OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

TREINANDO O DESAPEGO

"Uma maneira de cultivar o desapego é adotar a atitude de ‘nada é meu’, mas tudo me foi ‘emprestado’. Isso se aplica às nossas posses, crenças, atitudes, emoções e aos nossos relacionamentos. Todos estes são condições temporárias originárias de circunstâncias transitórias. Não são nós mesmos. A nossa verdadeira identidade está naquele centro interno de tranquilidade, de observador silencioso, de alma, que é imutável em meio a todas as mudanças da vida. Se pudermos treinar a mente e as emoções para não se apegarem a coisas externas e nem mesmo a estados internos, estaremos libertando a personalidade de todas as identificações com coisas menores e preparando o caminho para que ela se abra às influências da alma. É como vivermos em uma fluida fonte pura de água fresca ao invés de permanecermos atrapalhados com os estagnantes torvelinhos de nossos padrões de hábitos."

(Shirley Nicholson - A Vivência da Espiritualidade - Ed. Teosófica, Brasília, 1996 - p. 81/82)


domingo, 24 de novembro de 2013

O LONGO CAMINHO PARA A INDIVIDUALIZAÇÃO



"2 – Dentre as criaturas sensíveis é difícil alcançar o nascimento como ser humano; dentre os seres humanos, nascer homem; quando homem, ser um Brãhmana; sendo um Brãhmana, desejar seguir a senda do dharma védico e entre esses aprender verdadeiramente. Mas o conhecimento espiritual que discerne entre o Espírito e o não espírito, a realização prática da fusão com Brahmãtman e a emancipação final dos grilhões da matéria são inatingíveis, exceto por um karma de centenas de milhões de encarnações. 

COMENTÁRIO - Reflitamos sobre a imensa quantidade de seres visíveis e invisíveis que existem nos inumeráveis mundos que constituem o Universo. Como é difícil ser humano! Mas o fato de sermos seres humanos não significa que alcançamos a plenitude desse estado, que, no dizer do psicólogo Carl Gustav Jung, chegamos à ‘individualização’. Pouquíssimos são os que conseguem esse objetivo, pois a imensa maioria constitui o ‘rebanho’ que é tocado pelos acontecimentos, vive e age em função de reflexões condicionadas. Simples marionetes manipuladas pelas circunstâncias. Ainda é mais difícil ser um Brahmana, alguém que alcançou a mais elevada estatura espiritual. As quatro castas tradicionais da Índia estão vinculadas não às circunstâncias do nascimento, mas à essência do ser de cada um. Mesmo para os que sejam realmente Brahmanas há a dificuldade de desejar efetivamente seguir o dharma como expresso nos Vedas. O dharma é Lei, Ordem, Justiça. É a linha de menor resistência que, uma vez seguida, nos permite alcançar a libertação dos laços do karma. Mas o texto nos adverte da dificuldade do verdadeiro aprendizado. A fusão com a centelha suprema que está dentro de nós, o Brahmãtman, é algo de suprema dificuldade, pois depende fundamentalmente do karma de cada um. E para que isso ocorra são necessárias centenas de milhões de encarnações."

(Viveka-Chudamani - A Joia Suprema da Sabedoria - Comentário de Murillo N. de Azevedo - Ed. Teosófica, Brasília, 2011 - p. 15/16)





COMUNICAÇÃO COM DEUS

"O conhecimento sobre meditação está ligado à tradição oriental, mas a cultura ocidental e o Cristianismo também têm ensinamentos sobre o assunto. A própria oração pode ser uma prática meditativa; basta que seja realizada com esse propósito. Santo Inácio de Loyola, padre jesuíta que viveu no século XVI, escreveu um extenso manual sobre esse tema, que hoje se tornou uma referência para os cristãos que praticam a meditação.

O padre Manoel Iglesias, diretor do Centro Inaciano de Espiritualidade, subordinado à Companhia de Jesus, resume o conteúdo da obra Exercícios Espirituais, de Loyola: ‘É um livro para guiar as pessoas na busca espiritual’. Para Inácio de Loyola, a meditação é um momento privilegiado, ‘no qual a gente presta atenção ao Deus em que acreditamos. No meio da correria do cotidiano, é a pacificação para estabelecer uma comunicação com esse Deus que nos acompanha sempre."

(Jamila Gontijo - Meditação, o caminho do autoconhecimento - Revista Sophia, Ano 1, nº 3 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 07)


sábado, 23 de novembro de 2013

O MODO CORRETO DE ENCARAR A MORTE

"Pratique estas coisas e veja se o que digo não é verdade. Você pode aumentar a dor pela sensibilidade e diminuí-la pelo desapego mental. Quando perder um ente querido, em vez de desesperar-se irracionalmente, compreenda que ele foi para um plano mais elevado, segundo a vontade divina, e que Deus sabe o que é melhor. Alegre-se por ele estar livre. Reze para que seu amor e boa vontade sejam mensageiros do estímulo que você envia para ele, em seu caminho para diante. Essa atitude ajudará muito mais. Naturalmente, não seríamos humanos se não sentíssemos falta dos entes queridos mas, ao sentirmos a solidão provocada por sua ausência, não devemos permitir que apegos egoístas prendam os outros à terra. A tristeza excessiva impede que a alma que partiu continue progredindo em direção à paz e liberdade maiores.

A maioria das pessoas que hoje vive na Terra não estava aqui há cem anos. Outras estavam aqui antes de nós. E nós, que agora caminhamos pelas ruas do mundo, não estaremos aqui dentro de cem anos. Tudo terá terminado para nós e a nova geração nem se preocupará conosco. Ela sentirá, como nós agora, que o mundo lhe pertence; mas, um por um, todos também serão levados daqui. A morte deve ser boa, ou Deus não teria ordenado que acontecesse a todos. Por que viver com medo dela?

Os que temem a morte não podem conhecer a verdadeira natureza de sua alma. ‘Os covardes morrem muitas vezes antes da morte; o valente prova seu gosto só uma vez.’ O covarde vive em sua mente, repetidas vezes, um filme de dor e morte. O valente experimenta apenas a morte final, rápida e indolor. Se alguém morre de causas naturais ou é espiritualmente avançado, o corpo das sensações simplesmente adormece e, quando a consciência volta a despertar em outro plano, tem todas as sensações do corpo sem a forma física. Toda a consciência está na mente, exatamente como nos sonhos. Não é difícil imaginar isso. Quem morre apenas se desfaz do corpo físico denso, que é apenas uma forma inferior da mente e a causa de todos os problemas para a alma."

(Paramahansa Yognanda – A Eterna Busca do Homem – Self-Realization Fellowship – p. 338/339)


UMA ABORDAGEM UNIVERSAL DA ESPIRITUALIDADE

"A melhor abordagem da espiritualidade independe de denominações, e, portanto, é universal, como a ciência. Assim como não existe uma ciência indiana ou americana, existe apenas uma mente religiosa: a que alcançou o amor, a compaixão, a paz, a harmonia. Não é uma mente hindu, cristã nem budista.

A mente verdadeiramente religiosa está em busca da verdade, que ela encara como desconhecida. A ciência também encara a verdade como o desconhecido, e continuamente purifica seus modelos na tentativa de se aproximar dela. É a nossa ilusão que nos divide em diferentes comunidades religiosas. As diferentes religiões institucionalizadas são subprodutos históricos da busca espiritual do homem e precisam ser distinguidas da busca em si.

Da mesma forma, precisamos distinguir a ciência do seu subproduto, que é a tecnologia. A ciência é a busca da verdade, enquanto a tecnologia resulta do desejo humano de poder e conforto. O uso indiscriminado desse poder criou todos os problemas ecológicos que o mundo enfrenta hoje. Eles são resultado da ganância e do egoísmo do homem; não se devem à busca científica em si. A humanidade precisa continuar com as investigações científicas e espirituais, sem se envolver demais com os seus subprodutos."

(Padmanabhan Krishna - Ciência e espiritualidade - Revista Sophia, Ano 2, nº 5 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 19)