OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 6 de março de 2014

PENSAMENTO

"Interrompei-vos subitamente durante o dia e observai os vossos pensamentos nessa ocasião; o mais provável é descobrirdes que não pensáveis em coisa nenhuma – muito frequente – ou então pensáveis de modo tão vago que a impressão recebida pelo princípio mental que em vós existe seria quase nula. Quando tiverdes feito esta experiência várias vezes, o que vos ajudará a obter uma consciência cada vez mais nítida acerca de vós mesmo, principiai então a analisar os pensamentos que se acham na vossa consciência e procurai a diferença entre a sua condição à entrada e saída, isto é, o que vos haveis acrescentado a esses pensamentos durante a sua estada na vossa consciência. A vossa mentalidade tornar-se-á assim realmente ativa e começará a exercer o seu poder criador. Se formos sensatos, servir-nos-emos do seguinte processo: primeiro escolheremos os pensamentos que acharmos dignos de permanecer em nossa mente, sempre que descobrirmos um pensamento bom, consagrar-lhe-emos toda a nossa atenção, alimentá-lo-emos, fortalecê-lo-emos, faremos o possível por tornar o seu conteúdo ainda mais valioso a fim de o enviarmos para o mundo astral na qualidade de agente benfazejo. E se encontrarmos um pensamento maligno na mente, apressar-nos-emos a afugentá-lo. O resultado de só acolhermos pensamentos bons e úteis e de nos recusarmos a admitir pensamentos maus, será afluírem à nossa mente cada vez mais pensamentos bons, ao passo que os maus se abstêm de aparecer. O nosso mental, repleto de pensamentos bons e úteis, atuará como um  ímã sobre todos os pensamentos semelhantes que nos circundam; quanto aos pensamentos maus, sentir-se-ão repelidos por uma ação automática da própria mente, visto nos recusarmos obstinadamente a admiti-los. A característica do corpo mental será portanto atrair todos os pensamentos bons que erram na atmosfera e repelir todos os pensamentos perversos; submeter os bons a um processo de aperfeiçoamento, tornando-os mais ativos e assim se irá enriquecendo com o material mental acumulado deste modo, ano a ano."

(Annie Besant - O Homem e o seus corpos – Ed. Pensamento, São Paulo, 1993 -  p.90/91)


O "EU" AUTOCENTRADO (PARTE FINAL)

"(...) Ao se relacionar com as pessoas, você é capaz de perceber em si mesmo sentimentos sutis de superioridade ou inferioridade em relação a elas? Quando isso acontece, é o ego que está se manifestando, porque ele precisa da comparação para se afirmar.

A inveja é um subproduto do ego que se sente diminuído quando algo de bom aconece com alguém, quando alguém possui mais, sabe mais ou tem mais poder do que ele. A identidade do ego depende da comparação e se alimenta do mais. Ele se agarra a qualquer coisa. Quando nada funciona, as pessoas procuram fortalecer seu ego considerando-se mais injustamente tratadas pela vida, mais doentes ou mais infelizes do que os outros. (...)

O 'eu' autocentrado tem também necessidade de se opor, resistir e excluir para manter a ideia de separação da qual depende sua sobrevivência. Assim, ele coloca 'eu' contra 'os outros' e 'nós' contra 'eles'. O ego precisa estar em conflito com alguém ou com alguma coisa. Isso explica por que, apesar de você querer paz, alegria e amor, não consegue suportar a paz, a alegria e o amor por muito tempo. Você diz que quer ser feliz, mas está viciado em ser infeliz. A sua infelicidade não vem dos fatos da sua vida, mas do condicionamento da sua mente.

Você se sente culpado por algo que fez - ou deixou de fazer - no passado? Uma coisa é certa: você agiu de acordo com o nível de consciência ou de inconsciência que tinha na época. Se estivesse mais alerta, mais consciente, teria agido de outra maneira.

A culpa é outra forma que o ego tem para criar uma identidade. Para o ego não importa que essa identidade seja negativa ou positiva. O que você fez ou deixou de fazer foi uma manfiestação de inconsciência, que é natural da condição humana. Mas o ego personifica a situação e diz 'Eu fiz tal coisa' e assim cria uma imagem de si mesmo como 'ruim, falho e insuficiente'. A História mostra que os seres humanos cometeram inúmeros atos violentos, cruéis ou prejudiciais contra os outros e continuam a cometê-los. Será que todos os seres humanos devem ser condenados? Será que são todos culpados? Ou será que esses atos são apenas expressões de inconsciência, um estágio no processo de evolução do qual estamos nos libertando? (...)

Se você estabelece objetivos autocentrados na sua busca de libertação e de autovalorização, mesmo que os atinja, eles não irão satisfazê-lo. Estabeleça objetivos, sabendo porém que o mais importante não é atingi-los. Quando alguma coisa inesperada acontece, fica demonstrado que o momento presente - o Agora - não é apenas um meio para atingir um fim: cada momento do processo é importante em si. Busque seu objetivo valorizando cada passo da caminhada. Só assim você não se deixará dominar pela consciência autocentrada."

(Eckhart Toole - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 27/30)
www.sextante.com.br


quarta-feira, 5 de março de 2014

A LEI DAS LEIS

"O karma é a lei natural no sentido lato da expressão. É a Causação Universal, a Lei de Causa e Efeito. Pode-se dizer que ela forma a base de todas as leis especiais, de todas as causas e efeitos. Trata-se da lei natural em todos os seus aspectos e em todas as suas subdivisões. Não é uma lei especial, mas uma condição universal, a lei da qual dependem todas as outras leis, da qual todas as outras leis são expressões parciais. O Bhagavad Gita diz que ninguém dotado de corpo pode escapar a ela: iluminados, seres humanos, animais, vegetais, minerais, todos estão evoluindo dentro dessa lei universal. O próprio Logos encarnado num universo vem a entrar no amplo alcance dessa lei comum a toda manifestação. Enquanto cada qual estiver relacionado com a matéria, encarnado em matéria, estará sujeito à lei kármica. Um ser pode escapar ou transcender a um ou outro de seus aspectos, mas não pode, enquanto permanecer em manifestação, eximir-se dessa lei."

(Annie Besant - Os Mistérios do Karma e a sua Superação – Ed. Pensamento, São Paulo, 2001 - p.19/20)


O "EU" AUTOCENTRADO (2ª PARTE)

"(...) Ao viver através do ego, você faz do momento presente apenas um meio para atingir um fim. Você vive em função do  futuro, mas, quando atinge seus objetivos, eles não o satisfazem - ou não o satisfazem por muito tempo.

Quando você dá mais atenção ao que está fazendo do que ao resultado que quer alcançar com a sua ação, rompe o velho condicionamento autocentrado. Sua ação presente se torna não só muito mais eficaz como infinitamente mais satisfatória e gratificante.

Quase todo ego tem um pouco do que poderíamos chamar de 'identidade da vítima'. Muitas pessoas se veem de tal forma como vítimas que essa imagem se torna o ponto central de seu ego. O ressentimento e a mágoa passam a ocupar um parte essencial da visão que essas pessoas têm de si mesmas. Mesmo que suas mágoas sejam muito 'justas', ao assumir a identidade da vítima, você cria um prisão cujas grades são feitas de formas de pensar. Veja o que está fazendo com você mesmo, ou melhor: o que a sua mente está fazendo com você. Sinta a ligação emocional que você tem com sua história de vítima e perceba sua compulsão de pensar ou falar a respeito. Testemunhe o seu estado interior. Você não precisa fazer mais nada além disso. Ao perceber isso, a transformação e a liberdade virão.

Reclamar e reagir são formas preferidas da mente para fortalecer o ego. Para muitas pessoas, grande parte da atividade mental e emocional consiste em reclamar e reagir contra isso ou aquilol Procuram fazer com que os outros ou as coisas estejam 'erradas' e só elas estejam 'certas'. Estando 'certas', elas se sentem superiores e, assim, fortalecem o seu ego. No entanto, essas pessoas estão apenas fortalecendo a ilusão do ego.

Pare um pouco e pense: você tem esses padrões de comportamento? Consegue reconhecer a voz em sua mente que está sempre reclamando e apontando os outros como culpados? O 'eu' autocentrado precisa do conflito para fortalecer sua identidade. Ao lutar contra algo ou alguém, ele demonstra para si mesmo que isto sou 'eu' e aquilo não sou 'eu'. (...)"

(Eckhart Toole - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 26/27)


terça-feira, 4 de março de 2014

CULPA

"Frequentemente, ouço as pessoas dizerem que 'um pouco de culpa faz bem à alma', mas não concordo. Não estou falando sobre o remorso genuíno em relação a um erro que podemos remediar; refiro-me ao tipo de culpa autopunitiva que é acompanhada por sentimentos de baixa autoestima e inadequação.

Muitas vezes nos sentimos culpados devido a algum tipo de expectativa autoimposta sobre como deveríamos ser. Então mentimos, porque temos medo de ser punidos se dissermos a verdade. Mais tarde, nos arrependemos e sentimos culpa por termos mentido ou cometido tais erros. No íntimo, achamos que pecamos e que devemos ser punidos.

Qualquer forma de autocondenação é prejudicial à alma. A culpa não só cria desarmonia nos corpos espiritual e emocional como também está relacionada a muitos dos problemas de saúde de que sofremos."

(James Van Praagh - Em busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 55)