OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A MENTE É TAGARELA (PARTE FINAL)

"(...) A meditação é a essência pura. Não é possível remover nada dela. Ela lhe traz o melhor dos dois mundos. Ela lhe dá o outro mundo - o divino - e lhe dá também esse mundo terreno. Através da meditação, você não é mais pobre: tem uma riqueza enorme, que não é feita de dinheiro.

Há muitos tipos de riqueza, e o homem que é rico por causa do dinheiro está no ponto mais baixo da escala, se falarmos em termos das categorias de riqueza. Deixe-me colocar as coisas dessa forma: um milionário é o mais pobre dos homens ricos. Quando observado do ponto de vista dos pobres, ele é o mais rico dos homens pobres. Mas, quando observado do ponto de vista de um artista criativo, de um dançarino, de um músico, de um cientista, ele é o mais pobre dos homens ricos. E, no que diz respeito ao mundo dos iluminados, ele nem mesmo pode ser chamado de rico.

A meditação, no final das contas, irá torná-lo rico, de forma absoluta, ao lhe dar o mundo de seu ser interior, e também rico, de forma relativa, pois irá libertar os poderes da mente para qualquer talento que você possa ter. Minha própria experiência mostra que todos nasceram com algum dom e, a menos que esse talento seja vivenciado ao máximo, algo ficará faltando nessa vida. A pessoa continuará sentindo que, de alguma forma, algo que deveria estar presente não está.

Dê um descanso à sua mente - ela precisa disso! E é tão simples: basta colocar-se de fora, tornar-se uma testemunha. Lentamente, aos poucos, a mente aprenderá a ficar em silêncio. Uma vez que a mente tenha aprendido que o silêncio a torna mais forte, suas palavras não mais serão meras palavras. Terão um valor, uma riqueza e uma qualidade que nunca antes tiveram. Serão diretas como uma flecha. Ultrapassarão as barreiras da lógica e irão direto ao coração.

Nesse momento, a mente será uma boa serva, com enorme poder, nas mãos do silêncio. Nesse momento, o ser será o mestre, e o mestre poderá usar a mente quando for necessária e desligá-la quando não for."

(Osho - Aprendendo a silenciar a mente - Ed. Sextante, Rio de Janeiro - 3ª edição - p. 71/72)


A PREPARAÇÃO PARA O CAMINHO: A VONTADE (1ª PARTE)

"A vontade é o fator de suprema importância em todo trabalho oculto de crescimento espiritual. O poder criador mágico de 'Kriyashakti' é a força de 'concentração do pensamento e da vontade'. Força de vontade não somente significa a habilidade de escolher, mas também a de permanecer no caminho escolhido, de perseverar.

Este poder é freqüentemente um dos pontos mais fracos na constituição do homem moderno. Toda a tendência de nossa vida moderna suave e confortável é o solapamento da vontade e da capacidade de resistência. A inteligência para ver o melhor caminho e a vontade firme de continuar trilhando-o são necessidades absolutas para o sucesso em qualquer empreendimento, material ou espiritual.

A posse do poder da vontade não é um dom do alto. Se alguém o possui é por tê-lo desenvolvido por si mesmo, em vidas passadas. A grande maioria dos homens é mais ou menos deficiente neste particular. Mas ele pode ser desenvolvido.

Só há um modo de fazer isto - pela aquisição da faculdade, da aptidão, de dizer 'não' a nós mesmos, de enfrentar o desapontamento, a perda, o fracasso sem que isto abale nossas intenções finais. Se você que lê estas palavras é jovem, comece cedo. Vontade é uma forma superior de desejo. É um desejo elevado, um desejo impessoal, considerado correto, necessário, altruístico, oposto à autossatisfação, ao prazer momentâneo, à autoindulgência inferior. O homem autoindulgente nunca pode vir a ser o santo, o iluminado, aquele que irradia Deus.

A força de vontade é desenvolvida pelo 'passar sem alguma coisa', dizendo 'não' ao pequeno eu em todas as ocasiões possíveis, até que ele cesse de pedir, reclamar, discutir, e obedeça aos ditames do Eu Superior, sem mais questionamentos. Alguns de meus leitores encontrarão em esplêndido artigo do Dr. Cronin no Reader's Digest, de fevereiro de 1956, intitulado 'A menos que você negue a si mesmo'. Dr. Cronin fala sobre um famoso médico, Nikola Tesla, que começou, quando menino, a aprender e a praticar o seguinte: 'Se eu tinha alguma coisa de que eu particularmente gostasse, um doce, bolo ou chocolate, renunciava a ele, embora sofresse, assim fazendo. Se houvesse uma tarefa ou exercício que me desagradasse, eu o fazia, não importando a tendência contrária. Com o passar dos anos cessou o conflito. Meu desejo e minha vontade unificaram-se'. (...)"

(Clara M. Codd - A Técnica da Vida Espiritual - Biblioteca Upasika - p. 10)


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A MENTE É TAGARELA (3ª PARTE)

"(...) Você sai ganhando dos dois lados: tanto do lado da mente quanto do lado do ser. Basta aprender a fazer a mente parar, a dizer para ela que basta, é hora de ela dormir enquanto você permanece acordado. Use a mente apenas quando necessário, e ela estará sempre fresca, jovem, cheia de energia. Tudo que você disser será algo mais do que palavras vazias, estará cheio de vida, de autoridade, de verdade, sinceridade, e terá grande sentido. Talvez você use exatamente as mesmas palavras, mas a mente terá adquirido tanto poder, ao descansar, que cada palavra se tornará fogo e terá poder.

Aquilo que conhecemos como carisma é simplesmente uma mente que sabe relaxar e coletar energia, por isso quando ela fala é poesia pura, é divino. Quando fala, não é necessário fornecer evidência ou demonstrar a lógica - apenas sua própria energia é suficiente para influenciar as pessoas.

Talvez, pela primeira vez, eu esteja dizendo a você o que é o carisma, porque sei por experiência própria. Uma mente que trabalha dia e noite acaba se tornando fraca e sem brilho. Na melhor das hipóteses, consegue ser utilitária: você vai comprar vegetais, isso é útil. Mas não há poder nessa mente cansada para nada além disso. Sendo assim, milhões de pessoas que poderiam ser carismáticas continuam pobres, banais, sem qualquer autoridade ou poder. 

Se for possível - e eu afirmo que de fato é - colocar a mente em silêncio e usá-la apenas quando necessário, então ela estará presente com uma enorme força. Terá reunido tanta energia que cada palavra proferida irá diretamente para seu coração. As pessoas pensam que as mentes das personalidades carismáticas são hipinóticas, mas não é verdade. O que elas têm é um poder, um frescor... Para elas, é sempre primavera.

Essa é a parte que diz respeito à mente. No que diz respeito ao ser, o silêncio abre um novo universo de eternidade, de imortalidade, de tudo aquilo que você pode pensar como sendo uma bênção, uma graça. Por isso é que insisto em dizer que a meditação é a religião essencial, a única religião. Nada mais é necessário. Todo o resto consiste em rituais que não são essenciais. (...)"

(Osho - Aprendendo a silenciar a mente - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 3ª edição - p. 70/71)


A PORTA DO CÉU

"Ele morreu e tratou de procurar o Céu. Levava consigo posses, seguranças e títulos que, na vida, tão árdua e avidamente acumulara.

- São Pedro, dá licença? – E, para justificar, foi logo acrescentando: - Andei fazendo o bem, ajudei necessitados. E trago ainda muitos recursos para poder ajudar... Disponha... Posso entrar?

- Filho, que enorme bagagem a tua!... Para que tantas coisas? Não reparaste ainda que a porta do Céu é estreita? Vê bem: o que trazes não pode passar. Larga toda essa inutilidade aí fora e só depois entra.”

(Hermógenes - Mergulho na paz - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2005 - p. 145)


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A MENTE É TAGARELA (2ª PARTE)

"(...) Você pode ligar ou desligar seu computador, mas não pode desligar sua mente. Não há um botão para isso. Não há qualquer referência de que Deus, ao criar o mundo, ao criar o homem, tenha feito um botão para a mente de forma que fosse possível desligá-la. Sem botão, portanto, ela permanece ativa, do nascimento até a morte.

Algumas pessoas que compreendem o funcionamento dos computadores e da mente humana defendem uma tese muito estranha. Elas especulam que, se pudéssemos remover o cérebro de dentro da caixa craniana e mantê-lo vivo mecanicamente, ele continuaria tagarelando da mesma forma. O cérebro não se importaria com o fato de não estar mais conectado à pessoa que sofria com ele. Mesmo conectado a uma máquina, ainda sonharia, imaginaria, sentiria medo, faria projetos, teria esperanças, tentaria ser isso ou aquilo. E não teria a menor noção de que já não poderia fazer nada, pois a pessoa à qual ele estava ligado não estava mais lá. 

Na comunidade científica há quem considere um grande desperdício que a mente de um homem como Albert Einstein morra com ele. Se fosse possível implantar esse cérebro em outra pessoa ela continuaria pensando a respeito da teoria da relatividade. E quem recebesse esse novo cérebro acordaria com os novos pensamentos e a nova tagarelice sem suspeitar do que aconteceu. 

Essa tagarelice é nossa educação, e basicamente está errada porque ensina a você apenas metade do processo: como usar a mente. Não lhe ensina uma forma de pará-la a fim de que você possa relaxar, pois, mesmo quando você está dormindo, ela continua ativa. A mente não dorme. Trabalha durante setenta, oitenta anos, continuamente. 

O que estou tentando deixar claro é que, se pudermos nos educar, então há uma saída. Chama-se meditação. É possível colocar um botão na mente e desligá-la quando não é necessária. Isso ajuda de duas formas: irá lhe trazer uma paz e um silêncio que você nunca conheceu antes, e irá lhe dar um conhecimento sobre si mesmo que, devido à tagarelice da mente, nunca foi possível atingir. Ela sempre o manteve ocupado. Além disso, trará repouso à própria mente. E se pudermos dar descanso à mente, ela poderá fazer as coisas de forma mais eficiente, mais inteligente. (...)"

(Osho - Aprendendo a silenciar a mente - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 3ª edição, p. 68/70)