OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

BHAGAVAD GITA (2ª PARTE)

"(...) O Bhagavad Gita ensina que devemos ‘nivelar’ a mente; devemos encarar do mesmo modo tanto as circunstâncias favoráveis quanto as desfavoráveis. Prazer e dor, ganho e perda, honra e desonra devem ser vistos de modo semelhante. Isso pode ser alcançado com o controle dos desejos, da ira e da ganância, que são os três portais para o inferno.

Devemos tratar a todos da mesma maneira, como gostaríamos de ser tratados. Devemos julgar a felicidade e a dor dos outros com os mesmos padrões que usamos para nós mesmos. Se alguém se aproxima com um problema, você deve tentar oferecer o mesmo tipo de apoio que esperaria, se tivesse um problema semelhante.

O Bhagavad Gita enfatiza que devemos considerar o prazer e a dor de todas as criaturas como se fossem o nosso prazer e a nossa dor. Devemos nos compadecer dos outros nos momentos de dificuldade e realmente compartilhar de seus momentos de felicidade, como se fossem nossos. (...)"

(R. K. Langar - Bhagavad Gita - Revista Sophia, Ano 2, nº 5 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 44)

terça-feira, 26 de novembro de 2013

A EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES

"À medida que estudamos mais o Universo, descobrimos que suas variedades diferem em idade. (...) Este mundo não veio à luz em sua condição atual através de uma única palavra criadora. Brâhma criou o mundo lenta e gradualmente em prolongada meditação. As formas de vida vieram umas após outras. As sementes de vida foram semeadas umas após outras. Se olharmos para qualquer Universo em qualquer tempo dado, descobrimos que a variedade daquele Universo tem o Tempo como fator principal. A idade da semente em desenvolvimento assinala o estágio em que esta semente apareceu. Em um Universo, em um único e mesmo tempo, há sementes de várias idades e vários estágios de desenvolvimento. Há sementes mais jovens que os minerais, perfazendo o que chamamos de reinos elementais. As sementes em evolução chamadas de reino mineral são mais velhas que aquelas. As sementes que evoluem como reino vegetal são mais velhas que as dos minerais, isto é, elas têm um passado evolutivo mais longo atrás de si; os animais são sementes com um passado ainda mais longo, e as sementes que chamamos de humanidade têm o passado mais longo de todos estes.

Cada grande classe tem sua diversidade em relação ao seu surgimento no tempo. Assim igualmente a vida individual separada em uma pessoa - não a vida essencial, mas a vida individual e separada - é diferente da de outra, e diferimos na idade de nossas existências individuais assim como diferimos na idade de nossos corpos. A vida é uma só - uma só absolutamente; mas ela se desdobra em diferentes estágios de tempo, tomando em consideração o ponto de partida da semente que está crescendo. Devemos compreender esta ideia claramente. Quando um universo se aproxima de seu fim, haverá nele entidades em todos os estágios de crescimento. Já disse que os mundos estão interligados, e os Universos se interligam mutuamente. No início algumas entidades estarão em fases iniciais de evolução; algumas muito cedo estarão prontas para se expandir na consciência de Deus. Neste Universo, quando seu tempo de vida encerra, haverá todos os diferentes níveis de crescimento, que dependem de diferenças de tempo. Há uma só vida em todas as formas, mas o estágio de desenvolvimento de uma vida particular depende do tempo em que ela passou se desenvolvendo separadamente. Aqui compreendemos a verdadeira raiz de nosso problema - uma só vida, imortal, eterna, infinita no que tange à sua fonte e sua meta; mas esta vida se manifesta em diferentes graus de evolução e em diferentes etapas de desenvolvimento, diferentes parcelas de seu poder inerente se expressando de acordo com a idade de cada vida separada. (...)"

(Annie Besant - Dharma - Três palestras proferidas na 8ª Convenção Anual da Seção Indiana da Sociedade Teosófica, ocorrida em Varanasi (Benares), em 26, 27 e 28 de outubro de 1898, The Theosophical Publishing Society, 161 New Bond Street, W. London - p.  6/7) 


BHAGAVAD GITA (1ª PARTE)

"O Bhagavad Gita é amplamente aceito como uma das grandes escrituras da humanidade. Ele contém um apelo universal. Trata da reorganização construtiva da vida, e explica como um homem deve cumprir seus afazeres e ao mesmo tempo compreender seu destino espiritual.

A mensagem principal do Bhagavad Gita é simples: uma pessoa deve cumprir suas obrigações. Se não, incorre em erro. A ação é a lei da vida; sem ação é impossível viver.

Krishna diz que, no caminho espiritual, não é preciso renunciar à ação; as ações executadas com dedicação e atitude adequada ajudam a conduzir a mente ao conhecimento.

Quando o trabalho é feito sem motivação egoísta, torna-se uma forma de adoração. O Bhagavad Gita enfatiza que o mesmo esforço deve ser feito no trabalho para si próprio ou para os outros, e que o esforço deve ser o mesmo, independente do trabalho.

O trabalho deve ser feito com amor. Todos os deveres são igualmente importantes; quando são cumpridos sem motivações egoístas, a ação torna-se uma expressão de amor. O trabalho dedicado remove todas as impurezas da mente. (...)"

(R. K. Langar - Bhagavad Gita - Revista Sophia, Ano 2, nº 5 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 43)


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

ONDE O SENHOR PENSA QUE ESTÁ?

"Um homem morreu e viu que se encontrava em um bonito lugar, cercado de todo o conforto que se podia imaginar. Então um sujeito todo vestido de branco se aproximou dele e lhe disse: 'Você pode ter tudo o que quiser, qualquer alimento, qualquer tipo de prazer, qualquer espécie de entretenimento.'

O homem ficou encantado e, durante dias seguidos, provou de todas as iguarias e teve todas as experiências com que havia sonhado na sua vida na Terra.

Um belo dia, porém, ficou enfastiado de tudo aquilo e, chamando o atendente disse:

'Estou cansado disso tudo aqui. Preciso fazer alguma coisa. Que tipo de trabalho você pode me oferecer?'

O atendente balançou tristemente a cabeça e respondeu:

'Sinto muito, senhor. Mas isso é a única coisa que não podemos lhe oferecer. Aqui não existe nenhum trabalho para o senhor.' Ao que o homem replicou: 'Ah, isso é ótimo! Eu estaria bem melhor no inferno!'

E o atendente disse tranquilamente: 'E onde o senhor pensa que estamos?'"

(Autor anônimo - A Essência do Otimismo - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 - p. 115)
www.martinclaret.com.br


TREINANDO O DESAPEGO

"Uma maneira de cultivar o desapego é adotar a atitude de ‘nada é meu’, mas tudo me foi ‘emprestado’. Isso se aplica às nossas posses, crenças, atitudes, emoções e aos nossos relacionamentos. Todos estes são condições temporárias originárias de circunstâncias transitórias. Não são nós mesmos. A nossa verdadeira identidade está naquele centro interno de tranquilidade, de observador silencioso, de alma, que é imutável em meio a todas as mudanças da vida. Se pudermos treinar a mente e as emoções para não se apegarem a coisas externas e nem mesmo a estados internos, estaremos libertando a personalidade de todas as identificações com coisas menores e preparando o caminho para que ela se abra às influências da alma. É como vivermos em uma fluida fonte pura de água fresca ao invés de permanecermos atrapalhados com os estagnantes torvelinhos de nossos padrões de hábitos."

(Shirley Nicholson - A Vivência da Espiritualidade - Ed. Teosófica, Brasília, 1996 - p. 81/82)