OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

COMO CONTROLAR A MENTE? (2ª PARTE)

"(...) Uma das características da pessoa evoluída é que ela não é egoísta. A mente, ao contrário, é muito pessoal e está vinculada ao desejo, como rapidamente descobrimos quando observamos com cuidado as nossas reações em relação a pessoas e acontecimentos. À medida que a mente se torna mais aguçada, fica mais crítica em relação a como os outros pensam e agem. Aliás, ela tem uma enorme satisfação em encontrar algo que possa criticar ou condenar. Em um nível subconsciente, isso fortifica o ego e o seu senso de superioridade. Pode ser por isso que falar e pensar criticamente é tão comum.

Certamente é bom ser crítico, no bom sentido; isso é sinal de viveka, a faculdade do discernimento, está evoluindo, e de que o certo é visto como certo e o errado como errado. Porém, esse tipo de observação deve estar livre do elemento pessoal. O verdadeiro discernimento não produz reações que distorcem os relacionamentos. A atitude não-pessoal, ao contrário, leva a sentimentos gentis e à compreensão das lutas travadas pelos outros.

Outro exemplo é a nossa resposta a um problema de saúde, uma experiência que pode ensinar muito sobre a impessoalidade. O corpo é algo útil e deve ser cuidado, mas não devemos lhe dar importância como algo que possuímos. (…) Mas, por enquanto, o corpo é uma boa ferramenta com a qual podemos atuar no plano físico. (...)"


(Radha Buernier - Como manter a mente em paz - Revista Sophia nº 12 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 28
www.revistasophia.com.br


APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS TEOSÓFICOS

"Compare as vidas não apenas das massas, mas também daquelas que são chamadas classes média e alta, com o que elas deveriam ser sob condições mais saudáveis e nobres, onde a justiça, a benevolência e o amor fossem supremos, ao invés do egoísmo, indiferença e brutalidade que hoje parecem reinar de maneira absoluta. Todas as coisas boas e más na humanidade têm suas raízes no caráter humano, e esse caráter é e tem sido condicionado pela cadeia interminável de causa e efeito. Mas esse condicionamento aplica-se ao futuro da mesma forma que ao presente e ao passado. O egoísmo, a indiferença e a brutalidade nunca poderiam ser o estado normal da raça – acreditar nisso seria perder as esperanças na humanidade – e isso nenhum teósofo pode fazer. O progresso somente pode ser alcançado pelo desenvolvimento das qualidades mais nobres. Ora, a verdadeira evolução nos ensina que, alterando o ambiente do organismo, podemos melhorar e alterar o organismo; e no sentido mais estrito isso é verdade em relação ao homem. Todo o teósofo, portanto, está comprometido a dar o melhor de si para ajudar, por todos os meios possíveis, todo esforço social sábio e bem direcionado que tenha como objetivo o melhoramento da condição dos pobres. Tais esforços devem ser feitos tendo em vista a emancipação social definitiva, assim como o desenvolvimento do senso do dever naqueles que agora, com tanta frequência, o negligenciam em quase todos os aspectos da vida."


(H. P. Blavatsky - A Chave para a Teosofia - Ed. Teosófica, Brasília, 1991 - p. 205)



terça-feira, 22 de outubro de 2013

COMO CONTROLAR A MENTE? (1ª PARTE)

" ‘Como controlar a minha mente?’ Todos os que se interessam pela vida espiritual já fizeram essa pergunta. A atividade constante da mente é enfadonha; ela não dá espaço para percepções mais profundas que surgem em momentos de calma. Só uma mente pacífica espelha a essência da vida, como as águas de um lago, que precisam estar calmas e claras para refletir o céu.

São muitos os buscadores que tentam meditar. Eles se esforçam para trazer a mente de volta de suas perambulações, mas ela é rebelde e sempre escapa. Isso é desanimador e traz o sentimento de que a única opção é desistir. Embora os instrutores aconselhem perseverança para subordinar a mente recalcitrante, há um ponto além do qual a pessoa sente que não consegue levar a batalha adiante. 

Portanto, vale a pena considerar seriamente se, com uma abordagem diferente, a mente pode se tornar menos excitável e mais sossegada. Krishnamurti disse: ‘Dê liberdade à mente para ela morrer.’ Mas, quando lhe damos liberdade, a experiência mostra que ela não morre; continua com uma energia frenética. Será que a estamos incessantemente alimentando com material que mantém vivo o seu frenezi? Nesse caso, descobrir qual é o combustível que inflama a mente e a mantém em atividade. (...)"

(Radha Buernier - Como manter a mente em paz - Revista Sophia nº 12 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 28)


QUATRO MÉTODOS RELIGIOSOS FUNDAMENTAIS: O MÉTODO CIENTÍFICO OU YOGA (PARTE FINAL)

"(...)  Devemos recordar que o Eu espiritual tem estado no cativeiro do corpo por séculos e séculos que não sabemos. Não se pode libertá-lo em um dia, nem a prática curta ou inconstante deste método leva alguém ao supremo estado de Bem-aventurança ou lhe dá controle sobre os órgãos internos. Isso pode requerer uma prática paciente por muito, muito tempo.

Pode-se garantir, entretanto, que a observância deste processo trará a grande alegria da consciência pura da Bem-aventurança. Quanto mais o praticamos, mais rapidamente alcançamos essa Bem-aventurança. Desejo que vocês, como buscadores da Bem-aventurança - o que todos nós somos -, tentem experimentar por si mesmos a verdade universal que está em todos e pode ser por todos sentida. Este estado não é invenção. Já está dentro de nós. Temos apenas que descobri-lo.

Até que tenham tentado esta verdade, não considerem com indiferença o que estou escrevendo. Vocês podem estar cansados de ouvir muitas teorias, que até agora não tiveram influência direta em sua vida. O que lhes digo não é teoria, mas sim verdade comprovada. Estou tentando lhes dar uma ideia do que pode realmente ser experimentado.

Eu tive a felicidade de aprender esta verdade científica sagrada com um grande santo da Índia, há muitos anos. Vocês podem se perguntar por que os estimulo a praticar este método, por que procuro atrair sua atenção para esses fatores. Estarei acaso movido por algum interesse egoísta? A essa pergunta devo dar uma resposta afirmativa. Quero dar-lhes esta verdade com a esperança de receber em troca a alegria pura de tê-los ajudado a encontrar a felicidade por havê-la praticado e experimentado."

(Paramahansa Yognanda - A Ciência da Religião - Self-Realization Fellowship - p. 71/72)

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A FLOR DE LÓTUS

"O lótus, a flor sagrada dos egípcios, como também para os hindus, é o símbolo tanto de Horus como de Bramâ. Nenhum templo do Tibet ou do Nepal deixa de apresentá-lo; e o significado desse símbolo é extremamente sugestivo. O ramo de lírios que o arcanjo oferece à Virgem Maria nos quadros da ‘Anunciação’ tem, no seu simbolismo esotérico, exatamente o mesmo significado. (...) Para os hindus, o lótus é o emblema do poder produtivo na Natureza, pela ação do fogo e da água (o espírito e a matéria) (...) folhas perfeitamente formadas, formas miniaturais daquilo em que, como plantas perfeitas, elas se transformarão um dia; ou, como diz o autor de The Heathen Religion – ‘a natureza nos dá assim um espécime da pré-formação das suas produções’; acrescentando que ‘a semente de todas as plantas fanerógamas que trazem flores propriamente ditas contêm um embrião de plantas já formado’.

Para os budistas, ele tem a mesma significação. Mahâ-Mâyâ ou Mahâ-Devî, a mãe de Gautama Budha, deu à luz o seu filho anunciado pelo Bodhisattva (o espírito de Budha), que apareceu ao pé do seu leito com um lótus em sua mão. Assim, também, Osíris e Horus são representados pelos egípcios constantemente em associação com a flor de lótus.

Todos esses fatos tendem a provar o parentesco deste símbolo nos três sistemas religiosos – hindu, egípcio e judaico-cristão."

(H. P. Blavatsky - Ísis Sem Véu - Ed. Pensamento, volume I, p. 174)