OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A VIDA ESPIRITUAL NO MUNDO (1ª PARTE)

"Uma reclamação que constantemente ouvimos de pessoas sérias e zelosas contra as circunstâncias de suas vidas é talvez uma das mais fatais: se as minhas circunstâncias fossem diferentes do que são na realidade, quanto mais eu poderia realizar; se apenas não estivesse tão envolvido nos negócios, tão preso a ansiedades e cuidados e tão ocupado com o trabalho mundano, então eu seria capaz de ter uma vida mais espiritual.

Ora, isto não é verdade. Nenhuma circunstância pode jamais favorecer ou frustrar o desenvolvimento da vida espiritual. A espiritualidade não depende do meio; depende da atitude da pessoa em relação à vida.

Gostaria de mostrar-lhe o caminho que o mundo poderia tomar para servir à espiritualidade ao invés de encobri-la, como, com frequência, o faz.

Se as pessoas não compreendem a relação entre o material e o espiritual; se separam um do outro como incompatíveis e hostis; se colocam a vida do mundo de um lado e a vida do espírito de outro, como rivais, antagonistas e inimigas, então a natureza premente das ocupações mundanas, os poderosos choques do ambiente material, o constante fascínio da tentação física e a ocupação do cérebro por cuidados físicos, todos esses fatores podem tornar irreal a vida do espírito. Afiguram-se como única realidade, e nós precisamos encontrar alguma forma de alquimia ou mágica, por meio da qual a vida do mundo poderá ser vista como irreal, e a vida do espírito, a única realidade. Se pudermos fazer isto, a realidade expressar-se-á através da vida do mundo, e essa vida tornar-se-á seu meio de expressão e não uma venda sobre os olhos, uma mordaça a paralisar a respiração. (...)"

(Annie Besant - A Vida Espiritual – Ed. Teosófica, Brasília, 1992 - p. 13)


domingo, 2 de fevereiro de 2014

CLAREZA ESPIRITUAL

"Aquele pelo qual Brahman não é conhecido, O conhece;
mas aquele pelo qual ELE é conhecido não O conhece. ELE não é conhecido
por aqueles que O conhecem; ELE é conhecido por aqueles que não O conhecem.

Devemos notar que a condição de desconhecimento não é um estado de inércia. A consciência de não conhecer surge no despertar de todo o conhecimento que a mente adquiriu. A mente que sabe o que é explicado, mas não é ciente daquilo que permaneceu inexplicável, é uma mente ignorante. Em tal mente surge a vaidade do falso conhecimento. Uma vez que aquilo que é explicado não pode jogar luz naquilo que permaneceu não-explicado, o homem de dito conhecimento é destituído de verdadeiro conhecimento. O verso acima diz – e acertadamente – que aquele que diz que conhece, não conhece, enquanto que aquele que diz que não conhece, realmente conhece, pois ele conhece a falsidade de seu próprio conhecimento. Tendo examinado o que é explicado e tendo se tornado consciente do que permaneceu inexplicável, o investigador declara que não conhece. Quando o inexplicável não pode ser proclamado em termos do explicado, então realmente, o investigador, com toda honestidade, deve afirmar que de fato não conhece. A mente que pode declarar que não sabe está, por essa própria declaração, no limiar do conhecimento. A sabedoria inicia onde a mente se torna consciente da falsidade do conhecimento que adquiriu. A mente aberta é aquela que é consciente do que o conhecimento explicou e ao mesmo tempo ciente do que o conhecimento não explicou."

(Rohit Mehta - O chamado dos Upanixades - Ed. Teosófica, Brasília, 2003 - p. 40)


PROCURE E ACHAREIS...

"2. Quem procura, não cesse de procurar até achar; e, quando achar, ficará estupefato; e, quando estupefato, ficará maravilhado – e então terá domínio sobre o Universo.

Comentário: Repetidas vezes, nos quatro Evangelhos, Jesus insiste: ‘Procure e achareis...’ Também em outros documentos encontramos a insistência no procurar: ‘Quem procura, não desista até que ache, e depois de achar ficará estupefato, e, maravilhado, achará o Reino, e, depois de achá-lo, terá domínio sobre o Universo’.

A vida do ego humano é como a periferia de uma roda a girar: quanto mais no exterior, tanto maior é o movimento e menor a força; mas, quando o homem entra no eixo da roda, cessa o movimento, porque no centro há força sem movimento, energia tranquila. Na periferia há quantidade no tempo e no espaço; no centro há qualidade no Eterno e no Infinito. Vida empírico-analítica lá fora – vida intuitiva cá dentro.

Procurar rumo à periferia acaba em morte. Procurar rumo ao centro leva à vida. E esse procurar se torna tanto mais intenso quanto mais o homem se aproxima do centro. Ele sofre e goza a sua procura. Tanto mais procura quanto mais acha. Só quando possui totalmente, deixa de sofrer. Mas, enquanto não atingir o centro de si mesmo, o eixo centro do seu Ser, admira-se de que procurar a verdade seja um misto de gozo e sofrimento. Entretanto, esse homem prefere gozar sofrendo a gozar gozando, porque sente que este é o caminho certo.

Se o homem não fosse potencialmente Deus, não poderia atualmente encontrar Deus. O homem só pode procurar explicitamente o que ele é implicitamente. ‘Se o olho não fosse solar, jamais poderia ver o sol.’ (Goethe). (...)

O homem sempre satisfeito consigo, ou ainda não soletrou o a-bê-cê do seu ego, ou já ultrapassou esse ego e repousa no Eu. A transição do ego para o Eu é envolta em estupefação e admiração, porque vai em demanda de um novo mundo desconhecido. Mas, uma vez que o homem entre nesse mundo desconhecido de Deus, terá domínio sobre o Universo"”


(O Quinto Evangelho - A Mensagem do Cristo - Tradução e comentários: Huberto Rohden - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 23/24)

sábado, 1 de fevereiro de 2014

HUMILDADE

"No princípio era NADA. A necessidade de ser TUDO lançou-o como chispa divina; incolor, inovadora, insalubre, inócua, insossa. Sem passado, sem história. A lei da evolução, inclemente em seu dever, empurrou-o para baixo. Era o reino elementalmente superior, inferior e astral – e dele tudo aprendeu.

Foi ainda mais fundo. Adquiriu um corpo duro, áspero, resistente, moldado pelo fogo e esculpido pelo vento. Era uma rocha, que por um período incomensurável e de cima de sua imobilidade, assistiu ao tempo passar e a vida correr. Como tal, também tudo aprendeu. Da humildade do pó à magia do diamante. Aprendeu sobre luz, cor e formas. Não havia nada mais para fazer.

Era hora de seguir adiante. Esverdeou. De susto? Não! De clorofila. Já não era tão imóvel. Balançava-se ao vento e curvava-se sob as tempestades. Aprendeu alquimia. Alquimia? Alquimia, sim. Ao transformar luz solar, água e terra em nutrientes. Aprendeu a nascer e morrer. Aprendeu a sentir uma leve perturbação – eram os primórdios da emoção. Aprendeu a esconder os seus segredos numa semente pequenina. Aprendeu sobre a beleza. Da humildade do musgo ao esplendor do lírio. Aprendeu sobretudo a respeito de altruísmo – doando sombra, alimento, etc. Aprendeu tudo.

A lei continua a empurrá-lo. Vamos em frente, não podemos parar! E emergiu num outro reino. A princípio, timidamente. Tinha uma só célula. Depois foi ficando mais corajoso. Descobriu o ‘ir e vir’. A leve perturbação anterior ficou mais clara, mais forte, mais potente – eram o amor, o ódio, o medo. Precisou trabalhar para se relacionar. Não estava mais sozinho. Paria, caçava, amava. Desenvolveu uma sabedoria animal – o instinto. Enxergava, ouvia, saboreava, tocava e cheirava. Sua história havia transposto a fase da introdução. Estava ficando rica de experiências e de lições. Da humildade do verme à inteligência do cão. Aprendeu sobre o homem e foi a sua mais difícil lição. Por ele morreu e nele nasceu.

Pulando de reino, foi agraciado com uma mente. E sua primeira percepção foi a grande utilidade de todas as outras lições. Agora sob a ótica de uma consciência. Ganhou o privilégio da autonomia. Sua alma não era mais coletiva. Estava separado dos demais semelhantes. Apenas dele dependia sua viagem de volta a Casa. Isso era bom? Só o futuro lhe diria.

Mas o ‘pensar’ era maravilhoso, assim como o ‘criar’, o ‘descobrir’, o ‘aprender’ conscientemente. Nada havia em sua vida que o superasse. Era o maior, o melhor, o mais poderoso, o único em todo o universo que ele via.

Porém, alguma coisa o incomodava. Apesar de ser superior a tudo e todos, não tinha resposta para todas as perguntas. Neste ponto de sua viagem, fez sua mais importante descoberta. Havia algo superior que criara o próprio universo. Dele havia se originado e para Ele voltaria. Sua história seria a história Dele. Seu passado, presente e futuro seriam o passado, presente e futuro Dele. E, humildemente, reconheceu que todo o seu conhecimento, adquirido ao longo do caminho, lhe havia revelado que quase nada sabia e que havia muito a aprender."

(Ismênia Cavalcanti Azambuja – Humildade - Revista Sophia, Ano 1, nº 1 – Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 09)


GUIANDO NOSSOS FILHOS (PARTE FINAL)

"(...) 6. Lembrem-se de que as crianças estão olhando vocês – Repito: a primeira e principal maneira de ensinar alguém é pelo exemplo. Tratem-se com amor e respeito se esperam que seus filhos façam o mesmo. Vocês são o espelho em que as crianças veem refletido o mundo externo e devem demonstrar as qualidades e princípios que gostariam que as norteassem. É confuso para os filhos quando os pais dizem uma coisa e agem de maneira diferente. Depois de algum tempo, as crianças perdem a confiança neles.

7. Ensinem seus filhos a serem autoconfiantes – Uma das primeiras coisas que as crianças devem aprender é que elas vivem num mundo imperfeito. Ensinem a seus filhos que tudo o que acontece tem uma finalidade. Encorajem as crianças a usarem seu livre-arbítrio para mudar o que não gostam nelas mesmas e no que as cerca, para que o mundo possa tornar-se um lugar melhor de se viver. Deem a elas as chaves espirituais para uma vida feliz e plena.

8. Celebrem a individualidade – Desde o início, façam seus filhos acreditarem que cada um deles é único e diferente de todos os seres deste planeta. Isto não só os distingue de todas as outras pessoas como também os faz ver o mundo de uma maneira própria e exclusiva. Vocês serão capazes de ajudar a influenciar alguns aspectos do comportamento deles, mas não poderão moldá-los e formá-los exatamente da maneira que desejariam. Nunca os comparem com os outros, pois isso lhes dará a falsa noção de que as pessoas podem ser iguais. No todo, tratem seus filhos como tratariam uma flor ou uma planta. A semente da ‘personalidade’ está na criança, mas, como qualquer flor ou planta, precisa ser fertilizada, regada, protegida e cuidada. Vejam a flor desabrochar e reconheçam sua beleza. Celebrem a energia da Força Divina que todos nós compartilhamos. Com um pouco de paciência, alegria e estímulo, vejam a sua criança brilhar."

(James Van Praagh – Em busca da Espiritualidade – Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 – p.87/88)