OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A MENTE É TAGARELA (3ª PARTE)

"(...) Você sai ganhando dos dois lados: tanto do lado da mente quanto do lado do ser. Basta aprender a fazer a mente parar, a dizer para ela que basta, é hora de ela dormir enquanto você permanece acordado. Use a mente apenas quando necessário, e ela estará sempre fresca, jovem, cheia de energia. Tudo que você disser será algo mais do que palavras vazias, estará cheio de vida, de autoridade, de verdade, sinceridade, e terá grande sentido. Talvez você use exatamente as mesmas palavras, mas a mente terá adquirido tanto poder, ao descansar, que cada palavra se tornará fogo e terá poder.

Aquilo que conhecemos como carisma é simplesmente uma mente que sabe relaxar e coletar energia, por isso quando ela fala é poesia pura, é divino. Quando fala, não é necessário fornecer evidência ou demonstrar a lógica - apenas sua própria energia é suficiente para influenciar as pessoas.

Talvez, pela primeira vez, eu esteja dizendo a você o que é o carisma, porque sei por experiência própria. Uma mente que trabalha dia e noite acaba se tornando fraca e sem brilho. Na melhor das hipóteses, consegue ser utilitária: você vai comprar vegetais, isso é útil. Mas não há poder nessa mente cansada para nada além disso. Sendo assim, milhões de pessoas que poderiam ser carismáticas continuam pobres, banais, sem qualquer autoridade ou poder. 

Se for possível - e eu afirmo que de fato é - colocar a mente em silêncio e usá-la apenas quando necessário, então ela estará presente com uma enorme força. Terá reunido tanta energia que cada palavra proferida irá diretamente para seu coração. As pessoas pensam que as mentes das personalidades carismáticas são hipinóticas, mas não é verdade. O que elas têm é um poder, um frescor... Para elas, é sempre primavera.

Essa é a parte que diz respeito à mente. No que diz respeito ao ser, o silêncio abre um novo universo de eternidade, de imortalidade, de tudo aquilo que você pode pensar como sendo uma bênção, uma graça. Por isso é que insisto em dizer que a meditação é a religião essencial, a única religião. Nada mais é necessário. Todo o resto consiste em rituais que não são essenciais. (...)"

(Osho - Aprendendo a silenciar a mente - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 3ª edição - p. 70/71)


A PORTA DO CÉU

"Ele morreu e tratou de procurar o Céu. Levava consigo posses, seguranças e títulos que, na vida, tão árdua e avidamente acumulara.

- São Pedro, dá licença? – E, para justificar, foi logo acrescentando: - Andei fazendo o bem, ajudei necessitados. E trago ainda muitos recursos para poder ajudar... Disponha... Posso entrar?

- Filho, que enorme bagagem a tua!... Para que tantas coisas? Não reparaste ainda que a porta do Céu é estreita? Vê bem: o que trazes não pode passar. Larga toda essa inutilidade aí fora e só depois entra.”

(Hermógenes - Mergulho na paz - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2005 - p. 145)


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A MENTE É TAGARELA (2ª PARTE)

"(...) Você pode ligar ou desligar seu computador, mas não pode desligar sua mente. Não há um botão para isso. Não há qualquer referência de que Deus, ao criar o mundo, ao criar o homem, tenha feito um botão para a mente de forma que fosse possível desligá-la. Sem botão, portanto, ela permanece ativa, do nascimento até a morte.

Algumas pessoas que compreendem o funcionamento dos computadores e da mente humana defendem uma tese muito estranha. Elas especulam que, se pudéssemos remover o cérebro de dentro da caixa craniana e mantê-lo vivo mecanicamente, ele continuaria tagarelando da mesma forma. O cérebro não se importaria com o fato de não estar mais conectado à pessoa que sofria com ele. Mesmo conectado a uma máquina, ainda sonharia, imaginaria, sentiria medo, faria projetos, teria esperanças, tentaria ser isso ou aquilo. E não teria a menor noção de que já não poderia fazer nada, pois a pessoa à qual ele estava ligado não estava mais lá. 

Na comunidade científica há quem considere um grande desperdício que a mente de um homem como Albert Einstein morra com ele. Se fosse possível implantar esse cérebro em outra pessoa ela continuaria pensando a respeito da teoria da relatividade. E quem recebesse esse novo cérebro acordaria com os novos pensamentos e a nova tagarelice sem suspeitar do que aconteceu. 

Essa tagarelice é nossa educação, e basicamente está errada porque ensina a você apenas metade do processo: como usar a mente. Não lhe ensina uma forma de pará-la a fim de que você possa relaxar, pois, mesmo quando você está dormindo, ela continua ativa. A mente não dorme. Trabalha durante setenta, oitenta anos, continuamente. 

O que estou tentando deixar claro é que, se pudermos nos educar, então há uma saída. Chama-se meditação. É possível colocar um botão na mente e desligá-la quando não é necessária. Isso ajuda de duas formas: irá lhe trazer uma paz e um silêncio que você nunca conheceu antes, e irá lhe dar um conhecimento sobre si mesmo que, devido à tagarelice da mente, nunca foi possível atingir. Ela sempre o manteve ocupado. Além disso, trará repouso à própria mente. E se pudermos dar descanso à mente, ela poderá fazer as coisas de forma mais eficiente, mais inteligente. (...)"

(Osho - Aprendendo a silenciar a mente - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 3ª edição, p. 68/70)


AUTORREALIZAÇÃO PELO AMOR

“Aquele que renuncia aos frutos das ações, que dedica todas as ações a Deus e por esse meio se torna livre das influências dos pares de opostos.

A fim de encontrar Deus, deve-se cultivar um estado da mente no qual não haja perturbação, pela remoção da causa de distúrbios, que é o apego aos frutos das ações. Sendo nossas ações motivadas pelo desejo, estamos apegados aos seus frutos e somos afetados pelos seus resultados. Não apenas somos afetados pelos efeitos imediatos dessas ações, como produzimos resultados kármicos, que são causas de aprisionamento aos mundos inferiores. A única maneira de evitar essa cadeia de causa e efeito é praticar ações sem qualquer desejo de benefício pessoal, e cumprir nossas obrigações nas circunstâncias em que nos encontrarmos. Essa atitude pode ser desenvolvida pela dedicação habitual de todas as nossas ações a Deus, como tão claramente foi explicado no Bhagavadgita.[i]

[i] Bhagavadgita – “o canto do Senhor”. Episódio do  Mahabarata, o grande poema épico da Índia. Contém um diálogo no qual Krishna e Arjuna, seu discípulo, têm uma discussão sobre a mais elevada filosofia espiritual. Glossário Teosófico, H. P. Blavatsky, Ed. Ground, 1995. (N.E)

(I.K. Taimni - Autorrealização pelo Amor, uma tradução comentada dos Bhakti Sutras de Narada - Ed. Teosófica, Brasília, 2011 - p. 76/77)


terça-feira, 27 de agosto de 2013

A MENTE É TAGARELA (1ª PARTE)

"Quando uma criança nasce ela não tem uma mente. Não há tagarelice dentro dela. Leva de três a quatro anos para que a mente, que é apenas um biocomputador, comece a funcionar. A mente precisa ser alimentada com informações. É por isso que, se você tentar voltar no tempo através da memória, irá parar em algum momento em torno dos três ou quatro anos. Antes disso, está tudo em branco. Você estava lá, com certeza, e várias coisas aconteceram, vários incidentes, mas aparentemente os registros não foram gravados na memória, por isso você não pode se lembrar. A partir dos três ou quatro anos, contudo, as coisas começam a ficar mais claras.

A mente obtém seus dados dos pais, da escola, de outras crianças, de vizinhos, de parentes, da sociedade como um todo. Há fontes em toda a parte a seu redor. E você já deve ter visto crianças pequenas, quando começam a falar, repetindo várias vezes a mesma palavra. Quanta felicidade! Um novo mecanismo começou a funcionar dentro delas.

Quando elas puderem formular frases, irão fazê-lo com grande alegria também, repetindo-as várias vezes. Quando começarem a fazer perguntas, farão perguntas sobre tudo e mais um pouco. Note que elas não estão interessadas em suas respostas! Observe uma criança fazendo perguntas: ela está apenas se divertindo com o fato de poder fazer perguntas. Uma nova faculdade veio à tona dentro dela. É assim que a coleção começa. Depois a criança aprenderá a ler, e haverá mais palavras. E, em nossa sociedade, o silêncio não traz recompensas. As palavras pagam, por isso, quanto mais articulado você for, mais você irá ganhar.

Quem são seus líderes? Quem são seus políticos? Quem são seus professores? Quem são seus padres, teólogos, filósofos? Condensados em uma única coisa, são pessoas muito articuladas. Sabem como usar as palavras de forma significativa, pungente, consciente, de forma que possam impressionar as pessoas. 

Poucas vezes se fala a respeito do fato de nossa sociedade ser dominada por pessoas verbalmente articuladas. Algumas delas talvez não saibam nada: podem não ser sábias, podem não ser nem mesmo inteligentes, mas certamente sabem brincar com as palavras. É um jogo, e elas aprenderam a jogá-lo. O pagamento é feito de várias formas, com respeito, dinheiro ou poder. Todos tentam seguir o mesmo caminho, e a mente fica cheia de palavras e pensamentos. (...)"

(Osho - Aprendendo a silenciar a mente - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 3ª  edição - p. 67/68)