OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 2 de fevereiro de 2014

CLAREZA ESPIRITUAL

"Aquele pelo qual Brahman não é conhecido, O conhece;
mas aquele pelo qual ELE é conhecido não O conhece. ELE não é conhecido
por aqueles que O conhecem; ELE é conhecido por aqueles que não O conhecem.

Devemos notar que a condição de desconhecimento não é um estado de inércia. A consciência de não conhecer surge no despertar de todo o conhecimento que a mente adquiriu. A mente que sabe o que é explicado, mas não é ciente daquilo que permaneceu inexplicável, é uma mente ignorante. Em tal mente surge a vaidade do falso conhecimento. Uma vez que aquilo que é explicado não pode jogar luz naquilo que permaneceu não-explicado, o homem de dito conhecimento é destituído de verdadeiro conhecimento. O verso acima diz – e acertadamente – que aquele que diz que conhece, não conhece, enquanto que aquele que diz que não conhece, realmente conhece, pois ele conhece a falsidade de seu próprio conhecimento. Tendo examinado o que é explicado e tendo se tornado consciente do que permaneceu inexplicável, o investigador declara que não conhece. Quando o inexplicável não pode ser proclamado em termos do explicado, então realmente, o investigador, com toda honestidade, deve afirmar que de fato não conhece. A mente que pode declarar que não sabe está, por essa própria declaração, no limiar do conhecimento. A sabedoria inicia onde a mente se torna consciente da falsidade do conhecimento que adquiriu. A mente aberta é aquela que é consciente do que o conhecimento explicou e ao mesmo tempo ciente do que o conhecimento não explicou."

(Rohit Mehta - O chamado dos Upanixades - Ed. Teosófica, Brasília, 2003 - p. 40)


PROCURE E ACHAREIS...

"2. Quem procura, não cesse de procurar até achar; e, quando achar, ficará estupefato; e, quando estupefato, ficará maravilhado – e então terá domínio sobre o Universo.

Comentário: Repetidas vezes, nos quatro Evangelhos, Jesus insiste: ‘Procure e achareis...’ Também em outros documentos encontramos a insistência no procurar: ‘Quem procura, não desista até que ache, e depois de achar ficará estupefato, e, maravilhado, achará o Reino, e, depois de achá-lo, terá domínio sobre o Universo’.

A vida do ego humano é como a periferia de uma roda a girar: quanto mais no exterior, tanto maior é o movimento e menor a força; mas, quando o homem entra no eixo da roda, cessa o movimento, porque no centro há força sem movimento, energia tranquila. Na periferia há quantidade no tempo e no espaço; no centro há qualidade no Eterno e no Infinito. Vida empírico-analítica lá fora – vida intuitiva cá dentro.

Procurar rumo à periferia acaba em morte. Procurar rumo ao centro leva à vida. E esse procurar se torna tanto mais intenso quanto mais o homem se aproxima do centro. Ele sofre e goza a sua procura. Tanto mais procura quanto mais acha. Só quando possui totalmente, deixa de sofrer. Mas, enquanto não atingir o centro de si mesmo, o eixo centro do seu Ser, admira-se de que procurar a verdade seja um misto de gozo e sofrimento. Entretanto, esse homem prefere gozar sofrendo a gozar gozando, porque sente que este é o caminho certo.

Se o homem não fosse potencialmente Deus, não poderia atualmente encontrar Deus. O homem só pode procurar explicitamente o que ele é implicitamente. ‘Se o olho não fosse solar, jamais poderia ver o sol.’ (Goethe). (...)

O homem sempre satisfeito consigo, ou ainda não soletrou o a-bê-cê do seu ego, ou já ultrapassou esse ego e repousa no Eu. A transição do ego para o Eu é envolta em estupefação e admiração, porque vai em demanda de um novo mundo desconhecido. Mas, uma vez que o homem entre nesse mundo desconhecido de Deus, terá domínio sobre o Universo"”


(O Quinto Evangelho - A Mensagem do Cristo - Tradução e comentários: Huberto Rohden - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 23/24)

sábado, 1 de fevereiro de 2014

HUMILDADE

"No princípio era NADA. A necessidade de ser TUDO lançou-o como chispa divina; incolor, inovadora, insalubre, inócua, insossa. Sem passado, sem história. A lei da evolução, inclemente em seu dever, empurrou-o para baixo. Era o reino elementalmente superior, inferior e astral – e dele tudo aprendeu.

Foi ainda mais fundo. Adquiriu um corpo duro, áspero, resistente, moldado pelo fogo e esculpido pelo vento. Era uma rocha, que por um período incomensurável e de cima de sua imobilidade, assistiu ao tempo passar e a vida correr. Como tal, também tudo aprendeu. Da humildade do pó à magia do diamante. Aprendeu sobre luz, cor e formas. Não havia nada mais para fazer.

Era hora de seguir adiante. Esverdeou. De susto? Não! De clorofila. Já não era tão imóvel. Balançava-se ao vento e curvava-se sob as tempestades. Aprendeu alquimia. Alquimia? Alquimia, sim. Ao transformar luz solar, água e terra em nutrientes. Aprendeu a nascer e morrer. Aprendeu a sentir uma leve perturbação – eram os primórdios da emoção. Aprendeu a esconder os seus segredos numa semente pequenina. Aprendeu sobre a beleza. Da humildade do musgo ao esplendor do lírio. Aprendeu sobretudo a respeito de altruísmo – doando sombra, alimento, etc. Aprendeu tudo.

A lei continua a empurrá-lo. Vamos em frente, não podemos parar! E emergiu num outro reino. A princípio, timidamente. Tinha uma só célula. Depois foi ficando mais corajoso. Descobriu o ‘ir e vir’. A leve perturbação anterior ficou mais clara, mais forte, mais potente – eram o amor, o ódio, o medo. Precisou trabalhar para se relacionar. Não estava mais sozinho. Paria, caçava, amava. Desenvolveu uma sabedoria animal – o instinto. Enxergava, ouvia, saboreava, tocava e cheirava. Sua história havia transposto a fase da introdução. Estava ficando rica de experiências e de lições. Da humildade do verme à inteligência do cão. Aprendeu sobre o homem e foi a sua mais difícil lição. Por ele morreu e nele nasceu.

Pulando de reino, foi agraciado com uma mente. E sua primeira percepção foi a grande utilidade de todas as outras lições. Agora sob a ótica de uma consciência. Ganhou o privilégio da autonomia. Sua alma não era mais coletiva. Estava separado dos demais semelhantes. Apenas dele dependia sua viagem de volta a Casa. Isso era bom? Só o futuro lhe diria.

Mas o ‘pensar’ era maravilhoso, assim como o ‘criar’, o ‘descobrir’, o ‘aprender’ conscientemente. Nada havia em sua vida que o superasse. Era o maior, o melhor, o mais poderoso, o único em todo o universo que ele via.

Porém, alguma coisa o incomodava. Apesar de ser superior a tudo e todos, não tinha resposta para todas as perguntas. Neste ponto de sua viagem, fez sua mais importante descoberta. Havia algo superior que criara o próprio universo. Dele havia se originado e para Ele voltaria. Sua história seria a história Dele. Seu passado, presente e futuro seriam o passado, presente e futuro Dele. E, humildemente, reconheceu que todo o seu conhecimento, adquirido ao longo do caminho, lhe havia revelado que quase nada sabia e que havia muito a aprender."

(Ismênia Cavalcanti Azambuja – Humildade - Revista Sophia, Ano 1, nº 1 – Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 09)


GUIANDO NOSSOS FILHOS (PARTE FINAL)

"(...) 6. Lembrem-se de que as crianças estão olhando vocês – Repito: a primeira e principal maneira de ensinar alguém é pelo exemplo. Tratem-se com amor e respeito se esperam que seus filhos façam o mesmo. Vocês são o espelho em que as crianças veem refletido o mundo externo e devem demonstrar as qualidades e princípios que gostariam que as norteassem. É confuso para os filhos quando os pais dizem uma coisa e agem de maneira diferente. Depois de algum tempo, as crianças perdem a confiança neles.

7. Ensinem seus filhos a serem autoconfiantes – Uma das primeiras coisas que as crianças devem aprender é que elas vivem num mundo imperfeito. Ensinem a seus filhos que tudo o que acontece tem uma finalidade. Encorajem as crianças a usarem seu livre-arbítrio para mudar o que não gostam nelas mesmas e no que as cerca, para que o mundo possa tornar-se um lugar melhor de se viver. Deem a elas as chaves espirituais para uma vida feliz e plena.

8. Celebrem a individualidade – Desde o início, façam seus filhos acreditarem que cada um deles é único e diferente de todos os seres deste planeta. Isto não só os distingue de todas as outras pessoas como também os faz ver o mundo de uma maneira própria e exclusiva. Vocês serão capazes de ajudar a influenciar alguns aspectos do comportamento deles, mas não poderão moldá-los e formá-los exatamente da maneira que desejariam. Nunca os comparem com os outros, pois isso lhes dará a falsa noção de que as pessoas podem ser iguais. No todo, tratem seus filhos como tratariam uma flor ou uma planta. A semente da ‘personalidade’ está na criança, mas, como qualquer flor ou planta, precisa ser fertilizada, regada, protegida e cuidada. Vejam a flor desabrochar e reconheçam sua beleza. Celebrem a energia da Força Divina que todos nós compartilhamos. Com um pouco de paciência, alegria e estímulo, vejam a sua criança brilhar."

(James Van Praagh – Em busca da Espiritualidade – Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 – p.87/88)


sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

SABEDORIA

"O estudo dá cultura. A meditação dá sabedoria. A cultura enriquece o espírito. A sabedoria o eleva.

O enriquecimento do espírito o incha. Sua elevação o faz crescer, engrandecendo-o.

A inchação do espírito é vaidade, que se julga grande e vê tudo minguado em sua volta. O crescimento do espírito faz-lhe ver as coisas do alto, com discernimento.

A primeira produz distorção. A segunda acerta a perspectiva.

A cultura é acúmulo que vem de fora por justaposição. A sabedoria vem de dentro por crescimento próprio.

A cultura é adquirida nos livros pela inteligência. A sabedoria é haurida pelo coração, na natureza.

A cultura pode ser apanágio de um ignorante, tanto quanto a sabedoria pode ser coroamento de um iletrado.

Harvey foi taxado de louco quando expôs sua teoria da circulação do sangue na Academia de Medicina, Pasteur foi combatido pelos médicos por não ser médico; a Academia de Ciências de Paris classificou de chantagem a impostura o gramofone de Edison, e não tomou conhecimento do aparelho que tocava diante deles, sob a alegação de que a nobreza da voz humana jamais poderia ser reproduzida senão pelo homem. De quanto ridículo se revestem hoje essas apreciações dos doutores da ciência oficial.

Mas o homem não se emenda e teima em trilhar as mesmas estradas: dá muito valor à parte intelectual e quase nenhum ao coração.

Lamentavelmente confunde cultura com sabedoria, chamando sábios aos que apenas acumulam grossas bibliotecas em seus neurônios, sem, no entanto, assimilar em seus corações um grama de conhecimento da verdade divina, que é o amor a Deus através de seu representante visível: nosso próximo.

Precisamos ser sábios, mesmo que não possamos ter grande cultura." 

(C. Torres Pastorino - A Essência da Sabedoria - Ed. Martin Claret, São Paulo, 1998 - p. 49/50)
www.martinclaret.com.br