OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

OLHANDO PARA OS DOIS LADOS (1ª PARTE)

"Uma mulher pode procurá-lo e expor as razões pelas quais deseja o divórcio. O que ela diz pode parecer plausível e lógico. Algumas horas depois o marido aparece, sem saber da visita anterior da esposa, expondo todas as razões pelas quais deseja preservar o casamento. Ele pode também parecer lógico e razoável em suas conclusões. Não é possível que ambos estejam certos, mas cada um está encarando a situação do seu ponto de vista individual.

Muitas vezes, os casais que estão pensando em divórcio informam que o conselheiro conjugal disse-lhes que deviam se ajustar à realidade. Mas sentem-se confusos com a palavra realidade, que é relativa e baseada na atitude da pessoa em relação à vida em geral. Há a Realidade Divina, por exemplo, que se relaciona com o Ser Imutável chamado Deus, que nunca muda. Mas o mundo em que vivemos está constantemente mudando seus padrões, costumes e modo de viver. 

O que o casal antes mencionado realmente está querendo é paz, harmonia, amor, compreensão e boa vontade. Se ambos rezarem sinceramente por tais coisas, irão ser profundamente atraídos um para o outro ou encontrarão a sua felicidade mais elevada, separados. A Inteligência Infinita resolverá o problema para eles. (...)"

(Joseph Murphy - Sua Força Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 66)

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

QUAL O NOSSO DEVER?

"No início do Bhagavad-Gita, Arjuna fica perplexo perante seu dever, e por isso é incapaz de agir. Finalmente, após seu diálogo com Sri Krishna, vê com mais clareza e a ação se torna possível.

Um amigo meu não gostava do Bhagavad-Gita porque dizia ser pacifista! É claro que todos compreendemos que a história do Kurukshetra não deve ser aceita literalmente para justificar a guerra, mas simbolicamente, no sentido de que dita ‘guerra’ não é contra nossos parentes, nossos amigos, nossos instrutores ou quaisquer outras pessoas, ou mesmo contra nossos inimigos, se tivermos algum, mas contra as tolas e destrutivas tendências que cultivamos. Todos nós, cedo ou tarde, iremos encarar nosso Kurukshetra!

E muitas vezes não sabemos ou não queremos saber qual é o ‘inimigo’ dentro de nós, e assim, se formos sinceros, ficaremos como Arjuna, indecisos e perplexos quanto a nosso dever, e talvez façamos algo tolo ou não façamos nada, quando tivermos que agir.

A palavra ‘dever’, como as palavras ‘disciplina’ e ‘sacrifício’, não agrada aos que pensam mais em seus direitos do que em seus deveres! Mas, num sentido mais profundo, o que é o dever? Não é o que chamamos de nosso ‘Dharma’, um dos diversos sentidos desta palavra?

Nosso Dharma pode ser nosso papel na vida, por exemplo, ser membro de uma família ou ser empregado ou empregador. Mas qual é o nosso Dharma num caso específico? Apenas nós podemos saber, e o que pensamos que sabemos depende do nível de nossa consciência."

(Mary, Anderson - Qual é nosso Dever - Revista Theosophia – Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 95, jan/fev/março 2006 - p.22)
http://www.sociedadeteosofica.org.br/


TEMPESTADES BENÉFICAS

"Antes...

Era tão pesada a atmosfera, que mal se podia respirar...

Fatigava-me o menor dos trabalhos - cansava-me o mais ligeiro esforço.

Conglobou-se então no firmamento sinistro bulcão...

Fuzilaram coriscos, ribombaram trovões, uivaram vendavais...

Redemoinharam no espaço incinerado cadáveres de folhas dispersas...

Torrentes desceram em fios de cristal das nuvens noturnas...

Fragoroso dilúvio ameaçava afogar o planeta...

Depois...

Serenaram os espaços revoltos...
Morreram as serpentes de fogo...
Cessaram as águas, calaram-se os ventos...
Ah! quão leve e refrigerante é o ar!
Dilatam-se os pulmões, sorvendo o ozone do espaço...
Suave carícia para os nervos e a pele, esse ambiente juvenil...
Vigoroso alimento para o sangue o oxigênio a flux...
Não estranhes, minh’alma, se tempestades cruéis te rasgarem a vida!
Se raios e trovões te acordarem de indolente tepidez!
Se veementes terremotos te abalarem o ser!
Se subitâneo vendaval arrebatar folhas secas de tua vida...
É necessário que se renove a atmosfera do espírito...
Que novas ideias fuzilem pelo espaço do teu universo...
Que forças cósmicas sacudam, de vez em quando, teu íntimo ser...
Que torrentes celestes te lavem da poeira da estrada...
Que elementos de mundos ignotos vitalizem o ar depauperado...
Que energias do além ozonizem o espaço asfixiante...
Sê fiel a ti mesma, minh’alma – e tempestades alguma te roubará o que é teu!
A adversidade será tua grande amiga e aliada – em demanda às alturas...
Só compreende a vida quem a vida viveu...
Só viveu a vida quem a vida sofreu...
Só é teu, minh’alma, o que, vivendo e sofrendo, compreendeste...
Não é teu o que viste e ouviste...
Não é teu o que pensaste e estudaste...
Não é teu o que decoraste e sabes repetir...
Só é teu o que submergiu nas profundezas do teu ser...
O que vibra nas pulsações do teu coração...
O que rejubila nas alegrias do teu espírito...
O que soluça nas tristezas de tua alma...
O que geme nas agonias da incompreensão...
Teu, intimamente teu, é somente aquilo que feroz tempestade provou – e não te roubou...”

(Huberto Rohden – De Alma para Alma – Ed. Martin Claret, São Paulo, 2005 – p. 59/60)


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

LEI DIVINA

"A Lei nada mais é senão a vontade do Divino, e o Divino deseja a sua felicidade. A Lei apenas constitui a expressão do perfeito e somente na perfeição pode-se encontrar alegria e paz. Embora as rodas continuem girando de forma imutável, o próprio coração do Universo é amor. Alguns de nós obtivemos vislumbres desta unidade, vimos que o amor e a justiça são um e que a injustiça e a crueldade são idênticas. Portanto, olhando para o Universo,  às vezes descobrimos que, em virtude de a Lei ser imutável, ela nos eleva ao invés de nos destruir.

Ralph Waldo Emerson ensinou a mesma lição. Em um de seus maravilhosos ensaios, ensinou a grande verdade de que a Natureza apenas se afigura cruel quando a ela nos opomos: ela é seu auxiliar mais forte quando você a ela se une. Pois toda Lei que o aniquila quando você a ela se opõe eleva-o quando você a ela se une. Toda a força que está contra você, enquanto você não acompanha a Lei, estará do seu lado quando você tornar-se uno com ela. Emerson lhe diz para atrelar sua carruagem a uma estrela, porque, então, a carruagem mover-se-á com toda a força do planeta sobre você. Não será um destino maior sofrer até que aprendamos a Lei do que dela escapar e permanecer na ignorância, já que é a Lei que por fim nos trará o triunfo? A Natureza é conquistada pela obediência; o Divino é encontrado em uma unidade de justiça e amor."

(Annie Besant - A Vida Espiritual – Ed. Teosófica, 1991 - p. 112/113)

MERGULHE A MENTE NA MEDITAÇÃO

"Ao sentar-se para meditar, esqueça tudo o mais. Treine-se de tal maneira que, ao chegar a hora da meditação, nada possa distraí-lo. A habilidade de concentrar-se com tal profundidade surge com a meditação regular. Em nossas comunidades religiosas, ninguém pode dispensar os períodos de meditação diária; a presença regular é uma regra essencial. E a razão é esta: a menos que o devoto consiga seguir essa exigência simples, não terá a autodisciplina necessária para atingir seu objetivo divino. 

Durante as atividades diárias, fique atento para não se perder na inquietação mental das coisas mundanas. Interiormente, cante o nome de Deus. Esforçe-se para manter a mente ocupada pensando em Deus. Paramahansaji chamou essa prática de 'espiritualizar' o pensamento. Pode-se conseguí-la ao guiar o pensamento . Por exemplo, quando você dispõe de uns momentos livres, não há razão para ficar indolente ou deter-se em negatividade; por que não pensar em Deus ou conversar interiormente com Ele? A presença Dele é tão plena de paz, tão maravilhosa! Uma vez formado o hábito, você vai querer estar sempre nessa consciência.

Ao espiritualizar o pensamento, gradualmente espiritualizamos nossas ações, de modo que tudo o que fazemos torna-se uma forma de meditação. Toda a nossa vida deveria ser uma contínua experiência espiritual."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 73/74)
http://www.omnisciencia.com.br/so-o-amor.html