OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

CAUSA E EFEITO

"Há uma lei material pela qual uma perturbação produzida pela queda de uma pedra em um lago não afeta somente as gotículas d’água com que a pedra tem contato direto, mas distribui-se por todo o lago afetando todas as suas gotas, preservando assim a unidade do lago. Caso contrário o lago se partiria em pedaços e perderia sua unidade, ou seja, deixaria de ser um lago. Assim, aquilo que afeta uma parte (a gota), afeta o todo (o lago) e vice-versa. Tudo está interligado nesse oceano de energia que é a essência da matéria.

Desta forma, a perturbação produzida pelo impacto da pedra no lago é distribuída em ondas concêntricas ao ponto de colisão até que essas ondas atinjam as margens do lago e retornem, por reflexo nas margens, ao ponto de colisão novamente. Essa é uma expressão da lei de ação e reação pela qual a relação entre as partes de um todo se mantém equilibrada. A terceira Lei de Newton, também conhecida como lei da ação e reação, rege a própria relação entre as partes de um todo, ou mesmo entre diferentes corpos, ao afirmar: ‘A cada ação sempre se opõe uma reação igual, ou seja, as ações mútuas de dois corpos, um sobre o outro, são sempre iguais e dirigidas por partes contrárias.’

Em uma linguagem mais simples diz o Apóstolo Paulo: ‘tudo o que o homem semear; isso também ele colherá.’ A lei do Karma ou da causa e efeito, pode assim ser compreendida mesmo pela mente de uma criancinha."

(Ricardo  Lindemann - A Ciência da Astrologia e as Escolas de Mistérios - Ed. Teosófica, Brasília, 2007 - p. 244)


O VOO DO PÁSSARO (2ª PARTE)

"(...) Eu sou um pequeno pássaro. O poleiro são as minhas crenças, as estruturas que me dão suporte, mas que não me permitem voar. O espelho são os meus relacionamentos - tudo em minha vida se relaciona a mim mesmo. Olho apenas para o que me agrada. O alimento é o meu conhecimento - durante algum tempo ele me sustenta. Não questiono de onde vem nem o que significa. Minha canção é a canção da vida - sempre uma parte de mim. Tentar voar é meu instinto e minha intuição. Faz parte de minha natureza voar livremente, mas a princípio não percebo o que isso significa. A princípio não inspeciono o que acontece ao meu redor, muito embora esteja ciente de que existe uma outra realidade; ela parece ser só para os outros e não me afeta.

Sri Ram disse: 'A preocupação consigo mesmo e com tudo que se quer desfrutar e possuir concentra-se naquele centro que é o eu, cujas energias deveriam estar fluindo em todas as direções. A periferia, onde o eu encontra o mundo, depois endurece, transformando-se numa concha de indiferença, excluindo tudo que a vida tem a transmitir em todas as formas.'

'Vivemos numa condição de isolamento, exceto para o que afeta nossos eus pessoais', afirmou ele. Isso é a gaiola. Nossas mentes criam nossas limitações. 'As nuvens de nosso céu mental nascem de nosso apego', afirma Sri Ram; 'a pessoa que não tenha tido sequer um vislumbre momentâneo da beleza e da natureza do céu não acreditará sequer na existência de tal coisa.' O apego é o que se interpõe no caminho da liberdade. 

A abertura da porta é um evento aparentemente ao acaso, mas torna-se um catalisador para o despertar da percepção. A porta abre-se para a possibilidade de mudança. O momento de inspiração - o outro pássaro que chega para fazer uma pergunta - é quando começo a questionar tudo. Entretanto, isso é apenas o olhar através do vão da porta. À medida que gradualmente me torno mais perceptivo, o meu alimento (conhecimento) não mais me sustenta, e já não me sinto mais feliz em minha 'gaiola'. Sri Ram disse ainda: 'Somente quando aquilo que é chamado verdade, ou seja, nossa percepção dela, deixa de satisfazer, é que se dá o início de uma busca ulterior. A ilusão chega inevitavelmente.' (...)"

(Helen Steven - Revista Sophia, ano 11, nº 45 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 06/07)


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

COMO CONTROLAR A MENTE? (PARTE FINAL)

"(...) A perspectiva pessoal é como uma chaga na mente, uma fonte de irritação. A experiência mostra que se aprendermos a ser impessoais (ou melhor, não-pessoais, porque a palavra impessoal sugere falta de sentimento, enquanto os bons sentimentos caracterizam a mente não-pessoal), descobrimos que há muito menos agitação mental. Então, há também menos necessidade de pensar em controlar a mente, porque as agitações são criadas pelas reações pessoais.

Um outro aspecto do problema aparece quando observamos a nós mesmos sem querer ser ou fazer algo. Isso resulta no abandono das trivialidades e da superficialidade. No contexto profissional uma pessoa precisa trabalhar cuidadosamente e lidar com detalhes. Mas existem incontáveis atividades superficiais da mente que não têm propósito, e que seguem em frente mecanicamente. (...)

A mente se aquieta quando seu foco de atenção passa do pessoal para o impessoal, do trivial e superficial para o real e significativo. O estado de quietude torna-se natural quando pensamos na natureza universal das experiências – dor, alegria, luta,  etc. – porque o foco muda.

H. P. Blavatsky aconselhava os estudantes de questões espirituais a reviverem constantemente as verdades universais. Como o foco muda, o interesse também muda.”

(Radha Buernier - Como manter a mente em paz - Revista Sophia nº 12 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 28


O VOO DO PÁSSARO (1ª PARTE)

"Existe uma história em tudo, e tudo numa história. Era uma vez um pequeno pássaro. Todo dia ele se sentava no poleiro de sua gaiola. Ele gostava de se olhar no espelho. Estava satisfeito com o que lhe era dado para comer. Às vezes cantava, e às vezes tentava voar. Isso é o que ele conhecia da vida. Ele via que existia algo mais fora de sua gaiola, mas era um mundo desconhecido. Via outros pássaros voando do lado de fora, mas aquilo não era ele, não era o seu mundo.

Então, um dia, deixaram a porta da gaiola aberta. Ele não pensou em atravessar. Sentia-se seguro com o que conhecia. Às vezes olhava pelo vão da porta, mas não compreendia o que via. Certo dia um pássaro parou e perguntou: 'Por que você não voa para fora da gaiola?' Ele respondeu: 'Sou feliz aqui. Sinto-me seguro.' O outro pássaro disse: "Mas não é da sua natureza ficar numa gaiola. Você é um pássaro. A verdadeira natureza de um pássaro é voar livremente.'

O pequeno pássaro, então, começou a ver as coisas com outros olhos. Passou a observar os outros voando livres do lado de fora. Ouviu a música que eles cantavam. Olhou através do vão da porta, depois olhou para a gaiola que conhecia tão bem. E questionou: 'Será que isso é tudo que existe? Será isso o que estou destinado a ser?'

Ele ficou insatisfeito. Continuou olhando para fora em busca de respostas, e então pensou a respeito de sua verdadeira natureza. Talvez fosse isso o que ele estava destinado a fazer - voar livremente. Perguntava-se: 'O que é liberdade? O que significa?' Movia-se até o vão da porta, às vezes sentava-se ali, olhava e ouvia. Começou a sentir o que pareceria ser livre, e já não estava feliz em sua gaiola. Havia sentido o frescor do lado de fora e visto o que não conseguia ver antes. Assim, dirigia-se para o vão da porta, olhava e ouvia com frequência cada vez maior. Logo parou de notar o que havia em sua gaiola, e então parou de pensar na gaiola. (...)"

(Helen Steven - Revista Sophia, ano 11, nº 45 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 05/06)


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

COMO CONTROLAR A MENTE? (2ª PARTE)

"(...) Uma das características da pessoa evoluída é que ela não é egoísta. A mente, ao contrário, é muito pessoal e está vinculada ao desejo, como rapidamente descobrimos quando observamos com cuidado as nossas reações em relação a pessoas e acontecimentos. À medida que a mente se torna mais aguçada, fica mais crítica em relação a como os outros pensam e agem. Aliás, ela tem uma enorme satisfação em encontrar algo que possa criticar ou condenar. Em um nível subconsciente, isso fortifica o ego e o seu senso de superioridade. Pode ser por isso que falar e pensar criticamente é tão comum.

Certamente é bom ser crítico, no bom sentido; isso é sinal de viveka, a faculdade do discernimento, está evoluindo, e de que o certo é visto como certo e o errado como errado. Porém, esse tipo de observação deve estar livre do elemento pessoal. O verdadeiro discernimento não produz reações que distorcem os relacionamentos. A atitude não-pessoal, ao contrário, leva a sentimentos gentis e à compreensão das lutas travadas pelos outros.

Outro exemplo é a nossa resposta a um problema de saúde, uma experiência que pode ensinar muito sobre a impessoalidade. O corpo é algo útil e deve ser cuidado, mas não devemos lhe dar importância como algo que possuímos. (…) Mas, por enquanto, o corpo é uma boa ferramenta com a qual podemos atuar no plano físico. (...)"


(Radha Buernier - Como manter a mente em paz - Revista Sophia nº 12 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 28
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