OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 8 de outubro de 2013

MORTE

"Um dos resultados práticos mais importantes de uma profunda compreensão da verdade teosófica é a completa mudança que ela necessariamente provoca em nossa atitude com relação à morte. Não podemos calcular a vasta quantidade de dor verdadeiramente desnecessária, de terror e de miséria que a humanidade em conjunto tem sofrido, devido simplesmente à sua ignorância e superstição com respeito a esse assunto chamado morte. Há entre nós uma quantidade enorme de crenças falsas e tolas a esse respeito, que causaram um mal indizível no passado e que estão causando um sofrimento indescritível atualmente; sua erradicação seria um dos maiores benefícios que se poderia oferecer à espécie humana.

Esse benefício é imediatamente conferido pelo conhecimento teosófico àqueles que, por causa de seu estudo de filosofia em vidas passadas, acham-se agora capazes de aceitá-lo. Ele imediatamente retira da morte todo o seu terror e muito da dor, e nos permite vê-la em sua verdadeira proporção, entendendo o seu lugar no esquema da nossa evolução."

(C. W. Leadbeater - Introdução à Teosofia - Ed. Teosófica, Brasília, 2010 - p. 53/54)


DESAPEGO - PRIMEIRO PASSO DA DISCIPLINA ESPIRITUAL

"O sinal primeiro da vida espiritual é o desapego (vairagyam). Se você não tem vairagyam é um analfabeto, em se tratando de cultura espiritual. Vairagyam é o a-bê-cê do sadhana, e deve tornar-se forte bastante para fazer você vencer o cativeiro da sensualidade. Apenas poucos minutos de reflexão convencerá qualquer um da futilidade das riquezas, da fama e da felicidade terrena. Quando você é rico, todos o elogiam. Quando o poço está cheio, centenas de sapos coaxam em torno; quando vazio, ninguém o procura. Se o cadáver exibe algumas joias, o provérbio alerta, muitos se apresentam como parentes; se não tem qualquer valor sobre si, nenhuma pessoa virá para o prantear. Pondere quando estiver depositando importâncias maiores em sua conta bancária. Pense se não estará também acumulando problemas para si mesmo e para seus filhos, criando para estes maiores dificuldades para viverem uma vida limpa, tranquila e honrada. Quando você se empenha em conquistar uma fama insignificante, por tortuosos meios, lembre-se daqueles poucos que, dentre muitos de seus patrícios hoje são honrados, e por que o são. Não vê que somente aqueles que abandonam, renunciam, e trilham o caminho mais árduo para a realização de Deus, renunciando à estrada mais larga da vida mundana, são honrados em toda parte?*

Acate os sopros do destino, todos os infortúnios e misérias, como o ouro que aceita o cadinho, o martelo e a bigorna, a fim de assumir a forma de uma joia, ou como a cana dando boas-vindas ao cutelo, à moenda, ao fervedor, ao tacho, ao espalhador e ao secador, tanto que seu dulçor possa ser preservado e por todos utilizado como açúcar. Os Pandavas nunca vacilaram quando sobre eles caíram desastres, Ficavam felizes, pois as tribulações ajudavam-nos a relembrar Krishna, e eles O evocavam. Bhishma estava em lágrimas sobre seu leito formado de setas, perto de morrer,** e Arjuna perguntou-lhe por que, e ele respondeu: 'Estou vertendo lágrimas por que os sofrimentos que os Pandavas padeceram perpassaram por minha mente.' Depois disse: 'Isto ocorreu por ensinar uma lição à Kaliyuga*** - nunca busque poder, posição ou riqueza, mas submeta ao Senhor sua vontade, de uma forma totalmente resignada, tanto que possa sempre estar feliz e inabalável.'

O Senhor acorre para o bhakta (devoto) mais rápido do que este para Ele. Ele dá cem passos para você****: É mais que mãe e pai. Ele o nutrirá a partir do centro de você, conforme salvou e nutriu tantos santos que nele depositaram fé."

* "Entrai pela porta estreita pois larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz para perdição e são muitos os que entram por ela, porque estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela" (Mateus 7:13-14).
** Bishma - figura humana veneranda central na batalha de Kurukshetra. Embora lutando do lado do inimigo, os Pandavas o veneravam. Terminou espetado em inúmeras setas cravadas em sua carne. (Ver X:1)
***Kaliyuga - Kali, negrume, treva; yuga, era das trevas, do mal, a qual estamos atravessando. (Ver X:28.)
****A sentença completa diz que, para cada passo que o devoto dá em direção a Deus, isto representando seu esforço, Deus dá cem a seu encontro, representando a Graça. Estude mais profundamente a parábola conhecida como "o filho pródigo", cujo nome mais justo seria parábola "do pai misericordioso", que não esperou o filho completar o esforço no caminho de volta. Foi a seu encontro, expressando desta forma Sua onipotente, onisciente e onipresente graça. 

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1989 - p. 214/215)


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

VIVER E APRENDER (PARTE FINAL)

"(...) Há muito tempo, uma investigação foi realizada para descobrir a causa de uma derrota em batalha. A investigação revelou que a batalha foi perdida porque os soldados ficaram desencorajados quando o cavalo escorregou, matando o general do exército. Mas por que o cavalo escorregou? Porque a ferradura se soltou em função de o ferreiro não a ter fixado adequadamente. Assim, diz o ditado que 'a batalha foi perdida por falta de um cravo'. Daí a importância do desempenho cuidadoso do próprio dever na vida. 

A vida é também uma escola. Existem algumas experiências, como a maternidade ou a pobreza, que cada ego tem que experienciar numa vida ou outra. Talvez a maior coisa que possamos aprender na escola da vida seja a importância de dar em vez de receber, sem esperar nada em troca. A arte de cuidar, um sorriso, uma palavra amiga, um gesto carinhoso podem realizar milagres. 

Aprender é um processo que não tem fim. Na escola da vida temos todos os tipos de estudantes. Alguns fracassam e desistem; outros fracassam mas continuam tentando. Um pode completar o curso que lhe foi designado em 700 nascimentos, outro em setenta anos ou em sete meses, outro em sete minutos ou sete segundos. Mas, para a maioria de nós, o processo de aprender na escola da via é muito lento. Nós vivemos sob a impressão errônea de que uma vida não é suficiente para completar esse curso, e continuamos prolongando nosso processo de autolibertação. Se não agora, então quando?

Se a média de vida de uma pessoa é de 70 anos, ela passa quase 68 anos fazendo coisas como jogar, estudar, dormir, comer, tomar banho, fazer compras, trabalhar, divertir-se, etc. Mal sobram dois anos para o progresso moral e espiritual. Mas ela passa até mesmo esse período ocupada com coisas triviais. O homem não nasce apenas para comer, beber, crescer e morrer, mas também para se elevar espiritualmente e clarear seu futuro. 'Agora ou nunca' deve ser o lema.

A vida é comparada a uma peregrinação, e o homem é chamado de peregrino eterno, acumulando experiências em cada existência. Logo que percebemos o propósito da vida - evolução e emancipação da alma - começamos a tomar essa evolução em nossas próprias mãos. Não estamos sós nessa peregrinação. Temos de chegar ao destino na companhia de outras almas peregrinas, não nos isolando. A interdependência é um aspecto importante do progresso espiritual. Ninguém pode nos tirar do atoleiro, mas o autoesforço, juntamente com a orientação dos guias espirituais, definitivamente ajudarão."

(D. B. Sabnis - Revista Sophia nº 45 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 25)


LEIS DO ÊXITO MATERIAL

"Obtém-se o êxito pela obediência às leis divinas e às leis materiais. Tanto o êxito material quanto o espiritual devem ser alcançados. O êxito material consiste em possuir as coisas necessárias da vida.

A ambição de fazer fortuna deve incluir o desejo de auxiliar os outros. Adquira todo dinheiro que puder, melhorando, de algum modo, sua comunidade, seu país ou o mundo; jamais, porém busque o lucro financeiro agindo contra os interesses deles.

Nos níveis subconsciente, consciente e superconsciente, existem leis do êxito material e de como superar uma atitude mental derrotista.

No nível subconsciente, a lei do êxito é que se repitam afirmações, com intensidade e atenção, imediatamente antes de dormir e depois de acordar. (...)

No nível consciente, a lei do êxito é planejar e agir de maneira inteligente, sentindo, o tempo todo, que Deus o está auxiliando em seu planejamento e em seu esforço contínuo e laborioso.

No nível superconsciente, a lei do êxito é posta em funcionamento pelas orações do homem e por sua compreensão da onipotência do Senhor. Não interrompa seus esforços conscientes nem dependa exclusivamente das suas aptidões naturais, mas peça a ajuda divina em que tudo fizer.

(Paramahansa Yogananda - Afirmações Científicas de Cura - Self-Realization Fellowship - p. 103/105)


domingo, 6 de outubro de 2013

VIVER E APRENDER (1ª PARTE)

"A maioria das pessoas conclui rapidamente que não existe significado para a vida, porque jamais se preocupam em investigar o verdadeiro propósito da vida. Segundo elas, a morte é o fim e isso é tudo. Estabelecemos metas muito curtas para nós mesmos. Contanto que tenhamos uma meta, sentimos que nossa vida é significativa. Mas quase todas as nossas metas são transitórias. Nós cumprimos uma meta e depois saímos atrás da outra. Devemos compreender que a busca do significado da vida é uma busca espiritual que cada um tem de empreender. A vida de todas as pessoas é significativa, desde que mudemos nossa atitude com relação ao que a vida nos traz. A vida de um professor ou de um estudante, de um médico ou de um engenheiro, de um homem de negócios ou de um varredor - a vida de todos - poderia ser significativa desde que cada um a vivesse com o objetivo de autorrealização e da autotranscendência.   

Daí a importância de compreender a vida como um filme, uma escola e uma peregrinação, e o homem como ator, aluno e peregrino. Mas que homem? A individualidade, o ego que é o ator, o experimentador e também o eterno peregrino. É esse ego ou ator que escolhe o mundo como palco, tela ou plataforma para representar o filme da vida, antes de nascer. Ele escolhe as circunstâncias, a família os pais, os coautores, a personalidade, etc. 

A palavra 'personalidade' deriva da palavra latina persona, que significa 'máscara', e era utilizada pelos atores. Por trás da máscara o ator permanecia oculto e anônimo. Esses diferentes papéis interpretados pelo ator são nossas personalidades. Ficamos tão absortos na representação do nosso papel nessa vida mundana que raramente percebemos nosso verdadeiro eu. Vale ressaltar que o ego aqui mencionado não deve ser confundido com o ego da psicologia moderna, que se refere à personalidade mortal, conforme o denominava São Paulo, que ainda o subdividia em corpo natural (abrangendo o corpo físico e o etérico) e o corpo psíquico. 

Numa determinada vida representamos o papel de mãe, pai, irmão, irmã, empregado, funcionário, magnata de negócios ou varredor. Devemos tentar desempenhar nosso papel da melhor maneira, não importa o quanto possa parecer insignificante. Às vezes, num filme, vemos que o desempenho de um ator secundário é mais aplaudido que o do herói - um papel aparentemente insignificante ganha proeminência. De certa maneira, não existem papéis insignificantes. O que importa é a nossa atitude. O sucesso de um filme depende de cada um dos atores desempenhar seu papel bem; dependemos também de outros atores em nossa vida real. (...)"

(D. B. Sabnis - Revista Sophia nº 45 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 24/25)