OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 1 de março de 2014

ELE É BOM - CRUCIFICA-O

"Amigo ignoto, ouve e escuta a mais dura lição que humanos ouvidos podem ouvir!

Depois de prestares à humanidade todos os benefícios que puderes –

Depois de lhe ofereceres em holocausto mocidade e saúde, fortuna e saber –

Depois de esgotares o derradeiro átomo de energia e extinguires, a serviço dos outros, a última luz dos teus olhos –

Depois de tudo isso, amigo ignoto, aguarda um inferno de ingratidão!

Ninguém pratica impunimente o bem – neste mundo imundo...

Ninguém planta roseiras – sem ferir as mãos nos espinhos...

Ninguém ilumina inteligências juvenis – sem ser por elas explorado quando velho.

Ninguém leva outros ao cume do ideal – sem que eles tentem despenhá-lo ao abismo.

Ninguém abre as pupilas a cegos – sem que eles, quando videntes, lhe arranquem os olhos.

Ninguém dá de comer a famintos – sem que estes quando fartos, o devorem...

Ninguém ‘atira pérolas aos porcos – sem que estes lhe metam as patas e o dilacerem’.

Ninguém abençoa crianças inocentes – sem que estas, quando adultos, o posponham a Barrabás...

Ninguém cura cegos, surdos, mudos, coxos, leprosos, aleijados – sem que estes suspendam na cruz seu benfeitor...

Ninguém ressuscita Lázaros, jovens de Naim e filhas de Jairo – sem que estes, redivivos, lhe tirem a vida...

Ninguém prega doutrinas divinas nem ensina mistérios celestes – sem que seja tachado de louco varrido ou aliado de belzebu...

Ninguém mostra aos homens o caminho da verdade e da vida – sem que os homens lhe apontem o caminho do exílio...

Convence-te disso, meu ignoto amigo:

Existe uma misteriosa lei de polarização.

Assim como ao polo elétrico positivo corresponde um polo negativo, e tanto mais negativo quanto mais positivo for aquele –

Assim como as trevas são tanto mais espessas quanto mais intensa é a luz –

Assim como às mais altas montanhas da terra correspondem os mais profundos abismos do mar –

Assim deve também aos mais insignes benefícios corresponder a mais infame ingratidão...

Desde que o Nazareno sofreu pelo maior de todos os bens todos os males – vigora essa lei estranha, esse paradoxo dos paradoxos...

Desterra, pois, de ti esse desejo impuro de justiça!

Injustiça é pão cotidiano – justiça é iguaria de festa...

Ingratidão é regra geral – gratidão é feliz exceção...

Seja tão potente a força do teu espírito, seja tão pujante a juventude de tua alma – que nenhuma ingratidão te faça ingrato!

Nenhuma derrota te faça derrotista!

Nenhuma amargura te faça amargo!

Nenhuma injustiça te faça injusto!"


(Huberto Rohden – De Alma para Alma – Ed. Martin Claret, São Paulo, 2005 – p. 161/162)
www.martinclaret.com.br


OLHANDO PARA OS DOIS LADOS (PARTE FINAL)

"(...) Há dois lados na questão do divórcio, assim como há duas possições opostas em todas as proposições, quer sejam políticas, religiosas, envolvendo relações humanas e tudo o mais. Há duas extremidades numa vareta, há o por dentro e por fora em você mesmo e em tudo o mais no universo.

Einstein formulou tudo isso sucintamente, ao dizer: 'O mundo que vemos é o mundo que somos.' Em outras palavras: seu mundo interior representa seu pensamento habitual, crenças, opiniões, imagens, condicionamento e doutrinação. Está sempre projetando seu estado mental interior nas pessoas, condições e acontecimentos. Olha para as pessoas e circunstâncias através do conteúdo de suas imagens mentais. Se olhar através dos olhos do amor e compreensão, vai descobrir um mundo diferente e também reagirá de maneira diferente às pessoas e circunstâncias.

Há duas realidades: o mundo exterior a que você reage e o mundo interior de pensamentos, sentimentos e fantasias. O segredo é conciliar os opostos e experimentar paz e serenidade. A pessoa que olha através dos olhos do ódio e ressentimento vê apenas com essa atitude da mente, seus relacionamentos com as pessoas e eventos geralmente resultam em caos, sofrimento e desespero. Se você, por exemplo, despeja uma colher de chá de tinta preta ou algum outro corante num litro de água destilada, vai colorir tudo. 

Sua consciência determina o relacionamento com o mundo exterior e com as outras pessoas. Seu estado de consciência é a maneira como pensa, sente, acredita e consente mentalmente. Essa atitude da mente é positivamente a causa de todas as suas experiências na vida. As outras pessoas reagem de maneira diferente às experiências da vida, segundo as suas atitudes, convicções e posições mentais interiores.

O seguinte ditado antigo resume tudo isso muito bem: 'O que o homem vê, assim se tornará; se estiver vendo a Deus, será Deus; será pó se vir o pó.'"

(Joseph Murphy - Sua Força Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 66/67)

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

ALÉM DAS CRISES DA VIDA

"As crises da vida são inevitáveis e compulsórias. Mas podemos escolher como responder a elas e usá-las para nosso próprio desenvolvimento e transformação. A vida está cheia de mudanças e surpresas, dor e dificuldades, fracassos e tragédias, mas devemos aprender a transcender estas circunstâncias. Como e quanto se sofre frente ao sofrimento depende de nossa própria escolha.

Como então podemos viver plenamente frente ao sofrimento, com dignidade e criatividade? Devemos compreender que não importa quantos problemas superemos, novos problemas surgirão. As crises estão sempre presentes e devemos considerá-las como um desafio e um estímulo aos aspectos da vida. Temos o poder de lidar com acontecimentos difíceis, mas infelizmente criamos nossa própria infelicidade e perdemos nossa paz mental.

Na jornada espiritual, não podemos dar nem um único passo sem paz mental. Isso também é verdadeiro no nível material, porque o ritmo da vida, as pressões e as tensões aumentam continuamente.

O segredo da paz está em utilizar corretamente os sentidos, a mente, o tempo e o dinheiro. Já que o uso ou o mau uso está em nossas mãos, devemos nos disciplinar. (...)

Pensamentos negativos podem ser expulsos da mente se a povoarmos com pensamentos positivos, como mencionado por Patañjali. Se surgir o ódio, imediatamente enchamos a mente com amor. Se aparecer o nervosismo, enchamos a mente com coragem."

(V. V. Chalam - Além das Crises da Vida - Revista Theosophia – Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 95, jan/fev/março 2006 - p.31/33)
http://www.sociedadeteosofica.org.br/


OLHANDO PARA OS DOIS LADOS (1ª PARTE)

"Uma mulher pode procurá-lo e expor as razões pelas quais deseja o divórcio. O que ela diz pode parecer plausível e lógico. Algumas horas depois o marido aparece, sem saber da visita anterior da esposa, expondo todas as razões pelas quais deseja preservar o casamento. Ele pode também parecer lógico e razoável em suas conclusões. Não é possível que ambos estejam certos, mas cada um está encarando a situação do seu ponto de vista individual.

Muitas vezes, os casais que estão pensando em divórcio informam que o conselheiro conjugal disse-lhes que deviam se ajustar à realidade. Mas sentem-se confusos com a palavra realidade, que é relativa e baseada na atitude da pessoa em relação à vida em geral. Há a Realidade Divina, por exemplo, que se relaciona com o Ser Imutável chamado Deus, que nunca muda. Mas o mundo em que vivemos está constantemente mudando seus padrões, costumes e modo de viver. 

O que o casal antes mencionado realmente está querendo é paz, harmonia, amor, compreensão e boa vontade. Se ambos rezarem sinceramente por tais coisas, irão ser profundamente atraídos um para o outro ou encontrarão a sua felicidade mais elevada, separados. A Inteligência Infinita resolverá o problema para eles. (...)"

(Joseph Murphy - Sua Força Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 66)

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

QUAL O NOSSO DEVER?

"No início do Bhagavad-Gita, Arjuna fica perplexo perante seu dever, e por isso é incapaz de agir. Finalmente, após seu diálogo com Sri Krishna, vê com mais clareza e a ação se torna possível.

Um amigo meu não gostava do Bhagavad-Gita porque dizia ser pacifista! É claro que todos compreendemos que a história do Kurukshetra não deve ser aceita literalmente para justificar a guerra, mas simbolicamente, no sentido de que dita ‘guerra’ não é contra nossos parentes, nossos amigos, nossos instrutores ou quaisquer outras pessoas, ou mesmo contra nossos inimigos, se tivermos algum, mas contra as tolas e destrutivas tendências que cultivamos. Todos nós, cedo ou tarde, iremos encarar nosso Kurukshetra!

E muitas vezes não sabemos ou não queremos saber qual é o ‘inimigo’ dentro de nós, e assim, se formos sinceros, ficaremos como Arjuna, indecisos e perplexos quanto a nosso dever, e talvez façamos algo tolo ou não façamos nada, quando tivermos que agir.

A palavra ‘dever’, como as palavras ‘disciplina’ e ‘sacrifício’, não agrada aos que pensam mais em seus direitos do que em seus deveres! Mas, num sentido mais profundo, o que é o dever? Não é o que chamamos de nosso ‘Dharma’, um dos diversos sentidos desta palavra?

Nosso Dharma pode ser nosso papel na vida, por exemplo, ser membro de uma família ou ser empregado ou empregador. Mas qual é o nosso Dharma num caso específico? Apenas nós podemos saber, e o que pensamos que sabemos depende do nível de nossa consciência."

(Mary, Anderson - Qual é nosso Dever - Revista Theosophia – Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 95, jan/fev/março 2006 - p.22)
http://www.sociedadeteosofica.org.br/