se tornariam quase impossíveis. No entanto, um meio de comunicação em si não tem nenhum significado. Aquilo que é comunicado torna a palavra ou a linguagem significativa. Todos nós usamos as mesmas palavras e seguimos as mesmas formas de linguagem e, contudo, há uma nítida diferença na qualidade do que cada uma delas transmite. É muito frequente nossa linguagem falada não possuir vitalidade em si, porém às vezes a palavra se torna intensamente viva; tal como a palavra de um amigo, pode curar a ferida que nos faz sofrer, em outra ocasião, uma palavra do mesmo amigo pode nos aprofundar a ferida. Por que acontece isso? Não é a palavra o que importa, e sim, certamente, a fonte donde emana a palavra, que é de importância fundamental: A qualidade curativa ou feridora da palavra reside na fonte e não na forma ou estilo de linguagem. 

Em nossas relações diárias com os outros, a fonte de nossa linguagem está na mente, que está condicionada pela memória de experiências passadas. Em outras palavras, o lastro condicionado da mente é a fonte donde emergem todas as nossas palavras. 

'No começo era o Verbo', diz a Escritura Cristã. No Hinduísmo, há um conceito de Shabda, Brahmã, a criação surgindo do Verbo. 'Em cima como em baixo' é a velha máxima de ouro. Indica que o que é verdade no nível macrocósmico, também o é no nível microcósmico. Assim, o mundo do ser humano surge do verbo, tal como o mundo macrocósmico surgiu do Verbo de Deus. Nosso mundo gira em torno de palavras que usamos. Ser capaz de pronunciar uma palavra com referência a uma coisa, pessoa ou situação implica, com efeito, um grande poder. Havendo proferido a palavra, ao redor dela o ser humano tece o seu próprio mundo. Proferir uma palavra é certamente o ato de nomear um objeto, uma pessoa ou uma situação. O ser humano não sente ter dominado uma coisa, enquanto não a tenha nomeado. Desde que uma experiência esteja nomeada, ele se sente completamente seguro. (...)"

(Rohit Mehta - Procura o Caminho - Ed. Teosófica, Brasília - p. 32/34)


sábado, 8 de março de 2014

O COTIDIANO E O NIRVANA

"O Dalai Lama afirmou que, mais do que tentar alcançar o nirvana, é essencial aprender a viver o tipo correto de vida. Sem um sentimento de compaixão, integridade, altruísmo, amizade e cuidado para com os outros, as metas “espirituais” não levam a lugar algum. Ele disse que ‘há muitas filosofias diferentes, mas o que é basicamente importante é a compaixão, o amor pelos outros, a preocupação com o sofrimento alheio e a redução do egoísmo. Eu sinto que o pensamento compassivo é o que existe de mais precioso. É algo que somente nós, seres humanos, podemos desenvolver. Se temos um coração caridoso e sentimentos cordiais, nós mesmos nos sentiremos satisfeitos e felizes, e nossos amigos também experimentarão uma atmosfera amistosa e pacífica. Isso vale de nação para nação e de continente a continente.’

‘O importante é que, em sua vida diária, você pratique as coisas essenciais. Nesse nível, não há quase nenhuma diferença entre o Budismo, o Cristianismo e as outras religiões. Todas enfatizam o aperfeiçoamento dos homens, um sentido de fraternidade e amor. Se considerarmos a essência, não há diferença.’

O mundo só vai mudar quando a virtude for um fator reconhecido na vida das pessoas, mas em geral as pessoas se recusam a ver isso. Elas estão concentradas em seus objetivos pessoais e egoístas, ou buscam consolo para seus problemas na realização espiritual, com o nome de moksha, nirvana ou salvação. São poucos os que estão prontos a acreditar que o modo como vivemos e nos comportamos é importante, e que se a maneira correta de viver for observada, trará a compreensão sobre o caminho a seguir na senda espiritual."

(Radha Burnier - O cotidiano e o nirvana - Revista Sophia, Ano 2, nº 8 - p. 6)