OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A VERDADEIRA ORAÇÃO

"A verdadeira oração é a contemplação de todas as coisas sagradas, em sua aplicação a nós mesmos, às nossas vidas e ações diárias, acompanhada do mais pujante e intenso desejo de tornar sua influência mais forte e as nossas vidas melhores e mais nobres, de modo que algum conhecimento delas nos possa ser concedido.Todos esses pensamentos têm de estar intimamente ligados à consciência da Essência Suprema e Divina da qual todas as coisas se originaram.

A cultura espiritual é alcançada através da concentração, e esta tem que ser continuada diariamente e exercitada a cada momento. A meditação já foi definida comoa cessação do pensamento ativo externo. A concentração é a orientação de toda a vida para um determinado fim. Por exemplo, uma mãe devotada é aquela que considera antes e sobretudo os interesses dos seus filhos em todos os seus aspectos; e não aquela que se senta para pensar fixamente todo o dia apenas em um destes aspectos. O pensamento tem o poder de se autorreproduzir, e quando a mente é mantida firmemente em uma ideia, ela se torna colorida por essa ideia, e, como pode-se dizer, todos os correlatos daquele pensamento surgem dentro da mente. É a partir daí que o místico obtém conhecimento acerca de qualquer objeto no qual ele pense constantemente em fixa contemplação. Eis a razão das palavras de Krishna: Pensa constantemente em mim; depende somente de mim, e tu certamente virás a mim. A vida é o grande instrutor; é a grande manifestação da Alma, e a Alma manifesta o Supremo. Daí todos os métodos serem bons e serem todos apenas partes do grande objetivo, que é a Devoção. A Devoção é o êxito na ação, diz o Bhagavad-Gita. Os poderes psíquicos, à medida que surgem, devem também ser usados, pois eles nos revelam leis. Mas o valor desses poderes não deve ser exagerado, nem os seus perigos ignorados. Aquele que se fia neles é como um homem que dá passagem ao orgulho e ao triunfo porque atingiu o primeiro patamar dos píncaros que ele se propôs a escalar."

(H. P. Blavatsky - Ocultismo Prático - Ed. Teosófica, Brasília, 2006 - p.66/70)


domingo, 27 de outubro de 2013

OPORTUNIDADE PRECIOSA

"Há, hoje, grupos que acreditam que ingressamos numa nova era; coisas extraordinárias vão ocorrer e a humanidade dará um passo significativo na jornada evolutiva. Porém, o mundo fornece amplas evidências de que a brutalidade, as ações bárbaras e as divisões nacionalistas são ainda a ordem do dia. A essência da compreensão teosófica referente à ética é resumida no princípio da responsabilidade. Ninguém pode nos dar força, ninguém pode nos conceder sabedoria. É uma lei fundamental da existência a de que devemos caminhar com nossos próprios pés e ver com nossos próprios olhos. O progresso real para os homens começa a ser compreendido pelo que a virtude é.

Portanto, aquele que estuda Teosofia num sentido real não alimentará ideias fantásticas, não acreditará em nenhuma forma de mudança supernatural e rápida na humanidade, causada por um agente externo. Ele consagrará sua vida, energia, tempo e esforço a colocar em prática a ética contida no Ensinamento-Sabedoria, pois um verdadeiro estudo do ensinamento teosófico revela o fato de que a vida é uma oportunidade preciosa, bem como uma tremenda responsabilidade.

A singularidade da teosofia está no fato de que ela provê diretrizes muito claras para empreendermos a jornada da transformação interior; ao avançarmos ao longo desse caminho, estaremos prestando à humanidade o maior de todos os serviços. Aqueles que vivem a vida como resultado natural de um sério estudo e compreensão teosóficos terão mais chances de alcançar a sabedoria, para preencher o mundo com compaixão, amor e beleza eterna."

(Pedro Oliveira - Virtude, o portal da sabedoria - Revista Sophia, Ano 3, nº 10 - p. 29)


A IMPORTÂNCIA DE FORTALECER OS PADRÕES MORAIS

"A casta, sem caráter, nada significa - é simples rótulo vazio. A disciplina espiritual (sadhana), sem o fundamento do caráter, é como o viajar de um homem cego. Moralidade, virtude e caráter são vitais. Sobre a base formada por eles, se o sadhana for praticado de acordo com o esquema prescrito para o caminho que se elegeu, consegue-se a vitória segura. Mas você não pode esquecer de uma advertência essencial: não deve dar lugar à indolência, somente porque o nascimento (jati) não é importante. Os padrões morais (niti) são concordes com o nascimento (jati) também;¹ e assim, para fomentá-los, a consciência de jati é valiosa, é importante. Mas, se através do mérito acumulado de nascimentos anteriores, se dispõe do tesouro da bondade e da virtude, então não se precisa ligar muita importância ao jati. Só os que praticam Yoga em nascimentos prévios, e, mesmo assim, não lograram completar o processo, nascerão com esse tipo de excelência. A principal coisa é adquirir o niti (padrão moral), que é prescrito para o jati (o nascimento); melhorar o jati com o niti e tornar-se apto e pleno, com um alto status na vida. Para avançar alguma distância no caminho do sadhana e da espiritualidade, tanto o jati como o niti ajudarão. As gunas (qualidades) devem ser sublimadas através dos dois.²"

¹ Certas pessoas supõem que, porque não nasceram na casta dos brahmanas, tendo, portanto, carência de adequadas condições, podem se negar ao sadhana. É até possível que o leitor também pense nestes termos: "Quem sou eu, que não nasci hinduísta, que não sei nada desses nomes estranhos, para dedicar-me a um sadhana?!" Swamiji alerta que mais importante que o nascimento é a base moral. É claro que aqueles que, em vidas passadas, já trabalham sobre si mesmos, já adquiriram méritos vão, neste nascimento, ter facilidades maiores, segundo a lei do Karma.
² Nascemos com a predominância de um dos três gunas: tamas - ignorância, preguiça; rajas - paixão, ambição, atividade, agitação; e sathwa - equilíbrio, inteligência, bondade. Através do sadhana, o praticante, no entanto, sublima os gunas; de tamas para rajas, de rajas para sathwa. (...) Conforme a conduta moral, se alcança bom ou mau nascimento. Inversamente, a qualidade da vida moral sofre a influência das condições inatas. Se não seguimos um sadhana, estamos condenados a um círculo vicioso. O sadhana transforma-o em círculo virtuoso.

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1989 - p. 21/22)


sábado, 26 de outubro de 2013

CORPO FÍSICO E EMOCIONAL


"O corpo físico se transforma sem cessar, substituindo continuamente as partículas imperceptíveis de que é composto, restaurando-se por um trabalho sem fim. Ora, o corpo sendo formado por nossa alimentação, por líquido, pelo ar atmosférico, por partículas dos seres animados e das coisas que nos cercam, aqui embaixo, é possível purificá-lo metodicamente, escolhendo com critério seus elementos constitutivos, e assim, fazendo dele um veículo, um instrumento cada vez mais puro, suscetível de vibrações mais sutis, e mais apto para responder aos desejos puros e pensamentos nobres e elevados. 

Eis porque o aspirante aos Mistérios era submetido, em alimentos, abluções, etc. a regras determinadas, e resguardo no tocante às pessoas e lugares por ele frequentados. 

O corpo de desejos se transforma igualmente e de maneira análoga, mas aqui os materiais expulsos ou absorvidos o são pela ação dos desejos, que tem sua origem nos sentimentos, paixões e emoções. Se estas forem grosseiras, o corpo dos desejos o é igualmente; se forem puras, o corpo de desejos torna-se sutil e muito mais sensível às influências do alto. O homem consegue purificar tanto mais este veículo superior da consciência, quanto mais dominar sua natureza inferior, esquecendo-se completamente de si mesmo nos seus desejos, sentimentos e emoções, amando o próximo com menos egoísmo e cálculo."

(Annie Besant - O Cristianismo Esotérico - Ed. Pensamento, São Paulo, 1995 - p. 137/138)


O VOO DO PÁSSARO (PARTE FINAL)

"(...) Conhecimento não é verdade. A verdade não vem do pensamento. Assim se dá o movimento em direção ao vão da porta, onde começo a olhar e ouvir. É assim que pode ocorrer a verdadeira mudança na percepção e na existência. Em Luz no Caminho (Ed. Teosófica), o Mestre diz que 'o ouvir aponta para um estado de existência e uma condição de receptividade para a verdadeira natureza das coisas'; então, a verdade floresce. Temos de ouvir com todo o nosso ser e com todo o coração. No livro Em Busca da Sabedoria (Ed. Teosófica), Sri Ram fala sobre a necessidade de uma condição de silêncio para se ouvir o que a vida tem a dizer. Só quado a mente está quieta é que a verdade é revelada.

Quando sentamos no vão da porta, estamos meditando. Quanto mais olhamos para a verdadeira natureza das coisas, menos olhamos para o que conhecemos, que está baseado na memória e na experiência prévia.

A sabedoria precisa de ação. Se somos um pássaro, fomos feitos para voar. 'No estado de liberdade, a ação está de acordo com a lei inata que, no indivíduo, é a lei de sua existência. É uma lei que sempre mantém um estado de harmonia', afirmou Sri Ram. Sabemos como voar. Sabemos como agir, como viver dentro da verdade, mas isso requer desprendimento, renúncia e tudo que pertence à natureza pessoal. Devemos abandonar a gaiola.

Sri Ram disse ainda: 'A vida brota do interior, da natureza pura e de expansão da consciência, cuja verdadeira natureza é sensibilidade.' Assim como as asas de um pássaro em voo ajustam-se à mais leve variação, também nós, quando em 'voo', somos receptivos, sensíveis, e não resistentes a qualquer vibração; estamos em sintonia. Faça uma profissão de fé. Intuitivamente você sabe o que fazer. Sabedoria é voar em liberdade. Voe!"

(Helen Steven - Revista Sophia, ano 11, nº 45 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 07)
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