OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

TRANSCENDER O LIMIAR DA ILUSÃO

"Enquanto você estiver submetido pela ignorância (avidya), na medida em que seja destreinado e ignorante, é-lhe impossível saborear a Bem-aventurança; você não a pode alcançar. Atado ainda se encontra pela corda trançada de três ‘pernas’ – a negra, de tamas; a vermelha, de rajas; e a branca, de sattva¹. Negue que está amarrado, e a corda cairá. Daí por diante, administre sua vida de forma tal que não cause lesão à natureza interna. Com isso, quero dizer que viva em constante consideração de seu parentesco com os outros e com o universo. Faça bem aos demais. Trate toda natureza com bondade. Fale manso e docemente. Faça-se uma criancinha sem inveja, ódio ou cobiça.

Quando seu ego transpuser as fronteiras da família ou do grupo e você tomar, com bondade, aqueles que estão além de tais fronteiras, terá então dado o primeiro passo para transcender o limiar da ilusão (maya)."

¹ O universal material (Prakritti) é formado pela interação dos três gunas (tamas – ignorância, treva, estagnação...; rajas – paixão, força, agitação, violência...; sattva – harmonia, luz, santidade...), que se entrelaçam com as três ‘pernas’ que formam uma corda. (...)

(Sathya Sai Baba – Sadhana O Caminho Interior – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 – 152)


O PRINCÍPIO DA POLARIDADE

‘Tudo é Duplo; tudo tem polos; tudo tem o seu oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau. Os extremos se tocam; todas as verdades são meias-verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados’ (O Caibalion)

"Este Princípio encerra a verdade: tudo é duplo; tudo tem dois polos; tudo tem o seu oposto, que formava um velho axioma hermético. Ele explica os velhos paradoxos, que deixaram muitos homens perplexos, e que foram estabelecidos assim: A tese e a Antítese são idênticas em natureza, mas diferentes em grau; os opostos são a mesma coisa, diferindo somente em grau; os pares de opostos podem ser reconciliados; os extremos se tocam; tudo existe e não existe ao mesmo tempo; todas as verdades são meias-verdades; toda verdade é meio-falsa; há dois lados em tudo, etc., etc. (...) Por exemplo: o Calor e o Frio, ainda que sejam opostos, são a mesma coisa, e a diferença que há entre eles consiste simplesmente na variação de graus dessa mesma coisa. (...)

O Princípio de Polaridade explica estes paradoxos e nenhum outro Princípio pode excedê-lo. O mesmo Princípio opera no plano mental. Permitiu-nos tomar um exemplo extremo: Amor e o Ódio, dois estados mentais em aparência totalmente diferentes. (...)

Muito de vós que ledes estas linhas, tiveram experiências pessoais de transformação do Amor em Ódio ou do inverso, quer isso se desse com eles mesmos ou com outros. Podeis pois tornar possível a sua realização, exercitando o uso da vossa Vontade por meio das fórmulas herméticas. Deus e o Diabo, são, pois, os polos da mesma coisa, e o Hermetista entende a arte de transmutar o Diabo em Deus, por meio da aplicação do Princípio da Polaridade. Em resumo, A Arte de Polaridade fica sendo uma fase da Alquimia Mental, conhecida e praticada pelo antigos e modernos Mestres Hermetistas. O conhecimento do Princípio habilitará o discípulo a mudar sua própria Polaridade, assim como a dos outros, se ele consagrar o tempo e o estudo necessário para obter o domínio da arte."

(Três Iniciados - O Caibalion: estudo da filosofia hermética do antigo Egito e da Grécia – Ed. Pensamento, São Paulo, 2006, p. 24/25)


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

CONEXÃO INTERROMPIDA

"A Terra pode ser pequena, mas tem lugar para todos. Porém, no mundo que criamos, nós não damos espaço para os outros, para suas crenças, seu direito de viver com dignidade. Tentamos erradicar tudo aquilo que não parece conveniente para nós. Serão as nossas crenças tão importantes que preferimos matar os outros a lhes dar espaço?

Houve muita violência em cada estágio da história do homem. Mas os atos de violência do homem moderno têm consequências muito mais abrangentes, porque são perpetrados em massa.

O homem está se afastando da totalidade da vida. Partindo do pressuposto de que o ser humano tem mais direitos que as outras espécies, ele se desconectou do esquema das coisas. Uma vez que a conexão foi interrompida, suas ações não podem deixar de ser violentas para si mesmo e para o meio ambiente.

Nós conhecemos a arte de matar, mas não a arte de viver, de coexistir em harmonia e paz. Precisamos de uma ética global para não causar dor a qualquer ser vivo, para respeitar, conservar e cuidar da vida. Só podemos obter essa ética através da humildade, percebendo que somos apenas uma minúscula parte do movimento da vida – e que toda parte, por minúscula que seja, é tão importante quanto qualquer outra.

A violência surgiu porque o homem perdeu sua ligação com a vida. O modo não-violento de viver é aquele que encoraja a diversidade – cultural, biológica, de opiniões, de crenças e de modos de pensar. Em suma, é aquele no qual tudo coexiste."

(Sonal Murali - O modo de vida não-violento - Revista Sophia, Ano 1, nº 4, p. 7)


O PRINCÍPIO DA VIBRAÇÃO

‘Nada está parado; tudo se move;
 Tudo vibra’ (O Caibalion)

"Este Princípio encerra a verdade de que tudo está em movimento: tudo vibra; nada está parado; fato que a Ciência moderna observa, e que cada nova descoberta científica tende a confirmar. E contudo este Princípio hermético foi enunciado há milhares de anos pelos Mestres do antigo Egito.

Este Princípio explica que as diferenças entre as diversas manifestações de Matéria, energia, Mente e Espírito, resultam das ordens variáveis de Vibração. Desde O TODO, que é Puro Espírito, até a forma mais grosseira da Matéria, tudo está em vibração; quanto mais elevada for a vibração, tanto mais elevada será a posição na escala. A vibração do Espírito é de uma intensidade e rapidez tão infinitas que praticamente ele está parado, como uma roda que se move muito rapidamente parece estar parada. (...)

O conhecimento deste Princípio, com as fórmulas apropriadas, permite ao estudante hermetista conhecer as suas vibrações mentais, assim como também a dos outros. Só os Mestres podem aplicar este Princípio para a conquista dos Fenômenos Naturais, por diversos meios. ‘Aquele que compreende o Princípio de vibração alcançou o cetro do poder”, diz um escritor antigo."

(Três Iniciados - O Caibalion: estudo da filosofia hermética do antigo Egito e da Grécia – Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 23)


terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

PALCO DA VIDA


"O espaço entre nascer e morrer terá que ser preenchido com a representação de um drama, que traz como título ‘VIDA’.

Uns desempenham o papel de palhaços, mas como verdadeiros Artistas; outros, querendo ser Artistas, desempenham seus papéis como verdadeiros palhaços.

Na mesma exibição há mendigos que representam o papel de verdadeiros Reis, e há Reis que representam o papel como verdadeiros mendigos.

E assim continua o drama, cujos personagens vão mudando de tempos em tempos, mas a comédia, e suas variações dramáticas, é sempre a mesma. Os artistas desaparecem misteriosamente, um por vez, sendo que a última exibição de cada um é sempre a mesma – o encerramento das cortinas sobre a cena cujo nome é ‘MORTE’; algumas flores e um adeus de saudade.

A desconhecida sequência ficará na esperança oculta de enigmas misteriosos, que se processam na existência do Infinito.

E assim é o eterno drama da humanidade e dos séculos, que é exibido no ‘PALCO DA VIDA’."

(R. Stanganelli – A Essência do Otimismo – Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 – p. 108)